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IDCNoturno Administrativo RBaldacci Aula13 e14 220415 JBorges

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Intensivo Delegado de Polícia Civil Noturno 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professor: RBaldacci 
Aulas: 13 e 14| Data: 22/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
ATOS ADMINISTRATIVOS (continuação) 
(...) 
4. Pressupostos e tipos de atos 
5. Pressupostos 
6. Controle e forma de extinção dos atos administrativos 
6.1. Controle sobre atos vinculados 
6.2. Controle sobre atos discricionários 
 
 
 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS (continuação) 
 
4. Pressupostos e tipos de atos 
 
Pergunta 1: o que é um ato discricionário? 
Pergunta 2: o que é discricionário num ato discricionário? 
Pergunta 3: o que é mérito discricionário? 
Pergunta 4: o judiciário aprecia elementos do mérito? 
A seguinte Tabela vai responder: COM FI FO MO OB. 
5 Pressupostos Lei que autoriza o ato “a” Lei que autoriza o ato “b” 
COMpetência A Lei que diz A Lei que diz 
FInalidade A Lei que diz A Lei que diz 
FOrma A Lei que diz A Lei que diz 
MOtivo A Lei que diz Brando ou indefinido 
OBjeto A Lei que diz Brando ou indefinido 
 
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Conclusão O ato A é vinculado à Lei 
 
Ato “a”: Competência, finalidade e forma são atos vinculantes, pois SEMPRE estão na Lei. 
Ato “b”: Motivo e objeto ou então em branco ou são indefinidos na Lei. Se estiver em branco será preenchido 
pelo administrador de maneira motivada. Tal motivação é baseada em fatos e circunstâncias que demonstram 
que praticar tal ato é oportuno e conveniente para o interesse público. 
O ato “b” é um ato de exercício conforme critérios de oportunidade e conveniência e é também chamado de ato 
discricionário. 
O mérito é baseado em fatos e circunstâncias. Quais fatos e circunstâncias o administrador pode escolher? 
Discricionário é a escolha que o administrador faz dentro de limites da Lei (razoabilidade e proporcionalidade). O 
que ele decide fora de tais limites é arbitrário, não discricionário, e aquilo que é arbitrário é ilegal por não estar 
na lei. 
Fatos e circunstâncias estão dentro do mérito. Caso tenham sido mal escolhidos pelo administrador podem ser 
ilegais e podem ser apreciados pelo Poder judiciário. 
 
5. Pressupostos 
Para a perfeição e validade do ato administrativo é necessário um completo preenchimento de todos os 
pressupostos e elementos exigidos por lei: 
1. Competência ou sujeito, 
2. Finalidade, 
3. Forma, 
4. Motivo 
5. Objeto. 
 
* Ato vinculado: é aquele que possui em lei todos estes cinco pressupostos já totalmente preenchidos, tornando 
o administrador um mero cumpridor de leis. 
 
* Ato discricionário: é aquele que possui parte dos pressupostos já preenchidos e definidos por lei (competência, 
finalidade e forma. São pressupostos que sempre decorrem de lei) e os demais pressupostos estarão em branco 
ou “indefinidos” na lei. Serão preenchidos pelo administrador através do mérito discricionário. 
 
 
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* Mérito discricionário: É a motivação privativa do administrador baseada em fatos e circunstâncias razoáveis e 
proporcionais preenchendo os elementos em branco, ou indefinidos na lei, demonstrando que a prática daquele 
ato é oportuna e conveniente ao interesse público. 
 
* Pressupostos vinculantes: são a competência, a finalidade e a forma que sempre decorrem de lei. 
 
* Discricionariedade: é a escolha pelo administrador dos fatos e circunstâncias dentro dos limites implícitos da lei 
– os limites mais importantes são a razoabilidade e a proporcionalidade. Escolher fora dos limites da lei é 
arbitrariedade que implicará em ilegalidade. 
 
* Controle judicial sobre o mérito: como o judiciário sempre pode se manifestar quando houver qualquer forma 
de ilegalidade, poderá controlar a razoabilidade e a proporcionalidade dos fundamentos que sustentam o mérito 
e entendendo que não são razoáveis ou proporcionais poderá decretar a ilegalidade da motivação do mérito. 
 
6. Controle e forma de extinção dos atos administrativos 
Pergunta: O modelo brasileiro de jurisdição é o Inglês ou o Francês? 
Data: 14/07/1789, queda da Bastilha, Revolução Francesa, promovida para acabar com o absolutismo (o soberano 
era todo poderoso). No novo modelo francês poder foi dividido, as decisões administrativas não são revistas pelo 
plano judicial. 
No modelo inglês, a decisão é uma só e promovida pelo judiciário: adota o princípio da inafastabilidade, o 
judiciário pode sempre se manifestar sobre ilegalidade, ainda que tenha que rever decisões da administração. 
Conclusão: o Brasil adotou o modelo Inglês de jurisdição, que determina que a jurisdição é una e privativa do 
judiciário. Portanto o judiciário sempre poderá se manifestar a respeito de qualquer ilegalidade – é o princípio da 
inafastabilidade. 
Observação: o Brasil NÃO adotou o modelo Francês, as provas vão fazer pegadinhas, não caia! Pois o modelo 
Francês reconhece a dupla jurisdição – administrativa e judicial e uma não revê decisões da outra. 
 
