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Artes de Pesca

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Artes de Pesca e Tipos de pesca existentes
Trabalho elaborado por:
Anabela Sardo nr4
Cidália Cireneu nr7 
Artes de Pesca
Entende-se por Artes de pesca, a forma e os equipamentos utilizados na captura do pescado. 
As artes de pesca dividem-se em ativas e passivas, em função do comportamento da espécie alvo e da arte de pesca. 
Nas artes passivas (palangre, armadilhas, rede de emalhar, rede de tresmalho), não há movimento, ou seja, estas artes são deixadas em determinado lugar, indo as espécies alvo ao encontro delas; por outro lado, nas artes ativas (arrasto), há movimento, com o objetivo de capturar as espécies alvo.
A Arte de pesca é de tal modo determinante na atribuição de categoria de frescura do pescado (CE 1996), que a cotação Extra só é atribuída, a pescado proveniente de pesca local, capturado com Anzol e/ou Armadilhas.
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Artes de Pesca
Redes de emalhar
São retângulos de rede, com flutuadores numa extremidade e pesos na oposta, que é lançada à água onde se saiba haver peixe; este fica "emalhado", preso nas malhas da rede, através do seu próprio movimento (fica preso pelos espinhos ou opérculos). A escolha da malhagem é feita em função da espécie a capturar como robalo, sargo, pregado, faneca, pescada, besugo, etc.
Armadilhas/cofres/gaiolas/alcatruzes
Designam-se por “armadilhas” as artes de pesca nas quais os peixes, moluscos ou crustáceos (polvos, carangueijos, lagostins,etc), entram e não conseguem sair. São normalmente largadas no fundo, com ou sem isco, isoladamente ou em conjuntos (teias), podendo ter uma ou mais aberturas.
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Artes de Pesca
Redes de tresmalho - redes de emalhar fundeadas, constituídas por três panos de rede sobrepostos, os dois exteriores (alvitanas) idênticos e com grandes malhas, e o interior (miúdo), mais alto, de malhagem mais pequena. 
Classes de malhagem: 50-59mm, 60-79mm, 80-99 mm e > = 100 mm. 
As redes de majoeiras podem ter até 10 m de comprimento e 2 m de altura; As redes de emalhar de deriva podem ter até 500 m de comprimento e 10 m de altura.
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Espécies-alvo: 
Redes de emalhar de deriva com malha de 35 a 40mm: 70% de espécies-alvo (sardinha, boga e judia); 
Redes de emalhar de 1 pano de fundo 50 a 59 mm – língua; Redes de emalhar de 1 pano de fundo 60 a 79mm – salmonete, choco, faneca, ruivos, esparídeos, cantarilhos, azevia; 
Redes de emalhar de 1 e 3 panos 80-99 mm – robalo, badejo, pregado, solhas, linguado e pescada; 
> 220 mm – tamboril. Interdita a captura de crustáceos (máximo 5%).
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Artes de Pesca
Sombreira - Arte de pesca do tipo sacada (também designada por rede de encosto), constituída por uma rede que possui na parte superior uma cortiçada e na parte inferior uma tralha de lastros de que fazem parte pequenos chumbos em forma de anel. A espécie-alvo é o Camarão branco legítimo. O comprimento máximo da rede é de 150m, a altura máxima é de 100,5 malhas e nr máximo de redes permitido por embarcação é de 5; Quanto à classe de malhagens, a malhagem mínima é de 18 mm. O período de pesca com esta arte, é de 1 de outubro a 30 de junho.
 
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Artes de Pesca
Palangre, anzoleiro ou espinel.
As técnicas de pesca que empregam linhas e anzóis são muito eficazes, quer em superfície, quer em profundidade, para a captura de peixes que vivem sobre fundos acidentados, onde as redes não são indicadas.
Os peixes são atraídos por isco natural ou artificial, podendo ser utilizados isoladamente (cana de pesca) ou em grupos (palangre). Os peixes capturados com palangre, em geral, são de grande qualidade, uma vez que esta arte fica pouco tempo na água e o peixe permanece vivo durante muito tempo (ex: peixe-espada preto).
