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ECONOMIA APLICADA Renato Elias Fontes refontes@ufla.br LAVRAS/MG 2012 Prof. Dr. Renato Elias Fontes ECONOMIA APLICADA INTRODUÇÃO / SISTEMA ECONÔMICO Prof. Dr. Renato Elias Fontes CONCEITO É uma ciência humana que estuda os recursos escassos de produção (terra, trabalho e capital) entre finalidades alternativas para a satisfação das necessidades humanas. ECONOMIA Prof. Dr. Renato Elias Fontes CONCEITO É uma ciência humana que estuda os recursos escassos (terra, trabalho e capital) entre finalidades alternativas para a satisfação das necessidades humanas. Necessidades Humanas → Ilimitadas x Recursos → Limitados Prof. Dr. Renato Elias Fontes ECONOMIA Mercantilismo *Sistema de intervenção na economia para promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. *Período Renascentista: revolução comercial. *Constituição de um Estado forte e soberania nacional (soberania do Estado). Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO *Preocupação com o metal precioso: os grandes estoques de metais preciosos constituíam a própria expressão da riqueza nacional. *Comercio Internacional: um dos mais poderosos instrumentos da política econômica. *Precursor da economia-ciência: a economia cientifica despontava. Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO Liberalismo *Período do Iluminismo/Idade da Razão. *Inicio da fase cientifica da economia. *Reação à política mercantilista. *Defendido por duas importantes escolas: Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO 1ª - Escola Fisiocrata *França – Fundador: François Quesnay. *Principal fonte de riqueza: terra. *A industria e o comercio embora necessários, não fazem mais do que transformar os recursos da terra. *Intervenção do Estado: condenável. Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO *Individualismo. *Laissez-faire, Laissez-passer *Falha: supervalorizar a agricultura quando o capitalismo industrial estava para emergir (a industria e o próprio comercio exerceriam funções legitimas na formação de riqueza). Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO 2ª - Escola Clássica *Inglaterra Principal Representante: Adam Smith. *Principal fonte de riqueza: o trabalho. *Diferenças com os fisiocratas: divergiam com relação a esterelidade das atividades não agrícolas. *Lei de Say – Lei dos Mercados – A oferta cria a sua própria demanda. Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO Escola Socialista *Principais representantes: Karl Marx e Friederich Engels. *Principal reação política e ideológica ao classicismo e que tinha antecedentes (não foi fruto só do século XIX). *Conjunto de teorias econômicas (mais-valia) filosóficas e sociológicas. Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO *Marx – obra bem desenvolvida (em termos de estrutura teórica). *Abordagem sociológica: os clássicos representam o interesse de uma classe social: a burguesia, que pretende: - Conservar o poder contra a volta da aristocracia e ascensão das camadas sociais; - Manutenção da desigualdade; Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO Escola Marginalista (Neoclássica) *Os neoclássicos negaram a teoria do valor-trabalho dos clássicos e introduziram o conceito de utilidade de cada bem e sua capacidade de satisfazer as necessidades humanas. Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO *Acreditavam que a concorrência é a força reguladora da atividade econômica, capaz de estabelecer o equilíbrio entre produção e consumo. *Fundamentalmente uma analise microeconômico e uso da matemática para análises. Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO Keynesianismo *Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. *Intervenção do Estado na economia sem atingir totalmente a atividade privada. *Proposta: solucionar o desemprego pela intervenção estatal e realizar o pleno emprego. Prof. Dr. Renato Elias Fontes INTRODUÇÃO A ECONOMIA PENSAMENTO HISTÓRICO Prof. Dr. Renato Elias Fontes METODOLOGIA ECONÔMICA TEORIA ECONÔMICA: Estudo das principais relações econômicas entre fatos importantes que ocorrem na atividade econômica. - Modelos Geométricos (Gráficos); - Modelos Algébricos (Funções); - Dados Econômicos (Qualitativos x Quantitativos). Prof. Dr. Renato Elias Fontes MICROECONOMIA Ocupa-se da analise do comportamento das unidades econômicas, como famílias, ou consumidores, e as empresas. A perspectiva microeconômica considera a atuação das diferentes unidades econômicas como se fossem unidades individuais. MACROECONOMIA Ocupa-se do comportamento global do sistema econômico refletido em um número reduzido de variáveis, como produto total de uma economia, o emprego, o investimento, o consumo, o nível geral de preços, etc. Ela estuda o funcionamento da economia em seu conjunto. ECONOMIA APLICADA SISTEMA ECONÔMICO Prof. Dr. Renato Elias Fontes É um conjunto de relações técnicas básicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de uma sociedade, na sua relação de produção - consumo - troca. SISTEMA ECONÔMICO Prof. Dr. Renato Elias Fontes QUESTÕES FUNDAMENTAIS 1º O que e quanto produzir? 2º Como Produzir? 3º Para quem produzir? SISTEMA ECONÔMICO Prof. Dr. Renato Elias Fontes CARACTERIZA-SE - Recursos Naturais, que definem as vocações de produção – consumo – troca. - Cultura Social, que influi no comportamento e formação do homem, definindo seus gostos e costumes. - Know How, que indica o conhecimento de técnicas que promovem o curso e o progresso do País e bem estar do povo. Prof. Dr. Renato Elias Fontes - Sistemas de Livre Iniciativa Empresarial *Impera a propriedade privada dos meios de produção, ao lado de decisão sobre o que e quanto produzir fundamentadas no mercado e nos preços. *As atividades econômicas são dirigidas e controladas unicamente por empresas privadas, que competem entre si. *As empresas estariam dispostas a oferecer seus produtos à medida que houvesse probabilidades efetivas de obtenção de lucros. *A intervenção do Estado é considerada perturbadora e prejudicial. SISTEMA ECONÔMICO CLASSIFICA-SE Prof. Dr. Renato Elias Fontes SISTEMA ECONÔMICO CLASSIFICA-SE - Sistemas de Planificação Central da Economia *As ações e investimentos competem ao Estado, que se encarrega de direcionar, controlar processo produtivo, através de empresas públicas, com base no interesse coletivo. *A meta não é o lucro e sim o bem estar geral. *Todos os meios de produção seriam socializados, isto é, de propriedade coletiva, administrada pelo Estado. Prof. Dr.Renato Elias Fontes - Sistemas Mistos *Existe a coexistência entre o setor público e o privado. Muitos aspectos da economia são controlados pelo Estado (Leis, Decretos, Regulamentos, Criação de Empresas, Subsídios, Créditos, Incentivos Fiscais). *Iniciativa Privada encarrega-se de organizar os recursos e produzir os bens desejados em quantidades desejadas. SISTEMA ECONÔMICO CLASSIFICA-SE Prof. Dr. Renato Elias Fontes SISTEMA ECONÔMICO FLUXO ECONÔMICO Figura 1. Fluxo circular de renda da economia. (2) RECEITA DOS NEGÓCIOS (1) CUSTO DE VIDA DOS (OFERTA) CONSUMIDORES (DEMANDA) Mercado de DINHEIRO Bens de Consumo e Serviços BENS E SERVIÇOS - - - - - - - -- EMPRESAS - - - - - - - - - - - - - - - - FAMÍLIAS - - - - - - - Mercado de TRABALHO E CAPITAL Recursos SALÁRIO, ALUGUEL, JUROS, ETC (3) CUSTO DE PRODUÇÃO (4) RENDA DOS CONSUMIDORES (DEMANDA) (OFERTA) Prof. Dr. Renato Elias Fontes Figura 2. Incorporação do processo de financiamento. SISTEMA ECONÔMICO FLUXO ECONÔMICO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Figura 3. Incorporação do governo. SISTEMA ECONÔMICO FLUXO ECONÔMICO Prof. Dr. Renato Elias Fontes SETORES DE PRODUÇÃO - Setor Primário - Setor Secundário - Setor Terciário SISTEMA ECONÔMICO ECONOMIA APLICADA SISTEMA AGROINDUSTRIAL Prof. Dr. Renato Elias Fontes O agronegócio ou o termo “agribusiness” foi formulado por Davis & Goldberg (1957), como sendo a “soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas; das operações de produção na fazenda; do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos à partir deles” SISTEMA AGROINDUSTRIAL Dr. Renato Elias Fontes • Sistema econômico (% do