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Direito Previdenci rio material 05

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600.03 
Direito Previdenciário 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
Sumário 
1. APOSENTADORIAS VOLUNTÁRIAS .............................................................................. 2 
1.1. Aposentadoria por idade ..................................................................................... 2 
1.1.1. Fundamento constitucional de validade ....................................................... 3 
1.1.2. Previsão legal ................................................................................................. 4 
1.1.3. Necessidade social ......................................................................................... 6 
1.1.4. Exigências pessoais ........................................................................................ 6 
1.1.5. Carência ......................................................................................................... 8 
1.1.6. Valor ............................................................................................................ 10 
1.1.7. Data de início do benefício .......................................................................... 11 
1.1.8. Aposentadoria compulsória por idade ........................................................ 12 
1.1.9. Aposentadoria rural .................................................................................... 13 
1.2. Aposentadoria por tempo de contribuição ....................................................... 20 
1.2.1. Fundamento constitucional de validade ..................................................... 20 
1.2.2. Necessidade social ....................................................................................... 22 
1.2.3. Prova do tempo de contribuição ................................................................. 29 
1.2.4. Exigências pessoais ...................................................................................... 36 
1.2.5. Carência ....................................................................................................... 36 
1.2.6. Valor ............................................................................................................ 36 
1.2.7. Data de início do benefício .......................................................................... 36 
1.2.8. Observação 1 ............................................................................................... 37 
1.2.9. Observação 2 ............................................................................................... 38 
 
 
600.03 
Direito Previdenciário 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
2 
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ERRATA: Foi retificado, neste resumo, o seguinte conteúdo: 
Na página “13”, onde se lê: 
“Pela regra do regime geral, se o homem com 65 anos e a mulher com 60 já 
possuírem carência, a empresa PODE requerer a aposentadoria compulsória para o segurado 
e, se o fizer, a aposentadoria será compulsória para esse segurado. É uma faculdade que a 
empresa possui.” 
Leia-se: 
“Pela regra do regime geral, se o homem com 70 anos e a mulher com 65 já 
possuírem carência, a empresa PODE requerer a aposentadoria compulsória para o segurado 
e, se o fizer, a aposentadoria será compulsória para esse segurado. É uma faculdade que a 
empresa possui.” 
 
1. APOSENTADORIAS VOLUNTÁRIAS 
 Ao tratar do tema aposentadoria especial no regime geral de previdência social é 
possível hoje falar em quatro modelos: 
 Aposentadoria por idade; 
 Aposentadoria por tempo de contribuição; 
 Aposentadoria especial; 
 Aposentadoria da pessoa com deficiência. 
Nesta aula o professor objetiva trabalhar a aposentadoria por idade e a aposentaria 
por tempo de contribuição. 
 
1.1. Aposentadoria por idade 
Para começo de conversa, a respeito da aposentadoria por idade vale a pena conferir 
o que dispõe §7º, da CRFB. Note sua redação: 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da 
lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se 
mulher; (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, 
reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para 
os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o 
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Direito Previdenciário 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
Antes de estudar o tema é preciso saber o que significa esse ponto e vírgula entre os 
incisos I e II do §7º do artigo 201 da CRFB. ? Significa “e” ou “ou”? Quanto ao regime geral de 
previdência, os requisitos idade e tempo de contribuição são alternativos ou cumulativos? 
Inicialmente, necessário destacar a distinção dos regimes, já que no regime geral essa 
aposentadoria é de um jeito e no regime próprio dos servidores o tratamento é de outro 
jeito. No regime geral (INSS), o que se tem são REQUISITOS ALTERNATIVOS, motivo pelo qual 
se tem uma aposentadoria por idade e outra aposentadoria por tempo de contribuição. No 
regime próprio dos servidores, o que se tem são REQUISITOS CUMULATIVOS, de modo que 
para a obtenção da aposentadoria integral cumulativamente se exige os requisitos idade e 
tempo de contribuição , segundo prescreve o artigo 40, §1º, III, “a” da CRFB. 
Art. 40, § 1º da CRFB Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata 
este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados 
na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
(...) 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício 
no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, 
observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e 
cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
1.1.1. Fundamento constitucional de validade 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
No tratamento da aposentadoria por idade, além da exigência de idade avançada, ela 
detalhadamente define o que é idade avançada no inciso II do §7º do artigo 201 da CRFB, 
que é um segundo fundamento de validade.600.03 
Direito Previdenciário 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da 
lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
(...) 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, 
reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para 
os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o 
produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
O que é idade avançada no regime geral de previdência social? R: 65 anos de idade 
para o homem e 60 anos de idade para a mulher, sendo esse o fato gerador do benefício. 
Cuidado! Essa idade avançada é reduzida para algumas pessoas. Quem são essas 
pessoas? R: a primeira coisa a se dizer é que não é o professor, pois professor não tem 
redução de idade na aposentadoria por idade. A aposentadoria diferenciada do professor se 
encontra no tempo de contribuição e, por isso, ele terá redução no tempo de contribuição e 
não na idade. Agora, numa perspectiva totalmente diferente, o professor vinculado ao 
regime próprio de previdência dos servidores possui redução tanto na idade quanto no 
tempo de contribuição. 
Mas reitere-se, na perspectiva do regime geral de previdência social, o professor não 
possui redução da idade para fazer jus ao benefício. As pessoas que fazer jus à redução da 
idade na aposentadoria por idade estão elencadas no inciso II do §7º da CRFB. 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, 
reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para 
os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o 
produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
 Quer dizer, fazem jus à redução: os trabalhadores rurais e outros trabalhadores que 
exerçam atividade em regime de economia familiar, podendo ser segurado especial, ou não. 
Para exemplificar: os segurados especiais, já definidos em aulas anteriores (ex.: 
pequeno pecuarista, pequeno agricultor, extrativista), têm direito de se aposentar com 
menos idade; um empregado rural também terá direito a se aposentar com a redução da 
idade; um produtor rural pessoa física; um contribuinte individual que presta serviço a uma 
ou duas pessoas no campo (ex.: boia-fria). 
 