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Tarrafa - ou Chumbeira, é uma rede usada a montante de Mértola e nas ribeiras. Destina-se principalmente à captura de tainhas. A "tarrafa do rio" distingue-se da "tarrafa da ribeira" por ter um maior diâmetro e uma malha mais larga. 
É uma rede circular de diâmetro variável orlada de chumbos redondos, ou "balas", colocados entre cada duas malhas, na extremidade inferior da manga (a "bolsa" ou "arrufo"). Esta manga possui uma malha mais apertada que a do pano e está disposta de modo a formar uma bolsa que servirá para reter o peixe durante a captura. Tem um cabo (a "leia") amarrado no centro da rede que o pescador segura quando lança a arte, servindo-se do mesmo para a suspender e recolher, após a pesca. 
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A Redisca ou Chalrão é uma arte de pesca utilizada no Outono e Inverno, desde a foz até Alcoutim, na captura da Camarinha-branca, espécie utilizada como isco na pesca de anzol.
Consiste num pano de rede de malha muito reduzida, entralhado em duas canas que se cruzam delimitando um triângulo. A margem da rede que constitui o lado livre do triângulo é guarnecida de chumbos. A Redisca é operada por um homem que, em zonas pouco profundas, arrasta a arte a pé, mergulhando-a para a frente e segurando os extremos das canas. 
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Nassas - são dirigidas à enguia, sendo utilizadas durante todo o ano nas margens do rio, em Mértola, Alcoutim, Laranjeiras e Guerreiros do Rio. As nassas antigas eram rígidas, feitas de vime, em forma de garrafa. Actualmente, as nassas são compradas em Espanha adquirindo, por isso, o nome de "Nassas Espanholas".
É constituída por um saco de rede, de pequena malhagem, montado num número variável de aros, cujo tamanho diminui de diâmetro da boca para o saco. Por vezes possuem uma ou duas asas laterais, com vista ao encaminhamento dos peixes para a entrada da armadilha. A nassa é fixada ao fundo por varas colocadas na extremidade do saco e nas extremidades das asas. As nassas podem pescar em unidades isoladas ou em teia (conjunto de várias armadilhas), não sendo usado qualquer tipo de isco. 
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Artes de Pesca
Dragas - São artes que revolvem o fundo para a captura de moluscos e são manobradas sempre em águas pouco profundas. São munidas de uma espécie de saco ou crivo, que permite a saída de água, da areia e lodo, mas que retém as espécies capturadas. 
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Arrasto de cintura ou arrasto de cinta, é uma draga manual, utilizada em zonas de areia, na maré baixa, constituída por um cabo de madeira, uma cinta e uma armação em ferro com uma espécie de pá na parte inferior, a qual possui um saco de rede.
Arrasto de mão é composto por uma vara de madeira e por um aro de arame, que tem entralhado um cone em rede. É também utilizada nos bancos de areia durante a maré baixa.
Arrasto de popa ou Vara é uma arte de arrasto pelo fundo, rebocado com uma embarcação. É constituído por uma estrutura formada por dois patins metálicos ligados a uma vara de madeira ou de ferro, a qual tem entralhado um saco de rede.
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Tipos de Pesca
Podemos indicar vários tipos de pesca (que fazem recurso das diferentes artes de pesca), que se dividem em: pesca de lazer (recreativa), pesca artesanal e pesca Industrial.
Caracterizada pela produção em baixa escala, a pesca artesanal apresenta importância económica e social para as comunidades residentes ao longo da costa. Esta prática caracteriza-se pelo baixo rendimento e baixo investimento em capital, e o peixe serve para fins de subsistência ou venda em mercados locais.
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A pesca de lazer é de baixa produção, e muitas vezes o peixe capturado é libertado de novo, sendo o importante a captura em si, e não o pescado.
