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Informação educativa e recursos educacionais - Eliane L. Balmas

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
PROJETO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMAÇÃO EDUCATIVA E RECURSOS EDUCACIONAIS 
 
 
 
 
 
por 
 
 
ELIANE LOPES BALMAS 
 
 
 
 
Orientador 
 
 
 
Professor Nelsom José Veiga Magalhães, P. Hd. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
Dezembro/2006 
 
 
 
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
PROJETO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMAÇÃO EDUCATIVA E RECURSOS EDUCACIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como exigência do curso 
de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Docência do 
Ensino Superior, sob a orientação do professor 
Nelsom José Veiga Magalhães. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
Dezembro/2006 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a Deus pelo privilégio de concluir esta 
especialização. Aos meus irmãos Victor Hugo, 
Valeria e Solange, aos amigos que me 
incentivaram direta e indiretamente. Aos meus 
amados Pastores Josué, Anívea e irmãos da 
minha amada igreja - Projeto Vida Nova do Tauá 
que sempre estiveram orando por mim e 
incentivando nesta etapa. Ao Professor Nelsom 
Magalhães pela dedicação, competência, carinho 
e paciência em todos os momentos da orientação 
deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta monografia à minha mãe Hilda e ao 
meu esposo Paulo César, que sempre me 
apoiaram e incentivaram nesta caminhada, nos 
momentos da ausência sempre foram pacientes e 
amigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O coração do sábio adquire prudência; e o ouvido dos sábios busca o conhecimento.” 
 (Provérbios 18:15) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 Neste trabalho descrevemos a história do livro, como surgiu, quais foram os suportes utilizados 
na época, do antigo Egito, desde as placas de argila, passando pelo papiro e rolos de pergaminho, e 
dos manuscritos medievais até a descoberta da imprensa por Gutenberg. Destacamos a importância 
da sociedade da informação, onde incluímos a função educativa da universidade e da biblioteca 
universitária cumprindo e desempenhando sua função social de apoio e auxílio dentro do processo 
educacional através de sua competência. Comentamos a forma de usar os diversos recursos da 
informação impressos e eletrônicos, em busca da necessidade de cada pessoa, docente e discente, 
nas diversas áreas do conhecimento através de diferentes bases de dados. Destacamos, dentro do 
contexto pesquisatório inicialmente proposto, devido à complexidade e variedade de tais bases com 
o surgimento da internet, somente algumas destas diferentes áreas. Citamos alguns exemplos de 
recursos e meios disponíveis para ilustrar o presente trabalho e mostrar o quanto é fascinante 
quando aprendemos a manuseá-los e utilizá-los corretamente. Dentro deste contexto, no auxílio ao 
usuário, delineamos a elaboração do material instrucional para desenvolvimento de cultura 
específica, onde incluímos o papel do ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e 
citando o modelo de programa de apoio utilizado em uma instituição de ensino superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 Pág. 
 
 
 
INTRODUÇÃO................................................................................................................. 8 
 
I. A HISTÓRIA DO LIVRO.............................................................................................. 10 
 
1.1.Papiro...................................................................................................................... 12 
1.2. Pergaminho............................................................................................................ 16 
 
 
 
II. RECURSOS INFORMACIONAIS DE AUXÍLIO AO CORPO DISCENTE E 
 DOCENTE................................................................................................................... 18 
 
 
2.1. Bireme.................................................................................................................... 20 
2.2. Sistema Braille Virtual......................................................................................... 23 
2.3. Portal da Capes...................................................................................................... 25 
2.4.Portal da Pesquisa - DOTLIB............................................................................... 26 
2.5. O que é Protocolo Z-3950...................................................................................... 28 
2.6. Sociedade da Informação...................................................................................... 28 
 2.7. Competência em Informação................................................................................ 31 
 
 
 
III. ELABORAÇÃO DE MATERIAL INSTRUCIONAL PARA DESENVOLVIMENTO 
 DE CULTURA ESPECÍFICA E AUXÍLIO AO USUÁRIO..................................... 34 
 
 
 3.1. ENADE - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes............................ 36 
 
 3.2.Programa “Complemente sua formação geral”............................................... 37 
 
 
 CONCLUSÃO............................................................................................................ 39 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 44 
 
 ANEXOS........................................................................................................................ 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
INTRODUÇÃO 
 
O trabalho que estará sendo apresentado surgiu do interesse em difundir a 
necessidade em reconhecer a importância de como a informação, no contexto 
educacional, é veiculada e utilizada. Por termos a formação na área de Biblioteconomia 
e Documentação e atuarmos dentro de uma biblioteca universitária, percebemos a 
dificuldade encontrada pelos usuários na utilização dessa informação através dos 
recursos colocados à sua disposição. Abordamos o relacionamento do aluno e também 
do professor com o bibliotecário, tendo em vista a diversidade de assuntos em diferentes 
áreas do conhecimento, para termos uma maior facilidade em sua busca e dessa forma 
obtermos melhores resultados. 
O desejo de unir este relacionamento entre bibliotecário e professor para se obter 
mais entrosamento, onde suas dificuldades, seus objetivos e reais interesses poderão 
desenvolver um melhor trabalho, onde o professor irá aprender utilizar melhor a 
informação educativa como ferramenta para acessar e obter tais informações foi o 
interesse em escrever sobre tal assunto. 
Pelo fascínio que gira em torno de como surgiu o livro e como chegou até nós, fiz 
uma abordagem histórica sobre o mesmo. Por outro lado era necessário mostrar a 
biblioteca como um recurso informacional interativo nos dias de hoje dentro do 
processo educacional, onde o professor passa a interagir com o bibliotecário e utilizá-la 
como uma ferramenta deste processo. 
Com o surgimento de novas tecnologias no processo de comunicação faz-se 
necessário mudar a prática profissional visando à utilização de tais ferramentas. O 
gerenciamento dessas tecnologias de informação e comunicação exige do profissional ouso estratégico das mesmas para a sua produção e divulgação. 
A metodologia utilizada nesta pesquisa tem como base a pesquisa bibliográfica, a 
de periódicos e a eletrônica. Esta monografia foi dividida em três partes, para que 
pudesse descrever os assuntos mais relevantes dentro do tema. 
O primeiro capítulo descreve a história do livro, desde o seu surgimento até os dias 
atuais. São esclarecidas as formas existentes do livro, desde o Oriente Antigo sob a 
9 
forma de placas de argila, papiro, pergaminho e finalmente a forma impressa em papel a 
qual é utilizada nos dias atuais. 
O capítulo dois oferece um panorama sobre a “Sociedade da Informação”, onde 
abordamos a universidade e a biblioteca sendo instituições sociais voltadas para o 
atendimento das necessidades de um grupo social ou da sociedade em geral. A 
biblioteca universitária, a qual é dada ênfase neste trabalho, tem um papel importante 
em auxiliar e apoiar no processo educacional diante dos múltiplos recursos oferecidos 
pelas novas tecnologias, a qual podemos chamar este processo de “Competência 
Informacional”. Foi destacado o exemplo de algumas bases de dados diferentes para 
ilustrar o assunto abordado, como: BIREME, Portal da CAPES; SENABRAILLE 
(Braille) e Portal da Pesquisa da Dotlib. 
 No terceiro capítulo utilizei a descrição do ENADE – Exame Nacional de 
Desempenho dos Estudantes – sendo uma forma de exemplificar a elaboração de 
material instrucional para desenvolvimento de cultura específica e auxílio ao 
usuário.Neste capítulo é dado o exemplo dos “clippings” elaborados pelo Sistema de 
Bibliotecas da UniverCidade para exemplificar como o bibliotecário pode estar 
trabalhando junto com os professores e obtendo resultados satisfatórios na realização do 
ENADE por parte dos alunos. 
Nas conclusões tecemos algumas considerações que julgamos importantes e que 
fazem destacar ao longo dos capítulos apresentados. 
 
 
 
CAPÍTULO I 
 
 
 
 Neste capítulo abordaremos um histórico a respeito da história do livro, como 
surgiu, e quais foram os suportes utilizados na época do antigo Egito, desde as placas de 
argila, passando pelo papiro e rolos de pergaminho, dos manuscritos medievais até a 
descoberta da imprensa por Gutenberg. 
10 
 Utilizamos para construir o texto da pesquisa o seguinte autor principal 
referenciado: José Barboza Mello no livro “Síntese Histórica do Livro”, da editora 
Leitura (1972).Será utilizado também o livro “A Palavra Escrita: história do livro, da 
imprensa e da biblioteca”, de Wilson Martins (2001), da editora Ática e o livro do autor 
Albert Labarre cujo título é “História do Livro”, da editora Cultrix (1981). 
 
