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Avaliação nutricional Profa(s) Jennara Candido / Aline de Souza CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II Avaliar o estado nutricional é analisar as condições de ingestão de alimentos, absorção e aproveitamento dos nutrientes; Condições são influenciadas por fatores sociais, econômicos, de saneamento ambiental, presença de doença; Podem interferir no desenvolvimento normal ou impedir o organismo de atingir o máximo de suas potencialidades; 2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL A avaliação nutricional compreende: - Antropometria; - Inquéritos alimentares; - Exame clínico; - Exames bioquímicos. 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL COMPONENTES DE UMA DIETA 4 Suprir as necessidades corporais, além de qualquer aumento de demanda metabólica devido a crescimento, gravidez ou enfermidade; Pessoas em condições nutricionais ideais são mais ativas, têm menos enfermidades físicas e vivem mais do que as pessoas desnutridas. 5 CONDIÇÃO NUTRICIONAL Subnutrição: Nutrientes < Necessidades diárias ou Demandas metábolicas; Atenção aos grupos vulneráveis: lactentes, crianças, gestantes, imigrantes recém-chegados ao novo país, grupos de baixa renda, pacientes internados e idosos. Têm maior risco de disfunção no crescimento e desenvolvimento, redução da resistência a infecção e doença, retardo na cicatrização de feridas, maior tempo de permanência hospitalar e custos mais elevados na assistência; 6 CONDIÇÃO NUTRICIONAL Excesso Nutricional: Nutrientes (especialmente calorias, sódio e gordura) > Necessidades corporais. OBS: Excesso de peso na infância e adolescência associa-se a excesso de peso na vida adulta, e a prevalência de peso excessivo em todas as faixas etárias vem aumentando continuamente. 7 CONDIÇÃO NUTRICIONAL CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO Lactentes e Crianças O intervalo entre o nascimento e os 4 meses de idade é o período de crescimento mais rápido no ciclo vital; Lactentes perdem peso nos primeiros dias de vida, mas recuperam entre o 7° e o 10°; Dobram de peso aos 4 meses e triplicam até 1 ano; Alimentação: amamentação exclusiva até os 6 meses; 8 No 1º ano aumentam o comprimento em 50% e dobram até os 4 anos; Até os 2 anos, o cérebro já atingiu 50% de suas dimensões na vida adulta, até os 4, 75% e até os 8 anos, 100%. Por esse motivo, não podem beber leite desnatado ou semidesnatado, pois as gorduras são necessárias para o crescimento adequado e o desenvolvimento do SNC. 9 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO Adolescentes Crescimento físico rápido por alterações hormonais; Aumento das necessidades calóricas e de proteínas; Em virtude do crescimento ósseo e muscular – aumentam a necessidade de cálcio e ferro; 10 Adolescentes Meninos: - Mais altos; - Menos gordura corporal – substituição por massa muscular; - Dobram de peso entre os 10 e os 17 anos. Meninas: - Aumento do percentual de gordura em 25%; - Dobram de peso entre os 8 e 14 anos. CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO Gravidez e Lactação Para suprir as necessidades fetais recomenda-se um ganho de peso da ordem: Peso normal: de 10 a 14 kg; Baixo peso: 13 a 18 kg; Acima do peso: 7 a 12 kg; 12 Adultos Hábitos pouco saudáveis podem ser fatores determinantes do desenvolvimento da hipertensão, obesidade, aterosclerose, câncer, osteoporose e diabetes mellitus: Tabagismo; Estresse; Falta de exercício; Consumo de álcool; Dieta rica em gordura, colesterol, sal, açúcar e pobre em fibras. 13 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO Idoso Susceptível a desnutrição ou a nutrição excessiva; Alterações que afetam as condições nutricionais: Dentes em mau estado; Redução da acuidade visual; Diminuição da produção de saliva; Lentificação da motilidade gastrintestinal; Queda da absorção gastrintestinal; Redução da sensibilidade olfativa e gustativa; 14 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO Idoso Saúde física ou mental precária, isolamento social, alcoolismo, restrição da capacidade funcional, pobreza e polifarmácia são os principais fatores de risco de desnutrição nos idosos; Situação socioeconômica; instalações para preparar alimentos; transporte até o mercado, restrições físicas e de renda, isolamento social podem ter impacto significativo nas condições nutricionais; Medicações – interação com alimentos. 