PIB) Agropecuária: 5,8%; Indústria:26,80%; Serviço: 67,40%; • Agronegócio: 33,4% do PIB; 37% do emprego; 42 % das exportação totais brasileiras SISTEMA AGROINDUSTRIAL Dr. Renato Elias Fontes SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL E DO AGRONEGÓCIO, 1997 A Set/2011 (US$ BILHÕES) 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 set/11 Agronegócio 15,2 13,5 14,8 14,9 19,1 20,3 25,9 34,1 38,4 42,7 49,7 59,9 54,9 63 58,1 Brasil -6,7 -6,6 -1,2 -0,7 2,7 13,1 24,8 33,7 44,7 46,1 40 24,8 24,6 20,2 23 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 US $ B ILH ÕE S Fonte: IBGE SISTEMA AGROINDUSTRIAL Dr. Renato Elias Fontes COMPOSIÇÃO • Fase I: a montante da agricultura: setor de insumos/recursos de produção. • Fase II: produção agropecuária: unidades de produção. • Fase III: a jusante da agricultura: instituições e empresas ligadas aos segmentos de processamento, transformação, distribuição e consumo. SISTEMA AGROINDUSTRIAL Dr. Renato Elias Fontes FLUXOGRAMA DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL SETOR A MONTANTE SETOR AGROPECUÁRIO SETOR A JUSANTE SEMENTES CALCÁRIO FERTILIZANTES RAÇÕES PROD. VETER. COMBUSTÍVEIS TRATORES COLHEITADEIRAS IMPLEMENTOS MÁQUINAS MOTORES, ETC.. PRODUÇÃO ANIMAL LAVOURAS PERMANENTES LAVOURAS TEMPORÁRIAS HORTICULTURA SILVICULTURA EXTRAÇÃO VEGETAL INDÚSTRIA RURAL ALIMENTOS TÊXTEIS VESTUÁRIO CALÇADO MADEIRA BEBIDAS ÁLCOOL PAPEL PAPELÃO FUMO ÓLEOS ESSÊNCIAS RESTAURANTES HOTÉIS BARES PADARIAS SUPERMERCADOS COM. ATACADISTA EXPORTAÇÃO PROCESSAMENTO TRANSFORMAÇÃO DISTRIBUIÇÃO CONSUMO SERVIÇOS DE APOIO VETERINÁRIOS – AGRÔNOMOS – P&D – MARKETING – VENDAS – TRANSPORTE – ARMAZENAGEM – SEGUROS PORTUÁRIOS – ASSISTÊNCIA TÉCNICA – INFORMAÇÃO DE MERCADO – BOLSAS DE MERCADORIAS - OUTROS C O N S U M ID O R E S F IN A IS Dr. Renato Elias Fontes • A agricultura passa a depender de insumos, máquinas, equipamentos e serviços fornecidos pelo setor urbano- industrial. • As atividades agrícolas passam a ser orientadas pela relação benefício/custo e cresce o uso de novas práticas de gestão. • A articulação intersetorial campo-cidade assume a forma de complexos (complexo do leite, complexo da soja, complexo das carnes, etc.), os quais passam a ser estudados como “cadeias produtivas” ou “sistemas agroindustriais”. SISTEMA AGROINDUSTRIAL Dr. Renato Elias Fontes • Aumenta o número de organizações de interesse, as quais passam a ser estruturadas por produtos. • Diferenciam-se as unidades de produção agrícola. • Diversificam-se habilitações dos profissionais de ciências agrárias e criam-se oportunidades para outros profissionais, etc. SISTEMA AGROINDUSTRIAL Dr. Renato Elias Fontes Cooperativas Fornecedores de Insumos, Máquinas e Equipamentos Produção Primária Indústria de Máquinas e Imple- mentos Produtores de Mudas Indústria de Defensivos e Fertilizantes Produtores de Café Robusta Produtores de Café Arábica Produtores de Café Diferenciado Maquinistas Empresas de Solúvel (nacional) Empresas Torrefadoras (nacional) Coope- rativas Exporta- dores Cooperativas e Central de Cooperativas Empresas de Solúvel (internacional) Indústria de Soft-drinks Empacotadores de Solúvel Empresas de Torrefação (internacional) Super- mercados Pequeno Varejo Vending Machines Mercado Institucional Lojas de Café Bares e Restaurantes Primeiro Processamento Segundo Processamento Vendedores Nacionais Compradores Internacionais Varejo Nacional e Internacional Dr. Renato Elias Fontes CADEIA PRODUTIVA DO CAFÉ AGENTES DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE FRUTAS Pesquisa Produtor Indústria de Insumo Assistência técnica Indústria Cooperativas C O N S U M I D O R Exportador Mercado Internacional Feirantes Supermercados Sacolão, varejão Mercados distritais Quitandas, ambulantes Hotéis, bares e restaurantes Refeitórios, hospitais e outros Comércio interior Comercializadas em outros Estados Atacadistas com ou sem packing-house Dr. Renato Elias Fontes MAIORES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Ordem 2009 1. Bunge Alimentos 2. Cargill 3. Souza Cruz 4. Sadia (hoje com a Perdigão