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Principais especies normativas no sistema juridico brasileiroico

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PRINCIPAIS ESPÉCIES NORMATIVAS NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
Apresentaremos a seguir as principais espécies normativas no sistema jurídico brasileiro. Além das Leis, que podem ser ordinárias ou complementares, verificaremos os principais aspectos da Constituição Federal, das Medidas Provisórias e dos Atos Administrativos Normativos, expedidos pelo Poder Executivo.
Constituição Federal
A Constituição Federal é a principal espécie normativa do sistema jurídico brasileiro. Nela encontram seu fundamento as leis, as medidas provisórias e os atos administrativos e todas as outras espécies normativas.
Hierarquia superior da Lei Maior
Ela ocupa posição de destaque no cenário jurídico, pois possui grau hierárquico maior que qualquer outra norma, ou seja, não pode ser contrariada por nenhuma delas. 
Temas abordados pela Constituição Federal
O perfil do Estado Brasileiro encontra-se delineado na Constituição Federal: a adoção da forma federativa e suas regras, a separação dos poderes, a organização política, social e econômica, o regime tributário etc. estão esboçados na Constituição. O rol dos direitos e garantias individuais é exposto no artigo 5.º e os direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais estão previstos no artigo 7.º.
Emenda Constitucional
O poder constituinte originário, ao elaborar a atual Constituição Federal, previu regras que deveriam ser seguidas caso fosse necessário efetuar mudanças no texto constitucional, procedimento este chamado de Emenda Constitucional, que segue de forma geral o processo para elaboração das leis com algumas alterações que são mencionadas a seguir.
A iniciativa para a proposta de emenda constitucional é mais restrita que a das leis. O Presidente da República pode, além de propor leis, propor Emendas Constitucionais. Senadores e deputados federais, sozinhos, podem propor leis, mas não podem apresentar propostas de emendas constitucionais, pois estas deverão conter as assinaturas de 1/3 do Senado ou da Câmara dos Deputados. O povo, que pode propor leis, não está autorizado a propor Emendas Constitucionais. Mais da metade das assembléias legislativas, decidindo por maioria simples de votos, pode enviar projeto de Emenda Constitucional ao Congresso. O quorum de aprovação das emendas constitucionais é de 3/5 (maioria qualificada referente ao total dos membros da casa) e serão necessárias 4 votações (2 na Câmara dos Deputados e 2 no Senado Federal) para aprovação do projeto de Emenda Constitucional. O Congresso é soberano na aprovação das Emendas Constitucionais não havendo poder de veto do Presidente da República. A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Uma vez aprovada pelo Congresso, a Emenda Constitucional incorpora-se ao texto original da Constituição, adquirindo seus qualificativos.
Cláusulas pétreas
É possível mudar a Constituição, mas não em sua totalidade, pois foram previstos assuntos que não são passíveis de mudança, sequer através do processo próprio de Emenda Constitucional, que são as cláusulas pétreas. Ficam vedadas explicitamente quaisquer mudanças na Constituição tendentes a suprimir os direitos individuais, o sistema federativo, a separação dos poderes e o voto direto, secreto, universal e periódico. Além destas proibições admite-se que existam outras restrições implícitas no sistema, como a supressão do próprio artigo que prevê as cláusulas pétreas, além da proibição de se efetivar mudanças durante a vigência de intervenção federal ou quando for decretado o estado de defesa ou de sítio (artigo 60, § 2.º).
Leis Ordinárias e complementares
O artigo 5.º, inciso II da Constituição Federal prevê que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. A lei, em seu sentido técnico, é uma das espécies normativas no sistema jurídico. Ela assume o papel de norma jurídica mais comumente utilizada pelo Estado para explicitar as condutas que deseja da sociedade e deve ser submetida ao crivo do Poder Legislativo.
Difere a lei ordinária da complementar por dois aspectos: o quorum necessário para a aprovação (ordinária precisa de maioria simples, enquanto a complementar precisa de maioria absoluta) e a menção expressa na Constituição Federal dos temas que devem ser tratados por lei complementar.