6.1. Controle sobre atos vinculados 
Atos vinculados quando irregulares serão sempre ilegais, pois todos os elementos e pressupostos decorrem de lei 
– o judiciário quando for provocado pode declarar a ilegalidade através do poder de tutela jurisdicional e a 
 
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administração, de ofício, também pode decretar a ilegalidade através do poder de autotutela administrativa – em 
ambos os casos será decretada a nulidade do ato gerando efeitos retroativos ex tunc. 
 
6.2. Controle sobre atos discricionários 
Competência finalidade e forma estão na lei. Se forem violados implica em ilegalidade, e torna-se igual ao ato 
vinculado: judiciário e administrativo podem controlar e o resultado é o mesmo. 
Atos discricionários estão sujeitos a duas formas de controle: 
1. Controle de legalidade: competência, finalidade e forma decorrem de lei e, portanto quando violados 
implicarão em ilegalidade permitindo controle pelo judiciário ou pela própria administração em autotutela 
implicando na nulidade do ato com efeitos retroativos ex tunc. 
2. Formas de controle sobre o mérito: são três: 
a) Perda do mérito: ocorre quando um fato superveniente alterar o cenário jurídico tornando o ato discricionário 
neste novo cenário inoportuno ou inconveniente. Apenas o administrador pode decretar a perda do mérito, 
decretando a revogação do ato com efeitos futuros ex nunc. O judiciário NUNCA pode se manifestar sobre 
oportunidade e conveniência. 
b) Invalidação do mérito: quando o administrador escolher fatos e circunstâncias não razoáveis ou não 
proporcionais estará declarando um mérito ilegal permitindo então ao judiciário anular o ato com efeitos 
retroativos ex tunc. O mérito é ilegal violou a razoabilidade ou proporcionalidade, os limites da lei. 
c) Teoria dos motivos determinantes: toda motivação possui duas naturezas de motivos – os motivos 
“acessórios” que apenas darão a lógica ou contexto aos fatos e os motivos que são “determinantes”, que são 
aqueles descritos em lei e condicionam ou determinam o ato ou decisão administrativa. Quando os motivos 
determinantes forem INVERÍDICOS ou INEXISTENTES toda a motivação estará ilegal implicando na ilegalidade do 
próprio ato – caberá ao poder judiciário decretar a nulidade com efeitos retroativos ex tunc. * Quando os motivos 
determinantes forem INVERÍDICOS ou INEXISTENTES toda a motivação estará ilegal implicando na ilegalidade do 
próprio ato – caberá ao poder judiciário decretar a nulidade com efeitos retroativos ex tunc. 
* Quando motivos acessórios forem inverídicos ou inexistentes não afetarão a validade do ato. 
Exemplo: em um aportaria demissional são acessórios: data, horário e local dos fatos e é determinante o fato ou 
conduta que está descritaem lei implicando na demissão funcional, como, por exemplo, agredir fisicamente outro 
funcionário. Motivos acessórios dão mero sentido lógico ao contexto, como a data de ocorrência. Motivos como a 
agressão de superior são determinantes para a demissão do funcionário público. A portaria demissional consta 
como 18/2, mas o fato ocorreu em 17/2 e o funcionário pediu anulação na justiça, isso não anula porque motivos 
acessórios inverídicos ou inexistentes não afetam a validade do ato. 
*** Esta teoria dos motivos determinantes é aplicada a todos os atos motivados incluindo-se os atos vinculados, 
os atos discricionários e os atos ad nutum que foram espontaneamente motivados. Exemplo: para destituir 
 
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agente comissionado a decisão é ad nutum e não depende de qualquer motivação, mas o administrador poderá 
espontaneamente motivar – neste caso a validade da destituição dependerá da existência e da veracidade 
daquilo que foi espontaneamente dito. 
Questões 
A partir das afirmativas abaixo, aponte a alternativa correta: 
1- Os atos administrativos possuem várias qualidades que os tornam especiais. Uma das qualidades, chamada de 
imperatividade, presente em alguns atos administrativos, permite à Administração Pública praticar a conduta 
contra o interesse do destinatário e independente. 
2- O motivo do ato administrativo está sempre previsto em lei, daí afirmar-se que não há ato administrativo 
discricionário quanto a tal elemento. 
3- A agência executiva é resultado da qualificação da agência reguladora. 
4- As organizações sociais compõem a Administração Pública Indireta, uma vez que o Estado é responsável pelo 
seu nascimento. 
A ( ) Apenas as afirmativas 3 e 4 estão corretas. 
B ( ) Apenas a afirmativa 1 está correta 
C ( ) Apenas a afirmativa 3 está correta 
D ( ) Apenas as afirmativas 1, 2 e 4 estão corretas 
Resposta: B 
O ato administrativo 
(A) pode ser revogado com fundamento em razões de conveniência e oportunidade, desde que observados os 
efeitos ex tunc dessa extinção do ato. 
(B) tem na presunção de legitimidade a autorização para imediata execução e permanece em vigor até prova em 
contrário. 
(C) é revogável pelo Poder Judiciário que é apto a fazer o controle de legalidade, sem ingressar em seu mérito 
administrativo. 
(D) de Secretário de Segurança Pública que determina remoção ex officio do Delegado de Polícia, sem motivação, 
não se sujeita ao controle de juridicidade por conter alta carga de discricionariedade em seu teor. 
(E) tem como requisitos a presunção de legitimidade, a autoexecutoriedade, a imperatividade e a exigibilidade. 
Resposta: B

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