na Brasil Foods) 5. Brasil Foods 6. Unilever 7. Coopersucar 8. JBS 9. Nestlé 10. ADM Ordem 2010 1. Bunge Alimentos 2. Cargill 3. Souza Cruz 4. JBS 5. Brasil Foods 6. Sadia 7. Unilever 8. ADM 9. Coopersucar 10. NestléFonte: Revista Exame Dr. Renato Elias Fontes SISTEMA AGROINDUSTRIAL MAIORES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO – 2010 BRASIL: EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO QUE ESTÃO ENTRE AS 100 MAIORES DO BRASIL (EM VENDAS) • Ambev (7º) • Bunge Alimentos (17º) • Pão de Açúcar (15º) • Cargill (20º) • Carrefour (25º) • Souza Cruz (29º) • Jbs/SA (30º) • BRF –Brasil Foods(32º) • Sadia (33º) • Unilever (45º) • ADM (46º) • Coopersucar (59º) • Nestlé (65º) • Basf (69º) • Kraft Foods (83º) • Suzano (87º) • Coamo (90º) Dr. Renato Elias Fontes SISTEMA AGROINDUSTRIAL Fonte: Revista Exame ECONOMIA APLICADA MODELO DE MERCADO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Mercado e Concorrência Local no qual se da a ação de compra e venda de produtos, serviços e recursos, no sistema econômico. Prof. Dr. Renato Elias Fontes CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO A concorrência esta associada a idéia de rivalidade, porém em economia essa concepção foi complementada por outra que considera a concorrência como um mecanismo de organização dos mercados, isto é, uma forma de determinar os preços e as quantidades de equilíbrio. Tipos de Mercado de Venda: • Competição Perfeita • Monopólio • Oligopólio • Competição Monopolística • Monopsônio • Oligopsônio Prof. Dr. Renato Elias Fontes Tipos de Mercado de Compra: CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO Competição Perfeita (Pura) • Características: – Insignificância dos compradores e vendedores; – Produto idêntico, independente de quem o produz (Commodities); – Um único preço de mercado; – Não interferência do Governo; – Livre entrada e saída de firmas no mercado; • Ex: mercado agrícola in-natura. Prof. Dr. Renato Elias Fontes CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO Prof. Dr. Renato Elias Fontes • Commodity / Commodities – Produtos padronizados e não- diferenciados – Produtor não tem poder de fixar preços (é sempre “tomador de preços”) – Fácil arbitragem nos mercados interno e externo – Pequenas barreiras à entrada • Especialidades – Produtos diferenciados pela percepção e fidelidade do consumidor – Produtor tem maior poder de fixar preços – Maiores barreiras à entrada CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO Prof. Dr. Renato Elias Fontes CARACTERÍSTICAS COMMODITIES ESPECIALIDADES Controle sobre preços Nenhum Maior Margem sobre vendas Baixa Alta Giro de vendas Alto Baixo Barreiras à entrada Menores Maiores Estratégia genérica Liderança em Custos/Escala Diferenciação / Marketing Fatores de sucesso (exemplos) • Exploração de economias de escala e escopo • Ganhos de produtividade • Inovação / racionalização de processos • Rápida incorporação de tecnologias de sucesso • Eficiência na logística • Eficiência financeira • Investimentos em comunicação e promoção • Exploração de marcas • Posicionamento em segmentos específicos do mercado • Inovação de produtos • Exploração de nichos • Denominações de origem • Selos de qualidade CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO Prof. Dr. Renato Elias Fontes SEGMENTO COMMODITIES ESPECIALIDADES Agropecuária Grãos: soja, milho, café, arroz, etc. Fibras: algodão, sisal, etc. Carnes: bovinos, aves, suínos Leite Celulose, fumo, etc. Frutas selecionadas ao consumidor Leite tipo A Produtos Orgânicos Café do Cerrado Vinhos Château (França) Agroindústria Farelo e óleo de soja Suco de laranja concentrado Pastas de celulose e cacau Frangos inteiros e em partes Fios de algodão Açúcar refinado e álcool carburante Alimentos processados com marca Linhas de pratos prontos Alimentos destinados aos fast-foods Bebidas com marca (sucos prontos) Roupas de algodão Papel (diferentes tipos e marcas) CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO Monopólio • Características: – Muitos compradores e um único vendedor; – Produto único, não tem concorrente nem mesmo similar; – Preço determinado pela empresa; – Não há livre entrada e saída de firmas no mercado; • Ex: CEMIG e COPASA. Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Oligopólio • Características: – Muitos compradores e poucos vendedores; – Cada vendedor produz um bem similar ao seu concorrente; – Preço determinado pela empresa e as concorrentes; – Há livre entrada e saída de firmas no mercado; • Ex: Diferenciados - Refrigerantes, cerveja, carro, eletro Puro – cimento, aço, sal e etc… Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Concorrência Monopolística • Características: – Muitos vendedores; – Cada vendedor produz um bem similar ao seu concorrente; – Produtos diferem dos demais, por propaganda, marca, qualidade; • Ex: Restaurantes, laboratórios, padarias e etc… Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes A circulação é a passagem dos bens econômicos de umas para outras pessoas. Alguns agentes procuram adquirir, demandam; outros produzem, ofertam. A circulação se faz pela demanda e oferta. CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes DEMANDA É a quantidade máxima que se deseja comprar, por unidade de tempo, será maior quanto menor for o preço, cetaris paribus. A curva de demanda de mercado mostra a relação entre quantidade demandada de um bem por todos os indivíduos e seu preço, mantendo constantes os outros fatores. CIRCULAÇÃO Q/t P D Prof. Dr. Renato Elias Fontes Dp = a - bp CIRCULAÇÃO Determinantes da Demanda 1) Preço 2) Renda 3) Preço de produtos similares 4) Gosto 5) Expectativa 6) Número de consumidores 7) Marca 8) Atendimento 9) Localização 10) Forma de pagamento 11) Qualidade 12) Propaganda 13) Status 14) Etc... Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Demanda por Feijão $3.00 2.50 2.00 1.50 1.00 0.50 2 1 3 4 5 6 7 8 9 10 12 11 Preço 0 Preço Quantidade 0.50 10 1.00 8 1.50 6 2.00 4 2.50 2 Q/T Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes OFERTA É a quantidade que se deseja e pode vender, por unidade de tempo, será maior quanto maior for o preço, cetaris paribus. A curva de oferta de mercado mostra a relação entre quantidade ofertada de um bem por todos os produtores e seu preço, mantendo constantes os outros fatores. CIRCULAÇÃO Q/t P S Prof. Dr. Renato Elias Fontes Sp = c + dp CIRCULAÇÃO 1) Preço 2) Preço dos insumos 3) Tecnologia 4) Expectativa 5) Concorrência 6) Demanda 7) Sazonalidade 8) Impostos 9) Temperatura 10) Disponibilidade dos insumos 11) Religião 12) Etc... Determinantes da Oferta Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO $3.00 2.50 2.00 1.50 1.00 0.50 2 1 3 4 5 6 7 8 9 10 12 11 Preço Quantidade 0 Oferta por Feijão Preço Quant. $0.00 0 0.50 0 1.00 1 1.50 2 2.00 3 2.50 4 3.00 5 Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Oferta e Demanda • Preço de Equilíbrio: Preço onde as duas curvas se cruzam. A quantidade demandada e ofertada são iguais. • Quantidade de equilíbrio:Quantidade determinada pela intersecção das curvas de oferta e demanda. Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Qe Prof. Dr. Renato Elias Fontes Gráfico: Oferta e Demanda Q/t P S D Pe Sx = c + dp Dx = a - bp CIRCULAÇÃO Esquema de Demanda Esquema de Oferta A $2.00, a quantidade demandada é igual a quantidade ofertada! Prof. Dr. Renato Elias Fontes Preço Quant. $0.00 19 0.50 16 1.00 13 1.50 10 2.00 7 2.50 4 3.00 1 Preço Quant. $0.00 0 0.50 0 1.00 1 1.50 4 2.00 7 2.50 10 3.00 13 CIRCULAÇÃO Equilíbrio no Mercado 7 $2.00 Preço Quantidade Prof. Dr. Renato Elias Fontes CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Em um dado mercado de roupas a oferta e a demanda são dadas pelas seguintes equações: Qs = 50 +10p e Qd = 350 -10p. Determine o preço e a quantidade de equilíbrio. Equilíbrio - Qs = Qd 50 +10p = 350 -10p 10p + 10p = 350 - 50 20p = 300 p = 300/20 P = 15 Equilíbrio - Qs = Qd Qd = 350 -10p Qd = 350 - 10 (15) Qd = 200 CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Renda - Demanda Bem Inferior -Sua quantidade demandada diminui quando aumenta a renda; Bem Normal -Sua quantidade