15 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO Característica importante do idoso: - Redução das necessidades energéticas pela perda da massa corporal magra - massa muscular, massa óssea, sangue, pele, órgãos, (tecidos com maior atividade metabólica do organismo); *51 a 75 anos – necessidades energéticas diminuem em 200 kcal/dia tanto em homens como mulheres; *Depois de 75 anos – necessidades diminuem em 500 kcal ou 400 kcal/dia; 16 CONSIDERAÇÕES TRANSCULTURAIS Uma vez que os alimentos e costumes são diferentes, cada pessoa tem uma herança cultural única que pode afetar suas condições nutricionais. 17 PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Identificar indivíduos desnutridos ou obesos ou com risco para desnutrição ou obesidade; Oferecer dados para elaborar um planejamento nutricional que evite a desnutrição; Avaliar a eficácia da atenção nutricional; Detectar deficiências de nutrientes específicos. 18 O RASTREAMENTO NUTRICIONAL é uma forma rápida e fácil de identificar os indivíduos em risco nutricional. Os parâmetros usados tipicamente incluem peso e história do peso, pesquisas de situações associadas a maior risco nutricional, informações sobre a dieta e dados laboratoriais de rotina. 19 PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Indivíduos identificados como de risco nutricional durante o rastreamento devem ser submetidos a uma AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ABRANGENTE, incluindo história nutricional e informação sobre consumo alimentar, exame físico para pesquisar sinais clínicos, medidas antropométricas e testes laboratoriais. 20 PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Histórico Nutricional; Peso e altura; Perda de peso; Exames laboratoriais; Integridade cutânea; Apetite/dieta; Doença atual; Antecedentes clínicos; Idade. 21 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Adipômetro de Lange Fita Métrica Antropômetro 22 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS Balança PESO Medida mais comum realizada na avaliação nutricional, sendo de fácil obtenção e baixo custo, além de diagnosticar mudanças recentes no estado nutricional; Para coleta do peso atual, deve-se utilizar balança manual ou eletrônica devidamente aferida e com tara determinada, confirmando-se a marca de zero; AVALIAÇÃO NUTRICIONAL PESO Pessoas devem ser pesadas com roupas mínimas ou avental hospitalar e sem sapatos; Não havendo privacidade suficiente, pesar o paciente com o mínimo de roupas, descontando-se o peso de suas roupas logo após; Posicione o paciente no centro da balança, com o peso igualmente distribuído entre os dois pés. 24 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL PESO Peso habitual é utilizado como referência na avaliação de mudanças recentes de peso e em casos nos quais houverimpossibilidade de pesar o paciente; A perda de peso em qualquer porcentagem é sempre considerada significativa do ponto de vista clínico, principalmente em crianças e idosos. 25 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ESTATURA – Crianças de até 24 meses, utiliza-se régua antropométrica; Antropômetro de madeira ou; Trena ou Fita métrica, com divisões em milímetros, afixada à parede; 26 ESTATURA Comprimento – em pacientes hospitalizados que não deambulam, a medição pode ser feita com o paciente deitado em superfície plana, seguindo o mesmo procedimento em crianças, com a fita posicionada na lateral; Altura – Deve ser medida em pé e sem sapatos; Pessoa ereta com os pés unidos e todo o corpo encostado no antropômetro. Cabeça posicionada de modo a olhar horizontalmente. 