1.1.2. Previsão legal 
Artigos 48 a 51 da lei 8.213/91. 
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Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao SEGURADO que, cumprida a carência 
exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 
(sessenta), se mulher. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 
§ 1º Os limites fixados no caput são reduzidos para 60 (sessenta) e 55 (cinqüenta e cinco) 
anos no caso dos que exercem atividades rurais, exceto os empresários, respectivamente 
homens e mulheres, referidos na alínea a dos incisos I e IV e nos incisos VI e VII do art. 11 
desta lei. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) 
§ 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos no 
caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na 
alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. (Redação 
Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) 
§ 2º Para os efeitos do disposto no parágrafo anterior, o trabalhador rural deve 
comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no 
período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao 
número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício 
pretendido. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) 
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar 
o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de 
meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o 
período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 11,718, de 2008) 
§ 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que não atendam ao 
disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados 
períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao 
completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se 
mulher. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008) 
§ 4o Para efeito do § 3o deste artigo, o cálculo da renda mensal do benefício será 
apurado de acordo com o disposto no inciso II do caput do art. 29 desta Lei, 
considerando-se como salário-de-contribuição mensal do período como segurado 
especial o limite mínimo de salário-de-contribuição da Previdência Social. (Incluído 
pela Lei nº 11,718, de 2008) 
Art. 49. A aposentadoria por idade será devida: 
I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir: 
a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 
(noventa) dias depois dela; ou 
b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando 
for requerida após o prazo previsto na alínea "a"; 
II - para os demais segurados, da data da entrada do requerimento. 
Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III deste Capítulo, 
especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70% (setenta por cento) do 
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salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, 
não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. 
Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o 
segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado 70 (setenta) 
anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, 
sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indenização prevista na 
legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a 
imediatamente anterior à do início da aposentadoria. 
 
1.1.3. Necessidade social 
 É a idade avançada, que é de 65 anos de idade para o homem e 65 anos de idade 
para a mulher, havendo a possibilidade de redução de 5 anos da idade de ambos para 
aquelas pessoas apresentadas no inciso II do §7º do artigo 201 da CRFB (trabalhadores rurais 
e demais trabalhadores que exerçam atividade em regime de economia familiar). 
1.1.4. Exigências pessoais 
Qual é a regra para os benefícios previdenciários? R: qualidade de segurado. Na 
aposentadoria por idade não é diferente, pois o artigo 48 da lei 8.213/91 prevê queela será 
devida ao segurado. 
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência1 
exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 
(sessenta), se mulher. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 
Entretanto existe na aposentadoria por idade uma exceção muito importante que 
possibilita uma pessoa já não ostentar mais a qualidade de segurado e, mesmo assim, 
adquirir o direito à aposentadoria. Tal possibilidade está prescrita no §1º do artigo 3º da lei 
10.666/2003 nos seguintes termos: 
Art. 3º, § 1o Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado 
não será considerada para a concessão desse benefício, desde que o segurado conte 
com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de 
carência na data do requerimento do benefício. 
Em resumo quer dizer que a perda da qualidade de segurado será desconsiderada se 
a pessoa contar com o número de contribuições equivalente à carência para o recebimento 
desse benefício. 
 
1 A carência na aposentadoria por idade é de 180 contribuições mensais. 
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Exemplo: sujeito trabalha dos 20 aos 35 anos de idade. Aos 35 anos ele decide não 
mais trabalhar e passa a ficar em casa sem trabalhar e sem contribuir. Aos 65 anos de idade 
ele, de acordo com a regra, não será mais segurado, visto a ultrapassagem do período de 
graça. 
 Afinal, o que é preciso em regra para a aposentadoria por idade? 
R: idade avançada, número de contribuições equivalente à carência e qualidade de 
segurado. Mas de acordo com a hipótese apresentada, idade ele possui, carência ele possui, 
porém ele não é mais segurado por ter deixado de contribuir por muito tempo. Mas a lei 
releva essa perda da qualidade de segurado e permite a aposentadoria por idade desse 
sujeito. 
Em provas esse conhecimento pode ser cobrado de diversas formas. 
Exemplo: Roberto após 32 anos de trabalho foi demitido quando tinha 60 anos de 
idade. 5 anos depois, ele ainda não conseguiu um novo emprego e pensa em recorrer ao 
INSS. Ele tem direito à aposentadoria por idade? R: ele perdeu a qualidade de segurado, mas 
em que pese isso, como tem 32 anos de contribuição e idade avançada, de acordo com o §1º 
do artigo 3º da lei 10.666/2003 ele conseguirá se aposentar por idade. 
Indo um pouco além no exemplo hipotético, se aos 65 anos Roberto morre, mesmo 
não tendo a qualidade de segurado, ele deixa pensão por morte? R: sim. Ele não era 
segurado, mas tinha direito adquirido à aposentadoria e, portanto, ele deixará pensão por 
morte. Essa possibilidade consta no §2º do artigo 102 da lei 8.213/91 e está sumulada pela 
súmula 416 do STJ. 
§ 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer 
após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os 
requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior. (Incluído 
pela Lei nº 9.528, de 1997) 
 
Súmula 416 do STJ: É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, 
apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de 
aposentadoria até a data do seu óbito. 
Atenção, não apenas esse caso específico, mas todos os casos em que o segurado 
morre com direito adquirido à aposentadoria, consequentemente, ele deixa pensão por 
morte. Exemplo: ficou inválido e não conseguiu o benefício; depois morre sem ser segurado, 
porém com direito adquirido de receber o benefício, o qual fora negado pelo INSS; Em casos 
assim, os dependentes podem ajuizar ação comprovando que ele estava inválido e fazia jus 
ao benefício e, por isso, deixaria pensão por morte. 
 
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1.1.5. Carência 
Carência é número mínimo de contribuições necessárias à concessão do benefício. A 
carência da aposentadoria por idade é de 180 contribuições mensais. 
Geralmente os benefícios programáveis costumam ter carência maior. Assim, as 
aposentadorias voluntárias possuem carência maior justamente porque são programáveis. 
No passado, até surgimento da lei 8.213/97, o número mínimo de contribuições para 
o atendimento da carência da aposentadoria por idade era de 60 contribuições mensais, nos 
termos da lei 3.807/60 (lei orgânica da previdência social vigente até 1991), e não de 180 
como é hoje. A importância dessa informação é que muitas pessoas que hoje estão se 
aposentando entraram na previdência quando a regra era uma e hoje vão se aposentar de 
acordo com nova regra. 
Exemplo: um sujeito com 65 anos de idade e 59 contribuições mensais prestes a se 
aposentar é surpreendido com a notícia de que a regra mudou e o número de contribuições 
para a carência passou a ser de 180 contribuições. 
Não há em relação a tais pessoas um direito adquirido, mas uma expectativa de 
direito. 
 Como fazer para proteger as expectativas de direito? R: usualmente se lança 
mão das regras de transição. 
 Para quem se aplica a regra de transição? R: para aquele que foi surpreendido 
e que vivenciou as mudanças, no caso, somente aqueles que estavam filiados à previdência 
antes da lei 8.213/91. 
A regra de transição da época está preconizada no artigo 142 da lei 8.213/91 como 
uma tabela, criando um aumento progressivo do período de carência. 
Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, 
bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social 
Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial 
obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado 
implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício: (Artigo e tabela 
com nova redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 
 
Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos 
1991 60 meses 
1992 60 meses 
1993 66 meses 
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1994 72 meses 
1995 78 meses 
1996 90 meses 
1997 96 meses 
1998 102 meses 
1999 108 meses 
2000 114 meses 
2001 120 meses 
2002 126 meses 
2003 132 meses 
2004 138 meses 
2005 144 meses 
2006 150 meses 
2007 156 meses 
2008 162 meses 
2009 168 meses 
2010 174 meses 
2011 180 meses 
 
No caso hipotético daquele sujeito que estava quase se aposentando, percebe-se que 
a lei manteve a carência em 60 contribuições mensais. 
A questão a ser definida é a de como aplicar essa tabela. Isso porque o INSS aplicava 
de uma forma e jurisprudência de outra, mas é preciso chegar a uma conclusão para a prova. 
Quando, afinal, a carência será fixada, considerando o ano em que a pessoa completa 
os requisitos para a sua aposentaria? 
Segundo o professor, se a regra serve para fixar um período de carência, é preciso 
analisar o preenchimento de todos os requisitos, exceto o dacarência. Contudo, o INSS 
interpretou que para fazer jus ao benefício nos moldes da regra de transição era preciso 
preencher todos os requisitos necessários, inclusive a própria carência. Mas esse raciocínio 
acarretava alguns absurdos. 
Por Exemplo: se em 2005 o sujeito completou 65 anos de idade – porém contando 
apenas com 110 contribuições –, de acordo com o INSS, não foram preenchidos todos os 
requisitos, visto neste ano, pela tabela, a carência era de 144 meses de contribuição e o 
segurado só tinha 110, o que impedia a sua aposentadoria. Por meio dessa lógica, caso o 
sujeito continuasse a contribuir e tentasse alcançar essa carência de 144 meses no ano de 
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2008, ele nunca iria conseguir, visto que a carência exigida no ano de 2008 passaria a ser de 
162 meses de contribuição e não mais de 144. Metaforicamente, seria “perseguir o próprio 
rabo”. 
A jurisprudência, por sua vez, rechaçou essa interpretação do INSS ao argumento de 
que, se a tabela serve para fixar qual é a carência exigida, não é possível exigir carência para 
depois se fixar qual é a carência. Daí, o Judiciário fixou o entendimento de que a regra de 
transição do artigo 142 da lei 8.213/91 é aplicada de acordo com o ano em que o segurado 
preenche os requisitos materiais do benefício, que, no caso da aposentadoria por idade, se 
dá no ano em que o segurado completa a idade necessária para se aposentar. Muitos 
chamam essa situação descrita como sendo “carência congelada”, de tal maneira que se, 
hipoteticamente, a pessoa completa a idade necessária no ano de 2005 (momento no qual a 
tabela prevê o número de 144 contribuições), contando, porém, com apenas 132 
contribuições, essa carência de 144 contribuições fica congelada à espera do atingimento 
pelo segurado. Se em 2006 ele completa 144 contribuições, certamente poderá se 
aposentar, visto que a carência fora fixada no tempo em que o segurado atingiu a idade para 
se aposentar. 
A respeito desse assunto é importante a leitura da súmula 44 da TNU: 
Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência prevista 
no art. 142 da Lei nº 8.213/91 deve ser aplicada em função do ano em que o segurado 
completa a idade mínima para concessão do benefício, ainda que o período de carência 
só seja preenchido posteriormente. 
 
 1.1.6. Valor 
 Qual o valor da aposentadoria por idade? 
R: é proporcional ao número de contribuições que a pessoa possui. De forma técnica, 
serão apurados quantos grupos de 12 contribuições mensais o sujeito possui. Leia-se o que 
dispõe o artigo 50 da lei 8.213/91: 
Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III deste Capítulo, 
especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70% (setenta por cento) do 
salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) 
contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. 
Independentemente de quantas contribuições mensais a pessoa possua, o valor de 
70% é o básico. A esse valor é somado o 1% por cada grupo de 12 contribuições mensais. 
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Exemplo: a pessoa que tem 20 anos de tempo de contribuição, sua aposentadoria 
será de 70% + 20% (correspondentes ao 1% por cada grupo de 12 contribuições) gerando um 
total de 90%. 
Se a pessoa estiver fora da regra de transição, como a aposentadoria por idade exige 
180 contribuições, o valor mínimo ficará em torno de 85% do salário de benefício. 
Esse cálculo de 70% + 1% por cada grupo de 12 contribuições fica limitado ao valor de 
100% do salário de benefício. Por exemplo: se a pessoa contribuiu 32 anos, ela terá 100% do 
valor do benefício, e não 102%. 
 O salário de benefício é calculado com ou sem fator previdenciário? 
R: em regra é sem fator previdenciário, mas facultativamente ele poderá ser aplicado 
se o fator previdenciário der positivo. 
Mais adiante será visto que tanto a aposentaria por idade rural quanto a 
aposentadoria por tempo de contribuição possibilita o aproveitamento para a concessão de 
alguns benefícios um tempo de trabalho no campo sem que houvesse contribuição. 
O trabalhador rural pode ter um tempo de trabalho rural que pode ser aproveitado 
como tempo de contribuição, é o caso do trabalho rural anterior ao ano de 1991. Conhecer 
essa informação é importante porque esse tempo de trabalho não contributivo não entra no 
cálculo da aposentadoria por idade, já que a lei não exige anos de contribuição, mas sim 
grupos de 12 contribuições mensais. Esse é o assunto da súmula 76 da TNU: 
A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o 
coeficiente de cálculo da renda mensal inicial de APOSENTADORIA POR IDADE previsto 
no art. 50 da Lei nº 8.213/91. 
 