demandada aumenta quando aumenta a renda; CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Bem Normal Bem de Primeira Necessidade – ao aumentar a renda, a quantidade demandada do bem aumenta em menor proporção; Bem de Luxo - ao aumentar a renda, a quantidade demandada do bem aumenta em maior proporção; CIRCULAÇÃO Renda - Demanda Prof. Dr. Renato Elias Fontes Bens Relacionados - Demanda Bem Substituto -Se a majoração do preço de um deles eleva a quantidade demandada do outro; Bem Complementar - Se a majoração do preço de um deles reduz a quantidade demandada do outro; CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Elasticidade O conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas. CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Elasticidade – Preço - Demanda A elasticidade-preço da demanda (Ed) mede a reação dos consumidores às mudanças no preço Essa reação é calculada pela razão entre dois percentuais. A variação percentual na quantidade demandada dividida pela mudança percentual no preço. Ed = variação percentual na quantidade demandada mudança percentual no preço CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes 1. ELÁSTICOS Se a elasticidade-preço do bem for maior que 1,00 diz-se que a demanda por esse bem é elástica. A variação percentual na quantidade excede a variação percentual no preço. Ou seja, os consumidores são bastante sensíveis a variações no preço. CIRCULAÇÃO Elasticidade – Preço - Demanda Prof. Dr. Renato Elias Fontes 2. INELÁSTICOS Se a elasticidade-preço do bem for menor que 1,00 diz-se que a demanda por esse bem é inelástica. A variação percentual na quantidade é menor que a variação percentual no preço. Ou seja, os consumidores são relativamente insensíveis a variações no preço. CIRCULAÇÃO Elasticidade – Preço - Demanda Prof. Dr. Renato Elias Fontes 3. ELASTICAMENTE UNITÁRIOS Se a elasticidade-preço do bem for igual a 1,00 diz-se que a demanda por esse bem é de elasticidade neutra. A variação percentual na quantidade é igual à variação percentual no preço. CIRCULAÇÃO Elasticidade – Preço - Demanda Prof. Dr. Renato Elias Fontes Elasticidade – Renda - Demanda É utilizada para medir a reação dos consumidores a mudanças na renda. Er = variação percentual na quantidade demandada mudança percentual na renda CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Bem normal - luxo Er>1 – a elasticidade-renda é positiva, uma variação positiva na renda aumenta a sua procura. Bem normal – primeira necessidade 0<Er <1 – a elasticidade-renda é positiva, o consumo cresce menos do que proporcional aos acréscimos de renda. CIRCULAÇÃO Elasticidade – Renda - Demanda Prof. Dr. Renato Elias Fontes Bem inferior Er < 0- elasticidade-renda é negativa, dada uma variação na renda a procura varia em sentido contrário. CIRCULAÇÃO Elasticidade – Renda - Demanda Prof. Dr. Renato Elias Fontes Elasticidade – Cruzada É utilizada para medir a reação dos consumidores às mudanças de preços de bens afins. É definida como a variação percentual na quantidade demandada de um produto em particular (X) dividida pela variação percentual no preço de um bem afim (Y): Exy = variação percentual na quantidade demandada de X mudança percentual no preço de Y CIRCULAÇÃO Prof. Dr. Renato Elias Fontes Para bens substitutos há uma relação positiva entre quantidade demandada do bem e variação de preço do substituto, logo a elasticidade cruzada de bens substitutos é positiva. Para bens complementares há uma relação negativa entre quantidade demandada do bem e preço do bem complementar, logo a elasticidade cruzada é negativa. CIRCULAÇÃO Elasticidade – Cruzada Prof. Dr. Renato Elias Fontes Produto Ed Er Exy Arroz Café Carne Bovina Frango Leite Manteiga Mamão -0,02 -0,86 -1,19 -0,47 -0,72 -0,98 --- -0,01 0,61 1,02 0,23 0,59 1,03 --- --- --- 0,28 a --- --- -0,47b 0,87c a: elasticidade cruzada em relação ao preço da carne de porco; b: elasticidade cruzada em relação ao preço do pão francês; c: elasticidade cruzada em relação ao preço do melão; CIRCULAÇÃO
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