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ANESTESICOS GERAIS

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Universidade Federal de Juiz de Fora 
Faculdade de Farmácia
Mestrado em Ciências Farmacêuticas
Disciplina: Farmacologia Avançada 
Anestésicos Gerais
Everton Ferreira
Giselle Protta
Jhamine Freitas
Lucas Sales
INTRODUÇÃO
1. Histórico
China: acupuntura.
Idade Média: esponja soporífera.
16 de outubro de 1846 - primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral.
Nos anos seguintes à sua descoberta, foram introduzidos novos agentes anestésicos. Ao óxido nitroso e ao éter seguiu-se o clorofórmio.
A anestesia geral chegou ao Brasil em 1847 - Hospital Militar do Rio de Janeiro. 
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INTRODUÇÃO
Anestesia é uma palavra de origem grega que quer dizer ausência de sensações. Este estado de ausência de dor e outras sensações para a realização tanto de cirurgias quanto procedimentos terapêuticos e diagnósticos podem ser alcançados de várias maneiras, conforme o tipo de cirurgia ou procedimento.
2. Definição 
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FISIOLOGIA DA DOR
Estímulo mecânico
químico, térmico
Anestésicos gerais (isoflurano, tiopental, propofol)
Os anestésicos gerais não são analgésicos. Entretanto estes fármacos inibem a percepção da dor induzindo o córtex cerebral à não percepção da informação nociceptiva que está sendo recebida (inconsciência).
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
3. Estágios da anestesia
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INTRODUÇÃO
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SUPLEMENTOS ANESTÉSICOS
Os anestésicos gerais raramente são administrados como um único agente:
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MECANISMO DE AÇÃO
Mecanismo de ação dos anestésicos gerais:
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MECANISMO DE AÇÃO
Hipótese unitária foi abandonada.
Uma questão relacionada diz respeito à existência de locais de ligação específicos dos anestésicos ou à ação inespecífica. Tradicionalmente, vários indícios sugeriram a ausência de um local de ação específico. Primeiro, moléculas de tamanhos e estruturas diferentes causam anestesia. Considerando- se a hipótese unitária, é difícil imaginar um sítio de ligação ou uma molécula receptora específica capaz de acomodar tamanha diversidade de substâncias. Segundo, geralmente os estereoisômeros de anestésicos voláteis têm a mesma potência. Um critério para a ligação específica é que os estereoisômeros devem ter constantes de ligação diferentes e, portanto,
potências diferentes. Por fim, até hoje não foram descobertos antagonistas farmacológicos dos anestésicos gerais, sugerindo a ausência de um sítio específico pelo qual um antagonista poderia competir com um anestésico geral.
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MECANISMO DE AÇÃO
Hipótese unitária foi abandonada.
Uma questão relacionada diz respeito à existência de locais de ligação específicos dos anestésicos ou à ação inespecífica. Tradicionalmente, vários indícios sugeriram a ausência de um local de ação específico. Primeiro, moléculas de tamanhos e estruturas diferentes causam anestesia. Considerando- se a hipótese unitária, é difícil imaginar um sítio de ligação ou uma molécula receptora específica capaz de acomodar tamanha diversidade de substâncias. Segundo, geralmente os estereoisômeros de anestésicos voláteis têm a mesma potência. Um critério para a ligação específica é que os estereoisômeros devem ter constantes de ligação diferentes e, portanto,
potências diferentes. Por fim, até hoje não foram descobertos antagonistas farmacológicos dos anestésicos gerais, sugerindo a ausência de um sítio específico pelo qual um antagonista poderia competir com um anestésico geral.
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MECANISMO DE AÇÃO
Canais iônicos Inibitórios
Principais canais iônicos que sofrem ação de anestésicos:
Canais iônicos Excitatórios
Canais de Cl- (receptores GABA A e glicina), canais de K+ (canais de K2P, possivelmente Kv e K ATP).
Canais ativados pela Ach (receptores nicotínicos e muscarínicos), aminoácidos excitatórios (receptores AMPA), de cainato e de NMDA, e receptores de serotonina (5-HT2 e 5-HT3).
Hipótese unitária foi abandonada.
Uma questão relacionada diz respeito à existência de locais de ligação específicos dos anestésicos ou à ação inespecífica. Tradicionalmente, vários indícios sugeriram a ausência de um local de ação específico. Primeiro, moléculas de tamanhos e estruturas diferentes causam anestesia. Considerando- se a hipótese unitária, é difícil imaginar um sítio de ligação ou uma molécula receptora específica capaz de acomodar tamanha diversidade de substâncias. Segundo, geralmente os estereoisômeros de anestésicos voláteis têm a mesma potência. Um critério para a ligação específica é que os estereoisômeros devem ter constantes de ligação diferentes e, portanto,
potências diferentes. Por fim, até hoje não foram descobertos antagonistas farmacológicos dos anestésicos gerais, sugerindo a ausência de um sítio específico pelo qual um antagonista poderia competir com um anestésico geral.