1.1.7. Data de início do benefício 
 Qual é a data de início do benefício de aposentadoria por idade? 
A aposentadoria tem uma regra prevista no artigo 49 da lei 8.213/91 e que é 
aplicável a todas as demais aposentadorias voluntárias (ex.: aposentadoria por tempo de 
contribuição, aposentadoria especial). Essa regra divide os segurados em dois grupos: 
I) empregado e empregado doméstico; 
II) demais segurados. 
 O que o empregado e o empregado doméstico têm que os demais não têm? 
R: emprego. Como eles têm emprego, eles têm da onde se desligar. Daí, a 
aposentadoria deles é devida desde a data do desligamento do emprego. 
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Exemplo: mulher com 60 anos de idade é demitida, mas continua a procurar 
emprego. Só que, passados 80 dias do seu desligamento, ela resolve aposentar por idade. 
 A partir de quando ela receberá o benefício? 
R: desde o desligamento, retroagindo, portanto. Contudo, para receber 
retroativamente, ela tem o prazo de até 90 dias para formular seu requerimento. Se passar 
de 90 dias, ela receberá o benefício a partir da data de entrada do requerimento – D.E.R. 
No cotidiano brasileiro, as pessoas adquirem o direito de se aposentar, mas 
continuam trabalhando e, sem desligamento, formulam o requerimento do benefício. Nesse 
caso, a data de início do benefício será a data de entrada do requerimento. 
Sintetizando, o segurado empregado e empregado doméstico receberá a 
aposentadoria por idade a partir da data da entrada do requerimento (DER) se formular seu 
pleito administrativo após 90 dias do desligamento, ou então, se não houver desligamento. 
Para os demais segurados, sempre a data de início do benefício de aposentadoria por 
idade será sempre a partir da data de entrada do requerimento – DER. 
Observação: dominar esse assunto é de grande valia para as provas de sentença, já 
que a partir dessas regras é que se definirá o pagamento dos atrasados. 
 
1.1.8. Aposentadoria compulsória por idade 
Existe no regime geral uma aposentadoria compulsória prevista no artigo 51 da lei 
8.213/91. Mas essa aposentadoria compulsória doregime geral é bem diferente da 
aposentadoria compulsória do regime próprio de previdência dos servidores2, já que esta 
 
2 Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo 
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos 
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste 
artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, 
calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3º: 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, 
calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, 
especificadas em lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma 
da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
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última contempla uma situação automática, mesmo que o servidor queira e a administração 
também queria mantê-lo ali, isso não será possível. 
Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o 
segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado 70 (setenta) 
anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, 
sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indenização prevista na 
legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a 
imediatamente anterior à do início da aposentadoria. 
Pela regra do regime geral, se o homem com 70 anos e a mulher com 65 já possuírem 
carência, a empresa PODE requerer a aposentadoria compulsória para o segurado e, se o 
fizer, a aposentadoria será compulsória para esse segurado. É uma faculdade que a empresa 
possui. Se a empresa faz isso, ela deve pagar todas as verbas rescisórias de uma dispensa 
sem justa causa, o que já ocorre com uma simples dispensa. Quer dizer, ninguém ganha com 
esse tipo de aposentadoria. 
Algumas pessoas sustentam a inconstitucionalidade desse dispositivo, e o professor 
endossa essa orientação, porque no seu entender seria um tratamento preconceituoso 
contra o idoso, uma quebra do princípio da isonomia. Isso impede o idoso de programar a 
sua aposentadoria. Mas ainda não houve manifestação do STF a respeito desse dispositivo, 
portanto ele se mantém hígido. 
 
1.1.9. Aposentadoria rural 
De acordo com o tribunal para o qual se presta concurso, o tema se apresenta com 
muita ou pouca relevância. Para o TRF4, TRF1 e TRF5 o tema é muito relevante. Já para o 
TRF2 e TRF3 não há grande importância assim. 
Aposentadoria rural tem alguns tratamentos diferenciados por conta de orientação 
constitucional, pois segundo a própria CRFB o trabalhador rural se aposentará com redução 
de 5 anos no requisito idade (artigo 201, §7º, II). A fim de regulamentar essa disposição 
constitucional, o legislador nos §§ do artigo 48 da lei 8.213/91 preconizou que terá direito a 
se aposentar com a redução de 5 anos: o trabalhador rural (segurado especial, empregado 
rural e o contribuinte individual rural, que são pessoas que prestam serviço no campo), 
 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - COMPULSORIAMENTE, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos 
de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 88, de 2015) 
 
