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Osteoartrose Resumo

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ARTIGO DE REVISÃO
DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA 
DA OSTEOARTRITE
Paula Ferreira
Marta Repolho
Maria Joana Ribeiro
Bruno Sepodes
Pharmacology & Translational Research (iMED.UL). Faculdade de Farmácia 
da Universidade de Lisboa
Resumo
A osteoartrite é a doença articular mais comum entre os adultos no plano mundial e a causa de maior peso 
na incapacidade do idoso. Trata-se de uma patologia sem cura estabelecida, pelo que os principais objetivos 
do tratamento são minimizar a dor associada, retardar a progressão da doença e garantir uma melhor quali-
dade de vida ao doente.
O algoritmo do tratamento da osteoartrite deve contemplar as componentes farmacológica e não farma-
cológica, associadas de forma integrada, e considerar a cirurgia quando ocorrer a falência das anteriores.
As principais linhas de atuação na patologia osteoarticular, no que toca ao farmacêutico, são a identificação 
precoce da doença, a atuação nos fatores de risco modificáveis, o acompanhamento do tratamento, insti-
tuído de forma personalizada, garantindo a aderência, a compliance, a efetividade e a segurança do mesmo. O 
doente deve ser envolvido e responsabilizado na gestão da sua patologia e terapêutica. A educação e forma-
ção do doente devem constituir igualmente preocupações do farmacêutico.
A metodologia do estudo de revisão consistiu numa pesquisa bibliográfica nas bases de dados Pubmed e 
B-on, utilizando como palavras-chave principais: «osteoarthritis», «epidemiology», «risk factors», «obesity», 
«age», «symptoms», «signs», «treatment», «osteotomy», «arthroplasty»,« acunpunture», «tens», «artrodese», 
«nutraceuthicals», «prevention» e «surgery».
A grande prevalência da doença osteoarticular, os elevados custos económicos, pessoais e sociais a ela as-
sociados e a perspetiva de grande incremento da mesma pelo aumento dos dois principais fatores de risco 
(envelhecimento populacional e obesidade) justificam uma análise sistematizada deste tema, com o intuito 
de criar sólidas competências nos profissionais de saúde que lidam de forma próxima com estes doentes, em 
particular no farmacêutico.
Palavras-chave: Osteoartrite, dor, obesidade, diagnóstico, terapêutica. 
Abstract
Osteoarthritis is the most common joint disease among adults in the global context and the cause of ma-
jor disability in the elderly. It is a disease with no cure established, and therefore the main objectives of 
treatment are to minimize the associated pain, slow the progression of disease and ensure a better quality 
of life for the patient.
The algorithm of the treatment of osteoarthritis should include pharmacologic and nonpharmacologic 
components linked in an integrated manner and consider that surgery occurs when the bankruptcy of the 
above takes place.
The main lines of action on the part of the pharmacist in osteoarticular pathology are early identification 
of disease, to act in modifiable risk factors, monitoring of treatment, set in a personalized manner, ensuring 
adherence, compliance, effectiveness and its safety. The patient should be involved and made responsible 
for the management of his disease and therapy. Training and education of the patient must also be concern 
of the Pharmacist.
Rev Port Farmacoter | 2012;4:7-14 Rev Port Farmacoter | 2012;4:15-28
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The study methodology consisted of a literature review in Pubmed and B-Online using as main key-
words: “Osteoarthritis”, “epidemiology”, “risk factors”, “obesity”, “age”, “symptoms”, “signs”, “treatment”, 
“osteotomy”, “arthroplasty”, “acupuncture”, “tens”, “arthrodesis”, “nutraceuthicals”, “prevention” and “sur-
gery”.
The high prevalence of musculoskeletal disease, high economic, social and personal costs associated and the 
prospect of its considerable increase due to the increase of its two main risk factors (aging population and 
obesity), justify a systematic analysis of this issue in order to build solid skills in health professionals who 
deal closely with these patients, particularly in pharmaceuticals.
Keywords: Osteoarthritis, pain, obesity, diagnosis, therapy. 
Introdução
A osteoartrite (OA) é a forma mais comum de doença 
osteoarticular e é a principal causa de incapacidade 
laboral nos indivíduos com mais de 50 anos. É uma 
doença das articulações, degenerativa e progressiva, 
na qual a cartilagem articular que reveste as extremi-
dades ósseas se deteriora, causando diferentes graus 
de dor ao nível das estruturas articulares e periarticu-
lares, episódios variáveis de inflamação local e perda 
de mobilidade e incapacidade física1.
Trata-se da patologia mais frequente entre as doenças 
reumáticas e é responsável por grande incapacidade e 
perda de produtividade. A OA é incomum em adul-
tos com menos de 40 anos e altamente prevalente em 
indivíduos com idade superior a 60 anos. A OA não 
deve, contudo, ser aceite como um evento próprio do 
envelhecimento. Apresenta uma maior frequência no 
género feminino2 e condiciona elevados custos pes-
soais, sociais e económicos. O aumento da prevalência 
está intimamente relacionado com dois importantes 
fatores de risco: idade e obesidade. A OA representa a 
primeira causa de dor crónica, absentismo ao trabalho 
e invalidez e constitui cerca de 30 a 40 por cento das 
consultas em ambulatórios de reumatologia, o que a 
torna um problema significativo de saúde pública3. 
As articulações mais afetadas são as que suportam 
maior carga – o joelho, a anca, a coluna vertebral e, de 
forma excecional, a mão pela sua extensa e repetida 
utilização. O tornozelo, pulso e cotovelo são articu-
lações menos atingidas4.
A doença osteoarticular manifesta-se de forma mais 
prevalente em articulações responsáveis pela ma-
nutenção da postura ereta apresentada atualmente 
pelo Homem e que, deste modo, suportam uma maior 
carga. Esta ideia conduz-nos à reflexão sobre a pre-
cariedade estrutural das articulações relativamente 
às funções que desempenham nos nossos dias.
A multiplicidade de termos empregues neste âmbito 
justifica a necessidade de clarificar conceitos. As-
sim, os termos osteoartrite, osteoartrose e artrose 
são perfeitamente equivalentes e referem-se a doença 
crónica degenerativa da articulação, sendo a forma 
mais comum das doenças músculo-esqueléticas. Afe-
ta preferencialmente pessoas a partir da meia idade 
e envolve mais frequentemente as seguintes articu-
lações: coluna cervical, lombar, joelhos, ancas e os de-
dos das mãos. Quase 70 por cento das pessoas acima 
dos 70 anos têm evidências radiológicas desta doença 
e grande parte não apresenta qualquer sintoma5.
A artrite é um conceito distinto, diferenciando-se por 
se tratar de inflamação da articulação de instalação 
aguda, que provoca dor, rigidez matinal mais pronun-
ciada, limitação de movimento e até deformidades, 
podendo afetar adultos em qualquer idade e crianças.
Neste âmbito, sente-se a necessidade de identificar 
marcadores da doença osteoarticular que possibilitem 
a deteção precoce da doença, a monitorização da sua 
progressão, o desenvolvimento de novas terapêuticas 
e a verificação da sua eficácia6.
Além do controlo da dor, os objetivos gerais do trata-
mento desta patologia envolvem a diminuição do 
stresse nas articulações atingidas, a limitação da in-
capacidade física, bem como manter ou melhorar as 
funções no doente, garantindo a sua autonomia.
Epidemiologia
Os estudos epidemiológicos disponíveis indicam que 
a OA afeta entre 10 e 15 por cento da população mun-
dial, apresentando uma incidência superior a 60 por 
cento nos homens e a 70 por cento nas mulheres com 
mais de 65 anos de idade7.
