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Contestação (1)

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ª Vara Cível da Comarca de _________________/SC.
 
Processo nº _____________________ 
PAI E MÃE, já qualificados nos autos do processo sob o numero em epigrafe, que lhe move  "RENATO" também já qualificado, por sua procuradora que junta neste ato instrumento de procuração, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência para apresentar defesa na forma de CONTESTAÇÃO pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos:
I - Breve síntese da Demanda
O Autor moveu ação em desfavor dos Requeridos alegando que realizou a prestação de serviço médico, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para compensar o tratamento. Informa na exordial que o tratamento médico foi realizado com sucesso, mas ressalta a falta do restante do pagamento, sendo que foi pago apenas o valor de 2.000,00 (dois mil reais).
Alega que os requeridos assinaram um contrato de prestação de serviços, garantindo que seria efetuado o pagamento do respectivo valor infracitado.
Informa ainda que tentou diversas vezes fazer a respectiva cobrança de uma maneira ameaçadora, sendo que os requeridos haviam se mudado para outra cidade. 
II - Preliminarmente
a) Da Denunciação da Lide
Verifica-se da inicial e nos documentos juntados que as tratativas do Autor de maneira extrajudicial, foram realizadas somente com os pais de Flavio.
Ocorre que para surpresa dos Requeridos o Autor propôs a ação somente em desfavor destes, sendo que as alegações do Autor são referentes a falta do restante do pagamento de um montante final de 8.000,00 (oito mil reais).
Desta feita enseja na presente demanda a Denunciação da lide para que o polo passivo seja composto pelo Pai e pela Mãe.
A pretensão do Requerido encontra base no artigo 70 do CPC.
b) Da Ilegitimidade Passiva
A documentação juntada aos autos pelo Autor demonstra que o mesmo manteve contato com os Requeridos, na tentativa de solucionar seu suposto problema.
Para surpresa dos Requeridos, o Autor deixou de intentar ação em desfavor dos mesmos eis que este é responsável pelo pagamento do valor do serviço prestado.
Haja vista que o Autor este no estabelecimento do Sistema Único de Saude (SUS) prestou um serviço que deve por lei ser gratuito, mesmo tendo conhecimento disso, ousou em cobrar o valor aos requeridos, um serviço gratuito por se tratar do Sistema Único de Saude.
Cabe aqui salientar que os Requeridos não teriam escolha senão aceitar a proposta do médico Renato, pois tratava-se de um caso de vida ou morte. Portanto, este negócio jurídico seria inválido, simplesmente por se tratar de um aproveitamento do desespero dos pais.
c) Da Decadência
Ainda em sede de preliminar cabe aqui ressaltar que a ação do Autor deveria ter sido intentada logo da averiguação do serviço, eis que o artigo 297 do CPC preceitua que “O reu podera ofecerer, no prazo de quinze dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.
Assim, resta evidente que o direito do Autor estava prescrito quando da propositura da ação em 10/03/2014, pois o serviço foi prestado em 03 de março de 2009 e as cobranças do Autor foram tentadas, mas não consumadas, transcorridos assim, mais de 15 dias.
III - Do Mérito
Em exordial, o Autor relata que cumpriu com a sua parte no contatro, salvando a vida do filho dos Requeridos, com isso totalizando o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Informa ainda que os Requeridos pagaram o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Afirma que realizou o serviço e que não lhe foi pago o restante de R$ 8.000,00 (oito mil reias).
Como pode ser visto o Autor sabia que faltaria R$ 8.000,00 (oito mil reais), assim sendo, sabia da invalidade da sua cobrança, por se tratar de um serviço publico e gratuito e não privado.
Afirma ainda que o serviço não era ministrado naquele hospital, mas que ele abriria uma exceção se eles pagassem o valor de 10.000,00 (dez mil reais).
O Autor realizou a operação, agindo com sucesso e recebendo um adiantamento de 2.000,00 (dois mil reais). Como dito, não é necessário qualquer conhecimento técnico para averiguar que o serviço realizado por ele não necessitaria de pagamento.
Todas as alegações em desfavor do Requerido, não passam de meras alegações, eis que somente junta prova do contato realizado com o Autor.
a) Do Contrato
O contrato firmado entre as partes não foi cumprido em sua integralidade, eis que os Requeridos descobriram a invalidade do contrato, por se tratar de um serviço gratuito. 
Descabida a afirmação de que o Requerido esta se beneficiando as custas de outrem, eis que o serviço foi realizado pelo Autor, que se propôs a pagar o preço, mas não o realizou.
Deste modo, o Autor estava ciente da ilicitude de seu ato, das características e dos riscos do contrato.
Cabe ressaltar ainda que o Requerido em nenhum momento não feriu os direitos básicos do Autor, pois não há prestações desproporcionais, bem como foi claro nas especificações acima expostas.
b) Dos Danos
No caso em tela descabida a reparação por danos, eis que não existem danos causados pelos Requeridos.
O serviço prestado pelo Autor foi passivel de invalidade.
Ademais, cabe ressaltar que não houve por parte do Requerido omissão, negligencia, ou imperícia.
Ainda, para pleitear uma indenização por perdas e danos, ou ainda o que se deixou de lucrar, tem-se que comprovar. Para tal indenização, não basta alegar que sofreu prejuízos, eis que o dano material deve ser comprovado documentalmente.
c) Da Garantia
Diferentemente das alegações do Autor, o pagamento devido pelo Requerido não possui garantias legais.
Deste modo, não há como ser cabível alegação, visto que estas garantias não podem ser vedadas, ficando assim o Requerido em conformidade com a legislação.
Ainda como dito em preliminar o direito do Autor decaiu, eis que o artigo 297 do CPC preceitua que o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em [...] 15 (quinze) dias.
IV - Dos Pedidos
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A apreciação das preliminares argüidas
I -  Para declarar a ilegitimidade passiva do Requerido;
II - Para declarar a decadência do direito do Autor;
III - Em não declarando em preliminar a decadência do direito, a inclusão e parcelamento do valor devido.
b) A improcedência da presente demanda, eis que nenhum dano foi causado pelo Requerido.
c) Protesta provar todo o alegado por meio de provas em direito admitidas, em especial testemunhal e pericial. 
Nestes termos, pede deferimento.
_______________, 20 de Março de 2014.
Leandro Ramos de Azevedo
OAB nº____
Dirnei Levandowski Xavier
OAB nº____
Wesley Waltric
OAB nº____

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