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desde que comprove ter trabalhado no campo pelo período necessário equivalente à 
carência. Nesse ponto, vale a leitura do artigo 48 §1º da lei 8.213/91: 
§ 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos no 
caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na 
alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. (Redação 
Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) 
A prova do trabalho rural é uma daquelas que geralmente traz muitas controvérsias, 
pois gera muitas audiências e é realmente algo que atrai a atenção. A jurisprudência tenta 
delinear alguns parâmetros sobre esse assunto, a exemplo da súmula 149 do STJ: 
Súmula 149 do STJ: A PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL NÃO BASTA A 
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURICOLA, PARA EFEITO DA OBTENÇÃO DE BENEFICIO 
PREVIDENCIARIO. 
Segundo essa súmula, o tempo de trabalho rural não pode ser comprovado por prova 
exclusivamente testemunhal, o que enseja um início de prova material. 
Claro que existem exceções, tais como: caso fortuito e força maior (por exemplo: 
pessoa que perde todos os documentos em uma enchente etc.), ou então, aquelas 
atividades com elevado grau de informalidade (exemplo: trabalhador boia-fria, safrista). Tais 
situações excepcionais não induzem a pensar que a produção da prova esteja dispensada, 
mas sim que elas podem ser provadas por meio de prova exclusivamente testemunhal. 
Afasta-se a imprescindibilidade de início de prova material. 
O rol de início de prova material destinado a provar o tempo de trabalho rural foi 
posto pelo legislador no artigo 106 da lei 8.213/91. Leia-se: 
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por 
meio de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) 
I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência 
Social; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) 
II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (Redação dada pela Lei 
nº 11.718, de 2008) 
III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, 
quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo 
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 
2008) 
IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – 
INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar; (Redação dada pela 
Lei nº 11.718, de 2008) 
V – bloco de notas do produtor rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) 
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VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei 
no 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com 
indicação do nome do segurado como vendedor; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) 
VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, 
entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou 
consignante; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) 
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da 
comercialização da produção; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) 
IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da 
comercialização de produção rural; ou (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) 
X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. (Incluído pela Lei nº 
11.718, de 2008) 
A jurisprudência já definiu que esse rol provas é meramente exemplificativo. Sem 
contar que ela também vem se posicionando no sentido de não haver necessidade de início 
de prova material em relação ao período inteiro de trabalho rural. Nesse sentido está a 
súmula 14 da TNU: 
Súmula 14 da TNU: Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que 
o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do 
benefício. 
Outro ponto importante a respeito da aposentadoria rural por idade é que existem 
favorecimentos, ainda maiores que os até então vistos. Esse favorecimento foi desenhado 
especificamente para o segurado especial no artigo 39 da lei 8.213/91, o qual prevê o 
seguinte: 
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica 
garantida a concessão: 
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de 
pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art. 86, 
desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses 
correspondentes à carência do benefício requerido; ou (Redação dada pela Lei nº 12.873, 
de 2013) 
II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo 
estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma 
estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social. 
 Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-maternidade no 
valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de 
forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do início do 
benefício. (Incluído pela Lei nº 8.861, de 1994) 
É a possibilidade de concessão de uma aposentadoria por idade no valor de 1 salário 
mínimo, ainda que o segurado não tenha pago a contribuição, nem a carência. Ao invés de 
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exigir um número mínimo de contribuições, o legislador dispensou a carência para o 
segurado especial, o que possibilita a sua aposentadoria sem o pagamento de sequer uma 
contribuição. Para tanto, necessita-se da comprovação do tempo de trabalho no campo por 
período equivalente à carência. Essa regra serviu transitoriamente, até o ano de 2010, para o 
empregado rural e para o contribuinte individual rural, por força da aplicação do artigo 143 
da lei 8.213/91. 
Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado como segurado obrigatório no Regime 
Geral de Previdência Social, na forma da alínea "a" do inciso I, ou do inciso IV ou VII do 
art. 11 desta Lei, pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, 
durante quinze anos, contados a partir da data de vigência desta Lei, desde que 
comprove o exercício de atividade rural, ainda que descontínua, no período 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, em número de meses idêntico à 
carência do referido benefício. (Redação dada pela Lei nº. 9.063, de 
1995) (Vide Lei nº 11.368, de 2006) (Vide Medida Provisória nº 410, de 
2007). (Vide Lei nº 11.718, de 2008) 
Por esse dispositivo, apenas o tempo de trabalho rural precisa ser comprovado, não 
as contribuições. 
Não raras vezes, a pessoa trabalha durante muito tempo no campo e depois migra 
para a cidade. 
 Em tais situações, seria possível somar o tempo não contributivo de trabalho 
rural com o período de contribuição em razão de uma atividade urbana para fins de 
preenchimento de carência ou de requisitos para aposentadoria? 
Fazendo essa soma, tem-se uma aposentadoria que não é rural, nem urbana e, por 
isso, convencionou-se chama-la de aposentadoria híbrida. 
Então, aposentadoria híbrida é aquela em que há a soma do período não contributivo 
de trabalho rural com as contribuições durante o trabalho urbano para preencher a carência. 
No caso da aposentadoria híbrida, como ela não é propriamente rural, não há 
redução de idade. Vale a leitura do artigo 48, §3º da lei 8.213/91: 
Art. 48, § 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que não atendam 
ao disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem 
considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao 
benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 
(sessenta) anos, se mulher. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008) 
 Quer-se dizer com esse dispositivo é que os trabalhadores rurais os quais não 
consigam comprovar o trabalho no campo pelo período total equivalente à carência, mas 
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que, de certa maneira, consigam somar a tal período o tempo de trabalho na cidade, 
conseguem preencher o período suficiente para a sua aposentadoria. 
Quando esse dispositivo surgiu, o INSS o interpretou de forma intensamente 
restritiva, ao argumento de que ele é aplicável, não ao trabalhador que saiu do campo e foi 
definitivamente para a cidade, mas sim àquele trabalhador rural que passou um período no 
campo e depois voltou. Essa é a posição da autarquia até hoje. 
A lógica do INSS é que: para os trabalhadores rurais de “hoje”, que não preencherem 
o tempo de trabalho rural, podem utilizar o período contributivo que trabalhou na cidade 
para fins de soma do tempo para conseguir a aposentadoria por idade. 
O STJ, no que foi seguido recentemente pela TNU, rechaçou essa ideia do INSS e 
asseverou que a aposentadoria híbrida do §3º do artigo 48 permite o aproveitamento do 
tempo de trabalho rural, mesmo que esse tempo seja remoto. 
Exemplo: o indivíduo, então, poderá lançar mão de um período de trabalho rural de 
décadas atrás e somá-lo com as contribuições da atividade urbana para fins de cômputo da 
carência. Por meio dessa lógica, aquele período de 180 contribuições mensais não precisam 
necessariamenteser 180 contribuições mensais. Por exemplo: pode ser 100 meses de 
trabalho no campo e 80 contribuições de atividade urbana. 
Observação: essa aposentadoria híbrida não possui redução de idade, de tal maneira 
que o homem se aposenta com 65 anos de idade e a mulher com 60 anos de idade. 
Observação: para se valer aposentadoria por idade rural, o tempo de trabalho no 
campo tem de estar presente no momento em que a pessoa requer a aposentadoria ou 
quanto ela completa a idade. Ao revés, na aposentadoria híbrida não há redução da idade. 
Nesse ponto vale a leitura da súmula 54 da TNU: 
Súmula 54 da TNU: Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o 
tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período 
imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da 
idade mínima. 
Agora, com relação à aposentadoria híbrida, prevalece o entendimento do STJ no 
sentido de que “o labor campesino no momento de implementar o requisito etário ou o 
requerimento administrativo. Exigência afastada”. Vide AgRg no REsp 1497086/PR: 
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. ART. 48, §§ 3º e 4º, DA LEI 
8.213/1991. TRABALHO URBANO E RURAL NO PERÍODO DE CARÊNCIA. REQUISITO. 
LABOR CAMPESINO NO MOMENTO DE IMPLEMENTAR O REQUISITO ETÁRIO OU O 
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. EXIGÊNCIA AFASTADA. CONTRIBUIÇÕES. TRABALHO 
RURAL. 
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1. O INSS interpôs Recurso Especial aduzindo que a parte ora recorrida não se enquadra 
na aposentadoria por idade prevista no art. 48, § 3º, da Lei 8.213/1991, pois no 
momento de implementar o requisito etário ou o requerimento administrativo era 
trabalhadora urbana, sendo a citada norma dirigida a trabalhadores rurais. Aduz ainda 
que o tempo de serviço rural anterior à Lei 8.213/1991 não pode ser computado como 
carência. 
2. O § 3º do art. 48 da Lei 8.213/1991 (com a redação dada pela Lei 11.718/2008) 
dispõe: "§ 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1º deste artigo que não atendam 
ao disposto no § 2º deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem 
considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao 
benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 
(sessenta) anos, se mulher." 3. Do contexto da Lei de Benefícios da Previdência Social se 
constata que a inovação legislativa trazida pela Lei 11.718/2008 criou forma de 
aposentação por idade híbrida de regimes de trabalho, contemplando aqueles 
trabalhadores rurais que migraram temporária ou definitivamente para o meio urbano e 
que não têm período de carência suficiente para a aposentadoria prevista para os 
trabalhadores urbanos (caput do art. 48 da Lei 8.213/1991) e para os rurais (§§ 1º e 2º 
do art. 48 da Lei 8.213/1991). 
4. Como expressamente previsto em lei, a aposentadoria por idade urbana exige a idade 
mínima de 65 anos para homens e 60 anos para mulher, além de contribuição pelo 
período de carência exigido. Já para os trabalhadores exclusivamente rurais, a idade é 
reduzida em cinco anos e o requisito da carência restringe-se ao efetivo trabalho rural 
(art. 39, I, e 143 da Lei 8.213/1991). 
5. A Lei 11.718/2008, ao incluir a previsão dos §§ 3º e 4º no art. 
48 da Lei 8.213/1991, abrigou, como já referido, aqueles trabalhadores rurais que 
passaram a exercer temporária ou permanentemente períodos em atividade urbana, já 
que antes da inovação legislativa o mesmo segurado se encontrava num paradoxo 
jurídico de desamparo previdenciário: ao atingir idade avançada, não podia receber a 
aposentadoria rural porque exerceu trabalho urbano e não tinha como desfrutar da 
aposentadoria urbana em razão de o curto período laboral não preencher o período de 
carência. 
6. Sob o ponto de vista do princípio da dignidade da pessoa humana, a inovação trazida 
pela Lei 11.718/2008 consubstancia a correção de distorção da cobertura previdenciária: 
a situação daqueles segurados rurais que, com a crescente absorção da força de 
trabalho campesina pela cidade, passam a exercer atividade laborais diferentes das lides 
do campo, especialmente quanto ao tratamento previdenciário. 
7. Assim, a denominada aposentadoria por idade híbrida ou mista (art. 48, §§ 3º e 4º, da 
Lei 8.213/1991) aponta para um horizonte de equilíbrio entre a evolução das relações 
sociais e o Direito, o que ampara aqueles que efetivamente trabalharam e repercute, por 
conseguinte, na redução dos conflitos submetidos ao Poder Judiciário. 
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8. Essa nova possibilidade de aposentadoria por idade não representa desequilíbrio 
atuarial, pois, além de exigir idade mínima equivalente à aposentadoria por idade 
urbana (superior em cinco anos à aposentadoria rural), conta com lapsos de contribuição 
direta do segurado que a aposentadoria por idade rural não exige. 
9. Para o sistema previdenciário, o retorno contributivo é maior na aposentadoria por 
idade híbrida do que se o mesmo segurado permanecesse exercendo atividade 
exclusivamente rural, em vez de migrar para o meio urbano, o que representará, por 
certo, expressão jurídica de amparo das situações de êxodo rural, já que, até então, esse 
fenômeno culminava em severa restrição de direitos previdenciários aos trabalhadores 
rurais. 
10. Tal constatação é fortalecida pela conclusão de que o disposto no art. 48, §§ 3º e 4º, 
da Lei 8.213/1991 materializa a previsão constitucional da uniformidade e equivalência 
entre os benefícios destinados às populações rurais e urbanas (art. 194, II, da CF), o que 
torna irrelevante a preponderância de atividade urbana ou rural para definir a 
aplicabilidade da inovação legal aqui analisada. 
11. Assim, seja qual for a predominância do labor misto no período de carência ou o tipo 
de trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento 
administrativo, o trabalhador tem direito a se aposentar com as idades citadas no § 3º 
do art. 48 da Lei 8.213/1991, desde que cumprida a carência com a utilização de labor 
urbano ou rural. Por outro lado, se a carência foi cumprida exclusivamente como 
trabalhador urbano, sob esse regime o segurado será aposentado (caput do art. 48), o 
que vale também para o labor exclusivamente rurícola (§§1º e 2º da Lei 8.213/1991). 
12. Na mesma linha do que aqui preceituado: REsp 1.376.479/RS, Rel. 
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, Julgado em 4.9.2014, pendente de 
publicação. 
13. Observando-se a conjugação de regimes jurídicos de aposentadoria por idade no art. 
48, § 3º, da Lei 8.213/1991, denota-se que cada qual deve ser observado de acordo com 
as respectivas regras. 
14. Se os arts. 26, III, e 39, I, da Lei 8.213/1991 dispensam o recolhimento de 
contribuições para fins de aposentadoria por idade rural, exigindo apenas a 
comprovação do labor campesino, tal situação deve ser considerada para fins do 
cômputo da carência prevista no art. 48, § 3º, da Lei 8.213/1991, não sendo, portanto, 
exigível o recolhimento das contribuições. 
15. Agravo Regimental não provido. 
(AgRg no REsp 1497086/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 10/03/2015, DJe 06/04/2015)Tudo isso significa dizer que, atingida a idade necessária para a aposentadoria 
híbrida, não há necessidade de estar trabalhando no campo no momento do requerimento 
ou da implementação da idade. Dessa maneira, surge o direito do segurado em somar o 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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período não contributo de trabalho no campo com as contribuições do período urbano para 
ter direito à aposentadoria híbrida por idade. 
 