 
 
1.1. A história do livro 
 
Este objeto que o Oriente antigo conservava sob a forma de placas de argila; que os 
gregos e romanos desenrolavam sob os seus olhos; que a Idade Média acorrentava às 
estantes; que os nossos antepassados pegavam nas mãos e que podemos agora meter no 
bolso – O livro – assumiu tal importância na expressão do pensamento e na conservação 
de todo o conhecimento que merece um estudo particular. 
O livro tem conseguido outras formas além do códice, e a descoberta de Gutenberg 
não foi senão um avatar na sua longa história. Para o definir podemos citar três noções 
cuja conjunção é necessária: suporte da escrita, difusão e conservação de um texto, e 
maneabilidade. O livro é, a princípio, suporte da escrita; assim as placas de argila 
sumérias, os papiros egípcios, os rolos da antiga Roma, os manuscritos medievais, os 
nossos impressos assim como os microfilmes podem ser considerados livros, malgrado 
a grande variedade de suportes e formas. A idéia de livro está também associada à da 
edição, isto é, ao desejo de difusão de um texto e de sua conservação; é assim que ele se 
distingue de todos os escritos privados, da carta notarial que se classifica geralmente 
como documentos de arquivo. Enfim, o livro tem de ser manejável, apesar de nem todos 
os suportes de escrita o serem; numerosos textos foram gravados na pedra. Foi durante 
muito tempo o principal, mesmo o único meio de difusão e conservação do 
conhecimento, por isso participa profundamente na história da civilização e da cultura. 
O livro está ligado à escrita, mas não à linguagem e ao pensamento. Se a escrita 
constituiu durante muito tempo o principal meio de fixação da linguagem e de 
11 
conservação do pensamento, o desenvolvimento atual das técnicas audiovisuais faz-nos 
lembrar que existem outros. 
Lembremos apenas que foram entre os LX e IV milênios, antes da nossa era, que a 
escrita se constituiu.Pode-se considerar como um passo preliminar a arte rupestre dos 
homens da época glaciária, na qual a imagem se torna pouco a pouco símbolo através da 
esquematização. Depois da imagem-símbolo evolui; da pictografia nascem todos os 
velhos sistemas de escrita: cuneiformes sumérios, depois mesopotâmios, hieróglifos 
egípcios, creto-minóicos, hititas, caracteres chineses; é o estádio dos ideogramas, onde 
as representações já não surgem apenas objetos, mas também idéias abstratas. Numa 
etapa posterior, a escrita aproxima-se pouco a pouco da linguagem, para chegar aos 
sinais fonéticos, que são símbolos de sons; inicialmente existem os sistemas onde cada 
som corresponde a um símbolo (nas Índias, por exemplo), depois sistemas silábicos, por 
fim escritas consonânticas, que se desenvolvem através do Oriente Médio para 
chegarem ao alfabeto na Fenícia, talvez desde o século XVI ou XV a.C. 
No século IX a.C. os gregos adotam o alfabeto fenício, acrescentam-lhes as vogais 
e dispõem a escrita da esquerda para a direita; é deste alfabeto que são oriundos o 
alfabeto latino e os alfabetos modernos. 
O aparecimento do livro está ligado aos suportes da escrita. O mais antigo parece 
ser a pedra, desde as pictografias rupestres até as estelas e inscrições do antigo Oriente e 
da Antiguidade clássica. Foi sem dúvida a madeira o primeiro suporte dos verdadeiros 
livros.As palavras que designam livros em grego, “biblos”, e em latim, “líber”, tinham 
no seu sentido primário o significado de casca de árvore, e o caráter que ainda designa 
livro em chinês figura – o sob a forma de tabuinha de madeira ou bambu. Outro suporte 
antigo do livro, a argila, é utilizada na Mesopotâmia desde o III milênio antes da nossa 
era; traçavam-se os caracteres em placas de argila ainda moles e úmidas, por meio de 
um instrumento triangular; é por isso que a escrita dos sumérios e dos assírios apresenta 
forma de cunha (escrita cuneiforme), coziam-se em seguida estas placas no forno, para 
as endurecer. Conservamos muito mais de documentos em argila do que em 
madeira.Encontrou-se em Nippur, na Suméria, placas que remontam ao III milênio; 
22.000 placas datando do século VII a.C. foram descobertas em Nínive, onde 
constituíam a biblioteca e os arquivos dos reis assírios. Sabe-se que existiam outras 
12 
bibliotecas importantes entre os sumérios, os babilônios e os assírios. A fabricação de 
livros estava organizada; os templos da Babilônia e de Nínive já possuíam oficinas de 
copistas. Os tecidos também serviram de suporte da escrita, principalmente a seda, na 
qual os chineses escreviam com a ajuda de um pincel, e a tela, segundo indicações 
dadas por escritores latinos. Enfim, materiais muito diversos foram igualmente usados 
nos tempos antigos; os chineses utilizaram o osso, as carapaças e o bronze; os semitas e 
os gregos gravavam também breves textos em conchas ou fragmentos de cerâmica – os 
“óstraca”; citemos ainda as folhas de palmeira que, secas e untadas com óleo, foram 
usadas durante séculos, principalmente nas Índias, ou matérias duras como a ardósia, os 
tijolos,o marfim, o osso e metais diversos. Mas os principais suportes do livro antigo 
eram o papiro e o pergaminho. (Labarre, Albert. História do livro, 1981). 
 
No Oriente Médio conhecido hoje como o Iraque.É no ano 650 a.C. dentro das 
muralhas muito altas da cidade de Nínive (perto de onde hoje é o Mossul). Ali, existia o 
palácio do rei Assurbanipal (governante da Assíria, do Egito e de Babilônia), onde 
existiam os escribas (copistas) escrevendo em tabuinha de barro úmido, traduziam 
documentos de língua estrangeira para o idioma assírio. Estes documentos depois de 
tratados eram guardados em forma de tabuinha nessa biblioteca, a maioria das 
informações eram religiosas, leis, história, medicina e transações comerciais. 
Existiam outras grandes bibliotecas antes da biblioteca de Assurbanipal em Nínive, 
a qual acredita-se ser a mais antiga (século VII a.C.) como a de Alexandre (Alexandria) 
tendo sido a mais famosa, pois possuía de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, 
chegando a possuir 700 mil volumes, sua fama é reconhecida pela grande quantidade de 
documentos e também aos três grandes incêndios ocorridos. As bibliotecas de mosteiros 
onde se guardavam os manuscritos da Bíblia foram surgindo por toda a Europa até os 
dias de hoje, em todas as partes do mundo. 
 
1.2. Papiro 
 
 O papiro é uma planta que cresce nas margens do rio Nilo e nos pântanos do seu 
delta. Existiam várias qualidades de papiro, desde o hierático, reservado aos livros 
13 
sagrados, até ao emporético, papiro grosseiro, que servia para a embalagem. Para 
escrever usavam-se hastes de caniço talhadas em viés ou em ponta (calamos), depois 
mais tarde a pena, geralmente de pássaro. A tinta era fabricada com o negro e fumo ou 
carvão de madeira, adicionado de água e goma com líquido de choco; existia também 
uma tinta vermelha a base de sais minerais. Os papiros mais antigos datam do III 
milênio. O papiro permaneceu o suporte essencial do livro no Egito e difundiu-se no 
mundo grego e no império romano. Muito antes de ter sido utilizado como elemento 
importante para a escrita, em sua evolução e desenvolvimento posterior, depois das 
pedras, da argila e dos metais, foi utilizado de diversas maneiras. Apesar de ser oriundo 
do Egito, vinha também do Líbano e da Síria, mas foi no rio Nilo, devido as suas águas 
estagnadas, era onde suas raízes muito longas, mediam às vezes, seis ou sete metros. 
Suas raízes chegavam a seis centímetros, equivalente ao da haste, de onde seria feito o 
papel. 
O papiro antes de ser usado no fabrico do papel, servia de alimento para as 
povoações pobres vizinhas das margens do Nilo. Das fibras das raízes faziam-se cordas 
muito resistentes usadas nas embarcações. Dele também se obtinha uma deliciosa 
bebida, através do cozimento de suas raízes e conhecida como suco de papiro 
açucarado. Também servia para tecidos (das raízes), para roupas de pessoas pobres, e a 
fabricação de sandálias, e até de canoas, feitas com o caule trançado da planta. Depois 
de ser utilizado de forma variada, durante milênios, egípcios e gregos começaram a 
utilizá-lo, também, para a fabricação de papel. 
Havia no Líbano, nos arredores de Biblos, uma grande extensão de terra pantanosa, 
coberta por uma planta do mesmo nome da cidade, a qual os gregos acharam muito 
semelhante ao papiro. Quando o papiro passou a ser matéria-prima do papel, naquela 
época insubstituível para o livro ou documentos, Biblos foi o nome original de livro, no 
Líbano. Os gregos traduziram Biblos por Biblion, elenco referente a livro, biblioteca, 
bibliografia, biblioteconomia. 
 Plínio deixou, igualmente,uma descrição histórica da maneira pela qual o papiro 
era preparado: 
 
 
14 
 
 
Divide-se com uma agulha a haste do papiro, cuja grossura é mais ou menos 
a de um braço, em folhas bem delgadas, mas tão largas quanto possível.A 
melhor folha é a do interior do tronco e assim sucessivamente, na ordem das 
camadas superpostas. Moldam-se as diferentes espécies sobre uma mesa 
umedecida com água do Nilo. Esse líquido turvo exerce o papel de cola. 
Sobre essa mesa inclinada colam-se primeiramente as folhas em todo o 
comprimento do papiro, aparando-as apenas em cada extremidade, e em 
seguida colocam-se transversalmente outras camadas em forma de trama. A 
seguir, prensa-se o conjunto, obtendo-se uma folha que é secada ao sol. As 
folhas são reunidas entre si, colocando-se em primeiro lugar as melhores e 
assim sucessivamente. A reunião dessas folhas forma um scapus (mão)... As 
desigualdades, os defeitos do papiro, são polidos com um dente ou com uma 
concha, sem o que os caracteres poderiam desaparecer. Polido, ele é mais 
brilhante, mas não pega a tinta satisfatoriamente.Depois de juntá-lo com cola 
de farinha ou com miolo de pão cozido, de forma a ter o menos possível 
camadas secas interpostas, e de torná-lo mais macio que o próprio linho, 
adelgaça-se-o com um malho, põe-se nova camada de cola, desfazem-se as 
dobras que se formaram e bate-se-o de novo com o malho. 
 