Sendo a idade o principal fator de risco para a OA, e 
estimando-se que em 2020 mais de 30 por cento da 
população europeia tenha mais de 65 anos de idade, é 
desde já previsível um acréscimo significativo na inci-
dência desta doença nas próximas décadas, tornando-
-se um problema de saúde pública cadavez mais im-
portante. De facto, os custos diretos (nomeadamente 
em consultas médicas, medicamentos, fisioterapia e 
cirurgia) e indiretos (diminuição da produtividade, 
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ARTIGO DE REVISÃO
absentismo laboral e reforma antecipada por invalidez) 
associados à OA têm vindo a aumentar substancial-
mente, podendo vir a tornar-se incomportáveis para 
qualquer sistema de saúde se a tendência de aumento 
crescente da sua incidência não se inverter e/ou se não se 
encontrarem rapidamente meios eficazes de prevenção 
e tratamento7.
Mais ainda, como a obesidade é também um importante 
fator de risco para a OA e a sua incidência tem vindo a 
aumentar significativamente, a ocorrência concomitan-
te destes dois fatores – envelhecimento da população e 
obesidade – determinará, a curto prazo, um aumento 
dramático da prevalência da OA e dos custos socioeco-
nómicos que lhe estão associados, representando por 
isso um problema de saúde pública que urge minorar8,9.
Relativamente aos Estados Unidos da América (EUA), 
existem atualmente 46 milhões de casos de osteoar-
trite e projeta-se que em 2030 este valor ascenda aos 
67 milhões. A incidência de OA do joelho e da anca é de 
200 novos casos por 100 mil habitantes e por ano. Con-
tabilizam-se 500 mil novos casos sintomáticos de OA 
por ano neste país3,5,9. 
No que se refere à raça, verifica-se maior prevalência de 
OA do joelho na população negra e menor incidência de 
OA da anca nas populações chinesas, indianas e nativas 
da América do Norte relativamente aos caucasianos2.
Estima-se que, na Europa, as doenças reumáti-
cas representem um encargo económico de mais de 
200 mil milhões de euros por ano. O impacto das 
doenças reumáticas e seus encargos sociais e económi-
cos aumenta drasticamente com o envelhecimento da 
população europeia.
Definição da Patologia
A articulação é a zona do esqueleto que permite o movi-
mento entre si das peças ósseas que se mantêm ligadas 
por intermédio da cápsula articular. Para que as peças 
consigam deslizar bem, são revestidas por uma camada 
lisa e resistente, a cartilagem articular, que ao mesmo 
tempo também amortece o choque, evitando que as ex-
tremidades ósseas se desgastem10.
No joelho existe ainda outro tipo de cartilagem, o me-
nisco interno e o menisco externo, em forma de disco 
mais achatado no centro, que, colocados de cada lado 
da articulação, são potentes amortecedores de cargas e 
choques. No interior da articulação existe um líquido 
gelatinoso e transparente, o líquido articular ou sinovial, 
que é produzido pela membrana sinovial e que reveste 
o interior da cápsula articular. Toda esta estrutura é 
mantida com a ajuda de potentes músculos e tendões 
que se inserem junto das superfícies articulares e, com 
um engenhoso e importante jogo de forças, mobilizam 
as estruturas ósseas entre si3.
Toda esta estrutura permite que as superfícies ósseas 
se mantenham ligadas e deslizem suavemente num 
perfeito encaixe. A cartilagem é um tecido amortece-
dor que reveste a superfície do osso ao nível das articu-
lações, protegendo-as. Tem uma enorme capacidade de 
resistência à carga e permite o amortecimento e o fácil 
deslizamento, sem contacto das superfícies ósseas.
A cartilagem é um tecido vivo que está sempre em 
renovação, havendo em situações normais um equilí-
brio entre a formação (anabolismo) e a destruição 
(catabolismo) da sua estrutura e uma pronta e eficaz 
resposta à reparação em caso de lesão2. Com o enve-
lhecimento, a cartilagem vai perdendo o seu conteúdo 
em água e a atividade metabólica do condrócito di-
minui, resultando a artrose principalmente da falên-
cia e perda da cartilagem.
Na evolução da doença cria-se um desequilíbrio entre 
o anabolismo e o catabolismo da cartilagem, com pre-
domínio do catabolismo, que vai favorecer a destru-
ição progressiva da cartilagem. A produção excessiva 
de enzimas proteolíticas pelos condrócitos parece ser 
ainda mais importante do que a redução da atividade 
metabólica8. O condrócito está sujeito a vários estí-
mulos que o levam a produzir diversos mediadores de 
inflamação, nomeadamente citocinas, prostaglandi-
nas e monóxido de azoto. Um dos seus principais es-
tímulos implicados na degradação dos vários consti-
tuintes da cartilagem é a interleucina-1, citocina que 
promove a secreção de enzimas.
Estas células influenciam o equilíbrio dinâmico entre 
síntese e catabolismo da matriz através de metalopro-
teínas (MMP), citocinas e fatores de crescimento que 
sintetizam. Esta capacidade de síntese depende de 
diversos fatores, tais como a carga a que está sujeita a 
articulação, a lesão da mesma, a expressão de deter-
minados genes e outros fatores ainda pouco esclare-
cidos10. Deste modo, um excesso de citocinas pode 
conduzir a uma perda de colagénio e uma depleção 
de agrecano, resultando numa natural degradação 
da matriz, com perda da rigidez compressiva tão es-
sencial na articulação. A renovação do material da 
cartilagem realiza-se, desta forma, através da criação 
de uma estrutura de menor qualidade, que por si só 
não vai ser capaz de absorver o impacto, de reduzir o 
atrito na articulação, promovendo a sua continuada 
degradação2.
Definimos esta patologia como uma síndrome dege-
nerativa que resulta de eventos mecânicos e biológi-
cos que destabilizam o normal equilíbrio dinâmico 
entre a degradação e síntese da cartilagem articular, 
condrócitos, matriz extracelular e osso subcondrial. 
Estes eventos podem ser desencadeados por múltiplos 
fatores, incluindo genéticos, de desenvolvimento, meta-
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ARTIGO DE REVISÃO
bólicos e traumáticos. A OA envolve todos os tecidos 
articulares, nomeadamente a membrana sinovial, a 
cápsula articular, músculos e tendões periarticulares e 
ligamentos, manifestando-se sobretudo por dor, rigidez 
e perda de mobilidade, sendo altamente incapacitante. 
Embora clinicamente não haja, em geral, manifestações 
inflamatórias além da dor, por vezes ocorrem episódios 
de inflamação mais intensa, com os sinais clínicos ca-
racterísticos e sem manifestações sistémicas5.
Deste modo, verificam-se alterações morfológicas, 
bioquímicas, moleculares e biomecânicas das células 
e da matriz, conduzindo a uma perda da cartilagem 
hialina, espessamento e esclerose da placa óssea 
subcondrial, estreitamento do espaço articular, 
crescimento excessivo de osteófitos nas margens 
articulares, distensão da cápsula articular, sinovite 
ligeira e fraqueza dos músculos.
Todas as articulações podem ser atingidas no proces-
so osteoartrósico, mas as localizações mais frequentes 
são as grandes articulações de carga, nomeadamente 
o joelho, a anca e a coluna vertebral, podendo contu-
do manifestar-se com frequência nas pequenas arti-
culações da mão (trapézio-metacárpica, articulações 
interfalângicas dos dedos das mãos), bem como a pri-
meira metacarpofalângica ao nível do pé (joanete). 
A prevalência de OA está inversamente relacionada 
com a osteoporose, o que significa que associada a 
uma maior densidade óssea (hipertrofia do osso) 
aparece uma maior predisposição para a osteoartrite 
e menor para a osteoporose2.
