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Tipologias de Aristoteles

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Aluno: Priscila Paula da Silva 
Matrícula: 17113110425 
Pólo: Três Rios 
Curso: Administração Pública 
Disciplina: Ciência Política 
 
 Ao longo dos anos, os tipos de poder vêm sendo questionado, procurando 
definições. Com isso esbarramos em duas tipologias uma formulada por Aristóteles, 
tipologia clássica, que aborda que as formas de poder são de acordo com os fins e a 
tipologia moderna, formulada por Norberto Bobbio, onde as formas de poder são de 
acordo com os meios. 
 Aristóteles em sua tipologia clássica dividiu as definições dos tipos de poder em 
três: o poder paterno, que é aquele exercido pelo pai sobre o filho, com interesse do 
filho, o poder despótico, aquele exercido pelo senhor sobre o escravo, impondo o 
interesse do senhor, e o poder político, que é aquele exercido pelos governantes, no 
interesse de ambos os lados. 
 Segundo Aristóteles, o poder político deveria ser exercido para fim de interesse 
de ambos, mais com o passar do tempo, ele foi percebendo que muitos governantes 
exerciam poder sobre os governados para interesse próprios. Pensando nessa questão, a 
fim de resolvê-la, ele criou outra tipologia, a tipologia moderna, que foi a das formas de 
governo, que possui como variável, o número de governantes. Essa tipologia se divide 
em: o governo de um só, a monarquia, onde se encontra o rei, que busca satisfazer o 
interesse de todos, mais esse tipo de governo pode ter pontos negativos quando o rei 
exerce o poder para seu próprio interesse, assim usa da tirania, o governo de poucos, a 
aristocracia, onde são escolhidos os melhores para satisfazer o interesse de todos, mais 
quando uma minoria especificamente os ricos, começam a exercer poder sobre os mais 
pobres, a oligarquia, faz um mau funcionamento do governo, e o governo de muitos, 
politeia (cidade-Estado), faz de tudo para satisfazer os interesses dos governados, 
transformando em um governo bom e respeitado, mais quando uma maioria exerce 
poder de seu próprio interesse sobre a minoria, ocorre a democracia( no tempo de 
Aristóteles, significava tirania) fazendo um mal governo. 
 Norberto Bobbio, também dividiu sua tipologia em três partes: o poder 
econômico, o poder ideológico e o poder político. O primeiro é quando o poder é 
exercido sobre algo mediante uma recompensa ou troca, podendo ser terra, máquina ou 
dinheiro, como exemplo, uma empresa que exerce poder econômico sobre seus 
funcionários para cumprir suas tarefas em troca do pagamento de salário. O segundo, 
poder ideológico, quando o comportamento do individuo é influenciado, independente 
do uso da coerção física ou necessidade material, como exemplo, na igreja evangélica 
quando seus membros obedecem às doutrinas impostas na igreja. O terceiro, o poder 
político, quando o poder é exercido através da ameaça ou uso da força, exemplificando 
temos o pagamento de impostos, caso o individuo deixe de cumprir essa lei, sofrerá as 
conseqüências. 
 O Estado e o poder político caminham juntos, pois o Estado precisa exercer o 
poder político sobre a sociedade para atuar. Como característica, podemos abordar o 
monopólio do uso legítimo da força física sobre os indivíduos na sociedade. O Estado 
precisa impor exercer o poder político sobre a sociedade, como por exemplo, no 
cumprimento das leis impostas pelo Estado, onde os indivíduos que não cumprirem as 
normas sofrerão as conseqüências, por meio da força, caso não cumpra podem ser 
presos, multados, ou até executados, dependendo da legislação do país. O Estado e o 
poder político são termos indissociáveis, e a diferença do poder político dos outros tipos 
de poder é que somente o Estado tem exclusividade e legitimidade para fazer o uso da 
força sobre os indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 COELHO, Ricardo Correa. Ciência Política. Departamento de Ciências da 
Administração/UFSC. Vol. 1. Florianópolis, 2010.

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