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MECANISMO DE AÇÃO
ATIVIDADE SINÁPTICA INIBITÓRIA
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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MECANISMO DE AÇÃO
ATIVIDADE SINÁPTICA EXCITATÓRIA
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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MECANISMO DE AÇÃO
Receptores GABA A e de glicina
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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MECANISMO DE AÇÃO
Receptores de glutamato tipo NMDA
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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MECANISMO DE AÇÃO
Canais de potássio e outros de sódio e cálcio
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS
Estrutura química dos principais anestésicos inalatórios usados na clínica.
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS
Mecanismos de ação: ativação de receptores GABAA e de glicina, inibição de receptores NMDA, AMPA e nicotínicos e ativação de canais de K+ 
Possuem baixo índice terapêutico.
Analgesia e relaxamento muscular variam muito de fármaco para fármaco.
Permitem um controle mais adequado da profundidade da anestesia.
Perfis de efeitos adversos diferenciados e geralmente não causam depressão respiratória pós operatória.
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS
Efeitos comuns da classe:
Aumento do fluxo sanguíneo cerebral.
Depressão miocárdica e vasodilatação periférica.
Prolongamento do intervalo QT.
Broncodilatação.
Irritação das mucosas.
Hiperventilação e hipocarbia (CO2 reduzido no sangue).
A Hipocapnia ou hipocapnéia também conhecida como hipocarbia, às vezes incorretamente chamada de acapnia, é o estado do dióxido de carbono reduzido no sangue. Hipocapnia habitualmente resulta de respiração profunda ou rápida, conhecida como hiperventilação. A hipocapnia é o oposto da hipercapnia.
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ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS
Outras reações adversas:
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir
a atividade excitatória.
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FARMACODINÂMICA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS
Efeitos no cérebro:
Os anestésicos inalatórios diminuem a atividade metabólica do cérebro, o que reduz o fluxo sanguíneo no mesmo.
Entretanto, os anestésicos voláteis também causam vasodilatação cerebral, o que pode aumentar o fluxo sanguíneo cerebral.
O efeito final no fluxo sanguíneo cerebral (aumento, diminuição ou nenhuma alteração) depende da concentração do anestésico administrado.
O aumento desse fluxo sanguíneo é clinicamente indesejável em pacientes que apresentam elevação da pressão intracraniana (PIC).
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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FARMACODINÂMICA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS
Efeitos cardiovasculares:
O halotano, enflurano, isoflurano, desflurano e o sevoflurano deprimem a contratilidade cardíaca normal e como consequência, todos os agentes voláteis tendem a diminuir a pressão arterial média em proporção direta à sua concentração alveolar.
O óxido nitroso também deprime a função do miocárdio de modo dependente da concentração. Essa depressão pode ser compensada por uma ativação do sistema nervoso simpático, resultando em preservação do débito cardíaco. 
Todos os anestésicos inalatórios produzem uma redução da pressão arterial dependente da dose, pois reduzem o consumo de O2 do miocárdio refletindo na depressão da contratilidade cardíaca normal. Além disso, os anestésicos provocam vasodilatação coronária.
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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FARMACODINÂMICA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS
Efeitos respiratórios:
Todos os anestésicos voláteis exibem graus variáveis de propriedades broncodilatadoras, um efeito valioso em pacientes com sibilos ativos e estado asmático.
O controle da respiração é afetado de modo significativo pelos anestésicos inalatórios. Com exceção do óxido nitroso, todos os outros anestésicos inalatórios provocam diminuição do volume corrente dependente da dose, bem como aumento da frequência respiratória.
Todos os anestésicos voláteis são depressores respiratórios e elevam o limiar apnéico.
Os anestésicos inalatórios também deprimem a função mucociliar nas vias respiratórias, levando a infecções respiratórias.
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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FARMACODINÂMICA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS
Efeitos renais:
Os anestésicos inalatórios tendem a diminuir a taxa de filtração glomerular (TFG) e o fluxo urinário.
Diminuição do fluxo sanguíneo renal.
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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FARMACODINÂMICA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS
Efeitos hepáticos:
Os anestésicos inalatórios voláteis causam diminuição dependente da concentração do fluxo sanguíneo da veia porta.
A elevação persistente das enzimas hepáticas é rara, exceto após exposições repetidas ao halotano.