O diagnóstico da OA assenta na história clínica, na 
observação articular de anormalidades estruturais 
características da patologia, no quadro sintomatoló-
gico e no recurso a exames de imagem (RX, ecografia, 
TAC, RMN, outros)2.
Etiologia da Patologia
Relativamente à etiologia, pode ser primária ou idi-
opática – mas que está claramente associada ao enve-
lhecimento –, constituindo esta a de maior expressão, 
ou secundária quando a origem é identificada, cons-
tituindo exemplos desta os traumatismos, os distúr-
bios metabólicos e endócrinos, os fatores congénitos, 
entre outros2. Relativamente à idade, considera-seque a senescência ou envelhecimento do condrócito 
altera a sua capacidade de resposta aos inúmeros es-
tímulos mecânicos, inflamatórios e traumáticos a que 
a cartilagem está sujeita, levando ao desequilíbrio das 
suas funções biossintéticas e, consequentemente, ao 
desenvolvimento e progressão da OA. Esta perspetiva 
abre um campo completamente novo para o desen-
volvimento de terapêuticas dirigidas à reversão dos 
processos de envelhecimento celular, passando a OA 
a não ser o preço inevitável de vivermos mais, mas 
antes um desafio para a descoberta de novas possibi-
lidades de intervenção terapêutica7,8.
Uma outra forma de abordar a etiologia da OA é con-
siderá-la uma consequência da falência dos mecanis-
mos de proteção da articulação, aumentando desta 
forma o risco de lesão e consequente desenvolvi-
mento de OA. Os mecanismos protetores não são 
mais do que propriedades inerentes às estruturas da 
articulação, ou seja, aos ligamentos, tendões, mús-
culos, liquido sinovial, cartilagem, nervos e osso, que 
garantem a redução do atrito e do impacto na articu-
lação, a absorção do choque, a rigidez compressiva e 
a limitação dos movimentos prejudiciais e que asse-
guram, deste modo, a manutenção da integridade da 
articulação.
Fatores de Risco
Independentemente de a causa ser ou não conheci-
da, diversos fatores foram identificados como contri-
buindo significativamente para o desenvolvimento e 
progressão da OA, podendo agrupar-se em três cate-
gorias principais: fatores genéticos, não genéticos e 
mecânicos.
Figura 1 - Tabela de fatores de risco
 
• Sexo
• Doenças hereditárias envolvendo genes de proteínas específicas da 
matriz da cartilagem articular (geralmente associadas a condrodisplasias)
• Outras doenças do osso e articulações
• Raça (maior incidência de OA do joelho em mulheres negras do que 
caucasianas)
• Predisposição familiar (verificada especialmente em relação à OA da mão)
Não genéticos
• Idade (com o consequente envelhecimento ou senescência celular)
• Doenças metabólicas (obesidade, diabetes mellitus)
• Menopausa
• Doenças ósseas e articulares do desenvolvimento e adquiridas
• Neuropatias periféricas (causando fraqueza muscular e, provavelmente, 
instabilidade articular)
Mecânicos
• Exercício físico e desportos envolvendo elevado impacto e carga (esqui, 
futebol, basquetebol, outros)
• Ocupação profissional (sobrecarga de alguma articulação por utilização 
repetitiva)
• Traumatismos articulares
Principais fatores de risco para a osteoartrite
Genéticos
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ARTIGO DE REVISÃO
Rev Port Farmacoter | 2012;4:15-28 Rev Port Farmacoter | 2012;4:15-28
Embora a OA não seja uma doença unicamente espe-
cífica da idade, existem alterações dos tecidos própri-
as do envelhecimento que concorrem para o aumento 
da frequência da OA com o avançar da idade1. O en-
velhecimento é o maior fator de risco para a OA. Esta 
patologia apresenta uma prevalência de 30 por cento 
nas mulheres com idades entre os 45 e os 64 anos, as-
cendendo a aproximadamente 70 por cento na faixa 
etária acima dos 65 anos. Este aumento com a idade 
verifica-se igualmente para o género masculino, mas 
com uma expressão inferior11.
No que se refere à hereditariedade, verifica-se que 
os nódulos de Heberden são dez vezes mais preva-
lentes nas mulheres e com um risco ainda superior 
naquelas cujas mães também os revelaram2. Diversos 
estudos identificaram genes relacionados com proteí-
nas estruturais da cartilagem que regulam a função 
condrocitária, da matriz extracelular, entre outras. À 
luz dos atuais conhecimentos, a forma como os genes 
influenciam o desenvolvimento e as diferentes fases 
evolutivas da osteoartrose é ainda difícil de determi-
nar, mas a hereditariedade parece ser um dos riscos 
possíveis de osteoartrose.
A suscetibilidade genética é mais relevante no sexo 
feminino. As artroses dos joelhos e dedos são duas 
a quatro vezes mais frequentes na mulher depois da 
menopausa. Pensa-se que os estrogénios tenham um 
efeito protetor na cartilagem articular e que fatores 
como a massa e força muscular e o tipo de atividade 
física possam influenciar a maior frequência de oste-
oartrose na mulher5. A componente hormonal revela 
igualmente peso, uma vez que a OA ocorre com maior 
prevalência na mulher e com um significado ainda 
maior após a menopausa.
A obesidade constitui um fator de risco major para 
a OA. A extensão do risco é distinta de acordo com 
a articulação afetada, revelando maior expressão na 
articulação do joelho. Este fator de risco é dose-de-
pendente, o que quer dizer que quanto mais antigo e 
mais elevado for o excesso de peso maior será a pos-
sibilidade de vir a desenvolver artrose, dor e limitação 
funcional. As mulheres estão mais expostas que os 
homens12. A perda de peso, ao diminuir a carga sobre 
as articulações dos joelhos, melhora só por si a dor 
e parece reduzir o risco de agravamento radiológico 
(traduzido pela diminuição da entrelinha articular, 
que corresponde ao espaço ocupado pela cartilagem).
O risco de osteoartrose da anca e dos dedos está tam-
bém relacionado com um elevado (índice de massa 
corporal) IMC, embora o risco nestas articulações 
não seja tão importante como no joelho. O facto deste 
risco estar também presente em articulações não ex-
postas a sobrecarga ponderal faz supor que existem 
fatores metabólicos relacionados com a obesidade 
que favorecem a osteoartrose. O tecido adiposo liber-
ta grandes quantidades de citocinas favorecedoras 
de inflamação (IL1, TNFα e adipocinas-leptina) que 
parecem induzir essa ligação metabólica12.
A obesidade ocupa um lugar de destaque nos fatores 
desencadeadores e agravantes da patologia, sendo que 
o risco de OA aumenta cerca de 10 por cento por cada 
quilo de peso ganho. Este é contudo um fator modi-
ficável, área preferencial de atuação do profissional 
de saúde no âmbito da educação para a saúde5.
Em resumo, podemos afirmar que a lesão constitui um 
forte preditor de desenvolvimento posterior de OA. 
Os desportos que envolvem movimentos repetitivos, 
alto impacto e carga sobre as articulações apresen-
tam um risco acrescido de OA. A avaliação do risco de 
desenvolver OA deve levar em consideração fatores 
de risco como o IMC e a atividade profissional13.
Figura 2 - Esquema de fatores de risco
 
Sinais e Sintomas
Os sinais mais importantes que caracterizam a OA 
são2,8,11:
• Pontos dolorosos nas margens da articulação;
• Sensibilidade exagerada na articulação;
• Tumefação articular;
• Crepitações (atritos);
• Derrame intra-articular;
• Movimentos restritos e dolorosos;
• Atrofia muscular periarticular;
• Rigidez matinal de curta duração da articulação;
• Instabilidade articular.
