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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II Métodos técnicas propedêuticos: para o físico exame Profa. Dra. Jennara Candido do Nascimento EXAME FÍSICO 2 Exame físico, para quê? É realmente necessário? FINALIDADE Instrumento que permite coletar informações valiosas sobre o estado de saúde de indivíduos e grupos, utilizando-se quatro habilidades chamadas métodos propedêuticos: inspeção, palpação, percussão e ausculta, além da olfação e mensuração; Tem como finalidade identificar os padrões de anormalidade das respostas humanas, contribuindo com a terapêutica da equipe multiprofissional e com estimulo ao autocuidado. FINALIDADE Obter informações sobre a saúde do cliente; Suplementar, entrevista; completar ou refutar dados obtidos na Julgar clinicamente alteração do estado de saúde e tratamento do cliente; FINALIDADE Confirmar e identificar Diagnósticos de Enfermagem; Identificar necessidades de saúde do cliente; Favorecer a implementação do plano terapêutico. Evoluir os resultados das intervenções de enfermagem. Pressupostos para realização de um exame físico eficaz Deve-se obedecer o sentido cefalocaudal; Ter em mente os métodos propedêuticos, regiões anatômicas e conceitos diagnósticos, além do manuseio adequado dos equipamentos; Deve ser realizado após a entrevista; Executar as técnicas de maneira simétrica e comparativa; Pressupostos para realização de um exame físico eficaz Preservar regiões onde o cliente esteja se queixando de dores e iniciar o exame sempre pelo órgão não afetado; O cliente deve estar confortável, relaxado e com a privacidade preservada; Explicar sobre os procedimentos para aliviar o medo e a ansiedade; As mãos do examinador devem estar aquecidas, higienizadas e com as unhas curtas; Pressupostos para realização de um exame físico eficaz Deve-se expor somente a região a ser examinada, de modo a preservar a privacidade do paciente; Monitorar a expressão facial em relação às manifestações de dor ou desconforto; O examinador deve ser ético: evitar comentários e expressões acerca dos problemas achados. O ambiente do exame deve apresentar iluminação homogênea e ser silencioso; lo - lo - lo - Considerações do exame físico nas diferentes faixas etárias durante a consulta EXAME FÍSICO 7 Antes de iniciar o exame físico, é necessário: Estabelecer uma boa relação com o cliente; EXAME FÍSICO Proporcionar ambiente tranquilo; EXAME FÍSICO Manter postura e apresentação pessoal do enfermeiro; EXAME FÍSICO Demonstrar respeito e confiança; EXAME FÍSICO Lavar as mãos. EXAME FÍSICO 12 Musculoesquelética Membros Tórax e abdome Cardíaca e pulmonar Cabeça e pescoço Boca, nariz, olhos e ouvidos Pele, cabelo e unhas MÉTODOS PROPEDÊUTICOS 13 Inspeção Palpação Percussão Ausculta INSPEÇÃO 14 Definição: Consiste no processo de observação pelo uso dos sentidos de visão, olfato e audição para avaliar a condição de várias partes do corpo, incluindo quaisquer desvios da normalidade. INSPEÇÃO Atentar para: Observação completa e sistemática de cada parte para do a corpo (exposta) não esquecendo de atentar privacidade; Sempre observe antes de tocar; INSPEÇÃO 16 Boa iluminação, procure luz natural (se possível); Local reservado, aquecido (evite local frio); Observação acurada (coloração, forma, tamanho, localização, textura, simetria, posições, odores, sons e presença de anormalidades); INSPEÇÃO Observe primeiro o indivíduo como observe cada sistema corporal. um todo e depois, A inspeção começa no momento que você entra em contato com o indivíduo – Inspeção geral. É a primeira etapa do exame físico! INSPEÇÃO 18 Se preciso use tecnologias acessórias. O inspecionado controle, indivíduo é o seu assim compare o lado direito e esquerdo. O QUE VEMOS? 19 O QUE VEMOS? 21 O QUE VEMOS? INSPEÇÃO 22 É importante verificar o modo de andar, postura, contato visual e forma de comunicação verbal e corporal – dados que fornecerão “pistas” sobre o estado emocional e mental do paciente. 