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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FARMACODINÂMICA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS
Efeitos no músculo liso uterino:
O óxido nitroso parece exercer pouco efeito na musculatura uterina, entretanto, os anestésicos halogenados são potentes relaxantes do músculo uterino e produzem esse efeito de maneira dependente da concentração.
Esse efeito farmacológico pode ser útil quando há a necessidade de relaxamento uterino profundo para manipulação intrauterina do feto ou para extração manual da placenta retida durante o parto.
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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 ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Supostos alvos de ação anestésica. Os anestésicos podem aumentar a atividade sináptica inibitória ou diminuir a atividade excitatória.
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Profundidade da anestesia.
Relacionado a [SNC] terapêutica.(Pressão Parcial no SNC)
O anestésico tem que ir do ALVÉOLO para SANGUE e para CÉREBRO.
Isso dependerá de alguns fatores:
FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS GERAIS
Solubilidade, [ ] no ar inspirado, volume de ventilação, fluxo sanguineo pulmonar, pressão parcial, sangue arterial e venoso.
Pressão Parcial SNC é medido, indiretamente, pela PP alveolar.
A PP alveolar que resulta na anestesia mais leve é denominada CAM.
CAM é a pressão parcial alveolar que extingue o movimento em resposta a uma incisão cirúrgica em 50% dos pacientes
Se a CAM é pequena, a potência é alta, e uma pressão parcial relativamente baixa será suficiente para causar anestesia
Isoflurano que tem uma CAM de 0,0114 atm é muito mais potente do que o óxido nitroso que tem uma CAM de 1,01 atm 
FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS GERAIS
Quando o gás anestésico chega aos alvéolos, deve difundir-se através do epitélio respiratório para o leito capilar alveolar. De acordo com a lei de Fick:
Taxa de difusão = D X (A/l) X Δ P
Onde:
D = constante de difusão; A = área de superfície; l = espessura; Δ P = diferença de pressão parcial. 
FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS GERAIS
Coeficiente de partição SANGUE: GÁS
Mostra afinidade pelo sangue
Maior a solubilidade no SANGUE maior a [ ] necessária.
SOLUBILIDADE
Elevar a PRESSÃO PARCIAL (TENSÃO) promovendo rápido início de ação.
SOLUBILIDADE
SOLUBILIDADE
Efeito direto sobre a Pressão parcial alveolar.
Aumento da taxa de transferência p/ sangue.
Ainda pode ocorrer administração c/ de menor solubilidade.
Administrar doses > e reduz para manutenção da anestesia adequada.
CONCENTRAÇÃO DE ANESTÉSICO NO AR INSPIRADO 
Técnica usada para solubilidades moderadas no sangue
EX: Isoflurano e Halotano
Aumento da Ventilação – maior efeito sobre os de alta solubilidade.
Assim, depressão da respiração por analgésicos opióides retarda a indução da anestesia.
 VENTILAÇÃO PULMONAR
Elevação do fluxo- redução da tensão alveolar- indução mais lenta.
Pacientes com hipotenção (baixo débito cardíaco), redução fluxo pulmonar, elevada ventilação- aceleração da anestesia em halonato e isoflurano.
FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR
FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR
Recuperação - depende da eliminação
Fatores envolvidos:
Coeficiente Sangue/gás
Fluxo sanguíneo
pulmonar
Ventilação
Solubilidade nos tecidos
ELIMINAÇÃO
Os fármacos com menor solubilidade no sangue Eliminação e recuperação da anestesia.
Períodos longos de anestesia- prolonga a eliminação.
Acúmulo nos tecidos, pele e gordura( pacientes obesos).
ELIMINAÇÃO
Depuração principalmente pulmonar.
Metabolismo hepático. 
HALONATO (2,3) X ENFLURANO (1,8)
40% do HALONATO X 10% ENFLURANO
ELIMINAÇÃO
Halonato – baixa de O2 – produz Clorotrifluoroetil – hepatite por halonato
SEVOFLURANO – baixa volatilidade, uso de vaporizador- degradação por contato c/ absorvente de CO2 dos aparelhos- produz Vinil Eter (composto A)- lesão renal
Metoxiflurano- 70% Metab.- Íons Fluoreto – Produz nefrotoxicidade.
Óxido Nitroso- Não metabolizado em humanos- Bactérias no intestino podem degradá-lo .
METABÓLITOS
ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Histórico
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Altamente lipofílicos – início de ação rápida 
Sozinhos ou em combinação induzem anestesia quando administradas adequadamente.
Combinados em uma injeção única têm a duração de ação semelhante, mesmo com diferença no metabolismo de cada um.
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Substituíram a inalação como método de indução na maioria das circunstâncias.
Como os anestésicos inalatórios, os intravenosos não conseguem produzir todos e apenas os 5 efeitos desejados.
Anestesia balanceada com múltiplos fármacos. 
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Classificação
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Barbitúricos
As diferentes substituições resultam em alterações das propriedades físico-químicas.
Doses altas
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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BARBITÚRICOS
	