• Idade
• Sexo
• Fatores sociais e étnicos
• Suscetibilidade genética
• Fatores nutricionais
Fatores sistémicos
• Dano prévio
• Fraqueza muscular
• Aumento densidade óssea
• Mal-alinhamento
• Deficiências propiocetivas
Fatores ambientais locias
Osteoartrite
Falha dos fatores protetores
Vulnerabilidade articular
Suscetibilidade à OA
• Obesidade
• Atividades físicas
Fatores de uso (carga)+
19
ARTIGO DE REVISÃO
A doença pode evoluir sem apresentar sintomas. Mui-
tas articulações com evidência radiográfica de oste-
oartrite podem permanecer sem sintomatologia por 
longos períodos11. A dor constitui o sintoma mais re-
portado nesta patologia. Contudo, a cartilagem é uma 
estrutura aneural, pelo que este sintoma está associado 
às fibras nocicetivas das estruturas vizinhas4.
Os sintomas mais caraterísticos são a dor relacionada 
com o exercício físico, posteriormente a dor com o re-
pouso e mais tarde a dor noturna. Surge uma rigidez 
após inatividade(tempo parado) e durante o período 
da manhã com uma duração não superior a 30 minutos, 
implicando a consequente perda progressiva de movi-
mento e sensação de insegurança ou de instabilidade. 
Este quadro resulta em limitação funcional e incapaci-
dade, comprometendo a vida profissional, pessoal e 
social do doente4,8,11.
Terapêutica
O primeiro passo no tratamento da dor osteoarticular 
consiste na educação do doente sobre o processo, a ex-
tensão, o prognóstico e as opções de tratamento dis-
poníveis. A educação é fundamental, os doentes devem 
ser incentivados a ter um papel mais ativo na gestão da 
patologia, procurando e participando em associações, 
grupos de suporte e programas educacionais3.
A educação e gestão individual na dor osteoarticular 
deve ser centrada na informação do doente, programas 
individualizados, estratégias individuais/grupo de 
gestão da dor.
No tratamento não farmacológico da dor osteoarticu-
lar devem ser salientados:
• O acesso a informação sobre a patologia;
• A atividade e exercício físico;
• Intervenções dietéticas em doentes obesos;
• A abordagem holística ou de terapêuticas não con-
vencionais.
No tratamento da dor osteoarticular são várias as vari-
áveis a considerar, bem como os riscos e benefícios das 
opções de tratamento, tendo em atenção a existência 
de comorbilidades, após diagnóstico individualizado, 
incidindo o mesmo na educação do doente, familiares 
e profissionais de saúde sobre a doença, manutenção e 
melhoria da mobilidade articular, alívio da dor e me-
lhoria da qualidade de vida. A boa comunicação entre 
os profissionais de saúde e os doentes é essencial, de-
vendo ser suportada por evidência de informação es-
crita realizada e adequada ao perfil do doente, conheci-
mentos e nível socioeconómico do mesmo.
 
Terapêutica Não Farmacológica
Da revisão de três guidelines publicadas recentemente, 
foram consideradas como fundamentais na terapêu-
tica não farmacológica da dor osteoarticular14 as 
seguintes intervenções: aconselhamento do doente e 
acesso a informação sobre a OA e mudanças no seu 
estilo de vida; intervenções e medidas dietéticas para 
perda de peso e referenciação a ajuda especializada de 
doentes com sobrepeso ou obesos; exercício físico.
Exercício Físico
O exercício físico deve ser um dos aspetos centrais 
na abordagem não farmacológica da dor osteoarticu-
lar, dependendo da idade, da existência de fatores de 
comorbilidade, de dor severa e incapacidade funcional 
diagnosticadas. Os programas de exercícios devem in-
cluir:
• Fortalecimento local dos músculos que rodeiam a ar-
ticulação:
O desenvolvimento de fraqueza muscular provém de 
vários fatores: declínio da força muscular, com o enve-
lhecimento. Sendo que a mobilidade limitada acarreta 
igualmente atrofia muscular, o grau de fraqueza muscu-
lar está fortemente relacionado com a severidade na dor 
osteoarticular e na limitação física da mesma.
• Exercício aeróbico:
O médico deve fazer uma avaliação individual e ter em 
conta a participação efetiva do doente. Tendo em con-
sideração necessidades efetivas, a sua motivação, as cir-
cunstâncias e a facilidade de acesso a locais para o fazer, 
os médicos devem reforçar programas de exercício indi-
vidualizados, sendo que a combinação de exercício com 
programas de redução calórica é particularmente eficaz 
na redução da dor osteoarticular.
Métodos Físicos
Qualquer decisão em termos de terapias físicas e ocu-
pacionais deve ser enquadrada em programas indivi-
dualizados, dando primazia a exercício isométrico, em 
detrimento de exercício isotónico, em conjunto com 
tratamentos calor/frio, no sentido de manter a mobili-
dade da articulação e evitar atividades que produzam 
dor. No geral, evitar atividades que sobrecarreguem as 
articulações, melhorar a força e condicionamento dos 
músculos ligados às articulações, facilitar a remoção de 
cargas que atuem sobre as articulações, redistribuindo-
-as recorrendo a dispositivos ortopédicos e de mobili-
dade assistida15.
O recurso a dispositivos médicos (por exemplo, ben-
galas e muletas) e outros auxiliares de mobilidade deve 
ser considerado como adjuvante no tratamento da dor 
osteoarticular para doentes com necessidades especiais 
no seu dia a dia, sendo fundamental a opinião e aconse-
lhamento de um terapeuta ocupacional em centros de 
fisioterapia15.
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ARTIGO DE REVISÃO
Dieta
A perda de peso deve ser igualmente considerada em 
doentes com obesidade ou sobrepeso. O excesso de 
peso aumenta a carga nas articulações, sendo um fa-
tor de agravamento da dor osteoarticular e um fator 
preditivo de eventual substituição da articulação16. A 
perda de peso, embora apresente resultados variáveis, 
está muito implicada na redução dos sintomas e imo-
bilização, sendo os resultados em saúde potenciados 
com exercício físico. A intervenção dietética requer 
motivação do doente e um programa de perda de peso 
individualizado e estruturado3,15.
Nutracêuticos
A utilização de glucosamina e condroitina não é reco-
mendada para o tratamento da dor osteoarticular. No 
entanto, o perfil de segurança destes agentes é apela-
tivo, principalmente para doentes com comorbilidades. 
Mais recentemente, o metilsulfonilmetano (MSM) foi 
promovido como possível suplemento, devido a pos-
síveis efeitos anti-inflamatórios e analgésicos17.
O papel exato da glucosamina, condroitina e MSM 
ainda está pouco clarificado18. Existe evidên-
cia razoável que suporta o uso de glucosamina, 
condroitina, substâncias insaponificáveis do aba-
cate e soja na osteoartrite. No entanto, inexistência 
de evidência não significa que não exista efetividade. 
Os diversos suplementos nutricionais apresentam 
um início de ação lento, de 6 a 8 semanas, embora o 
seu efeito possa atingir os dois meses após retirada 
das substâncias. A glucosamina é bem tolerada por 
três anos. Têm sido, no entanto, reportados casos de 
interação com a varfarina, provocando aumento na 
razão normalizada internacional (RNI). O Adverse 
Drug Interactions Advisory Commitee recomenda 
aos doentes que utilizem varfarina, a medição do 
RNI nos primeiros dias, não excedendo as duas se-
manas após o começo ou alteração de dose de CM. A 
glucosamina é um substrato da cartilagem articular. 
Em diversos estudos sistemáticos, em doses de 1500 
mg/dia, é efetiva na redução da dor, melhorando 
a função, em particular no joelho, com dor média a 
moderada. A condroitina é obtida da traqueia de 
gado bovino e cartilagem do tubarão, podendo ser 
modificadora dos sintomas da doença. Revisões sis-
temáticas recentes demonstraram que em doses de 
800-1200 mg/dia existe benefício na redução da per-
da de cartilagem17.