28 ESTATURA Outra alternativa para pacientes impossibilitados de permanecer na posição ereta é a medição da extensão dos braços; Os mesmos devem ficar estendidos, formando um ângulo de 90° com o corpo; Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos com uma fita métrica flexível; A medida obtida corresponde à estimativa de estatura do indivíduo. 29 Circunferências Perímetro cefálico: medir do nascimento até os dois anos de idade a cada consulta de puericultura e após a cada ano até 6 anos. Medir proeminência frontal e occipital. Relação cintura-quadril é fortemente associada à gordura visceral, e esse índice foi adotado para medir a gordura intra-abdominal e avaliar risco cardiovascular. Circunferência da cintura: menor circunferência abaixo da caixa torácica e acima do umbigo. Circunferência do quadril: maior circunferência das nádegas. 30 RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL RISCO CARDIOVASCULAR Circunferências Circunferência do braço - CB (avalia reservas de tecido adiposo e estima a massa magra). Localizar e marcar o ponto médio entre o acrômio e olecrano, com o braço a ser medido flexionado em direção ao tórax. Após, solicitar que o cliente estenda o braço ao longo do corpo, com a palma da mão voltada para a coxa. 32 Pregas ou dobras cutâneas Estimar reserva de gordura do corpo ou grau de obesidade ou desnutrição; Medição realizada com uso de aparelhos especiais, como Lange Skinfold caliper, que mede a espessura das dobras corporais em sítios específicos no organismo; Dobras cutâneas mais utilizadas na área clínica são as dobras tricipital, bicipital, subescapular e supra ilíaca; 34 Pregas ou dobras cutâneas 35 Para avaliar a composição corporal de pacientes obesos, este método não é recomendado – erros na coleta das dobras cutâneas; ÍNDICE DE MASSA CORPORAL IMC: é o indicador mais simples do estado nutricional. Pode-se utilizar a combinação do IMC com a medida da cintura para classificar o estado nutricional e o risco relativo de doenças do paciente. 36 Índice de Massa Corporal (IMC) 37 Classificação IMC Risco de Morbidade Baixo Peso < 18,5 Ausente Eutrófico 18,5 - 24,9 Moderado Sobrepeso 25,0 - 29,9 Médio Obesidade Grau I 30,0 – 34,9 Aumentado Obesidade Grau II 35,0 – 39,9 Grave Obesidade Grau III > 40,0 Muito Grave BRASIL, 2014 Índice de Massa Corporal (IMC) para Idosos 38 BRASIL, 2014 Classificação IMC Baixo Peso ≤ 22,0 Eutrófico 22,1 - 26,9 Sobrepeso ≥27,0 HISTÓRICO NUTRICIONAL Padrão alimentar Número de refeições por dia? Tipo e quantidade de alimento? Onde é consumido o alimento? É capaz de alimentar-se sozinho? Peso habitual IMC 39 HISTÓRICO NUTRICIONAL Modificações do apetite Tipo de alteração? Quando essa alteração ocorreu? Cirurgia recente Quando? Tipo? Condições que aumentam a perda nutricional (perda sanguínea)? 40 HISTÓRICO NUTRICIONAL Doenças crônicas Tipo? Quando foi diagnosticada? Como foram tratadas? Modificações dietéticas? Quimioterapia ou radioterapia? 41 HISTÓRICO NUTRICIONAL Vômito, diarréia, constipação Devido a? Quanto tempo? Alergia ou intolerância alimentar A alimento? Tipo de reação? Quanto tempo? 42 HISTÓRICO NUTRICIONAL Medicações Tipo? Quantidade? Duração do uso? Comportamento de Autocuidado Renda adequada para aquisição de alimentos? Quem prepara as refeições? Ambiente durante as refeições? 43 HISTÓRICO NUTRICIONAL Uso de álcool ou drogas Tempo de uso? Quantidade por dia? Atividade física Quantidade? Tipo? 44 HISTÓRICO NUTRICIONAL História familiar ou pessoal Doença cardíaca, osteoporose, câncer? Transtornos gastrintestinais? Obesidade ou desnutrição? 