 (Martins, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da 
biblioteca. 2001, p.61-62) 
 
 
 
Os papiros para a escrita eram conservados em rolos de quinze a dezoito metros.O 
papiro constituía monopólio de Estado. 
Em Roma, o papiro do Oriente sofria novas manipulações, como o Fênio, para 
melhorar a qualidade, e ali os rolos eram vendidos em cilindros de madeira, chamados 
umbilicus, que serviam de base para nova operação, depois de usados. 
Gregos e romanos, na Antiguidade, foram grandes comerciantes de papiro, e 
utilizavam os portos de Alexandria e do vale do Nilo para exportá-lo para a Europa. 
No fim do século X, o papiro desapareceu, como indústria, no Egito. A partir desse 
século, os hebreus concentraram em suas mãos o cultivo, e o respectivo comércio. O 
papiro também foi cultivado no Lago Tiberíades, na Síria, e nas águas do Eufrates. 
Posteriormente, a indústria do papiro passou para a Sicília, continuando o seu comércio 
com a Europa até a introdução do papel propriamente dito, no século XIII. O governo 
italiano interessou-se pelo plantio do papiro para a fabricação e impressão do dinheiro. 
Os povos cultos da Antiguidade escreviam somente numa face do papiro, mas às 
vezes faziam anotações no verso. 
15 
Os principais museus do mundo, e muitas bibliotecas da Europa possuem papiros 
egípcios escritos, porque a produção era abundante, e puderam resistir ao tempo. 
Os livros em papiro podem ser encontrados nas Bibliotecas de Roma, Turim, 
Nápoles, Florença, Paris, Londres, Oxford, Dublin, Berlim, Munique, Leipzig, 
Hamburgo, Lilá, Viena, Estrasburgo, Moscou, Genebra, Leyden, e algumas cidades dos 
Estados Unidos, além, naturalmente, de Alexandria, Cairo e Gaza. 
Em Oxford conserva-se um códice papíreo copta, do século V ou VI, chamado 
“Papiro Bruciano”, cujo argumento foi publicado em 1891, por Amèlineau, e no ano 
seguinte por Schmitdt. Convém a obra em que se expõem as doutrinas ofíticas. 
 Os papiros greco-egípcios podem classificar-se, segundo o período histórico a que 
pertenceu, assim: 
 
1- Do período ptolemaico (do século III a.C. até a redução do Egito a província 
romana); 
2- Do período romano (que compreende todo o tempo da dominação de Roma); e 
3- Do período bizantino (da queda do Império Romano até a invasão árabe). 
Compreendem quase dez séculos, que explicam sua grande importância. 
(Martins, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da biblioteca; 
2001.) 
 
Lenormant diz que determinados papiros antigos, como os do Museu de Turim, 
onde se encontra o que é considerado como o mais perfeito documentoe também há um 
catálogo de personagens míticos e históricos, que reinaram no Egito depois dos tempos 
fabulosos. Foi escrito no tempo de Ramsés II (XIX dinastia).Cita também o papiro 
conservado no Museu Britânico, crônica da expulsão dos Reis Pastores, um livro 
religioso chamado Ritual Funerário, que foi revista, no tempo da Dinastia XXVI, apesar 
de sua Antiguidade remontar às primeiras. Cita por fim, um fragmento de carta 
geográfica do tempo de Sati I, que existe no Museu de Turim, e outros papiros do 
Museu Britânico, entre eles o que trata das penalidades no exercício das armas, escrito 
no período das grandes guerras da dinastia de Ramsés II, em forma de versículos, como 
na Bíblia. 
16 
A leitura e a interpretação dos papiros é, freqüentemente, dificílima, devido à 
irregularidade da escrita e as incorreções gramaticais. Ainda lembramos da deterioração 
provocada pelo tempo, os danos produzidos pelo calor e pelo manuseio constante dos 
pesquisadores. 
Há certa quantidade dos papiros na antiga língua egípcia, muitos em latim, grego, e 
também bilíngües em grego e latim. 
 (Mello, José Barboza. Síntese histórica do livro; 1972.) 
 
1.3. Pergaminho 
 
O couro e a pele de diversos animais são também suportes antigos da escrita, tanto 
no Oriente como entre os gregos, mas o pergaminho é absolutamente outra coisa. As 
peles eram lavadas, secas, estiradas, estendidas no chão, com o pêlo para cima, cobertas 
com cal viva no lado da carne; depois se pelava o lado do pêlo, empilhavam-se as peles 
num barril cheio de cal; por fim, lavavam-se consoante o corte pretendido. O 
pergaminho era simultaneamente um material mais sólido e mais flexível que o papiro, 
e permitia que se raspasse e apagasse. 
Muito antes da indústria de pergaminho ter florescido em Pérgamo, nos anos 187 e 
158 a.C. fundada pelo rei Eumenes II, esta pele já havia sido usada, desde a mais remota 
Antiguidade, pelo homem primitivo, conforme assinala Plínio, em sua História Natural. 
Naquela época o pergaminho não tinha a utilidade de quando foi industrializado em 
Pérgamo. O seu desenvolvimento foi conseqüência da necessidade de substituir o papiro 
como material de escrita, pois não mais satisfazia as exigências da evolução do livro, 
que abandonava o rolo pelo códex. No início o uso era pequeno, mas com o passar do 
tempo houve um aumento de sua utilização para o uso da escrita, chegando até a 
escassez. 
Diante dessa interdição, que iria paralisar o trabalho dos copistas ou escribas, 
contratado para atender as encomendas da Biblioteca do reino, foi que Eumenes II 
resolveu dedicar-se à fabricação de pergaminho, que em pouco tempo chegava à 
industrialização. 
17 
Os mais antigos monumentos em pergaminho, atualmente existentes, datam do III 
século de nossa era: são uma “República”, de Cícero, e um “Virgílio”, ambos da 
Biblioteca Vaticana. Do IV ao XVI séculos, Maurice Prou afirma que o pergaminho foi 
o material mais empregado na escrita; na França, do século IX ao XII séculos, é apenas 
o pergaminho que se emprega nos livros e atos. 
O pergaminho foi sempre material de preço elevado.Essa circunstância explicaria, 
segundo os autores, o fenômeno dos “palimpsestos”, isto é, manuscritos em que o texto 
primitivo foi raspado, a fim de servir novamente para a escrita (“palimpsesto” significa 
“raspado de novo”). É a mesma necessidade de economizar pergaminho que dará 
nascimento ao que hoje constitui a tortura dos paleógrafos, isto é, o sistema de 
abreviações da Idade Média. Da mesma forma, as informações sobre o preço do 
pergaminho, embora dificilmente avaliável em moeda atual, demonstram que era 
elevadíssimo em comparação com os de outros bens de consumo. 
O pergaminho foi escrito, como o papiro, de um lado só, até que se descobriu ser 
perfeitamente possível fazê-lo nas duas faces. Enquanto a escrita era realizada apenas 
no reto, o pergaminho era enrolado, como o papiro, constituindo o “volumen”. A escrita 
no reto e no verso vai dar nascimento ao “códex”, isto é, ao antepassado imediato do 
livro.Com ele revoluciona-se o aspecto da matéria escrita e o das bibliotecas. “Códex”, 
na definição de Rouveyre, “é o nome dado aos manuscritos cujas folhas eram reunidas 
entre si pelo dorso e recobertas de uma capa semelhante a das encadernações modernas. 
É na realidade o livro quadrado e chato, tal como ainda hoje o possuímos”. 
 
 
 
A Idade Média, chamada a era do obscurantismo ou a noite de milênios, foi, 
realmente a idade da acumulação do saber, porque o longo processo da 
cultura,imortalizado no livro,se teve origem bem antes da nossa era,foi nela 
que alcançou o seu fundamento,e culminou com a presença do Renascimento, 
a maior revolução da humanidade, até então.Foi na Idade Média que o 
pergaminho, o elemento precioso para intensificar a circulação do livro, 
transformou Paris no mercado mais importante da Europa. 
 
(Mello, José Barboza. Síntese histórica do livro; 1972, p. 95) 
 
 
18 
 
 
 
 Precisamos respeitar a importância da preservação e restauração dos materiais 
manuscritos e impressos ao longo de cada período da história até chegarmos ao livro no 
formato que o temos hoje, pois tudo isso serve de base para pesquisas e 
desenvolvimento da tecnologia e os diversos recursos que temos disponíveis em meios 
eletrônicos atualmente. 
 