Técnicas de Inibição Endógena
Utilizam-se métodos que recorrem a técnicas que atuam 
localmente, concretamente a acupuntura, fricção, mas-
sagem, vibração, percussão e neuroestimulação elétri-
ca, entre outras. Apesar da falta de provas de eficácia, 
existe benefício acrescido para o doente na melhoria 
de efeitos secundários de tratamentos convencionais, 
conforto emocional e físico19.
Acupuntura
A acupuntura consiste na inserção de agulhas em ca-
nais energéticos não anatómicos, designados de me-
ridianos20. Tradicionalmente, são poucos os estudos 
que medem resultados com importância clínica (níveis 
de dor, estado funcional da articulação, redução no 
uso de medicamentos), bem como a existência de 
períodos de seguimento (logo após tratamento, 6 a 12 
meses), pelo que as conclusões existentes são incon-
sistentes, colocando dúvidas quanto à sua validade, 
dado que se a mesma confere benefícios adicionais 
em doentes que já efetuem terapêutica tradicional e 
exercício, os seus resultados não são considerados 
superiores em relação a outros tratamentos com-
plementares. A acupuntura apresenta um perfilde 
segurança favorável. Não sendo recomendada como 
tratamento de primeira escolha, pode ser considerada 
uma opção no tratamento da dor osteoarticular20. A 
electroacupunctura não deve ser utilizada no trata-
mento da OA21.
Termoterapia
A termoterapia é a aplicação terapêutica de qualquer 
substância ao corpo que resulta no aumento ou diminui-
ção da temperatura dos tecidos corporais, estimulando 
a termorregulação corporal. É praticada principalmente 
por fisioterapeutas, já que estes são profissionais que 
utilizam recursos físicos e naturais para avaliar e tratar 
os doentes com dor osteoarticular15.
De salientar na termoterapia:
• Hipertermoterapia:
Hipertermoterapia significa terapia com calor em que 
se efetua a aplicação de substâncias e utilização de 
técnicas que promovem o aumento da temperatura 
dos tecidos, estimulando a termorregulação corporal. 
O calor provoca estímulo geral do metabolismo celu-
lar, com aumento da síntese proteica e da atividade 
enzimática, com modificações da permeabilidade da 
membrana celular. A hipertermoterapia é indicada 
para redução da dor em musculopatias crónicas.
• Crioterapia:
Crioterapia é o termo usado para descrever a utiliza-
ção de frio e/ou a aplicação terapêutica de substâncias 
ao corpo que removam calor corporal, diminuindo 
assim a temperatura nos tecidos. Este procedimento 
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ARTIGO DE REVISÃO
abrange técnicas específicas que utilizam frio na for-
ma líquida (água), sólida (gelo) e gasosa (gases), com 
o propósito terapêutico de retirar o calor ao corpo, 
induzindo um estado de hipotermia que favorece 
redução da taxa metabólica local e promove diminui-
ção das necessidades de oxigénio pelas células. Os 
efeitos fisiológicos causados pelo uso da crioterapia 
são, no geral: anestesia, redução da dor, redução de 
espasmo muscular, redução de hematomas e equi-
moses, melhoria na amplitude de movimento, redução 
da inflamação em processos agudos e quebra do ciclo 
dor-espasmo-dor.
• Eletroterapia;
A sigla TENS vem do inglês «transcutaneous electrical 
nerve stimulation» (neuroestimulação elétrica transcu-
tânea) e foi utilizada na década de 1970 com objetivos 
de analgesia, por estímulo das fibras nervosas aferen-
tes de grande diâmetro, reduzindo a transmissão do 
impulso nervoso e a perceção da dor. O TENS apre-
senta eficácia, é um procedimento simples, barato e 
sem aparentes efeitos secundários15,19. Poderá, assim, 
ser considerada a utilização de TENS como tratamen-
to adjuvante na dor osteoarticular e em conjunto com 
a acupuntura, sendo a utilização de ambos efetiva no 
alívio da dor osteoarticular19.
Psicoterapia e Hipnose
A meditação e as técnicas de relaxamento ajudam o 
doente a afastar pensamentos negativos, aumentando 
a tolerância à dor e melhorando a qualidade de vida.
Cirurgia
Quando a abordagem conservadora não é efetiva no 
alívio da dor e no restabelecimento da função da articu-
lar, deverá ser considerada a opção cirúrgica, sendo que 
os procedimentos cirúrgicos englobam: artroscopia, 
artroplastia, artrodeses, osteotomia, entre outros pro-
cedimentos. A cirurgia é recomendada a doentes com 
elevada incapacidade funcional da articulação e com dor 
osteoarticular sem resposta a terapêutica tradicional.
Teoricamente, a artroscopia pode aliviar os sintomas 
e mesmo alterar a história natural da doença por di-
versos mecanismos. O desbridamento e lavado ar-
troscópicos são procedimentos em que ocorre, respe-
tivamente, remoção de fragmentos do menisco, perda 
da cartilagem articular existente e remoção de citoci-
nas inflamatórias que causam a sinovite. Estes pas-
sos deveriam minimizar os sintomas e melhorar a dis-
tribuição do peso na superfície das articulações. No 
entanto, a artroscopia relaciona-se com fenómenos 
superficiais, sendo que a patologia da dor reside para 
lá da superfície óssea22.
A artroplastia é um procedimento cirúrgico – ape-
sar de tratamento medicamentoso e fisioterapêutico 
– que visa a substituição da articulação comprometida 
em doentes com dor persistente que apresentem perda 
crítica de estado funcional e movimento articular, alte-
rações biomecânicas compensatórias na articulação afe-
tada e adjacentes com perda acentuada na qualidade de 
vida. Foram desenvolvidos critérios para a artroplastia 
do joelho, bem como para a substituição da anca e respe-
tivos resultados. Nos doentes com doença osteoarticular 
avançada, a artroplastia total ou parcial deverá ser con-
siderada para gestão da dor osteoarticular e melhoria na 
função articular. Para o sucesso cirúrgico é fundamental 
o pré-operatório, com prevenção do tromboembolismo 
e antibioterapia profilática. Este tratamento cirúrgico 
visa melhorar a capacidade funcional da articulação afe-
tada e a qualidade de vida do doente, sendo uma impor-
tante etapa no tratamento da osteoartrose, complemen-
tado com um programa de reabilitação personalizado e 
integral3,15. A artroplastia total da articulação gera maio-
res benefícios para o doente, tanto a curto como a longo 
prazo. Porém, no doente que sofreu muitos anos até o 
seu estado funcional ter declinado substancialmente, a 
melhoria pode não atingir o nível alcançado por outros 
doentes submetidos a cirurgia mais precoce.
No geral, as contraindicações para a cirurgia são: supor-
te ósseo e muscular periarticular inadequados, fatores de 
risco clínico, como insuficiência cardíaca, doença pul-
monar grave, insuficiência renal, insuficiência hepática, 
diabetes mellitus. A idade avançada não é obstáculo para 
a realização da cirurgia, apesar do risco aumentar com a 
idade e doenças associadas. As maiores complicações são 
a perda da prótese, infeções recentes ou tardias, luxação 
ou deslocamento da prótese, fratura do osso adjacente 
e/ou desgaste de partes das componentes da prótese. 
Ambos os procedimentos cirúrgicos para reconstituição 
da cartilagem articular demonstraram maior eficácia em 
estádios precoces da doença, antes de outros processos 
ou fatores de agravamento da mesma.