1.2. Aposentadoria por tempo de contribuição 
1.2.1. Fundamento constitucional de validade 
O fundamento constitucional da aposentadoria por tempo de contribuição está no 
§7º, I, do artigo 201 da CRFB. Vale a leitura: 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da 
lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se 
mulher; (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
A aposentadoria por tempo de contribuição foi criada pela EC nº 20/98 e, até então, 
o que se tinha era a aposentadoria por TEMPO DE SERVIÇO. Substituiu-se o tempo de serviço 
pelo tempo de contribuição. Não são expressões sinônimas, apesar de na prática as 
diferenças não serem muitas. A principal diferença entre elas é que a antiga aposentadoria 
por tempo de serviço podia ser proporcional (25 anos de serviço para a mulher e 30 anos de 
serviço para o homem), enquanto que a aposentadoria por tempo de contribuição é sempre 
integral (35 anos de contribuição para homem e 30 anos para a mulher). 
Desde a promulgação da EC em 1998, não surgiu uma lei para definir o que seja 
tempo de contribuição, razão porque até hoje se usa as regras da aposentadoria por tempo 
de serviço a partir do artigo 52 da lei 8.213/91, que versa sobre a aposentadoria por tempo 
de serviço. Nesse caso, a dogmática será da seguinte forma: em primeiro lugar se aplica a 
norma constitucional e, naquilo que for cabível, aplica-se a disciplina da lei 8.213/91 a 
respeito da aposentadoria por tempo de serviço. 
Vale a leitura do artigo 52 da lei 8.21391: 
Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço será devida, cumprida a carência exigida 
nesta Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo 
feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino. 
Art. 53. A aposentadoria por tempo de serviço, observado o disposto na Seção III deste 
Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de: 
I - para a mulher: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 25 (vinte e cinco) 
anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de 
atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) 
anos de serviço; 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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II - para o homem: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos 
de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, 
até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) 
anos de serviço. 
Art. 54. A data do início da aposentadoria por tempo de serviço será fixada da mesma 
forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49. 
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, 
compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de 
segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de 
segurado: 
I - o tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, e o previsto no § 1º do art. 143 da 
Constituição Federal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de Previdência 
Social, desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada nas Forças 
Armadas ou aposentadoria no serviço público; 
II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por 
invalidez; 
III - o tempo de contribuição efetuado como segurado facultativo, desde que antes da 
vigência desta lei; 
III - o tempo de contribuição efetuada como segurado facultativo; (Redação dada 
pela Lei nº 9.032, de 1995) 
IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal, desde que não tenha sido contado para a inatividade remunerada nas Forças 
Armadas ou aposentadoria no serviço público; 
IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal, desde que não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro 
regime de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.506, de 1997) 
V - o tempo de contribuição efetuado por segurado depois de ter deixado de exercer 
atividade remunerada que o enquadrava no art. 11 desta Lei; 
VI - o tempo de contribuição efetuado com base nos artigos 8º e 9º da Lei nº 8.162, de 8 
de janeiro de 1991, pelo segurado definido no artigo 11, inciso I, alínea "g", desta Lei, 
sendo tais contribuições computadas para efeito de carência. (Incluído pela Lei nº 
8.647, de 1993) 
§ 1º A averbação de tempo de serviço durante o qual o exercício da atividade não 
determinava filiação obrigatória ao anterior Regime de Previdência Social Urbana só 
será admitida mediante o recolhimento das contribuições correspondentes, conforme 
dispuser o Regulamento, observado o disposto no § 2º. (Vide Lei nº 8.212, de 1991) 
§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de 
vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das 
contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o 
Regulamento. 
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Direito Previdenciário 
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§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive mediante 
justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá 
efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova 
exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso 
fortuito, conforme disposto no Regulamento. 
§ 4o Não será computado como tempo de contribuição, para efeito de concessão do 
benefício de que trata esta subseção, o período em que o segurado contribuinte 
individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 
24 de julho de 1991, salvo se tiver complementado as contribuições na forma do § 3o do 
mesmo artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 123, de 2006) 
Art. 56. O professor, após 30 (trinta) anos, e a professora, após 25 (vinte e cinco) anos de 
efetivo exercício em funções de magistério poderão aposentar-se por tempo de serviço, 
com renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, 
observado o disposto na Seção III deste Capítulo. 
 