45 SINAIS FÍSICOS INDICATIVOS DO ESTADO NUTRICIONAL SINAIS NUTRIÇÃO DEFICIENTE DOENÇA POSSÍVEL Aparência geral Edema Kwashiorkor (desnutrição protéica); Cabelo Opaco e seco, quebradiço, despigmentado, fácil de arrancar e sinal da bandeira (faixa de coloração diferente) Kwashiorkor e marasmo (menos comum); 46 Face 1- Seborreia nasolabial (pele estratificada em volta das narinas, 2- face edemaciada; 1 – Riboflavina ( B2); 2 – Kwashiorkor; Olhos 1 - Membranas pálidas, secas (xeroftalmia), 2 vermelhidão e fissuras nos epicantos; 1 – anemia; 2 – riboflavina (B2), piridoxina (B6); Lábios Lesão róseas ou brancas nos cantos da boca; Riboflavina (B2) SINAIS FÍSICOS INDICATIVOS DO ESTADO NUTRICIONAL SINAIS FÍSICOS INDICATIVOS DO ESTADO NUTRICIONAL SINAIS NUTRIÇÃO DEFICIENTE DOENÇA POSSÍVEL Dentes Esmalte manchado Fluorose (Excesso de flúor) Gengivas Esponjosas, sangrando Vitamina C 48 Língua Glossite (vermelho- vivo), pálida, sangramento, atrofia ou hipertrofia papilar, lisa/cor púrpura Complexo de vit B; ferro, niacina (B3), múltiplos nutrientes, riboflavina (B2), vita C Unhas Em formato de colher, quebradiças ferro SINAIS FÍSICOS INDICATIVOS DO ESTADO NUTRICIONAL SINAIS FÍSICOS INDICATIVOS DO ESTADO NUTRICIONAL SINAIS NUTRIÇÃO DEFICIENTE DOENÇA POSSÍVEL Músculo- esquelético Raquitismo, dor articular, atrofia muscular Vitamina D, cálcio, vitamina C, proteína, carboidrato e gordura; Sistema nervoso Desorientação e irritabilidade Vitamina B12 50 EXAMES LABORATORIAIS 51 Medidas mais objetivas do estado nutricional, porém sua precisão e exatidão são vulneráveis com relação aos métodos utilizados e a variáveis como idade, raça, sexo e estado fisiológico do indivíduo; Em muitas situações, para obter-se um diagnóstico do estado nutricional, é necessário combinar diversos indicadores e levar em consideração mais de uma medida, pois esses indicadores podem sofrer alterações diárias ou semanais; EXAMES LABORATORIAIS 52 Hemoglobina (Proteína presente nas hemácias, que assegura o transporte do oxigênio e do gás carbônico) – Usada para detectar anemia ferropriva; Hematócrito (percentagem que corresponde ao volume de hemácias em relação ao total de sangue) – A medida do volume celular, é também um indicador da situação do organismo em relação ao ferro. EXAMES LABORATORIAIS Hemoglobina 14 – 18g/dL Homem 12 – 16g/dL Mulher Valor crítico: < 7g/dL ou > 20g/dL Hematócrito 37 – 49% Homem 36 - 46% Mulher Valor crítico: < a 20% ou > a 60%53 EXAMES LABORATORIAIS 54 Colesterol LDL - Low Density Lipoproteins “Colesterol ruim” HDL - High Density Lipoproteins; “Colesterol bom” Medido para avaliar o metabolismo das gorduras e estimar o risco de doença cardiovascular; Triglicérides Rastrear hiperlipidemia e determinar o risco de doença coronariana; 55 EXAMES LABORATORIAIS 56 EXAMES LABORATORIAIS Contagem de Linfócitos; Indicador da função imunológica celular; Reduzido nas pessoas com desnutrição aguda como resultado do estresse e da alimentação de baixa caloria. 57 Valores normais: 1.800 e 3.000 células/mm3 Desnutrição grave: < 800 células/mm3 Desnutrição moderada: 800-1.200 células/mm3 EXAMES LABORATORIAIS Meia vida: 17 a 20 dias e grande reserva corporal: 4 a 5g/kg; Valores séricos: 3,5 a 5,5g/dL Sinaliza déficit de proteína; Armazenada no organismo → ↓ albumina → desnutrição grave 58 Proteínas séricas – ALBUMINA SÉRICA - EXAMES LABORATORIAIS Proteína transportadora do ferro, com uma meia vida de 8 a 10 dias, pode ser um indicador sensível das condições de proteína visceral melhor do que a albumina; Valores normais: 170 a 250 mg/dl; 59 Proteínas séricas – TRANSFERRINA SÉRICA EXAMES LABORATORIAIS Balanço Nitrogenado; Usado como índice das condições nutricionais para proteínas; É um bom parâmetro para avaliar a ingestão e degradação protéica; É liberado no catabolismo dos aminoácidos e excretado na urina como uréia; Indica se a pessoa está anabólica (balanço nitrogenado positivo) ou catabólica (balanço nitrogenado negativo). 