23 A inspeção é um continuum. Deve-se continuar inspecionando o paciente mesmo durante a palpação, percussão e ausculta; Erra menos quem inspeciona mais; 24 Respeitar o paciente, desnudando apenas o segmento a ser inspecionado, atendo-se para à região de maior queixa; INSPEÇÃO 25 A inspeção pode ser: Estática – quando se observam apenas os contornos anatômicos; Dinâmica observador – foco está de atenção do centrado nos movimentos próprios do segmento inspecionado; INSPEÇÃO Existem duas maneiras para a inspeção: 26 se fazer Frontal – técnica de olhar de frente a região a ser examinada; Inspeção pesquisar superfície tangencial – Indicada para movimentos mínimos na corporal, como pulsações, abaulamentos, retrações, ondulações. PALPAÇÃO 27 Definição: Permite a pressão. obtenção de dados através do tato e da PALPAÇÃO 28 O sentido do tato obtém as mais superficial do corpo; impressões táteis da parte Pressão permite a obtenção das impressões de regiões mais profundas; Palpação As mãos do examinador devem unhas curtas! estar aquecidas e as Palpação Confirma inspeção. pontos observados durante a pe o); PALPAÇÃO 31 Atentar para: Textura (aspereza/suavidade); Temperatura (aquecido, quente, Espessura; Volume (dimensões); frio); Mobilidade (imobilidade, vibração); Consistência de estruturas (sólido, líquid Resistência e elasticidade. Pal a área mais sensível por último. Tipos de palpação Palpação Superficial: Para determinar as variações em uma superfície (textura, sensibilidade, temperatura, pulsações...). Deprima 1 cm com a polpa dos dedos. Comece pela palpação superficial! PALPAÇÃO 33 Profunda: - Sentir órgãos e massas internas. - Deprima 4 cm com a polpa dos dedos. 6ndrio Epigastro Hipoc6 direito esquer Regiao umbilical REGIÕES DO ABDOME 34 \ 0 0 Apendice xif6ide ndri o do -iipoc Sf nfise pubica Regiao Regiao Regiao inguinal suprapubica inguinal direita esquerda Quadrant e superior direito Quadrante superior esquerdo Quadrant e inferior direito Quadrante inferior esquerdo 35 Os quadrantes são obtidos traçando-se duas linhas imaginárias ou dois planos perpendiculares entre si, que cruzam no nível da cicatriz umbilical; Situação dos órgãos abdominais: QSD – lobo direito do fígado, vesícula biliar, piloro, duodeno, 36 cabeça do pâncreas, flexura hepática do colo e parte dos colos ascendente e transverso; QSE – lobo esquerdo do fígado, estômago, corpo do pâncreas, flexura esplênica do colo e parte dos colos transverso e descendente; QID – ceco, apêndice vermiforme e parte do colo ascendente; QIE – colo descendente e parte do colo sigmóide; 37 38 Linhapassa partes horizontal superior tangencialmente às mais caudais do rebordo costal; Linha passa horizontal inferior as partes das mais cristas craniais ilíacas; 39 Divide-se o abdome em três andares: Epigástrica; Mesogástrica e Hipogástrica; Linhas verticais direita e esquerda pontos passam médios pelos dos ligamentos inguinais 40 41 Situação dos órgãos abdominais: Hipocôndrio direito - parte do fígado, flexura hepática do colo; Epigastro – cárdia, estômago, piloro, parte do fígado, colo transverso e o pâncreas; Hipocôndrio esquerdo – baço, flexura esplênica do colo; Flanco ou região lateral à direita – parte do apêndice vermiforme, ceco e colo ascendente; Região umbilical – intestino delgado, íleo; Flanco ou lateral à esquerda – colo descendente; Região inguinal direita – Parte do apêndice vermiforme; Região inguinal esquerda – parte do colo sigmóide. 42 PALPAÇÃO 43 Bimanual: Palpar mamas e órgãos abdominais profundos. Use as duas mãos, uma de cada lado da parte do corpo ou dos órgãos que se deseja sentir. A mão que fica de por cima é aplicada detectar para fazer pressão e a baixo para estruturas profundas. PALPAÇÃO 44 MÃOS SUPERPOSTAS MÃOS ESPALMADAS POLPA DIGITAL PALPAÇÃO UNI-MANUAL EM PINÇA DIGITOPRESSÃO PERCUSSÃO 46 Definição: Consiste em “bater” em uma parte do corpo para identificar sensibilidade ou sons que variam com a densidade das estruturas adjacentes. - Realização de pequenos golpes em determinada superfície do organismo; PERCUSSÃO 47 As vibrações obtidas têm características próprias quanto a intensidade, tonalidade e timbre, de acordo com a estrutura anatômica percutida; Atentar para: Sons obtidos na percussão. PERCUSSÃO 48 TÉCNICAS PERCUSSÃO: RELATADAS PARA Percussão direta: golpeando-se com as pontas dos dedos a região-alvo (dedos fletidos – martelo); A mão que golpeia entra em contato direto com a parede do um som. corpo, produzindo Utilizada na percussão do tórax do lactente e