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ideologia de marx

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Karl Max e suas Ideologias
Karl Friedrich Marx (1818-1883)
De família israelita, foi economista, filósofo e revolucionário alemão. Durante o período universitário, freqüentou um grupo de jovens hegelianos, entre eles Bruno Bauer. Desde cedo filiou-se à esquerda hegeliana. Em Paris, trabalhou com Arnold Ruge, no período de 1843 a 1845, em atividades jornalísticas, e publicou Kritik der Hegelschen Rechtsphilosophie (Crítica da Filosofia do Direito de Hegel). Nessa estadia na capital francesa, tornou-se amigo de Engels, com quem escreveu, em 1845, a obra "Die Heilige Familie" (A Sagrada Família), em que critica as idéias de Bruno Bauer. Foi expulso da França, por solicitação do governo prussiano. Foi para Bruxelas em 1845, onde permaneceu durante três anos. Nesse período escreveu: "Über Feuerbach" (Sobre Feuerbach). Tomou parte, em 1847, no segundo congresso da Liga dos Comunistas, entidade sediada em Londres, sendo encarregado de elaborar um manifesto, feito em fevereiro de 1848, com o título de Manifesto Comunista. Retomou seus estudos econômicos e escreveu "Die Klassenkämpfe in Frankreich" (As Lutas de Classes na França), em 1850. Em 1864, participou da fundação da Associação Internacional de Trabalhadores, a Primeira Internacional, em que exerceu grande influência. Procurou unir nessa Associação as diversas correntes socialistas existentes, como as de Mazzini, Proudhon, Bakunin e Lassalle. A sua obra mais famosa foi "Das Kapital" (O Capital), publicado pela primeira vez em 1867. Os segundos e terceiros volumes foram publicados em 1895 e 1894, respectivamente, por Engels, que reuniu todo o material deixado por Marx. O quarto volume, cuja edição foi iniciada por Engels, continuada por Paul Lafargue (genro de Marx) e terminada por Karl Kautsky, foi publicada por este último, em três partes, de 1904 a 1910.
As Classes Sociais: A história do homem é a história da luta de classes. Para Marx a evolução histórica se dá pelo antagonismo irreconciliável entre as classes sociais de cada sociedade. Foi assim na escravista (senhores de escravos - escravos), na feudalista (senhores feudais - servos) e assim é na capitalista (burguesia - proletariado). Entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos, eclodindo em guerras civis declaradas ou não. Na sociedade capitalista, a qual Marx e Engels analisaram mais intrinsecamente, a divisão social decorreu da apropriação dos meios de produção por um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo expropriado possuindo apenas seu corpo e capacidade de trabalho (proletários). Estes são, portanto, obrigados a trabalhar para o burguês. Os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da mais-valia.
A Mais-valia: na economia marxista, é a quantidade na qual o valor do produto de um trabalhador excede seu salário; parte do produto apropriado pelos capitalistas. O Capital segundo Marx é o trabalho morto (máquinas e equipamentos adquiridos pela classe capitalista no processo de acumulação) que suga o sangue do trabalho vivo (capital variável que produz a mais-valia que o capitalista absorvera para o processo produtivo).
Suponha que o operário leve 2h para fabricar um par de sapatos. Nesse período produz o suficiente para pagar o seu trabalho. Porém, ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de sapatos e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Numa jornada de 8 horas, por exemplo, são produzidos 4 pares. O custo de cada par continua o mesmo, assim como o salário do proletário. Com isso ele trabalha 6h de graça, reduzindo o custo e aumentando o lucro do patrão. Esse valor a mais é apropriado pelo capitalista e constitui o que Marx chama de Mais-Valia Absoluta. Além de o operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a produtividade com a aplicação de tecnologia. Com isso o operário produz mais, porém seu salário não aumenta. Surge a Mais-Valia Relativa.

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