60 Distúrbios nutricionais Desequilíbrio entre a ingesta de calorias e o gasto; Embora níveis de proteínas visceral e a imunocompetência costumem ser normais nos obesos, as medidas antropométricas estão acima do normal; Peso > 120% do padrão para a altura; IMC > 30; Colesterol sérico: ≥200mg/dl; Triglicerídeos > 250mg/dl; Relação cintura-quadril: > 1,0 (homens) ou 0,8 (mulheres); 62 OBESIDADE CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO MARASMO – desnutrição protéico-calórica Devido a um consumo inadequado de proteínas e calorias ou à inapetência prolongada; Níveis de proteína visceral podem permanecer nas faixas normais – redução das medidas antropométricas; Peso ≤ 80 % do padrão da altura; Circunferência do braço ≤ 90% do padrão; Creatinina: < 80% do padrão; 63 MARASMO 64 Sinais e sintomas Emaciação gradual e atrofia dos tecidos corporais Pele flácida Irritável, apática, retraída e letárgica, com frequente prostração. CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO KWASHIORKOR (desnutrição protéica) Devido a dieta com alto teor de caloria, mas nenhuma proteína, como dietas líquidas pobres em proteína; Apresentam redução dos níveis de proteína visceral e depressão das funções imunológicas, mas costumam ter medidas antropométricas adequadas; 65 CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO KWASHIORKOR (desnutrição protéica); Características: Edema; Peso ≥ 100% da altura; Albumina sérica < 3,5g/dl do padrão; Linfócitos < 1,500 mm3 66 CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO MARASMO/KWASHIORKOR; Ingesta inadequada por tempo prolongado de proteínas e calorias; Combina elementos tanto de Marasmo como de Kwashiorkor; Atrofia muscular, perda de gordura e de proteína visceral e incompetência imunológica; Indivíduos submetidos a estresse catabólico agudo, como cirurgia de grande porte, trauma ou queimaduras associados a inanição prolongada. 67 CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO MARASMO/KWASHIORKOR; Peso ≤ 70% do padrão; Circunferência média do braço ≤ 60% do padrão; Albumina sérica < 2,8 g/dl; Linfócitos < 900 mm3; Índice de creatinina-altura ≤ 60% do padrão; 68 ANORMALIDADES POR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS 69 Pelagra: Lesões descamantes e ceratóticas – deficiência de Niacina (Vit. B3); Especialmente acentuadas nas regiões expostas ao sol, como mãos, antebraço, pescoço e pernas; Hiperceratose Folicular: Pele seca e com alterações do relevo associadas a def. de vitamina A e/ou ácido linoléico (ácido graxo essencial); 70 ANORMALIDADES POR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ANORMALIDADES POR DEFICIÊNCIA Mancha de Bitot: Placas espumosas com ulceração da córnea – Deficiência de vit. A; Depleção severa pode resultar em xerose conjuntival (ressecamento) e progredir para ulceração da córnea e, por fim, destruição do olho (ceratomalacia); 71 ANORMALIDADES POR DEFICIÊNCIA Gengiva do Escorbuto: Tumefação, sangramento - Deficiência de vitamina C. 72 ANORMALIDADES POR DEFICIÊNCIA 73 Raquitismo: Deficiência de vitamina D e cálcio; Defeito na mineralização do osso. ANORMALIDADES POR DEFICIÊNCIA Glossite Atrófica: Língua lisa – deficiência de riboflavina (vit. B12); Língua pálida – def. ferro; Língua vermelho-viva – def. tiamina (vit. B1); 74 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1. Colher uma anamnese relevante para as condições nutricionais adequadas; 2. Levantar a história alimentar; 3. Inspecionar a pele, cabelo, olhos, cavidade oral, unhas, sistema musculoesquelético e neurológico; 4. Medir altura, peso e outros parâmetros; 5. Rever os testes laboratoriais. 75 REFERÊNCIAS 76 1. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde. Brasília: IBGE, 2013. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde : Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília : Ministério da Saúde, 2011. 3. BARROS, A. L. B. L. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica. 2ªed. Porto Alegre: Artmed, 2010; 4. TAYLOR, C; LILLIS, C; LEMONE, P. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 5ªed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 5. TIMBY, B. K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007; 6. PASSOS, V. C. S; VOLPATO, A. C. B. Técnicas Básica de Enfermagem. 4ªed. São Paulo: Martinari, 2014
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