 
 
CAPÍTULO II 
 
 Neste capítulo oferecemos um panorama sobre a Sociedade da Informação e o 
processo da Competência Informacional onde ambos destacam a biblioteca e a 
universidade sendo instituições voltadas para o atendimento das necessidades de um 
grupo social ou da sociedade em geral. Destacamos o exemplo de algumas bases de 
dados diferentes para ilustrar o assunto abordado. Falamos ainda sobre a importância do 
relacionamento entre o professor e o bibliotecário para que juntos possam participar de 
forma ativa na produção e divulgação da informação. 
 Utilizamos para construir o texto da pesquisa, o seguinte autor principal 
referenciado: Waldomiro Vergueiro no livro “Qualidade em serviços de informação da 
editora Arte & Ciência” (2002), como também o autor Denis Grogan no livro “A Prática 
do Serviço de Referência da editora Briquet de Lemos” (1995). O livro “Gestão 
Estratégica da Informação e Inteligência Competitiva”, da autora Elizabeth Braz Pereira 
Gomes, da editora Saraiva (2005) também foi utilizado, como também o da autora 
Bernadete Campello com o livro “Biblioteca Escolar: temas para uma prática 
pedagógica”, da editora Autêntica (2002). 
19 
 
 
 
2.1. Recursos informacionais de auxílio ao corpo discente e docente 
 
 
Uma das finalidades da biblioteca é o apoio ao pleno desenvolvimento das 
atividades de ensino, pesquisa e extensão, por isso o desempenho eficaz de seus 
produtos e serviços é fundamental no processo de transferência e democratização da 
informação, a fim de possibilitar o apoio necessário à produção de novos 
conhecimentos. O serviço da pesquisa em base de dados referencial, textual e numérica 
é uma prática muito utilizada em bibliotecas. Estas bases, na sua maioria, contêm 
informações atualizadas, pois além de referenciarem periódicos, estão disponíveis em 
linha, tornando o processo muito dinâmico. 
Atualmente, o volume de informações cresce a uma grande velocidade, fazendo 
com que haja uma certa dificuldade em organizar e disponibilizar todas estas 
informações. Existe a necessidade de se difundir rapidamente o maior volume possível 
de informações em cada área. As bases de dados são um importante meio de disseminar 
esse conhecimento gerado. 
Com a ampliação das fontes de referência e a inserção das novas tecnologiasda 
telemática (telecomunicações e informática) na produção e disseminação destas fontes, 
ampliou-se a utilização dos novos suportes para armazenamento e distribuição da 
informação referencial. O bibliotecário precisa conhecer e dominar as tecnologias e 
aperfeiçoar suas estratégias de localização, seleção, busca e disseminação da 
informação. 
GROGAN (1995) diz que pesquisas mostram que os usuários têm dificuldades em 
elaborar estratégias de pesquisa. Essa realidade, aliada ao medo que o usuário tem de 
expor suas dificuldades, idéias e dúvidas, criam barreiras para que ele tenha condições 
de realizar uma pesquisa satisfatória, com a ajuda do bibliotecário de referência. 
A satisfação/insatisfação do usuário depende muito da postura assumida pela 
biblioteca. O usuário necessita de uma busca efetiva de informações atualizadas em um 
20 
espaço de tempo, cada vez mais curtas.Portanto a postura do bibliotecário deve também 
acompanhar as mudanças e evolução dos seus usuários. 
A real satisfação do usuário depende da preocupação em planejar adequadamente 
os produtos/serviços das unidades de informação, pois “o desempenho eficaz das 
bibliotecas através da otimização organizacional é fator decisivo para a satisfação da 
demanda dos usuários e democratização da informação”. VASCONCELLOS (1994, 
P.12) 
Dentro deste contexto iremos ver algumas bases de dados de diferentes áreas do 
conhecimento e a diversidade de opções que temos através delas para auxiliar os 
usuários. 
 
 
2.1.BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação 
em Ciências da Saúde: Gerência de gestão de informação em Ciências 
da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde/Organização 
Mundial da Saúde 
 
 
A BIREME é um centro especializado da OPAS (Organização Pan-Americana de 
Saúde), estabelecido no Brasil desde 1967, em colaboração com o Ministério da Saúde, 
Ministério da Educação, Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e Universidade 
Federal de São Paulo. 
A BIREME tem como missão contribuir para o desenvolvimento da saúde nos 
países da América Latina e do Caribe, promovendo o uso da informação científica-
técnica em saúde. Com essa missão, a BIREME tem como principais fundamentos que 
dá origem e suporte à sua existência, o acesso à informação científica-técnica em saúde 
a qual é essencial para o desenvolvimento da saúde. Procura mostrar a necessidade de 
desenvolver a capacidade dos países da América Latina e do Caribe, de operar as fontes 
de informação científica-técnica em saúde de forma cooperativa e eficiente, 
promovendo o uso e respondendo às demandas de informação em saúde dos governos, 
21 
dos sistemas de saúde, das instituições de ensino e investigação, dos profissionais de 
saúde e do público em geral. 
Ela tem como objetivo, além daqueles que lhe são atribuídos através da resolução 
dos Corpos Diretivos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a promoção da 
cooperação técnica em informação científica-técnica em saúde, com os países e entre os 
países da América Latina e do Caribe (denominada REGIÃO), com o intuito de 
desenvolver os meios e as capacidades para proporcionar acesso eqüitativo à 
informação científica-técnica em saúde, relevante e atualizada e de forma rápida, 
eficiente e com custos adequados. 
Por tudo isso, tem a responsabilidade de promover a construção, o 
desenvolvimento e a operação descentralizada da Biblioteca Virtual em Saúde 
(denominada BVS), a qual é uma base do conhecimento científica-técnica em saúde, 
registrado, organizado e armazenado em formato eletrônico nos países da REGIÃO, 
disponível de forma universal em Internet e de forma compatível com as principais 
fontes de informação internacionais. 
Outro compromisso da BIREME é desenvolver o Sistema Latino-Americano e do 
Caribe de Informação em Ciências da Saúde (denominado SISTEMA), levando-se em 
conta a integração e a participação ativa e cooperativa de instituições, unidades de 
instituições, bibliotecas, centros de documentação e agentes que são produtores, 
intermediários e usuários de informação científica-técnica em saúde nos países da 
REGIÃO para a construção, desenvolvimento e operação da Biblioteca Virtual em 
Saúde O SISTEMA é implantado a nível nacional através de redes ou sistemas 
nacionais de informação em ciências da saúde, desenvolvendo no Brasil através da Rede 
Brasileira de Informação em Ciências da Saúde, que opera de forma descentralizada e 
na qual, os integrantes assumem diferentes níveis de participação em atividades 
cooperativas.Através da BVS, a BIREME cria, aperfeiçoa e dissemina as mais variadas 
fontes de informação científica-técnica em formato eletrônico e outros suportes com o 
objetivo de atender às necessidades de publicação, preservação, acesso e uso de 
informação dos governos, dos sistemas de saúde, das instituições de ensino e 
investigação, dos profissionais da saúde e do público em geral. 
22 
Outra atribuição da BIREME é a de coordenar, operar e promover o controle 
bibliográfico, a divulgação, a avaliação e o melhoramento da literatura científica-técnica 
publicada em papel e em formato eletrônico nos países da REGIÃO, a qual deverá ser 
indexada nas bases de dados do Sistema LILACS (Literatura Latino-Americana e do 
Caribe de Informação em Ciências da Saúde), que incluem a base de dados nacionais 
que representam a memória da literatura científica-técnica dos países e as bases de 
dados especializadas, produzidas e operadas pela OPAS e pelos países. É sua 
responsabilidade também implantar um acesso amplo, rápido e cooperativo à literatura 
científica internacional, publicada em papel ou em formato eletrônico, desta forma 
estimulando o desenvolvimento e uso compartilhado de coleções de literatura científica-
técnica através das redes e associações de bibliotecas e centros de documentação nos 
países da REGIÃO. 
Através da BVS, promove também a pesquisa, o desenvolvimento e a disseminação 
de fontes de informação científica-técnica para atender às demandas de informação das 
comunidades específicas de usuários, como são, por exemplo, as autoridades, políticos, 
legisladores e administradores de saúde, pesquisadores, professores e estudantes, 
médicos e paramédicos, agentes comunitários, meios de comunicação e o público em 
geral. Com isso, realizam o controle de referência dos produtores, usuários e atividades 
relacionadas com saúde da REGIÃO através da operação descentralizada, na BVS, de 
diretórios atualizados de instituições, especialistas, cursos, eventos, grupos de interesse, 
etc. 
Através da BVS, as bases de dados factuais e numéricas produzidas e operadas em 
Internet pelos sistemas nacionais de informação em saúde são disseminadas. Dizemos 
que uma base de dados é factual e numérica quando armazenam informações 
estatísticas, numéricas, séries cronológicas, outro tipo de informação numérica ou 
alfanumérica.Através também da BVS é disseminado sites em Internet operados pelos 
países da REGIÃO que contenham informação científica-técnica em saúde. 
Dentro da área de saúde existe o vocabulário controlado chamado Descritores em 
Ciências da Saúde (DeCS), que coordena o desenvolvimento e atualização da 
terminologia relacionada com as ciências da saúde, a qual deve ser organizada e 
disseminada em português, espanhol e inglês. 
23 
Também é responsabilidade e compromisso da BIREME, pesquisar, desenvolver, 
manter e disseminar instrumentos metodológicos baseados em tecnologias de 
informação avançadas e apropriados às condições dos países da REGIÃO, visando à 
operação descentralizada e eqüitativa de fontes de informação na BVS, integrando as 
bibliotecas e centros de documentação emsaúde dos países da REGIÃO na operação 
destas bibliotecas virtuais, incluindo a disponibilização de seus produtos e serviços de 
informação para as comunidades não conectadas à Internet. 
Com a importante função de contribuir para o desenvolvimento de recursos 
humanos nos países da REGIÃO, a nível gerencial e técnico, com o intuito de dominar 
as tecnologias e metodologias estratégicas para proporcionar o a acesso à informação 
em saúde, promovendo intercâmbio de experiências e iniciativas internacionais em 
informação científica-técnica em saúde entre os integrantes do SISTEMA, os produtores 
e os usuários da BVS, desenvolvendo assim atividades cooperativas. 
 