1.2.2. Necessidade social 
A aposentadoria por tempo de contribuição é um benefício muito controvertido,pois 
é suficiente atingir o tempo de contribuição, o que gera uma grande dificuldade com relação 
ao seu equilíbrio atuarial, já que às vezes ela é concedida a pessoa muito jovem. 
Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço será devida, cumprida a carência exigida 
nesta Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo 
feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino. 
A aposentadoria por tempo de serviço, que era de 25 anos de serviço, para a mulher, 
e de 30 anos de serviço, para o homem. Mas isso acabou desde a EC nº 20/98, quando a 
aposentadoria, para homem, passou a ser de 35 anos de contribuição e de 30 anos de 
contribuição, para mulher. 
 O que é tempo de contribuição? R: a lei não informa o que é. 
O artigo 4º da EC nº 20/98 assevera que se entende como tempo de contribuição 
tudo aquilo que a legislação chama de tempo de serviço, até que venha uma lei disciplinando 
o assunto. 
Art. 4º - Observado o disposto no art. 40, § 10, da Constituição Federal, o tempo de 
serviço considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até 
que a lei discipline a matéria, será contado como tempo de contribuição. 
Pela constituição, o homem precisa de 35 anos de contribuição e a mulher 30 anos de 
contribuição, bem como é preciso chamar de tempo de contribuição aquilo que a lei chama 
de tempo de serviço. 
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Direito Previdenciário 
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A lei 8.213/91 disciplina a antiga aposentadoria por tempo de serviço a partir do 
artigo 55. Mas antes é preciso esclarecer que o decreto 3.048/99, no seu artigo 60, busca 
detalhar esse artigo 55 da lei 8.213/91. Vale a leitura de ambos: 
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, 
compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de 
segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de 
segurado: 
I - o tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, e o previsto no § 1º do art. 143 da 
Constituição Federal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de Previdência 
Social, desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada nas Forças 
Armadas ou aposentadoria no serviço público; 
II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por 
invalidez; 
Comentário: desde que intercalado (entre períodos de atividade), conta-se como 
tempo de contribuição aquele indivíduo que esteja em gozo de aposentadoria por invalidez 
ou auxílio doença. 
Exemplo: mulher trabalha 15 anos, depois leva 5 anos recebendo auxílio doença e, 
depois, trabalha mais 10 anos. Quanto tempo de contribuição ela possui? R: ela não 
trabalhou, não contribuiu, mas o período intercalado é contado como tempo de 
contribuição. 
Exemplo: mulher trabalha durante 25 anos e, depois disso, fica inválida, percebendo 
aposentadoria por invalidez durante 5 anos. Pergunta: quanto tempo de contribuição ela 
tem? R: 25 anos, porque esse período não está intercalado. 
Cuidado! O p. único do artigo 4º da CLT demonstra uma ressalva: 
“Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de 
indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do 
trabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do 
trabalho. (Incluído pela Lei nº 4.072, de 16.6.1962).“ 
Prevaleceu a interpretação, quer na jurisprudência, quer na esfera administrativa, de 
que a partir desse dispositivo, se a pessoa estiver em gozo de aposentadoria por invalidez ou 
auxílio doença, acidentários, o período de recebimento desses benefícios é contato como 
sendo tempo de contribuição, seja intercalado, ou não. 
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A grande vantagem da conversão da aposentadoria por invalidez pela aposentadoria 
por tempo de contribuição é a estabilidade que ela traz, dado que não convoca para perícia 
etc. O decreto 3048/91 no seu artigo 60, incisos III e IX,3 deixa essa ideia muito clara. 
Em resumo, se for acidentário, não importa se o período é intercalado ou não. Se não 
for acidentário, o período precisa ser intercalado. 
Cuidado! O INSS não reconhece esse período intercalado como carência, mas tão 
somente como tempo de contribuição. A carência da aposentadoria por tempo de 
contribuição é igual a carência da aposentadoria por idade (180 contribuições mensais). 
Exemplo: uma mulher contribuiu durante 5 anos e, depois, fica aposentada por 
invalidez durante 20 anos e, depois, trabalha por mais 5 anos. 
 Quanto tempo de contribuição ela possui? R: 30 anos de contribuição. 
 Quantas contribuições ela possui para fins de carência, segundo o INSS? R: 
120 contribuições, porque deveria ter 180. 
O Poder Judiciário entende que essa discussão não faz sentido, porque se está como 
tempo de contribuição, é preciso contar também como tempo de carência. Sintetizando esse 
debate veio a súmula 73 da TNU: 
Súmula 73 da TNU: O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por 
invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como TEMPO 
DE CONTRIBUIÇÃO ou PARA FINS DE CARÊNCIA quando intercalado entre períodos nos 
quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social. 
Para os benefícios acidentários, não há necessidade de o período de gozo de 
benefício ser intercalado, pode ser ou pode não ser. Nas duas situações há o 
reconhecimento do período como tempo de contribuição e como tempo de carência. 
 