Outras opções cirúrgicas estão disponíveis:
• Artrodeses (fusão da articulação): Pode reduzir a dor 
osteoarticular, efetuando-se o alinhamento da articula-
ção na melhor posição funcional com perda de mobili-
dade, sendo recomendada na maioria dos casos em pe-
quenas articulações.
• Osteotomia (remoção do tecido ósseo): Utilizada na 
correção do genu varum e do genu valgum3.
Regeneração de Cartilagem
A regeneração de cartilagem é efetuada no tratamento 
da dor osteoarticular por:
• Transplante autólogo de condrócitos (autologous 
chondrocyte implantation – ACI)
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ARTIGO DE REVISÃO
Procedimento efetuado em duas fases, em que se pre-
tende reparação de cartilagem hialina, onde é produzida 
fibrocartilagem no lugar da cartilagem hialina danifica-
da23. Numa primeira fase, é efetuada uma biopsia de car-
tilagem saudável que é retirada do joelho afetado, sendo 
os condrócitos posteriormente colocados em meio de 
cultura apropriado. Na segunda fase do tratamento, as 
células são reimplantadas no local afetado.
As células estaminais podem ser obtidas de diversas fon-
tes, sendo que no futuro o que se pretende será obter um 
procedimento mais simples e em fase única.
• Desbridamento artroscópico localizado ou condro-
plastia
Neste procedimento é efetuado o desbridamento de 
cartilagem articular para uma superfície mais uniforme, 
evitando dano para a cartilagem saudável. São dois os 
procedimentos utilizados na condroplastia artroscópica: 
mecânico (utilizando instrumentos cirúrgicos) e térmico 
(utilizando radiofrequência).
A condroplastia tem uma taxa de sucesso elevada na 
melhoria da dor osteoarticular e sintomas mecânicos. Os 
seus efeitos a longo termo ainda não se encontram, noentanto, devidamente descritos e os efeitos a longo prazo 
da radiofrequência na cartilagem são desconhecidas.
Ambos os procedimentos para a reconstituição da car-
tilagem articular demonstraram maior eficácia em está-
dios precoces da doença, antes de outros processos ou 
fatores de agravamento da mesma.
Terapêutica Farmacológica
A terapêutica farmacológica da OA incide essencial-
mente no debelar da dor e da inflamação, caso exista. A 
recuperação do movimento e o retardar da progressão da 
doença são outros dos objetivos do tratamento. Este é 
feito a longo prazo24.
A OA é uma patologia que afeta especialmente os idosos, 
muitas vezes polimedicados, aspeto que deve ser tido em 
conta na instituição da terapêutica25-27.
O tratamento farmacológico da OA tem em conta nor-
mas orientadoras como:
- Avaliação da origem, frequência e duração da dor;
- Adequação do fármaco ao doente, tendo em conta o iní-
cio, duração de ação e efeitos secundários;
- Escolha do tratamento mais eficaz, ajustando a poso-
logia para valores mínimos eficazes, tendo em conta a 
toxicidade de alguns fármacos;
- A necessidade de pelo menos uma semana de tratamen-
to para se observar a eficácia terapêutica no tratamento 
da dor óssea;
- Fatores socioeconómicos;
- Informar o doente que a resolução completa da dor é 
difícil de alcançar24,28.
As classes terapêuticas utilizadas no tratamento da OA 
são:
- Analgésicos, que podem ser simples, como o 
paracetamol ou os opioides fracos (tramadol, codeína), 
isolados ou em associação ao paracetamol no caso de 
este não ser suficiente;
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINE) – não se-
letivos (ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, naproxeno) 
ou seletivos da cicloxigenase 2 (como o celecoxibe, 
etoricoxibe);
- Symptomatic slow acting drugs in osteoarthritis 
(SYSADOA), «fármacos sintomáticos de acção lenta», 
cujo efeito, incluindo a redução da dor, requer uma ad-
ministração prolongada para se fazer sentir. Estes fárma-
cos, apesar de demonstrarem efeito in vitro na inibição no 
processo de degradação da cartilagem, requerem mais 
estudos que ponham em evidência a sua eficácia – ácido 
hialurónico, sulfato de condroitina, glucosamina;
- Suplementos nutricionais – sulfato de glucosamina, 
condroitina25,27,29,30.
O tratamento farmacológico está esquematizado na 
tabela da Figura 3.
Paracetamol
É o fármaco de primeira escolha no alívio da dor na OA, 
especialmente no idoso24,25,27,31. O seu mecanismo de 
ação ainda não está totalmente esclarecido, mas sabe- 
-se que se exerce ao nível da inibição central da síntese 
de prostaglandinas, o que lhe confere efeito nocicetivo, 
propriedades analgésicas e antipiréticas32.
A dose diária máxima recomendada e aprovada em Por-
tugal é de 4 g por dia. É comum a existência de associ-
ações deste fármaco, facto para que os doentes devem 
ser alertados, de modo a não exceder a dose segura. Os 
efeitos adversos mais significativos são a hipersensibili-
dade e a hepatoxicidade por necrose celular, em caso de 
sobredosagem27,31.
Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINE)
Os AINE são usados no tratamento da dor e inflamação 
osteoarticular. O início da terapêutica é feito na menor 
dose eficaz e pelo mais curto espaço de tempo, apenas 
quando necessário, visto que os efeitos secundários são 
menos frequentes com doses baixas e intermitentes32,33. 
Os efeitos secundários mais relevantes e frequentes 
dão-se a nível gastrointestinal (GI), hemorragia di-
gestiva, mas também podem causar problemas renais, 
cardíacos, hepáticos ou reações de hipersensibilidade. 
Devem evitar-se em doentes com antecedentes de hiper-
sensibilidade ou com risco de hemorragia digestiva32.
A população idosa é muito vulnerável aos efeitos adver-
sos dos AINE25,31,34. Não devem ser usados no último 
trimestre da gravidez, por risco de fecho prematuro do 
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ARTIGO DE REVISÃO
ducto arterial. Entre as estratégias para minorar os efeitos 
GI, referimos a toma do medicamento após as refeições e 
evitar a associação de vários AINE (efeito aditivo).
Estudos de perfil de segurança dos AINE, realizados 
através de meta-análises, sugerem que o ibuprofeno 
e a nabumetona são mais seguros que o piroxicam, o 
cetorolac, e o cetoprofeno3,28,29. Em doentes com risco ele-
vado de hemorragia e/ou complicações GI deverá ser utili-
zado um gastroprotetor (inibidor da bomba de protões ou 
misoprostol)28,29.
Inibidores «Seletivos» da Cicloxigenase-2 (COX-2)
Possuem propriedades analgésicas semelhantes aos 
AINE não seletivos. Os efeitos GI, como a hemorragia 
digestiva, estão reduzidos, mas as complicações cardio-
vasculares são acrescidas35-38. Estão contraindicados em 
patologias como a doença isquémica cardíaca, a doença 
cerebrovascular e a doença arterial periférica. Possuem, 
como os outros AINE, efeitos nefastos sobre a função 
renal e hepática. Devem usar-se com precaução em dis-
lipidémicos, hipertensos, diabéticos, fumadores doentes 
com historial alérgico. Deve utilizar-se a menor dose efi-
caz pelo período de tempo estritamente necessário. Os 
idosos são o principal grupo de risco25,27,39.
 
Analgésicos Opioides
Estão indicados em caso de insucesso de outras opções 
farmacológicas, como paracetamol, AINE, injeções in-
tra-articulares ou terapia tópica27,34. São especialmente 
utilizados em doentes que não podem tomar AINE por 
insuficiência renal ou problemas GI24,34,40. Os doentes 
de alto risco cirúrgico para a realização de artroplastia 
também recorrem a esta terapêutica.