 
 
 
 
 
2.2.Sistema Braille Virtual 
Diante de uma variedade de bases de dados, uma que me chamou a atenção foi a 
do Sistema Braille, pois nela é indicado o projeto de transmissão de conhecimentos e 
proposta de aprendizagem do Braille, via internet, que é um curso on-line, aberto, 
público e gratuito, destinado à difusão e ensino do sistema para pessoas que vêem, 
baseado em animações gráficas, como o projeto da Faculdade de Educação da USP, o 
site deve ser visitado e difundido pela sociedade de um modo geral : 
www.braillevirtual.fe.usp.br. 
O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por 
pessoas cegas.Foi desenvolvido na França por Louis Braille, um jovem cego, a partir do 
sistema de leitura no escuro, para uso militar, de Charles Barbier. Atualmente o sistema 
utilizado em todo o mundo é o mesmo que Louis Braille desenvolveu em 1837. 
24 
O cego enfrenta a dificuldade de não encontrar com facilidade pessoas que 
conhecem e dominam o sistema, dificultando sua comunicação escrita. Nesta base de 
dados a proposta é justamente esta, onde as pessoas que vêem poderão rapidamente 
aprender o sistema e estabelecer uma comunicação mais completa com os deficientes 
visuais a partir do método disponibilizado, tendo acesso ao curso, sua metodologia, o 
sistema e muitas outras novidades. 
A Profª Antonieta Kanso, uma entusiasta da matemática, criou uma proposta de 
aprendizagem em Braille, um meio de aprender álgebra e conhecimentos matemáticos 
com a BRAIMATECA. É um recurso de sua patente e criação que utiliza materiais 
simples e tecnologia artesanal, podendo se tornar um meio acessível para crianças e 
jovens cegos aprenderem dentro de um processo educativo inclusivo. Podemos ter mais 
informações sobre este trabalho através do endereço: antokanso@hotmail.com 
Há ainda um outro site para informações sobre softwares, leitores de tela, 
ampliadores, leitores de texto, software para celular e palm top, impressoras Braille, 
linhas Braille, máquinas Braille, relógios Braille, relógios falantes, binas falantes, e 
outros recursos de tecnologia de ponta dedicadas para deficientes visuais, vale a pena 
entrar no site sugerido, verificar e difundir a proposta de patrocínio para máquinas 
Braille para crianças cegas de baixa renda, visando seu processo de alfabetização. O site 
é: www.laramara.org.br; Outro site que difunde livros falados é: 
www.fundacaodorina.org.br. 
Mediante a necessidade de um acesso socializado, democrático e que abre os 
caminhos para um maior acesso à informação, garantindo os direitos à comunicação, 
através da Internet para todos os cidadãos e cidadãs brasileiros, existe o site de 
Acessibilidade Brasil, onde há diversos sites que já foram avaliados e ajudam e 
aprimoram a acessibilidade de sites governamentais e outros, o endereço é: 
www.acessobrasil.org.br 
Algo que me chamou a atenção dentro da questão de acessibilidade para pessoas 
portadoras de necessidades especiais foi a atitude do Centro Universitário SENAC-
Campus Santo Amaro, Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, 823, São Paulo, SP; pela 
atitude de respeito e promoção de condições de acessibilidade para as pessoas cegas. A 
biblioteca, que é considerada uma das maiores da América Latina, com seis mil metros 
25 
quadrados de área e mais de cem mil itens, onde se garante o acesso por rampas e 
elevadores. Há ainda neste local o ESPAÇO BRAILLE, que oferece treinamento 
completo em informática para pessoas com deficiência visual. O site para acesso é: 
www.sp.senac.br/ensinosuperior. 
 
2.3. PORTAL DA CAPES 
 
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) 
desempenha um papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação 
stricto sensu (mestrado e doutorado) em todo o país dentro do campo da educação, 
ciência e tecnologia.Com o compromisso de apoiar ações inovadoras, sempre buscando 
aperfeiçoar a formação acadêmica, desenvolvimento da graduação, ensino e pesquisa no 
Brasil sendo uma instituição comprometida, séria e cumprindo o seu papel de 
aperfeiçoar cada vez mais o nível do nosso país. Foi criada em 1951, com o objetivo de 
assegurar a existência de pessoal especializado em qualidade e quantidade para atender 
às necessidades dos empreendimentos públicos e privados, visando o desenvolvimento 
do país. Nesse período o nosso país estava passando por um momento histórico, início 
do governo de Getúlio Vargas, com o objetivo de se ter uma nação desenvolvida e 
independente na industrialização, surge a necessidade de se formar especialistas e 
pesquisadores nas mais diversas áreas do conhecimento. 
Parte dos documentos e bases de dados presentes no portal de periódicos da 
CAPES/MEC, que é restrito a 163 instituições brasileiras com ensino de pós-graduação, 
pode ser livremente acessada a partir de fevereiro de 2006.Isto foi anunciado pelo 
ministro da Educação, Fernando Haddad. 
 Segundo o ministro, um dos objetivos da iniciativa é integrar a política de 
concessão de bolsas de pós-graduação com as engenharias e a política industrial, 
tecnológica e de comércio exterior (Pitce). O livre acesso ao portal de periódicos da 
Capes poderá melhorar ainda mais o posicionamento do país no ranking da produção 
científica internacional. O Brasil responde hoje por 1,8% da produção internacional de 
conhecimento, em comparação ao percentual de 1,5% registrado em 2002. O portal hoje 
é respeitado como um instrumento importante da produção científica. O número de 
26 
periódicos na área de engenharia aumentou em 232%. Durante os últimos cinco anos, 
aumentou o número de periódicos e de acessos, em 2000 eram 1.800 publicações 
disponíveis e 9.000 acessos diários, sendo que em 2005 esses volumes passaram para 
9.500 publicações disponíveis e 80 mil acessos diários. As faculdades, universidades 
privadas, escolas técnicas, instituições de ensino e pesquisa, secretarias estaduais e 
municipais de educação, ciência e tecnologia, meio ambiente e saúde, professores e 
estudantes de pós-graduação passam a ter livre acesso a 1.050 publicações nacionais e 
internacionais. Através do portal, é possível acessar bases de dados de instituições 
brasileiras e estrangeiras, em diferentes áreas, como a Embrapa, Instituto Nacional de 
Propriedade Industrial (INPI), e dos escritórios de patentes da União Européia e dos 
EUA.O portal de acesso livre de periódicos da Capes está disponível para todo cidadão 
que tiver acesso à rede mundial de computadores. O endereço do site é: 
www.acessolivre.capes.gov.br 
O portal de acesso livre da CAPES disponibiliza periódicos com textos completos, 
bases de dados referenciais com resumos, teses e dissertações, estatísticas e outras 
publicações de acesso gratuito na Internet selecionados pelo nível acadêmico de 
importantes instituições científicas, profissionais, órgãos do governo e internacionais. 
 
 
 
 
2.4. Portal daPesquisa – DOTLIB 
 
Com o objetivo de facilitar o acesso às bases de dados das principais editoras 
internacionais, a Dotlib Informação Profissional criou o Portal da Pesquisa. O serviço 
permite pesquisar sobre vários assuntos, em diferentes fontes ao mesmo tempo, ou 
também pesquisar direto nas revistas e periódicos mais importantes em cada área. Para 
facilitar e se ter uma melhor busca através desta ferramenta elaboraram um manual com 
instruções baseadas nos navegadores Netscape ou Internet Explorer. 
O acesso ao Portal da Pesquisa só pode ser realizado através de instituições e 
usuários cadastrados.Na hora de acessar o Portal o nome da instituição aparecerá na 
27 
página principal em formato de link e em seguida estará autorizado a acessá-la. O Portal 
da Pesquisa não é uma base de dados não é um programa e sim uma publicação 
específica com artigos em “abstracts” (resumos) e “full texts” (textos completos). 
Para acessá-lo fora da instituição é necessário conectar-se usando usuário e senha e 
ter esta permissão por parte da instituição, a qual é o seu IP (Internet Probable) que 
significa a sua identidade. 
O primeiro acesso no qual o usuário tem contacto é com o modo “Pesquisa 
Simplificada”, onde se tem acesso a várias bases de dados em uma única busca, essas 
bases por sua vez estão agrupadas por áreas onde se escolhe a área de interesse na opção 
“área a pesquisar”, digitar as palavras de sua escolha em “termos da busca” e clicar em 
“pesquisar”.É importante digitar todos os termos em inglês, exceto os nomes científicos 
e termos que forem pesquisados em bases de dados latino-americanas.Há a opção de 
usar o tradutor, para auxiliar na tradução para a língua portuguesa em resumo ou texto 
completo. 
 Para que a pesquisa seja mais específica devem-se utilizar os termos “and”, “or” e 
“not” para acrescentar ou excluir palavras. Após esta etapa tem-se o resultado das bases 
de dados em forma de link e avançando nas próximas páginas pode-se localizar o 
registro de onde vem a informação obtida.Neste campo da pesquisa simplificada 
podemos pesquisar através do título, autor, publicação, resumo, texto completo e 
idioma. Se escolhermos a opção de registros completos, basta clicarmos em “texto 
completo” e termos o texto na íntegra. 
 Há ainda a opção para se recuperar um registro, ele salva os registros em formato 
texto, ou de acordo com a preferência pode-se também imprimir, isto se dará através do 
navegador de internet que está sendo utilizado, ou enviar os registros selecionados para 
o endereço de e-mail no campo “destinatário”. É importante saber que as imagens que 
aparecem no texto não podem ser visualizadas na opção “Pesquisa Simplificada”, pois 
para se ter à possibilidade de pesquisar em várias áreas simultaneamente tem-se que ter 
o protocolo Z-3950, o acesso às imagens só será possível na opção “Pesquisa 
Avançada”. 
 Se o usuário preferir utilizar a opção “bases de dados”, “revistas” e “livros” no 
menu de pesquisa. Quando clicamos em bases de dados, escolhemos uma área que nos 
28 
interessa diante das opções que são geradas em “área a pesquisar”, sendo que cada base 
possui uma interface própria como o “thesaurus” (lista de termos específicos sobre 
determinado assunto) juntamente com uma espécie de filtragem para delimitar a 
pesquisa e com isso ficar mais específica. Podemos pesquisar por ano de publicação, 
por texto completo, resumo, título tendo acesso também a imagens e gráficos. Assim, 
seguindo estas etapas teremos realizado a pesquisa e em seguida, encerrarmos. 
 