Continuidade do artigo 55 da lei 8.213/91: 
III - o tempo de contribuição efetuado como segurado facultativo, desde que antes da 
vigência desta lei; 
III - o tempo de contribuição efetuada como segurado facultativo; (Redação dada 
pela Lei nº 9.032, de 1995) 
IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal, desde que não tenha sido contado para a inatividade remunerada nas Forças 
Armadas ou aposentadoria no serviço público; 
 
3 IX - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade por acidente do trabalho, 
intercalado ou não; 
600.03 
Direito Previdenciário 
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IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal, desde que não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro 
regime de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.506, de 1997) 
V - o tempo de contribuição efetuado por segurado depois de ter deixado de exercer 
atividade remunerada que o enquadrava no art. 11 desta Lei; 
VI - o tempo de contribuição efetuado com base nos artigos 8º e 9º da Lei nº 8.162, de 8 
de janeiro de 1991, pelo segurado definido no artigo 11, inciso I, alínea "g", desta Lei, 
sendo tais contribuições computadas para efeito de carência. (Incluído pela Lei nº 
8.647, de 1993) 
§ 1º A averbação de tempode serviço durante o qual o exercício da atividade não 
determinava filiação obrigatória ao anterior Regime de Previdência Social Urbana só 
será admitida mediante o recolhimento das contribuições correspondentes, conforme 
dispuser o Regulamento, observado o disposto no § 2º. (Vide Lei nº 8.212, de 1991) 
§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de 
vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das 
contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o 
Regulamento. 
Comentário: quanto ao §2º, vale dizer que o período de trabalho rural antes de 1991 
vale como tempo de contribuição, porém não vale como tempo de carência. Acontece que 
até 1991 o rural estava de fora do regime geral de previdência social e ele só ingressou a 
partir da CRFB e da lei 8.213/91 em atendimento ao princípio da equivalência de benefícios e 
serviços às populações urbanas e rurais (inciso II, p. único do artigo 194 da CRFB).4 
O período de trabalho rural anterior a 1991 conta como tempo de contribuição, 
porém não conta para fins de carência, caso não haja pagamento das contribuições. Quer 
dizer, conta como tempo de contribuição independentemente do recolhimento das 
contribuições. 
Como visto antes, o período de atividade rural anteriormente à lei não serve para 
aumentar o cálculo da aposentadoria por idade; sem o pagamento das contribuições, esse 
período não serve para contagem recíproca para o regime próprio; tal atividade não serve 
 
4 Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos 
seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação 
dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
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Direito Previdenciário 
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para carência. Entretanto, uma vez pagas as contribuições, é possível valer-se atividade rural 
antes de 1991 para tudo, inclusive para fins de carência. 
Nesse contexto vale a leitura da súmula 24 da TNU: 
Súmula 24 da TNU: O tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior ao 
advento da Lei nº 8.213/91, sem o recolhimento de contribuições previdenciárias, pode 
ser considerado para a concessão de benefício previdenciário do Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS), exceto para efeito de carência, conforme a regra do art. 55, 
§2º, da Lei nº 8.213/91. 
Também vale a leitura da súmula 10 da TNU: 
Súmula 10 da TNU: O tempo de serviço rural anterior à vigência da Lei nº. 8.213/91 pode 
ser utilizado para fins de contagem recíproca, assim entendida aquela que soma tempo 
de atividade privada, rural ou urbana, ao de serviço público estatutário, desde que sejam 
recolhidas as respectivas contribuições previdenciárias. 
Observação: aquele benefício do trabalho rural pelo período equivalente à carência 
se aplica tão somente à aposentadoria por idade. Na aposentadoria por tempo de 
contribuição o trabalhador rural precisará pagar. 
Continuação do artigo 55 da lei 8.213/91 
§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive mediante 
justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá 
efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova 
exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso 
fortuito, conforme disposto no Regulamento. 
§ 4o Não será computado como tempo de contribuição, para efeito de concessão do 
benefício de que trata esta subseção, o período em que o segurado contribuinte 
individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 
24 de julho de 1991, salvo se tiver complementado as contribuições na forma do § 3o do 
mesmo artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 123, de 2006) 
 
Artigo 60 do decreto 3.048/99: 
Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de 
contribuição, entre outros: 
 I - o período de exercício de atividade remunerada abrangida pela previdência social 
urbana e rural, ainda que anterior à sua instituição, respeitado o disposto no inciso XVII; 
Comentário: esse inciso consagra informação elementar, já que o indivíduo em 
exercício de atividade remunerada é filiado obrigatório e, portanto, conta-se como tempo de 
contribuição. 
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Direito Previdenciário 
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 II - o período de contribuição efetuada por segurado depois de ter deixado de 
exercer atividade remunerada que o enquadrava como segurado obrigatório da 
previdência social; 
Comentário: considera-se tempo de contribuição o período em que o segurado 
contribui como segurado facultativo. 
 III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria 
por invalidez, entre períodos de atividade; 
 IV - o tempo de serviço militar, salvo se já contado para inatividade remunerada nas 
Forças Armadas ou auxiliares, ou para aposentadoria no serviço público federal, 
estadual, do Distrito Federal ou municipal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral 
de Previdência Social, nas seguintes condições: 
 a) obrigatório ou voluntário; e 
 b) alternativo, assim considerado o atribuído pelas Forças Armadas àqueles que, 
após alistamento, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o 
decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de 
atividades de caráter militar; 
 V - o período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade; 
Comentário: nunca é demais reiterar que o salário maternidade é o único benefício 
previdenciário sobre o qual incide contribuição. 
 VI - o período de contribuição efetuada como segurado facultativo; 
 VII - o período de afastamento da atividade do segurado anistiado que, em virtude 
de motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção, institucional ou 
complementar, ou abrangido pelo Decreto Legislativo nº 18, de 15 de dezembro de 
1961, pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro de 1969, ou que, em virtude de 
pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido 
ao afastamento de atividade remunerada no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de 
outubro de 1988; 
 VIII - o tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, 
inclusive o prestado a autarquia ou a sociedade de economia mista ou fundação 
instituída pelo Poder Público, regularmente certificado na forma da Lei nº 3.841, de 15 
de dezembro de 1960, desde que a respectiva certidão tenha sido requerida na entidade 
para a

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