Tanto a neurotransmissão quanto o mecanismo de ação das drogas estão completamente elucidados.
Evidências substanciais de que as drogas anestésicas intravenosas modulam a transmissão GABAérgica.
Farmacodinâmica
Teorias: 
Ao se ligarem ao rGABA, diminuem a possibilidade de liberação do GABA do seu receptor, aumentando a atividade do NTM, mantendo o canal de cloreto aberto
Em axônios isolados exerce uma função estabilizadora de membrana, diminuem a velocidade de condução do potencial de ação.
	
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BARBITÚRICOS
Mais utilizado devido ao seu efeito hipnótico rápido, ausência de irritação vascular e maior segurança.
Distribuição para o cérebro imediata com perda de consciência entre 10-15 segundos, que dura de 5 a 10 min (3-5 mg/kg).
	
Tiopental
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BARBITÚRICOS
Mais utilizado devido ao seu efeito hipnótico rápido, ausência de irritação vascular e maior segurança.
Distribuição para o cérebro imediata com perda de consciência entre 10-15 segundos, que dura de 5 a 10 min (3-5 mg/kg).
Metabolizado principalmente no Fígado com pequena participação dos rins e cérebro.
Oxidação na posição 5, dessulfuração e rotura do anel por hidrólise.
	
Tiopental
Sangue
Cérebro
Músculos
Gordura
Obs. Oxabarbituricos são metabolizados exclusivamente no fígado.
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EFEITOS - TIOPENTAL
	
Diretamente proporcional a dose
SNC
Na verdade não são analgésicos (usos subclínicos aumentam a sensibilidade à dor)
Administração regular, desestabiliza o sono – Tolerância e dependência. 
FSC
CMRO2
PIC
PIO
O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é reduzido em menor proporção que o consumo cerebral de O2 (CMRO2) – Pacientes com isquemia cerebral
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EFEITOS - TIOPENTAL
	
Entre os mais potentes depressores centrais do sistema respiratório – período de apnéia durante a indução de anestesia
Respiração fetal é afetada pelos barbitúricos
Antagoniza analgesia de oxido nitroso ou petidina, pode exaltar reflexos das vias respiratórias - ocorrência de tosse ou soluço (redução – atropina ou hioscina).
Respiratórios
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EFEITOS - TIOPENTAL
	
Depressão miocárdica direta
Diminuição do retorno venoso
Pacientes hipovolêmicos - ↓ DC
Cardiovasculares
Importante
Tiopental deve ser usado com cautela em pacientes com falência ventricular, tamponamento cardíaco, hipovolêmia, mixedema, porfiria e miastenia grave e outras situações de risco.
Reações anafilactóides podem ocorrer
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Cetamina
10 x + lipossolúvel que o Tiopental (pKa7,5)
Analgesia significativa
Parcialmente ionizada no pH 7,4 – moderadamente hidrossolúvel
Novembro, 2012.
Alterações psíquicas (LSD)
Droga de abuso
ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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CETAMINA
Antagonista não competitivo do aspartato e glutamato (rNMDA) – ativação de neurônios nociceptivos do corno dorsal.
Farmacodinâmica
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CETAMINA
Age rapidamente sobre o sistema nervoso central (2mg/kg).
Consciência perdida entre 2 a 4 min e retorna entre 10 a 15 min.
Padrão de biodisposição semelhante ao do Tiopental.
Taxa de ligação protéica de 45 a 50 % (glicoproteína a-1).
Metabolizada no fígado – CYP450 (interação medicamentosa).
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EFEITOS - CETAMINA
	