 
Já a pesca Industrial, para além de desiquilibrar a sustentabilidade marinha, atenta contra todos os habitats onde está presente, uma vez que os destrói, já que recorre à pesca por redes de arrasto, que “varrem” os fundos oceânicos, arrasando com os mesmos.
A arte xávega, ou chincha, como também é conhecida, é um tipo de pesca de arrasto feito a partir da praia, em que a rede, fixa a um cabo no areal, é transportada para o mar por uma pequena embarcação, a aiola que, num movimento semicircular, larga a rede
a várias dezenas de metros da costa, voltando imediatamente para terra com a ponta do outro cabo. Logo que o barco chega à praia os pescadores distribuem-se pelos dois cabos, separados por cerca de cem metros, e começam a puxar a rede.
Entre as espécies mais capturadas contam-se a cavala, carapau, robalos, salmonetes, pargos, choupas, chocos e lulas. A pesca é de pequena dimensão e de subsistência.
Arte xávega
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Pesca Artesanal
 A Pesca Artesanal é um tipo de pesca comercial, que utiliza mão-de-obra familiar e pequenas embarcações. Geralmente são utilizadas redes e cofres, e a pesca é feita nas proximidades das margens de rios, lagos e do mar. 
 Serve para subsistência e pequeno comércio.
 É responsável pela apanha de polvo, Sardinha, Carapau e Cavala, entre outros.
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Pesca de Cerco ou Pesca por Artes Envolventes
 Neste tipo de pesca utiliza-se uma rede, que geralmente não toca no fundo e é sustentada e mantida na vertical através de pesos. Uma vez largada da embarcação, a rede passa a ser manobrada de maneira a envolver o cardume e a fechar-se em forma de bolsa pela parte inferior. Este tipo de pesca é muito seletivo porque permite libertar peixe vivo, caso o seu tamanho seja excessivamente pequeno, e torna-se fácil com o recuso de sondas e de radar.
 É dirigida essencialmente a pequenos pelágicos, como a sardinha, cavala ou carapau.
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Pesca Submarina 
Esta modalidade subaquática tem por base a captura em número reduzido de espécies marinhas no seu habitat natural através da utilização de um arpão ou arma, que embora predatória, é feita de forma seletiva, protegendo e respeitando as espécies raras ou ameaçadas de extinção. Utilizam-se técnicas de mergulho livre (apneia), ou utilizando-se o mergulho autónomo (usando equipamentos que permitam a respiração subaquática), sendo esta prática proibida em todo o território nacional pela nossa Legislação.
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Pesca com isco artificial
Pesca praticada principalmente por pescadores amadores, ou de recreio; utilizam-se pequenos iscos que imitam peixes, ou insectos na água. Exige muita técnica e precisão de arremesso. Os principais peixes apanhados são a Anchova, o Robalo, o Atum, a Garoupa, entre outros.
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Pesca Desportiva / de Competição
A pesca desportiva ou de competição, promove a libertação dos peixes para preservação do ecossistema; é iconsiderada mportante para o turismo de pesca, porque cria uma renda sustentável para empresas locais. 
Para que uma pessoa possa praticar pesca de competição, quer seja de mar ou de rio, terá de ser federado, isto é, tem de estar inscrito na Federação Portuguesa de Pesca Desportiva (FPPD).
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Pesca de Rodada / de deriva
 Tipo de pesca no qual o barco faz movimentos em forma de círculo, subindo o rio com o motor ligado, largando a rede pelo caminho e descendo com o motor desligado, na margem oposta, para fechar a rede, formando um círculo. 
 É um tipo de pesca muito utilizado na pesca de Robalo, com camarão vivo.
 É recurso de subsistência e é anual.
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Pesca de Praia ou de arremesso
Esta modalidade requer esforço físico, bem como equipamentos resistentes a água salgada, sendo também necessária uma cana mais comprida. Podem ser apanhadas espécies como robalos, douradas e xaréus. 
Os melhores iscos são minhoca, camarão morto, lulas e caranguejos.