2.5-O que é o Protocolo Z – 3950? 
 
Z-3950 é um protocolo de comunicação entre computadores desenhados para 
permitir pesquisa e recuperação de informação – documentos com textos completos, 
dados bibliográficos, imagens, multimeios, em redes de computadores distribuídos. 
Baseado em arquitetura cliente/servidor e operando sobre a rede Internet, o protocolo 
permite um número crescente de aplicações. E como esse ambiente é muito dinâmico, 
no qual o protocolo é aplicado, é preciso que a norma seja constantemente analisada e 
atualizada para proporcionar as mudanças de que os criadores, provedores e usuários de 
informação necessitam (Moen, 1995). 
Este protocolo foi desenvolvido a partir da necessidade de um mecanismo que 
estabelecesse a comunicação entre sistemas de computadores, com isso a NISO (The 
National Information Standards Organization) estabeleceu um comitê para elaborar um 
sistema de interoperacionalização de diferentes sistemas de computação com diferentes 
sistemas operacionais, equipamentos, formas de pesquisa, sistema de gerenciamento de 
bases de dados, permitindo a recuperação de informação. Os estudos começaram na 
década de 70 e foram sendo aperfeiçoados até o ano de 1995. 
 
2.6- Sociedade da informação 
 
A universidade e a biblioteca são instituições sociais voltadas para o atendimento 
das necessidades de um grupo social ou da sociedade em geral, contudo, na sociedade 
do conhecimento, a biblioteca universitária passa por um momento crucial no que se 
refere ao seu papel de auxílio e apoio ao processo educacional. Isto se deve, 
29 
principalmente, aos múltiplos recursos que as novas tecnologias oferecem para atuar no 
processo educacional. 
Com o surgimento da internet, a instantaneidade, a efemeridade, a complexidade e 
a rapidez com que as informações processam e veiculam na rede, dificulta o controle e a 
qualidade da informação. Isto provoca profundas alterações nos procedimentos de 
produção, transmissão e uso do conhecimento. Em artigo onde busca contextualizar o 
Programa Sociedade da Informação no Brasil, Legey (apud Espírito Santo, 2005) 
sustentam que a geração de conhecimento é um processo que se alimenta de 
aprendizados, resultantes de experiências e interações, como de informações 
classificadas, processadas e analisadas, que geram um tipo novo de saber. Isto passa 
necessariamente pela questão do acesso e uso de informação, o que exige uma ampla 
circulação e disseminação/comunicação de informação e, conseqüentemente, requer que 
as bibliotecas revejam seus procedimentos atuais de gerenciamento. Nesta ótica, o 
modelo tradicional que caracteriza a biblioteca universitária está se tornando 
insuficiente para atender a demanda. 
Assim, a sobrevivência da biblioteca e de suas atividades de apoio ao ensino e a 
pesquisa dependem de uma postura estratégica do administrador da informação, o que 
implica na percepção, avaliação e adoção de perspectivas diferenciadas para a 
administração no panorama atual. 
Podemos dizer aqui que a capacidade de gerar, tratar e transmitir informação com 
qualidade é a primeira etapa de uma cadeia de produção, que se completa com sua 
aplicação no processo de agregação de valor a produtos e serviços educacionais. Isto 
exige um processo de interação constante entre o corpo acadêmico e a biblioteca 
universitária, pois estes são os principais recursos informacionais que a universidade 
dispõe para tal fim. 
Segundo (DECIGI, apud Espírito Santo 2005), designam-se recursos 
informacionais/educacionais ao conjunto de ações, procedimentos e/ou elementos 
englobados nas atividades de produção, organização, acesso, comunicação e uso da 
informação. Uma das práticas bastante significativas neste conjunto é a gestão da 
informação. 
30 
O termo gestão da informação significa “(...) o planejamento, a construção 
organização, a direção, o treinamento e o controle associados com a informação”. Pode 
agregar tanto a informação, ela mesma, quanto os recursos relacionados, tais como 
pessoas, equipamentos, recursos financeiros e tecnologia. (DECIGI, apud Espírito Santo 
2005).Segundo Gonzalez de Gómez (1999),é de responsabilidade da gestão da 
informação “(...) o planejamento, a instrumentalização, a atribuição de recursos e 
competências, o acompanhamento e a avaliação das ações de informação e de seus 
desdobramentos em sistemas, serviços e produtos”. 
Visto dessa maneira, podemos equiparar a gestão da informação nas bibliotecas 
com a gestão de recursos informacionais, sendo a própria biblioteca o recurso 
informacional e o objeto da gestão que contemple um contexto universitário, onde 
bibliotecários e professores possam participar de forma ativa e igualitária na produção e 
divulgação da informação. 
No ciclo de comunicação da informação, as bibliotecas têm um papel 
fundamental.A elas cabem, neste ciclo, os papéis de coleta, registro, estocagem e 
disseminação de informações. Entretanto, a complexidade de armazenamento e a 
dificuldade do controle bibliográfico são um dos muitos efeitos do binômio das novas 
tecnologias x produção científica. O impacto das novas tecnologias no processo de 
comunicação provoca a reordenação dos processos de produção e distribuição de 
conteúdos, o que requer mudanças nas práticas profissionais com vistas à sua utilização, 
através de controle bibliográfico, organização e difusão de informações. Este processo 
nos permite ver a importância da interação entre o corpo acadêmico e o bibliotecário. 
Entre os principais benefícios da Internet estão: dar acesso a páginas de informação 
localizada em qualquer lugar do mundo, permitindo o envio e o recebimento de 
mensagens e arquivos; possui características de aplicabilidade, integração e 
colaboração, que possibilitam a redução de tempo e espaço, facilitando a forma de 
aquisição, interpretação e ação sob a informação. 
O uso da internet e de suas aplicações representou a adoção de inovações para as 
organizações em diversas situações. Nas organizações educacionais, o seu uso se 
intensifica a cada dia, fornecendo produtos e serviços de caráter acadêmico, não só à 
comunidade acadêmica, mas também, ao mercado, permitindo criar, um canal de 
31 
comunicação dos processos acadêmicos com a comunidade (interna e externa), 
determinando assim as novas regras do cenário educacional. 
A diversificação dessas ferramentas e suportes informacionais comprova a 
importância da informação na contribuição do ensino e no processo crescente de 
produção, acesso e disponibilidade da informação.Dentro desta realidade é importante 
visualizar que o gerenciamento dessas tecnologias de informação e comunicação 
absorve um processo que contempla o uso estratégico da informação em ambiente 
digital para diversas finalidades. 
Na área de biblioteconomia não é diferente. A atual realidade requer profissionais 
com maior domínio em ferramentas de gestão de serviços de informação, desde sua 
pesquisa, seu tratamento e, principalmente, sua disseminação aos usuários, cada vez 
mais exigentes e apressados na obtenção de informações pontuais e relevantes, ou seja, 
a informações exclusivas, eficientes e direcionadas à sua necessidade. 
Para Vergueiro & Carvalho (2000), as bibliotecas universitárias precisam criar, 
definir e/ou reestruturar as práticas de trabalhos e métodos gerenciais que passem a 
responder de maneira rápida e eficiente às demandas da sociedade na qual estão 
inseridas, bem como às características e necessidades específicas de usuários. (Broady-
Preston & Preston, 1999) 
 
 
 
 
 