A terapêutica inicia-se com opioides fracos, como o 
tramadol, em doses baixas e por vezes associados ao 
paracetamol30. Quando estes se tornam ineficazes, recorre- 
-se a formas de libertação prolongada de opioides fortes, 
como o fentanilo. O seu uso requer ponderação pelo per-
fil de efeitos adversos que possuem e o risco de desen-
volvimento de dependência34,41,42.
Tramadol
O mecanismo de ação do tramadol é duplo, nos recetores 
µ-opioides e por inibição da recaptação da serotonina e 
noradrenalina. É uma alternativa em doentes com dores 
moderadas a graves que não toleram os AINE, utilizando-
-se também em associação com estes43,44. Deve ser usado 
com precaução em idosos, uma vez que a sua função re-
nal e hepática está comprometida. O ajuste da dose deve 
ser feito em função da idade. Assim, temos doses baixas 
para os que têm mais de 65 anos e reduzidas se a idade 
for superior a 75 anos27,32.
Os principais efeitos adversos são náuseas, vómitos, ton-
turas, obstipação e sonolência. Estes podem condicionar 
a adesão à terapêutica. A ausência de propriedades anti-
-inflamatórias e a tolerabilidade ao fármaco são aspetos 
que podem limitar a sua efetividade na OA43.
Glucocorticoides
As injeções intra-articulares de glucocorticoides (por 
exemplo, betametasona ou prednisolona) são utiliza-
das em caso de inflamação local ou derrame articular. 
Podem ser usadas como adjuvantes da terapêutica 
oral ou em monoterapia em doentes que não toleram 
outros tratamentos. As doses dependem do tamanho 
da articulação a ser tratada. 
A aplicação intra-articular de corticosteroides não 
deve ser feita mais de uma vez, cada quatro meses, 
devido a possível progressão da OA. Estes agentes são 
importantes em exacerbações agudas de OA, mas o 
seu uso a longo prazo não está estabelecido.
Os efeitos adversos destas injeções podem ser locais 
ou sistémicos. No primeiro caso temos infeção da 
articulação afetada, osteonecrose, rutura do tendão 
e atrofia no local de injeção. Os efeitos sistémicos 
traduzem-se por hiperglicemia, edema, aumento da 
pressão arterial, dispepsia e risco de supressão adre-
nal em caso de injeções continuadas.
Ácido Hialurónico (AH)
O AH é uma componente normal da cartilagem, pos-
sui um elevado peso molecular, importante no mo-
vimento da articulaçãopor lubrificá-la e absorver o 
choque de movimentos rápidos. Na AO, a sua concen-
tração e o seu tamanho molecular estão diminuídos. 
A administração intra-articular tem sido estudada, 
de modo a avaliar o seu papel na reconstituição do 
líquido sinovial e na redução dos sintomas45.
As injeções de AH aumentam temporária e ligeira-
mente a viscosidade do líquido sinovial e diminuem a 
dor, mas os estudos realizados são de pouca duração 
e têm um elevado grau de resposta ao placebo. 
Os dois agentes contendo AH disponíveis para o tra-
tamento da dor na OA no joelho são o hialuronato de 
sódio e o hilano G-F 20. A terapêutica consiste numa 
injeção intra-articular de 2 ml no joelho comprometi-
do, uma vez por semana, com intervalos de três (hila-
no G-F 20) ou cinco (hialuronato de sódio) semanas 
consecutivas45. As melhoras são referidas ao fim de 
três a quatro semanas e o efeito mantém-se durante 
meses.
As injeções são normalmente bem toleradas. Podem, 
no entanto, ocorrer efeitos adversos, como edema 
agudo da articulação, reações cutâneas locais (erup-
ções cutâneas, equimoses, rash e prurido).
Esta terapêutica é cara, devido aos custos do fárma-
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ARTIGO DE REVISÃO
Figura 3 - Tratamento farmacológico da OA (adaptado Seed, 2011)
Fármaco Dose
Paracetamol
Efeitos secundários Interações
500-1000 mg
Máximo 4 g/d
 
Hepatoxicidade em caso de sobredosagem, 
ou por associação álcool
Álcool
(↑ risco hepatoxicidade)
Isoniazida
(↑ toxicidade paracetamol)
Varfarina
(doses ↑ pode ↑ RNI) 
Terapêutica 1.ª linha
Monitorizar função hepática 
(ALT)
AINE
Ibuprofeno 400-800 mg, 3x/d
Máximo 3,2 g/d
Frequentes: náuseas, dor abdominal, diarreia, 
dor de cabeça
Pouco frequentes:
Úlcera péptica, IR, edema, ↑ pressão arterial
Anticoagulantes ou antia-
gregantes plaquetários
Anti-hipertensivos 
(↓ efeito anti-hipertensivo)
Sequestradores ácidos 
biliares
(↓ absorção AINE)
Lítio
(↑ concentração sérica lítio)
Metotrexato
(↓ excreção metotrexato)
Outros AINE
(↑ efeitos adversos)
Inibidores Seletivos de 
Recaptação da Serotonina 
(↑ efeitos antiplaquetários)
Contraindicado em doentes 
a tomar ASA ou com alergia 
a outro AINE
Usar a menor dose efetiva; 
doses elevadas ↑ risco 
toxicidade
Idosos têm risco ↑ efeitos 
adversos: a nível GI, SNC; e 
toxicidade hepática e renal 
(mesmo doses baixas)
↑ risco hipercaliémia
Toxicidade CV; pode ser 
dose dependente
Naproxeno 250-500 mg,2xdia
Máximo 1,5 g/d
Diclofenac 50 mg, 2-3x/d;
Máximo 300 
mg/d
Etodolac 300 mg, 2-3x/d ou 
400-500 mg 2x/d;
Máximo 1,2 g/d
Piroxican 10-20 mg/d
Meloxican 7,5-15 mg/d
Máximo 15 mg/d
Inibidores «sele-
tivos» da COX-2 
(vulgarmente 
designados por 
«coxibes»)
100 mg, 2x/d 
ou 200 mg/d
Hipertensão, cefaleia, diarreia, edema, insónia, 
tonturas, náuseas, dor abdominal
Produtos tópicos
Diclofenac 
1% gel
2-4 g/d Rash, prurido, pele seca, hipersensibilidade, 
dermatite contacto, fotodermatite
Risco ↑ efeitos adversos locais 
e problemas GI
Capsaicina Aplicação área 
afetada, 3-4x/d
Sensação de queimadura, ardor e rubor Requer uso 3-4 semanas para 
ser eficaz
Suplementos alimentares
Sulfato 
Glucosamina/ 
Sulfato 
Condroitina
1500 mg-
1200mg/d
Náusea, diarreia ou obstipação, boca seca, 
insónia, cefaleia
A evidência da eficácia é 
controversa
Casos de ↑ pressão arterial, fo-
tossensibilização, exacerbação 
asma, ↑ glicemia
Usar precaução juntamente com 
varfarina, produtos com ASA e 
antiplaquetários
Antiagregantes 
(↑ risco hemorragia com 
condroitina)
Observações
Opioides
Tramadol 50-100 mg cada 
4-6h
Máximo 400 mg/d, 
se idade >75 anos, 
máximo 300 mg
Náuseas, boca seca, prurido, convulsões Contraindicado em caso 
hipersensibilidade opioides, 
intoxicação aguda com álco-
ol, opioides ou psicotrópicos
Risco de abuso
Cl Cr <30 ml/min/d máximo 
200 mg/d
Figura 4 - Tabela de recomendações na dor osteoarticular
Recomendações na dor osteoarticular
1 Comunicação doente Doente deve ser informado dos 
riscos/benefícios da terapêutica 
2 Indicações AINE e coxibes geralmente muito eficazes. 
Inicio da terapêutica deve ser feito com 
paracetamol.