das regiões sinusais do adulto. PERCUSSÃO 49 Percussão Indireta: envolve ambas a mãos. o uso de Dígito-digital: Golpeando-se com dedo a borda ungueal ou a superfície dorsal médio da ou se na segunda indicador encontra região de falange do dedo da outra mão, que espalmada interesse; e apoiada PERCUSSÃO Punho-percussão Mantendo-se a mão com a região fechada, golpeia-se borda cubital a estudada. Utilizada para verificar a ocorrência dolorosa. de sensação PERCUSSÃO SONS ENCONTRADOS Maciço Obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar – fígado e baço; Som que transmite a sensação de dureza. PERCUSSÃO 52 Submaciço Presença de ar em pequena quantidade; Timpânico Obtido em regiões estômago e intestino; que contenham ar, como Ressonância ou claro pulmonar Quando percute especificamente a pulmões; área dos PERCUSSÃO 53 BORDA DA MÃO – dedos estendidos Golpeia-se com a borda ulnar; e unidos. POR PIPAROTE ascite; – Utilizada para pesquisar Com uma das mãos, o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra mão, espalmada na região contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com a parede abdominal; PERCUSSÃO BORDA DA MÃO PIPAROTE DIGITO- DIGITAL PUNHO- DIGITAL 5 PERCUSSÃO 4 SONS OBTIDOS NA PERCUSSÃO 55 Ressonância Macicez (músculo e osso) Submacicez (cardíaca) Ressonância submacicez (fígado) Timpanismo (estômago) ANTERIOR POSTERIOR 56 Ressonância Macicez (escápula) Ressonância Submacicez (viceral) Submacicez (fígado) AUSCULTA 57 Definição: Escutar sons produzidos pelo corpo, provenientes da respiração, coração e alças intestinais - estetoscópio. AUSCULTA 58 Atentar para: Deve ser realizada em ambiente sem ruído externo e sossegado. O estetoscópio deve ser colocado sobre a pele nua, pois os tecidos obscurecem os sons. AUSCULTA Atentar para: Mantenha exames a sala de para aquecida evitar tremores; Aqueça as terminações do estetoscópio. AUSCULTA O ajuste e a qualidade do estetoscópio são importantes! A inclinação das auriculares deve seu ficar nariz. orientada no sentido do Sempre lembre-se de limpar seu estetoscópio após o uso! AUSCULTA Diafragma: intensidade intestino normais. melhor aguda para – ruídos de respiração, cardíacas e bulhas Campânula: ideal para sons suaves e de frequência baixa, como bulhas sopros. cardíacas acessórias e Como realizar a ausculta cardíaca? O paciente deve estar em decúbito dorsal ou sentado, com o tórax descoberto; Deve-se auscultar cada foco e registrar a frequência, ritmo e sonoridade das bulhas cardíacas (fonética); • • F Focos de ausculta cardíaca Como realizar a ausculta pulmonar? O paciente deve estar com o tórax despido para perfeito acoplamento do estétoscópio; Deve ser orientado a respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído; • • • A ausculta deve ser realizada em linhas horizontais comparando-se os sons de cada hemitórax; Evita-se colocar o estetoscópio sobre escápula, saliências ósseas ou as mamas; Ausculta-se as fossas supra e subclaviculares, onde ouve-se os sons dos ápices pulmonares. • • Ausculta abdominal Peristaltismo; Ruídos Hidroaéreos; Peristalse. 65 Técnicas básicas para o exame físico; - O exame físico compreende a inspeção, utilização palpação, percussão e ausculta, além da de alguns instrumentos e aparelhos básicos; - Para a sentido, realização de sobretudo a fundamental cada etapa, o examinador emprega seus visão, tato e audição... Além destes, o olfato é para subsidiar o raciocínio clínico de enfermagem. Instrumentos necessários para o exame físico Instrumentos necessários para o exame físico Antes reúna de iniciar o exame, material todo o necessário e verifique a funcionalidade. Lembre-se sempre de limpar todos os equipamentos antes e após o uso em cada paciente! Equipamentos necessários Esfigmomanômetro Estetoscópio; Termômetro; Fita métrica; Tubo de borracha manômetro Pêra Bolsa de borracha inflável (Cuff) Equipamentos necessários Agulha; Lanterna; Abaixador de língua; Otoscópio; Olftamoscópio; Algodão; Referências BARROS, A. L. B. L. Anamnese e Exame Físico: Avaliação Diagnóstica de Enfermagem no Adulto. 3 ed. São Paulo: Artmed, 2015. JARVIS, C. Exame Físico e Avaliação de Saúde Para Enfermagem. 6 ed. São Paulo: Elsevier, 2012.
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