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Pesca à mosca
Este estilo de pesca utiliza uma vara fina e comprida e a sua característica principal é uma isca leve, conhecida como mosca. A isca é tão leve que, para que seja possível lançá-la, é preciso utilizar uma linha grossa. As espécies mais pescadas são o salmão, a truta e a tilápia.
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Pesca Oceânica 
Pesca que pode ser feita utilizando grandes iscos ou jumping jigs em grandes profundidades. 
É necessário material para pesca pesada e trabalho em equipa para apanhar as grandes garoupas, atuns, marlins, barracudas, entre outros, que podem chegar a mais de 250 kilos. 
É de subsistência e sazonal.
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Pesca Industrial
Responsável pela captura de 50% do peixe consumido no mundo, caracteriza-se pela produção em larga escala e alto investimento em tecnologia. É fortemente influenciada pela procura do mercado, e foca-se a captura de espécies mais lucrativas. Entre as técnicas de captura utilizadas por esta indústria estão redes de cerco de grande porte, e espinhéis com 130 km de extensão e milhares de anzóis.
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Pesca Industrial
...é pesca em larga escala!
Pesca Industrial
Navios-fábrica - São navios, a bordo dos quais os produtos resultantes da pesca são submetidos a uma ou mais das seguintes operações, seguidas de acondicionamento ou de embalagem e, se necessário, refrigeração ou congelação: filetagem, corte, esfola, descasque, picagem ou transformação. 
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FAO (Food and Agriculture Organization) 
Em 1995, foi aprovado pela FAO (Food and Agriculture Organization) um Código de Conduta para uma Pesca Responsável, como resposta à crescente preocupação com os sinais de sobre-exploração das populações de pescado, e com o objectivo de recomendar novas práticas e padrões internacionais no sector da pesca, com vista a assegurar uma efectiva conservação, gestão e desenvolvimento dos recursos vivos aquáticos, no respeito do ecossistema e da biodiversidade.
Estas práticas responsáveis passam pela selectividade nas artes de pesca, bem como pela sustentabilidade, sendo o seu objectivo optimizar a gestão dos recursos de pesca, indo ao encontro das exigências de um mercado de consumidores mais atentos à qualidade e aos valores da sustentabilidade.
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Sub-zonas FAO de Portugal
Conclusão
	A atitude de cada um de nós, enquanto consumidores, é um contributo essencial, não só para que a relação entre o Mar e a Sociedade tenha futuro, mas para garantir a sobrevivência de espécies marinhas e a conservação e proteção dos seus habitats.
	Podemos apostar na pesca sustentável, que utiliza artes de pesca selectivas, que não destróem os habitats, e permitem a manutenção dos stocks das espécies em níveis equilibrados, ou podemos ainda apostar na aquacultura, que é um aliado no que toca a questões de sustentabilidade, tornando-se inevitavelmente no futuro das próximas gerações...
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Webgrafia
http://g1.globo.com/platb/globomar/2013/05/08/fotos-mostram-os-bastidores-do-programa-sobre-pesca-oceanica/;
https://yesheflowers.blogspot.pt/2013/03/survival-of-bycatch-species-escaping_2.html;
https://pt.depositphotos.com/94149376/stock-photo-wooden-boat-full-of-fishing.html;
https://espesca.com/pesca-al-cerco/;
http://www.fao.org/docrep/010/ah827p/ah827p04.htm;
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_emalhar;
http://www.cienciaviva.pt/peixes/home/;
http://elmontonero.pe/economia/la-pesca-industrial-sigue-levantando-vuelo;
http://conversasamesa.blogs.sapo.pt/30905.html;
https://www.dgrm.mm.gov.pt/xportal/xmain?xpid=dgrm&xpgid=genericPageV2&conteudoDetalhe_v2=170941;
http://www.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/pescas_drapc_2015.pdf;
https://www.dgrm.mm.gov.pt;
https://www.geralforum.com/board/showthread.php/137701-as-artes;
https://www.dgrm.mm.gov.pt/xportal/xmain?xpid=dgrm&xpgid=genericPageV2&conteudoDetalhe_v2=172744;
Janeiro 2018
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