 
2.7-Competência em Informação 
 
A ciência da informação parece ter emergido como campo científico a partir da 
necessidade de socializar a informação científica e tecnológica. Nesse sentido, estamos 
estudando este processo de comunicação entre os pesquisadores (usuários) e as 
estratégias possíveis, contribuindo para superá-los, contribuindo para fazer a informação 
32 
chegar em tempo hábil aos seus usuários. Entretanto, as atividades de informação 
científica e tecnológica se expandiram para além do campo científico e tecnológico, 
passando a interessar, também pelo estudo de problemas de comunicação da informação 
em todos os níveis da sociedade.Neste caso, a informação científica e tecnológica 
propriamente dita juntou-se a outros tipos de informação tecnológica que representam 
relevantes insumos à produção de bens e serviços, tais como informações 
mercadológicas, legais, comerciais, gerenciais, estatísticas e outras. 
Desse modo, a comunicação da informação coloca-se como processo de troca de 
mensagens que possui valor econômico, político, social e cultural, representando a 
objetivação das idéias de racionalização e eficiência predominantes na visão de mundo 
da sociedade.Por um lado, a efetiva comunicação dessas informações para usuários 
potenciais na sociedade representa oportunidades de incremento à produção de bens e 
serviços, criando novas possibilidades de expansão e competitividade para as 
organizações. Por outro, sua comunicação representa um desafio para os profissionais 
da informação, aos quais caberia a responsabilidade social de definir estratégias para 
que a informação possa superar as barreiras que se colocam entre emissores e 
receptores, no processo de comunicação da informação. É desse desafio de 
comunicação, relacionamento entre o bibliotecário, alunos e professores que abordamos 
e percebemos a necessidade de se ter claro a importância da competência em 
informação. 
Dentro do que vem a ser competência em informação, destacamos a visão de 
alguns autores sobre o que vem a ser competência, tais como: 
Na concepção de Dudziak, a sociedade vem passando por profundas e rápidas 
alterações que têm se refletido nos mais variados setores. Nossa inserção nos processos 
de globalização, a proeminência da informática e das telecomunicações, assim como as 
mudanças que vêm ocorrendo na economia mundial mudaram os parâmetros 
profissionais que estamos subordinados. 
 Isso tem afetado particularmente a educação, sugerindo a adoção de novos 
paradigmas educacionais mais adequados a essa nova realidade. Nesse sentido tem 
crescido a importância do aprendizado significativo, com ênfase na formação totalizante 
do indivíduo e sua capacitação para lidar com a incerteza e o volume grande de 
33 
informações disponibilizadas. Busca-se, mais do que nunca a construção do 
conhecimento enquanto processo.(Dudziak, 2000). 
Hatschbach afirma que “a influência da informação no mundo contemporâneo não 
pára de crescer. As ferramentas de acesso a ela se desenvolvem e diversificam não 
ocorrendo o mesmo com as competências necessárias para sua localização, 
processamento e utilização. Na educação constata-se a necessidade de um aprendizado 
contínuo, que desperte a capacidade de análise e auxilie o resgate da cidadania. O 
trabalho educativo torna-se protagonista de uma sociedade emancipadora e 
igualitária”.(Hatschbach, 2002). 
Competência em informação é usualmente descrita como a habilidade em localizar, 
organizar e utilizar a informação efetivamente para determinados objetivos. Isto é uma 
capacidade genérica, que ajuda as pessoas a tomarem decisões, resolverem problemas e 
realizarem pesquisas. 
A competência em informação também auxilia no sentido do indivíduo chamar 
para si a responsabilidade do aprendizado contínuo em áreas de interesse pessoal ou 
profissional.(Bruce, 1997). 
Belluzzo adota o conceito da Association for College and Research Libraries onde “a 
habilidade para reconhecer quando existe a necessidade de se buscar a informação, estar 
em condições de identificá-la, localizá-la e utilizá-la efetivamente para um objetivo 
específico determinado. É também denominada a alfabetização do século XXI. 
(Belluzzo, 2001) 
O cidadão da sociedade da informação sofrea intensificação da circulação de 
informações, que é a principal característica deste sistema social. A televisão a cabo, 
vídeo, internet, cd-rom, softwares diversificados, e-mail, chats, tv interativa, DVD são 
algumas dessas tecnologias que vieram ampliar o acesso à informação, integrando-se 
aos suportes tradicionais e, muitas vezes, incorporando-os e transformando-os. (Zenha, 
2004) 
(Gould, 1985 citado em Freire, 1987), diz que dentro do sistema em que vivemos, o 
processo de transferência de tecnologia inclui necessariamente a comunicação da 
informação, uma vez que a tecnologia representa conhecimento científico, técnico, 
econômico e cultural que torna possível a concepção; planejamento, desenvolvimento, 
34 
produção e distribuição de bens e serviços, na sociedade em que vivemos. Esse 
conhecimento cresce e ganha vida quando é aplicado principalmente por meio de 
profissionais que tanto têm acesso a estoques de informação quanto conhecem os 
problemas, necessidades e limitações das pessoas (usuários), as quais esses estoques 
interessariam (professores e alunos). 
Assim, a importância dos profissionais da informação para o desenvolvimento das 
forças produtivas na sociedade contemporânea é decorrente do seu papel de mediador 
entre estoques e usuários de informação. E para isso, necessariamente, devem-se 
conhecer os receptores/usuários aos quais a informação se destina, bem como os meios 
de comunicação mais adequados para sua transmissão. 
Dentro desta perspectiva, cabe a nós, bibliotecários, sermos facilitadores da 
comunicação de informação e ferramentas, aproximando produtores/emissores e 
usuários/receptores da informação, de modo que os recursos disponíveis sejam 
utilizados por todos os que os recursos informacionais disponíveis sejam utilizados por 
todos aqueles que necessitam deles. (FREIRE, apud Starec 2005). 
Diante do que abordamos neste capítulo, podemos sentir que cada vez mais o 
bibliotecário precisa estar atualizado, atuante e dominando os recursos eletrônicos 
disponíveis que a cada dia é mais acelerado. Dentro dos exemplos que já foram citados 
é importante o profissional da informação estar continuamente em um processo de 
aprendizagem e utilização da mesma, localizando, avaliando e interpretando-os para 
auxiliarmos os usuários e atingirmos o objetivo proposto. 
 
 
 
 
CAPÍTULO III-ELABORAÇÃO DE MATERIAL 
INSTRUCIONAL PARA DESENVOLVIMENTO DE 
CULTURA ESPECÍFICA E AUXÍLIO AO USUÁRIO 
 
 
35 
 Nesse capítulo falaremos do ENADE (Exame Nacional de Desempenho de 
Estudantes), seus objetivos e como foi criado.Daremos ênfase ao trabalho realizado pelo 
Sistema de Bibliotecas de uma universidade para auxiliar os estudantes neste exame. 
 As referências utilizadas foram sites da Internet e entrevista com a equipe que 
elaborou o “Programa Complemente sua Formação Geral”. 
 
 
 
Em 14 de abril de 2004, foi criada a lei nº 10.861, que institui o Sistema Nacional 
de Avaliação da Educação Superior – SINAES, com o objetivo de avaliar a nível 
nacional as instituições de ensino superior de educação superior, os cursos de graduação 
e o desempenho acadêmico de seus estudantes. 
O SINAES tem por objetivo, melhorar a qualidade de ensino superior, orientar e 
expandir a sua oferta, fazendo com que a instituição seja eficaz na parte acadêmica, 
social, tendo mais compromisso, responsabilidade social e desta forma valorizando a 
sua missão de promover os valores da democracia, autonomia e identidade enquanto 
instituição, respeitando a identidade e a diversidade de instituições e de cursos. 
O SINAES é formado por três partes principais: a avaliação das instituições, dos 
cursos e do desempenho dos estudantes. Ele avalia todos os aspectos pertinentes a estas 
três partes, que são: ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, desempenho 
dos alunos, a gestão da instituição, corpo docente, as instalações, etc. Ele tem outras 
formas de avaliação como a auto-avaliação, a avaliação externa – Enade – avaliação dos 
cursos de graduação e meios de captar informações como censo e cadastro. Todo este 
trabalho é realizado para se poder visualizar um panorama da qualidade dos cursos e 
instituições de ensino superior. A avaliação é coordenada e supervisionada pela 
CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior e a 
operacionalização são feitas pelo INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas. 
Estes dados obtidos são utilizados pelas IES – Instituição de Educação Superior para 
avaliar a eficácia da instituição e daí traçar e orientar o governo, estudantes, pais de 
alunos e público em geral em relação à estrutura e realidade dos cursos e instituições. 
 
