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IDCNoturno Administrativo RBaldacci Aula19e20 040515 JBorges

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Intensivo Delegado de Polícia Civil Noturno 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professor: R. Baldacci 
Aulas: 19 e 20 | Data: 04/05/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
INTERVENÇÕES 
1. Intervenções na propriedade e no domínio econômico 
2. Intervenção do Estado sobre o domínio econômico 
3. Intervenção do Estado sobre a Propriedade Privada 
3.1 Principais formas de intervenção 
5. Tombamento 
 
 
 
 
INTERVENÇÕES 
Nas atividades interventivas do Estado sobre os interesses privados em regra é aplicado o poder de polícia 
administrativo; e se é poder de polícia tais intervenções, na propr3iedade e no domínio econômico, são: 
 Discricionárias, ou seja, decreta-se e revoga-se a qualquer tempo; 
 Coercitivas e imperativas, ou seja, compulsórias, decretadas unilateralmente pelo Estado e não admitem 
nem recusa nem resistência; 
 Autoexecutáveis, ou seja, a administração não vai depender da manifestação do judiciário para atuar. 
1. Intervenções na propriedade e no domínio econômico 
Os interesses em conflito: 
 Intervenção na propriedade: é o conflito de interesse entre o direito à propriedade privada versus a 
função social da propriedade 
 Intervenção no domínio econômico: é o conflito de interesse entre o direito de livre iniciativa econômica 
e livre concorrência versus os atos de abuso do poder econômico, descritos no art. 173 § 4º da CF. 
 
 
2. Intervenção do Estado sobre o domínio econômico 
 
Página 2 de 7 
Art. 173 da CF: todos, ou seja, qualquer pessoa tem o direito constitucional de explorar qualquer atividade 
econômica comum: são os direitos dos particulares à livre iniciativa e à livre concorrência. 
CF Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Através do SBDC – Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, o Estado, principalmente através do CADE – 
Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que é uma autarquia especial composta por 4 órgãos técnicos: 
1. Tribunal Administrativo 
2. Superintendência Geral 
3. Centro de Estudos Econômicos 
4. Procuradoria Federal Especializada 
Seus principais trâmites e processos são: 
1. Processo administrativo preventivo por ato de concentração econômica: 
a. Concentração econômica é dominar 20% ou mais de um mercado (o CADE pode alterar o 
percentual conforme o setor ou segmento). 
b. Atos de concentração: 
i. Fusões de empresas 
ii. Aquisições de empresas 
iii. Consórcios entre empresas (exceto para fins de licitação) 
iv. Joint Ventures 
c. Nem todas as fusões, aquisições, etc., mas só aquela em que uma das partes fature 400 milhões 
ao ano ou mais ou que uma das empresas envolvidas fature 30 milhões ao ano ou mais. 
d. O ato de concentração depende SEMPRE de prévia autorização do CADE. Ou a multa é de até 2 
bilhões de Reais. 
2. Processo administrativo de repressão econômica: 
a. Art. 173 § 4º: comete ilícito econômico aquele que abusa de seu grande poder econômico para: 
i. Dominar mercados; 
ii. Aumentar arbitrariamente os próprios lucros; 
iii. Eliminar a concorrência. 
b. Observação: dominar mercado, aumentar lucros e bater a concorrência não é ilícito; será quando 
decorrer de abuso de poder econômico. 
c. Todo ilícito econômico: 
i. São de responsabilidade objetiva (ou seja, não se discute nem dolo nem culpa); 
ii. Implicam em responsabilidade solidária da empresa e seus administradores (sempre 
pune os dois, pessoa jurídica e administrador; a pessoa jurídica é punida desde 0,1 até 
20% de seu faturamento anual; a pessoa física do administrador de 1 a 20% da multa 
aplicada à PJ); 
 
