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ENFERMAGEM 2015.2 MÉTODOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDO DIRIGIDO II Quais as principais características dos estudos descritivos e analíticos? Enfatize também as diferenças. Exemplifique e caracterize os principais tipos de estudos descritivos. Exemplifique e caracterize os principais tipos de estudos analíticos. Um pequeno estudo-piloto foi realizado para averiguar a possível relação entre o uso de estrogênio e o desencadeamento de câncer de útero. Foram identificadas 12 mulheres com câncer de útero e 12 sem a doença. Todas as 24 mulheres foram contatadas e perguntadas se tinham usado estrogênio. Cada mulher com câncer foi emparelhada por idade, raça, peso e paridade com uma mulher sem a doença. Os resultados foram os seguintes: No do par Mulheres com câncer de útero Mulheres sem câncer de útero 1 Usa estrogênio Não usa estrogênio 2 Não usa estrogênio Não usa estrogênio 3 Usa estrogênio Usa estrogênio 4 Usa estrogênio Usa estrogênio 5 Usa estrogênio Não usa estrogênio 6 Não usa estrogênio Não usa estrogênio 7 Usa estrogênio Não usa estrogênio 8 Usa estrogênio Não usa estrogênio 9 Não usa estrogênio Usa estrogênio 10 Não usa estrogênio Usa estrogênio 11 Usa estrogênio Não usa estrogênio 12 Usa estrogênio Não usa estrogênio Complete a tabela e responda os questionamentos abaixo: Casos (Doente) Controles (Não doente) Total Expostos Não expostos Total Qual o tipo de estudo apresentado acima? Quais as principais vantagens e desvantagens deste tipo de estudo? Qual a principal medida de associação a ser utilizada neste tipo de estudo? Calcule-a e interprete-a. Qual o principal viés relacionado a este tipo de estudo? Um estudo foi realizado para associar o aumento do colesterol sérico com a evidência eletrocardiográfica de doença coronariana. Para cada participante foi determinado o nível de colesterol sérico e realizado um eletrocardiograma. Qual o tipo de estudo apresentado acima? Quais as principais vantagens e desvantagens deste tipo de estudo Qual o principal viés relacionado a este tipo de estudo? Um estudo foi realizado para avaliar a mortalidade neonatal precoce (MNP) em Caxias do Sul, no ano de 1995 e os fatores que possivelmente estariam associados a esta. A população do estudo foi constituída de todos os nascimentos hospitalares de residentes no município de Caxias do Sul no período de 05/12/94 a 05/12/95. Não foram incluídos no estudo os partos domiciliares que, no município de Caxias do Sul em 1995, constituíram 0,6% dos nascimentos. A população total arrolada foi de 5.638. Deste grupo foram excluídos 93 recém-nascidos (RN) por apresentarem questionários incompletos, resultando 5.545 RN, que constituem a população deste estudo. Todas as crianças foram acompanhadas periodicamente durante o período do estudo. O quadro abaixo traz informações a cerca das características de idade e escolaridade das mães. Característica Probabilidade de morte neonatal precoce Risco relativo (IC 95%) Idade (anos) Menor que 20 8,9 1,31 (0,66 – 2,88) 20-34 6,8 1,00 Maior que 35 10,3 1,51 (0,6 – 3,45) Escolaridade da mãe Nenhuma 19,6 4,62 (0,58 – 36) 1º grau incompleto 9,2 2,37 (0,6 – 9,4) 1º grau completo 7,1 2,31 (0,27 – 19) 2º grau incompleto 3,2 1,65 (0,7 – 12) Superior 4,3 1,00 Qual o tipo de estudo apresentado acima? Quais as principais vantagens e desvantagens deste tipo de estudo? Qual a principal medida de associação a ser utilizada neste tipo de estudo? Interprete-a. O que significa os intervalos de confiança apresentados na tabela? Os valores de associação encontrados para cada característica são estatisticamente significativos? Qual o principal viés relacionado a este tipo de estudo? As perguntas 7 e 8 estão relacionadas com o resumo abaixo retirado do artigo intitulado “Ensaio clínico duplo-cego randomizado e placebo controlado com naltrexona e intervenção breve no tratamento ambulatorial da dependência de álcool”. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da naltrexona com intervenção breve em pacientes com dependência de álcool. Método: Este estudo é um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado de 12 semanas. A amostra de 71 pacientes foi dividida randomicamente em dois grupos (um recebendo naltrexona e outro placebo). Sujeitos dependentes de álcool foram tratados com 50 mg de naltrexona ou placebo diariamente por 12 semanas. Ambos os grupos de tratamento receberam intervenção breve. Os desfechos clínicos primários para este estudo foram taxa de recaída e mudança no padrão de consumo de álcool. Resultados: Na intenção de tratar, menor porcentagem de sujeitos tratados com naltrexona recaíram (3% 21%; p = 0,054). Naltrexona com intervenção breve não foi superior ao placebo para diminuir os dias de consumo (6,2 + 10,6 3,05 + 7,3; p = 0,478), os dias de consumo moderado (0 2,2 + 6,9; p = 0,345) e os dias de consumo pesado (0,03 + 0,2 0,3 + 0,9; p = 0,887). Naltrexona foi bem tolerada. Os efeitos adversos mais frequentes na presente amostra foram: cefaleia (25,4%), sonolência (20,9%), náuseas (16,4%), hiperfagia (16,4%), anorexia (14,9%), ansiedade (10,4%), pirose (10,4%) e irritabilidade (10,4%). Conclusões: Embora o grupo naltrexona tenha demonstrado tendência para reduzir taxa de recaída (> 5 doses/dia), não foi encontrada nenhuma diferença em outras variáveis de consumo de álcool entre os grupos naltrexona e placebo. Estudos futuros devem examinar a eficácia desse tipo de combinação de tratamento nos cuidados primários de saúde. O que significa que o estudo é um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado? Qual a importância de se realizar este desenho metodológico? Quais as principais vantagens e desvantagens deste tipo de estudo?
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