36 
 
3.2- ENADE – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 
 
Como já vimos, o ENADE é um dos exames do SINAES para substituir o provão a 
partir de 2004. Todos estudantes do primeiro e último ano de cada curso.Antes o exame 
que era realizado era obrigatório a todos os estudantes no último ano da graduação, já o 
Enade avalia através de um sorteio a partir dos alunos inscritos nos cursos, sendo 
somente para os selecionados de caráter obrigatório, onde o não comparecimento 
acarreta na suspensão do recebimento do diploma. Agora o sistema passa a fazer a 
avaliação de três em três anos. 
O ENADE avalia de forma conjunta onde atribui uma nota à instituição levando em 
conta não só o desempenho do estudante, mas também a qualidade do curso e a 
estrutura que é oferecida por parte da instituição. Como foi citado anteriormente, o 
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, juntamente com uma 
comissão interna composta por diretores, professores, alunos e funcionários da 
faculdade irão avaliar o perfil e o compromisso da instituição com a sociedade. 
Neste ano de 2006, o ENADE vai avaliar 15 cursos: administração, arquivologia, 
biblioteconomia, biomedicina, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação 
social, design, direito, música, formação de professores, psicologia, secretariado 
executivo, teatro e turismo.O INEP está com a expectativa de inscrever 906.950 alunos, 
sendo 583.190 que estão ingressando e 323.760 que estão concluindo, este universo está 
distribuído entre 7.833 cursos. 
 As provas serão realizadas no dia 12 de novembro em mais de mil municípios de 
todo o país. 
 Os alunos que se formarem até o dia 18 de agosto e os que estão cursando 
atividades curriculares fora do Brasil ficarão dispensados do ENADE. 
 O INEP é responsável em enviar para as universidades as instruções quanto ao 
cadastramento eletrônico dos alunos que foram selecionados, já os dirigentes das IES 
são os responsáveis em realizar as inscrições dos alunos e divulgar a lista de candidatos 
e os locais de prova. 
37 
Em 2004 e 2005 foram avaliadas as carreiras de: agronomia, educação física, 
enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, 
nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia, arquitetura e 
urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, engenharia, filosofia, física, 
geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química. 
A seguir teremos todo um trabalho que foi desenvolvido através de pesquisa, 
elaborado através de “clippingns” para atender ao preparo dos alunos a qual são 
selecionados para realizarem tal exame (ENADE) com o objetivo de terem um bom 
aproveitamento por ambas as partes envolvidas neste processo de avaliação, este 
trabalho foi denominado pela diretora do Sistema de Bibliotecas da Univercidade de 
Programa “Complemente sua Formação Geral”. 
 
3.3. Programa “Complemente sua formação geral” 
 
Segundo o relatoda Profª Fátima Raposo, diretora do Sistema de Bibliotecas - 
UNIVERCIDADE e Colégio Cidade, no intuito de atender exigência do Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, a Coordenação 
Acadêmica do curso de Pedagogia e a Direção Geral de Bibliotecas estabelecem 
metodologia para atender ao parágrafo 4 da Resolução 179, que versa sobre a formação 
geral do estudante. 
O produto a ser elaborado pelos alunos do curso (Pedagogia e Biologia) é um 
clipping (recortes de jornais) sobre os seguintes temas: sociodiversidade, 
multiculturismo e inclusão; exclusão e minorias; biodiversidade; ecologia; novos mapas 
sócios e geopolíticos; globalização; arte e filosofia; políticas públicas: educação, 
habitação, saúde e segurança; redes sociais e responsabilidade: setor público, privado, 
terceiro setor, relações interpessoais (respeitar, cuidar, considerar e conviver); vida 
urbana e rural; inclusão/exclusão digital; cidadania; violência; terrorismo; avanços 
tecnológicos; relações de trabalho. 
A metodologia a ser empregada resulta de técnicas de pesquisa bibliográfica da 
área de Biblioteconomia.Os jornais pesquisados têm seus sites abrigados na Internet. 
38 
O resultado das pesquisas será mostrado em painel a ser montado nas Unidades 
onde estarão expostas as referências bibliográficas dos temas pesquisados. O usuário 
que necessitar do material completo (full text) deverá procurar a Biblioteca de sua 
Unidade. 
 
Metodologia 
1) Relacionar o tema da pesquisa. Por exemplo: políticas públicas; 
2) Consultar os sites dos jornais em formato eletrônico; 
2.1) Importante: a recuperação dos artigos será realizada única e exclusivamente em 
jornais disponíveis em meio eletrônico; 
3) Utilizar os metaminers (dispositivos de busca e pesquisa que possibilitam 
recuperar os artigos de jornais referentes ao assunto escolhido). 
3.1) Importante – os jornais oferecem os artigos mais recentes. Uma recuperação 
sobre determinado assunto feita de forma mais profunda certamente incorrerá em 
custo para o pesquisador; 
4) Localizado o assunto o aluno deverá relacionar os seguintes dados: 
4.1) Matéria assinada: autor, título do artigo, nome do jornal, local, data. Seguido 
de: disponível em: <endereço eletrônico do jornal>. Acesso em “colocar a data”; 
4.2) Matéria não assinada: título da matéria, nome do jornal, local, data. Disponível 
em: <endereço eletrônico do jornal>. Acesso em “colocar a data”; 
5) Estes dados descritos no item 4 (quatro) são necessários para que se elabore a 
“referência bibliográfica” (NBR 6023-ABNT) do artigo; 
6) A referência bibliográfica deverá ser separada e relacionada por ordem 
alfabética dentro do tema proposto; 
7) A relação dos temas terá o nome de “Complemente sua formação geral”; 
8) A relação dos temas, contendo somente as referências bibliográficas ficará 
exposta num mural em local de destaque na Unidade; 
9) A relação dos temas e as referências bibliográficas deverão ser encaminhadas 
para a Biblioteca; 
10) A Biblioteca abrigará os textos completos dos temas referenciados os quais 
estarão disponibilizados aos usuários; 
39 
11) Os textos completos também deverão ficar com a Coordenação do curso; 
12) A relação dos temas ficará disponível pelo prazo de uma semana e deverá ser 
atualizada até que o programa tenha seu final determinado pela Direção acadêmica 
do Curso de Pedagogia. 
 
 Dentro do enfoque do Programa “Complemente sua Formação Geral”, 
destacamos o desempenho do trabalho do bibliotecário em parceria com os professores 
para atingir o objetivo principal de auxiliar o aluno no sucesso da realização do exame 
do ENADE. 
 Ficamos satisfeitos, pois os resultados finais foram atingidos e satisfatórios por 
ambas as partes. É este relacionamento que gera o desenvolvimento e fortalecimento da 
difusão e utilização da informação adequadamente. 
 
 
CONCLUSÃO 
O presente trabalho serviu de incentivo para sentir quanto precisamos nos 
empenhar mais e nos aperfeiçoarmos no nosso trabalho, a fim de que cumpramos o 
papel fundamental de sermos facilitadores da informação para os usuários Para que a 
informação educativa cumpra a função de educar, a partir do momento que aprendemos 
a utilizar os recursos disponíveis para captar as informações que os usuários tanto 
precisam, estaremos cumprindo uma parte da nossa função e veremos a transformação. 
 Para isso surge a presença do bibliotecário para ser um facilitador entre o professor 
e a informação para que este objetivo seja alcançado, onde o relacionamento de ambos é 
fundamental. Sabemos que quem possui informação tem um grande poder de 
transformar e mudar situações. Neste trabalho foi iniciado desde quando surgiu a 
informação escrita, através da linda história do livro desde o antigo Egito até os dias de 
hoje, passando por nossa sociedade que é permeada de informações, mas principalmente 
focando a biblioteca como uma instituição social voltada para atender e suprir as 
necessidades da sociedade em geral, sendo uma geradora e facilitadora para utilização 
40 
dos recursos informacionais disponíveis em diferentes formas e meios diante das novas 
tecnologias. 
Falar da informação educativa e dos recursos informacionais abrange o 
compromisso que temos como profissionais da informação onde foi exemplificado com 
o relacionamento entre o bibliotecário e o professor. Este relacionamento gera em 
nossas vidas a responsabilidade e certeza que podemos ajudar no processo de 
transformação da sociedade, pois a partir do momento que temos conhecimento e o 
aplicamos, há transformação de mentalidade e comportamento e isso gera mudanças 
para melhor. 
O início este trabalho começou com a parte histórica onde tudo se iniciou, a 
história fascinante do livro e de que forma chegou a nós. Mas o que nos fascina é que 
não paramos aí, houve mudanças, novas tecnologias de informação, novos recursos, 
acessos, disponibilidade para tal. O tempo foi passando e não só temos informação no 
papel, mas nos meios eletrônicos em infinitas formas. 
Para isso nos chamou a atenção de alguns conceitos como a acessibilidade 
documentária, onde o autor Antonio Miranda destaca a capacidade que as bibliotecas 
tem de selecionar, adquirir, organizar e prestar serviços a partir de uma coleção física de 
documentos, a qual é tradicional chamada de disponibilidade documentária, 
independente dos recursos financeiros de uma instituição, para isso o bibliotecário 
cumpre papel fundamental. 
Destaco a biblioteca como um recurso de informação interativo no processo de 
educação quando há o relacionamento do professor e bibliotecário para juntos 
construírem todo o processo da informação chegar até aos alunos e usuários. 
Outro conceito que destacamos é o da Competência Informacional, onde alguns 
autores destacam as habilidades ligadas ao uso da informação eletrônica, ressaltando a 
necessidade de educar os usuários e destacar a necessidade que as bibliotecas 
universitárias se preparassem para oferecer novas possibilidades de desenvolver nos 
usuários tais habilidades diante da interação com o ambiente digital. 
Destacamos a responsabilidade do bibliotecário como um catalisador das mudanças 
dentro da educação, onde é sempre comentado a função pedagógica da biblioteca de 
41 
repensar o nosso papel, de se trabalhar de forma cooperativa justamente contribuindo 
para o desenvolvimento e fortalecimento da função educativa. 
Na competência informacional surge a questão onde os bibliotecários têm que 
demonstrar efetivamente a sua capacidade de influenciar positivamente na educação e 
exemplifica com o serviço de referência, ampliando diretamente o nosso papel na 
sociedade

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