Página 3 de 7 
iii. O prazo prescricional é de 5 anos, salvo se também configurar crime, aso em que o prazo 
prescricional passa a ser o penal; 
iv. Além da pena de multa também pode ser aplicada quebra compulsória de propriedade 
intelectual industrial (patente, modelo de utilidade, invenção), pena de cisão, separação e 
desfazimento de negócios; 
v. O CADE pode banir a empresa de atividades econômicas durante determinado prazo. 
d. Principais ilícitos: 
i. Dumping: aquele com grande poder econômico passa a vender seus produtos com 
prejuízo, abaixo do preço de custo, levando os concorrentes ou à falência ou obrigando-os a 
também vender no prejuízo. Exemplo: cimento no Brasil. 
ii. Cartel: quando o grupo de agentes econômicos que juntos dominem um mercado 
combinarem a prática dos mesmos preços. Exemplo: cartel dos postos de combustíveis 
no qual todos praticam o mesmo preço por litro na cidade de São Paulo. 
iii. Monopólio: quando existir apenas um fabricante, fornecedor, produtor, etc. 
1. Oligopólio: é a mesma coisa, só que ao invés de apenas um é um pequeno grupo 
de fabricantes. 
iv. Monopsônio: quando existir apenas um comprador 
1. Oligopsônio: é a mesma coisa, sé que ao invés de apenas um comprador é um 
pequeno grupo de compradores. 
*** Monopólios e Monopsônios: NEM SEMPRE SÃO ILÍCITOS, pois podem decorrer 
melhor eficiência, maior qualidade, etc. Em casos de monopólio, Monopsônio e 
dominação de mercado decorrentes do uso forçado do poder econômico, o CADE pode 
permitir ou até incentivar quando for estratégico para o mercado brasileiro ou quando 
reverter em vantagens para o consumidor. Exemplo 1: Embraer, que é estratégica para o 
Brasil frente à Bombardier, Boeing e Airbus. Exemplo 2: Concentração de mercado a 
Ambev, que compra empresas artesanais menores mais caras e fecha evitando que o 
preço suba, “favorecendo” o consumidor. 
3. TCC - Termo de cessação de conduta: aquele que pratica ato anticoncorrencial pode, para evitar a 
punição, fazer por uma única vez um acordo se comprometendo a interromper sua conduta, reparar os 
danos e nunca mais repeti-la. 
4. Programa de leniência: aquele que confessar de forma irretratável o seu ilícito econômico, denunciando 
outros ainda desconhecidos das autoridades, contribuindo efetivamente nas investigações e na 
descoberta de novas provas e participar ativamente do processo terá redução de penas ou até extinção 
de TODAS as punibilidades. 
 
 
3. Intervenção do Estado sobre a Propriedade Privada 
Só é intervenção quando não tirar uso e gozo do bem de seu proprietário – quando o Estado declarar qualquer 
uma das formas de intervenção, porém tirar uso e gozo despindo o particular de seu bem será na verdade uma 
 
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espécie desapropriação indireta e o bem passará para o domínio do Estado mediante o pagamento da devida 
indenização. 
3.1 Principais formas de intervenção 
São quatro, estudadas em dois quadros de comparação; 
3.1.1 Limitação e servidão. 
 LIMITAÇÃO SERVIDÃO 
1. Exemplo Altura dos prédios em rota de 
aeroporto é sujeita a limitação. 
Como o hotel Bahamas de Oscar 
Marone na Av. Bandeirantes. 
Torres de energia e postes sobre 
propriedade privada. Radar. 
Gasoduto Brasil - Bolívia. 
2. Presença do Estado Limitação genérica, pois recai sobre 
um grupo indeterminado de bens. 
Limitação abstrata, pois o Estado 
não estará fisicamente presente. 
Específica, pois o Estado sabe 
exatamente quem será o serviente. 
Concreta, pois o Estado está 
fisicamente presente – trouxe o 
poste e colocou na propriedade 
privada em pessoa. O objeto 
público é chamado “coisa 
dominante”. 
3. Forma de instituição Instituída por Lei. Instituída por ato. 
4. Obrigação em relação ao 
limita 
Obrigação negativa, de não fazer 
(não ultrapassar o limite imposto 
pelo Estado).Obrigação negativa de suportar. 
5. Indenização Não indenizável. Indenizável quando houver dano. 
 
3.1.2 Requisição e ocupação temporária. 
 REQUISIÇÃO OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA 
1. Exemplo Uso compulsório do carro de um 
particular para realizar uma 
perseguição policial. 
Exploração mineral na fazenda de 
um particular (TODA riqueza 
mineral, incluindo petróleo e gás, 
se distingue da área onde é 
encontrada e pertence sempre à 
União). 
 