Formulações tópicas de AINE. 
3 Toxicidade GI Em doentes com perfuração, úlceras e 
hemorragias, os coxibes são o fármaco de 
eleição, dependente do risco.
Doentes de alto risco → AINE em associa-
ção com inibidores da bomba de protões 
(IBP).
4 Toxicidade renal Antes de iniciar coxibes e AINE, determinar 
a função renal e ClCr em doente com idade 
≥65 anos ou doentes com comorbilidades 
que afetem a função renal.
5 Hipertensão Doentes hipertensos devem medir a 
pressão arterial após o inicio de terapêutica 
com AINE e coxibes , monitorização da pres-
são arterial com ajustamento da dose.
6 Cardiovascular Pesar benefícios e riscos da terapêutica 
com AINE e coxibes.
7 Considerações 
 geriátricas 
AINE e coxibes devem ser utilizados com 
precaução nos idosos; risco aumentado de 
efeitos secundários GI, cardiovasculares e 
renais. 
8 Farmacoeconomia Coxibes são mais caros em termos de 
custo-efetividade, comparativamente com a 
associação de AINE com IBP.
 
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ARTIGO DE REVISÃO
co e da sua administração, que tem de ser efetuada 
por um médico especialista, o que limita o seu uso e 
o reserva para casos de falha de outros tratamentos 
farmacológicos.
Terapêutica Tópica
Os produtos de aplicação tópica são uma alternativa 
para doentes com contraindicações para o uso de te-
rapêutica sistémica e um adjuvante dos tratamentos 
convencionais com resposta inadequada. A eficácia a 
longo prazo dos AINE tópicos é controversa41. Mas há 
estudos que comprovam a efetividade do diclofenac e 
do eltenac em tratamento de longo prazo da dor do 
joelho46,47. As formas tópicas são úteis e eficazes em 
problemas superficiais, se aplicadas repetidamente, 
de modo a assegurar a penetração do fármaco. 
Os AINE tópicos são muitas vezes recomendados 
para indivíduos sensíveis aos efeitos GI dos AINE sis-
témicos. No entanto, um estudo realizado em doen-
tes idosos demonstrou que apesar da baixa incidência 
de efeitos GI houve um grupo de cerca de 15 por cento 
em que aqueles efeitos se manifestaram. Aproximada-
mente 39 por cento dos envolvidos queixaram-se de 
reações cutâneas, como sensibilidade, dermatite de 
contacto e fotodermatite no local de aplicação46,47.
A capsaicina é obtida a partir de malagueta, atua 
por depleção da substância P das fibras nervosas, 
que estão implicadas na transmissão nocicetiva da 
OA27,32,48. Para ser eficaz, deve ser usada regularmen-
te e o efeito máximo pode só verificar-se ao fim de 
três a quatro semanas de tratamento. Geralmente é 
bem tolerada, mas há doentes que referem sensações 
de queimadura ou ardor no local de aplicação. Deve 
evitar-se o contacto com os olhos ou a boca e lavar 
bem as mãos após a aplicação. É recomendada a apli-
cação quatro vezes ao dia, mas a redução para apenas 
duas vezes pode melhorar a adesão a longo prazo.
 
Glucosamina e Condroitina
A glucosamina é um aminomonossacarido produzido 
pelo organismo e atua como substrato de precursores 
da cartilagem articular49-51. A condroitina também 
está envolvida na formação da cartilagem articular50. 
Estes suplementos dietéticos aliviam os sintomas e 
têm ação no atraso da progressão de OA do joelho51. 
Possuem umbom perfil de segurança, o que os torna 
interessantes em doentes com múltiplas patologias e 
em idosos, atendendo ao risco elevado de efeitos ad-
versos e interações de outros medicamentos27,50,51. 
A dose diária recomendada (DDR) é de 1500 mg de 
glucosamina e 1200 mg de sulfato de condroitina50.
Os efeitos adversos da glucosamina normalmente 
não são relevantes. Incluem inchaço, flatulência, có-
licas. Deve evitar-se em doentes alérgicos a maris-
co. As náuseas são o efeito adverso mais comum da 
condroitina.
 
Novas Abordagens Terapêuticas
As novas abordagens têm como objetivo prevenir e 
retardar a evolução da doença, revertendo o processo 
de alteração da cartilagem articular.
São exemplos destes estudos:
- Doxiciclina e tetraciclina, agentes farmacológicos 
que mimetizam os efeitos dos inibidores das metalo-
proteases, diminuindo a destruição de cartilagem;
- Diacereína (inibidor da interleucina 1-β) no retar-
dar da evolução da OA na anca, mas não no joelho.
A evidência destas terapêuticas ainda não está de-
monstrada27,32.
Conclusões
A OA é uma doença crónica degenerativa das articula-
ções, responsável por grande incapacidade e falta de 
produtividade. A sua prevalência é muito significativa 
entre a faixa mais idosa e aumenta grandemente com a 
idade. Adicionando-se a esta constatação, o facto de a 
população estar a sofrer um rápido envelhecimento faz-
-nos prever um crescimento da sua relevância. É mais 
frequente nas mulheres e os obesos são um importante 
grupo de risco.
Os fatores que contribuem para a instalação da patologia 
podem ser sistémicos (idade, fatores genéticos, estado 
hormonal, obesidade, atividade ocupacional e recreati-
va) e/ou locais (lesão, sobrecarga na articulação, fraque-
za muscular, deformidade articular).
A OA é uma doença que resulta principalmente da fa-
lha dos condrócitos na manutenção do equilíbrio entre 
formação e destruição da cartilagem. Isto conduz a uma 
perda de cartilagem na articulação, inflamação local, al-
terações patológicas no tecido ósseo subjacente e outros 
danos na cartilagem provocados pelo osso afetado.
Os sintomas mais comuns associados à OA são a dor 
osteoarticular e consequente diminuição da função e do 
movimento. O alívio da dor e a melhoria da qualidade de 
vida são os principais objetivos da terapêutica.
As manifestações da OA são locais, afetando uma ou 
várias articulações, sendo as mais afetadas as do joelho, 
anca e mãos. Os osteófitos (proliferações do osso – bicos 
de papagaio) estão normalmente presentes, em contraste 
com o inchaço dos tecidos moles caraterístico da artrite 
reumatoide.
A terapêutica não farmacológica é a plataforma para es-
tabelecer um plano de cuidados farmacêuticos, deven-
do esta ser iniciada antes ou concomitantemente com a 
abordagem farmacológica.
Com base na eficácia, segurança e custos, deve consi-
derar-se inicialmente a terapêutica com paracetamol 
(até uma dose máxima diária de 4 g, para o alívio da 
dor). Em caso de falha desta primeira abordagem, deve 
considerar-se o tratamento com AINE, se não existirem 
contraindicações.
A terapêutica com AINE requer alguma vigilância, pela 
sua toxicidade gastrointestinal, renal, hepática, car-
díaca e ao nível do sistema nervoso central, pelo que a 
monitorização de parâmetros relacionados com estas 
funções é relevante. Como estratégias para redução da 
toxicidade, recomenda-se a adição de misoprostol, de 
um inibidor da bomba de protões ou a substituição por 
salicilatos ou inibidores seletivos da COX-2. Os inibi-
dores da COX-2 apresentam riscos aumentados a nível 
cardiovascular como efeito de classe, mas com exten-
sões do risco diferentes de acordo com a molécula.
Podem ser consideradas outras opções terapêuticas no 
tratamento da dor OA, que incluem: AINE de aplicação 
tópica, analgésicos opioides, glucosamina e sulfato de 
condroitina e injeções intra-articulares de corticoste-
roides e AH.
 
Texto redigido conforme as normas do Acordo Ortográfico. 
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