Medidas Provisórias
Em casos de relevância e urgência o Presidente da República pode adotar Medidas Provisórias com força de lei. Cumpre ao Congresso Nacional apreciá-las no prazo de 60 dias, renováveis uma única vez por mais 60 dias, não contando o curso deste prazo durante o recesso parlamentar. Trata-se de um prazo de validade provisório, até que o Congresso Nacional cumpra sua missão de apreciar a Medida Provisória, que poderá ser aprovada, convertendo-se em lei ordinária, ou rejeitada, ocasião em que perde, de imediato, sua validade. No caso de de a Medida Provisória não ser convertida em lei, o Congresso Nacional, por decreto legislativo, deverá disciplinar as relações jurídicas ocorridas no tempo de sua vigência. Caso não o faça, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidos. Caso o Congresso Nacional não a aprecie em 45 dias de sua publicação, ficarão sobrestadas todas as demais deliberações na casa em estiver tramitando, até que termine a votação.
A Emenda Constitucional n.º 32/2001adotou o regime acima descrito. Por ocasião de sua instituição pela Constituição Federal de 1988, o prazo de validade da Medida Provisória era de 30 dias, mas não se fazia menção à possibilidade ou não de renovação (nem se isto seria possível por várias vezes) nem tampouco se referia ao trancamento da pauta. Antes da Constituição de 1988, o decreto-lei era o antecessor da Medida Provisória. Ele podia ser usado em casos de relevância ou urgência, o que ampliava seu campo de aplicação. Caso o Congresso não o apreciasse em 30 dias, este perdia a oportunidade de rejeitá-lo.
Atos administrativos normativos
É relevante estudar os atos administrativos normativos logo após o estudo das espécies legislativas, pois grande é a confusão que é feita entre ambos, especialmente pelos que se iniciam no estudo do direito. 
Atos administrativos normativos são os que contêm um comando geral emanado do Poder Executivo. O objetivo de tais atos é explicar a norma legal a ser observada pela Administração e pelos administrados. 
Esses atos expressam em minúcia o mandamento abstrato da lei e têm a mesma normatividade da regra legislativa (mas são manifestações tipicamente administrativas) e a ela se equiparam para fins de controle judicial. 
Entretanto, distinguem-se substancialmente das regras legislativas por estarem a elas submetidos, uma vez que estão em uma escala hierárquica inferior. Em hipótese alguma podem os atos administrativos normativos contrariar a regra legislativa ou sequer ir além dela. 
Analisemos os principais atos administrativos normativos.
Decretos 
Decretos são atos administrativos da competência exclusiva dos chefes do executivo. O decreto pode ser:
normativo ou geral: quando abrange indivíduos indeterminados. Pode apresentar-se como independente (ou autônomo) ou regulamentar (ou de execução); 
específico e individual: quando se destina a prover situações individuais ou de alguns interessados, sem estabelecer normas gerais. 
O decreto autônomo é o que dispõe sobre matéria ainda não regulamentada em lei. Parte da doutrina aceita a existência destes atos administrativos, desde que utilizados para suprir omissão legislativa e até que lei venha a dispor a respeito. Outros doutrinadores entendem que o decreto autônomo, após a Constituição de 1988, não é mais admitido, pois só a lei pode obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa (artigo 5.o, inciso II).
O decreto regulamentar é o que visa a explicar a lei e facilitar sua execução ao esclarecer e orientar sua aplicação. Geralmente estes decretos servem para aprovar um regulamento que contémo texto explicativo dou supletivo da lei, que também não pode contrariá-la ou ir além do que ela permite. Caso o faça será considerado ilegal (não inconstitucional). 
As instruções normativas são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado ou outros órgãos superiores para a execução de leis, decretos ou regulamentos.
Não devemos confundir os decretos com os decretos leis ou os decretos legislativos.
Vale, por fim, frisar que existem leis que são auto-executáveis (não precisam necessariamente de regulamento) e outras que dependem de regulamento. Entretanto, ambas podem ser regulamentadas.
Regimentos 
Os regimentos ou regulamentos internos são atos administrativos de atuação interna que se destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados ou corporações legislativas.
Resoluções 
As resoluções são atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do Poder Executivo (exceto pelo chefe do executivo que só deve expedir decretos), por presidentes dos tribunais, por órgãos legislativos e órgãos colegiados administrativos para disciplinar matéria de sua competência específica, como o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
As resoluções são atos inferiores aos decretos, aos regulamentos e aos regimentos e, por isso, não podem contrariá-los ou inová-los.
Deliberações 
As deliberações são atos administrativos normativos (quando são atos gerais) ou decisórios (quando são atos individuais) emanados por órgãos colegiados. As deliberações individuais não podem contrariar as gerais e ambas estão submissas ao regulamento e ao regimento.

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