Página 5 de 7 
2. Recai sobre: Qualquer bem ou direito 
patrimonial. 
Exclusivamente sobre bens imóveis. 
3. Motivo Exclusivamente para atender 
calamidades e emergências 
públicas. 
Principalmente para as hipóteses: 
1. Exploração de riquezas 
minerais (inclui petróleo e 
gás) 
2. Escavação de sítios 
arqueológicos 
3. Eleições, recadastramentos, 
alistamentos militares (caso 
de guerra, requisitar o 
Itaquerão para alistar), 
terreno ao lado de obra 
pública (como obra de 
metrô). 
 
5. Tombamento 
É apenas uma ordem pública de preservação compulsória de uma determinada característica. Exemplos: uma 
arquitetura, uma paisagem, valores artísticos, etc. 
O proprietário continua com posse, uso e gozo devendo apenas preservar compulsoriamente a característica 
tombada. 
Direito de preempção: quando o proprietário for vender o bem o Estado terá o direito de preferência na 
aquisição. 
Tombamento pode ser individual (recai sobre bem individual – espada de dom Pedro), coletivo (recai sobre 
conjunto determinado de bens – imóveis de frente para a praça do pelourinho) e geral (recai sobre conjunto 
indeterminado de bens – cidades históricas de minas). 
Indenização: assim como a limitação, no tombamento não se indeniza o particular salvo quando o tombamento 
se tornar excessivo tirando uso e gozo quando então será uma desapropriação indireta. 
Três formas de desapropriação 
ORDINÁRIA REFORMA AGRÁRIA SANÇÃO (ou por política 
urbana) 
Para atender necessidades e 
utilidades públicas 
Para atender interesse social. Para atender interesse social. 
 
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Pode ser feita pela União, Estados, 
DF e municípios, certas autarquias e 
agências reguladoras. 
Só a União pode fazer (em regra 
sobre grande propriedade 
improdutiva, o latifúndio –(média e 
pequena propriedade 
improdutivas), na área rural, só 
desapropria o proprietário possuir 
mais de uma). 
Só o município pode fazer – 
privativo dos municípios (a 
propriedade urbana que viola o 
plano diretor, que é o instrumento 
público que determina os 
coeficientes de edificação, o quanto 
se pode construir, e as regras de 
uso do solo urbano – aquele que 
viola, de primeiro é notificado para 
construir ou parcelar em sua 
propriedade e não atendendo 
sofrerá IPTU progressivo por até 3 
anos e caso ainda deixe de atender 
sofrerá desapropriação punitiva). 
Prazo máximo entre decretar e 
executar: 5 anos, caducial, ou seja, 
consumou o prazo, não perde o 
direito, mas tem que ser decretado 
de novo (não é nem prescricional 
nem decadencial, onde se perde o 
direito). 
Prazo caducial entre decretar e 
executar: 2 anos. 
Prazo caducial: não há pois é 
sanção, punição. 
Indenização é prévia, justa e em 
dinheiro. 
Indenização de qualquer 
benfeitoria depende da natureza do 
bem – deve ser prévia, justa e em 
dinheiro. 
A terra nua é indenizada a prazo, de 
2 a 20 anos, por avaliação judicial, 
paga em títulos da dívida agrária. 
Indenização: é a prazo, parcelado 
sempre em 10 anos. 
O valor não é judicial nem justo, 
mas baseado no valor venal. 
É pago em títulos da dívida pública 
municipal. 
 
Questões 
 
O Estado funciona editando atos administrativos para atender os interesses públicos. 
Analise as seguintes características do ato administrativo em face da função do órgão que a exerce e assinale a 
alternativa INCORRETA. 
A) É parte integrante na relação jurídica que decide. 
B) Aplica a lei à situação específica. 
C) É geral e abstrato. 
D) É sujeito a controle jurisdicional. 
Resposta: C 
 
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No tocante à responsabilidade do Estado caso haja dano a indenizar, é INCORRETO afirmar que: 
A) o agente pode ser pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos. 
B) as entidades de administração indireta que executem atividade econômica de natureza privada não se 
submetem à regra objetiva. 
C) às empresas públicas é aplicada a regra objetiva quando não desempenharem serviço público. 
D) o agente causador do dano deverá estar no exercício de função pública. 
Resposta: C

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