Catalepsia
Dissociação funcional entre o tálamo e o sistema límbico
Propenso a produção de sonhos e alucinações – uso limitado
SNC
Depressão dos reflexos de tosse e deglutição.
RESPIRATÓRIOS
CARDIOVASCULARES
Diretos - Efeito ionotrópico negativo e redução na resistência vascular sistêmica
Indiretos - ↑ DC ↑ PA ↑ FC (efeito resposta simpaticomimético)
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Etomidato
Empregado pela primeira vez em 1972
Ação hipnótica e não analgésica
Limitado a infusão contínua
Pouco hidrossolúvel – apresentação em 35% propilenoglicol - pH 6,9
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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ETOMIDATO
Efeitos semelhantes aos do Tiopental, porem 25 x mais potente (0,3mg/kg).
Hipnótico de ação rápida.
Distribuição para o cérebro imediata com hipnose de 3 a 5 min de duração.
Metabolizado no fígado e eliminado na urina.
Taxa de ligação protéica de 75%.
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EFEITOS - ETOMIDATO
Redução do metabolismo cerebral, FS e PIC.
SNC
RESPIRATÓRIOS
CARDIOVASCULARES
Diminuição da frequência respiratória
Volume corrente 
Pode ocorrer apneia transitória
Mínimos ou ausentes
↓ Consumo de O2 pelo miocárdio ↓ discreta diminuição da RVS
Administrado com Fentanil para ↓ da dose de indução
ADRENOCORTICAL
Em infusões prolongadas
Inibe 11-b-hidroxilase - ↓ síntese de cortisol - ↓aldosterona - ↓corticosterona
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Propofol
Alquifenol com propriedades hipnóticas 
Dose indução –> 20 - 25mg/kg
Formulado em emulsão devido sua baixa solubilidade em H2O com pH 7 (10mg/mL - 1%)
Baixa incidência de náusea e vômito
Recuperação da anestesia mais rápida que tiopental
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação
da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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PROPOFOL
	
Farmacodinâmica
Suposto mecanismo
Potencialização da corrente de cloreto mediada pelo complexo receptor GABA A .
	
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EFEITOS - PROPOFOL
	
↓ FSC ↓ CMRO2 ↑ RVC
Usos no estado epilético generalizado
SNC
RESPIRATÓRIOS
CARDIOVASCULARES
Apnéia em doses hipnóticas.
Administração com opióides pode causar depressão respiratória.
↓ PAS e PAD ↓ DC ↓
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
Benzodiazepínicos
Clordiazepóxido - Roche 1950 -> Diazepam -> Oxazepam
Agem principalemente Córtex, Hipocampo e Cerebelo.
Efeito hipnótico (pode causar amnésia com opióides)
Usado em pré-medicação, endoscopia e indução de anestesia geral para cirurgias de curta duração.
Contraindicações em pacientes com glaucoma de ângulo fechado.
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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BENZODIAZEPÍNICOS
	
Farmacodinâmica
Potencialização da neurotransmissão inibitória GABAérgica nos níveis pré e pós sinápticos, aumentando a afinidade do GABA pelos seus receptores.
Flumazenil – Antagonista benzodiazepínico, compete pelo sítio no receptor.
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
	
Opióides
Fentanil
Alfentanil
Sufentanil
Remifentanil
Agonistas dos receptores opióides
Anestesia Balanceada
Analgesia pós-operatória
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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
	
Agonistas a-2 adrenérgicos
Clonidina
Dexmedetomidina
Propriedades sedativas
Ansiolíticas
Analgésicas
Boa estabilidade cardiovascular
80
ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS
	
Clonidina
Anti-hipertensivo ↑ efeitos colaterais
Reduz dose necessária de analgésicos e anestésicos (OPIÓIDES + CLONIDINA = ANALGESIA POR DIFERENTES MECANISMOS)
Seletividade 200:1 
Dexmedetomidina
Segurança
Altamente específico e seletivo do receptor alfa-2 adrenérgico: 2000:1
Reduz concentração alveolar mínima do halotano em mais de 95 %.
Pode produzir estado anestésico quando utilizado isoladamente
NOVA PERSPECTIVA
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ESTUDO DE CASO
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ESTUDO DE CASO
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 PRÁTICA CLÍNICA ATUAL 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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 REFERÊNCIAS
ALVES, T. C. A., & DOREA, E. M. L. Anestésicos gerais intravenosos. Farmacologia Penildon Silva (pp. 402-414). Guanabara Koogan. 8ª ed. 2014.
KATZUNG, B. G., MASTERS, S. B., Trevor, A. J. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. Hardman, J.G., Limbird L.E. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 10 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil; 2003. 
REZENDE, J.M. À Sombra do Plátano: Crônicas de História da Medicina. 1 ed. São Paulo: Editora Unifesp, 2009.
Prática Clinica Atual 
A prática da anestesia clínica exige uma investigação da farmacologia e dos efeitos colaterais conhecidos desses potentes fármacos com o estado fisiopatológico do paciente. 
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