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DA TIPIFICAÇÃO PENAL DO BULLYING

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DA TIPIFICAÇÃO PENAL DO BULLYING
Rúbia Muller�.
RESUMO
O presente artigo tem como finalidade, abordar a tipificação penal do bullying, mostrando como ele se apresenta para todos os fins legais, esclarecendo assim os desdobramentos do instituto chamado “Bullying”, como ele vem sendo definido ao longo da história, citando os principais expoentes do tema na não apenas no Brasil, mas também no mundo, tendo sido transcrito parte dos seus ensinamentos. No que se refere às repercussões criminais, afirma-se que o “Bullying” pode trazer para os envolvidos e quais figuras criminais podem estar presentes em tal comportamento. Será verificado também a correta tipificação penal do “Bullying” à Luz da legislação vigente, sendo visto o aspecto do sujeito ativo nos crimes citados, verificando se o menor infrator pode ou não ser responsabilizado pelo “Bullying”. Perpetrando ainda as punições que o menor pode sofrer quando pratica o mesmo, citando neste aspecto o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, identificando as condutas do “Bullying escolar”, “Bullying homofóbico”, “Bullying racista”, “Bullying antissemitista”, “Cyberbullying” dentre outros. Por fim, será analisada a tipificação penal de tais condutas levando em conta o Código Penal Brasileiro e outras normas, registrando-se. Ao final, registra-se que é preciso reprimir com rigor os agentes do “Bullying”, sob pena de estar a sociedade incentivando a criminalidade e difundindo a impunidade. 				 PALAVRAS-CHAVE: Bullying, tipificação criminal, conduta. 
ABSTRACT
This article aims, approach the criminal bullying classification, showing how it is presented for all legal purposes, clarifying thus the unfolding of so-called institute "Bullying" as it has been defined throughout history, citing the leading exponents theme in not only in Brazil but also in the world, having been transcribed part of his teaching. As regards the criminal implications, it is stated that "bullying" can bring the criminal figures involved and which may be present in such behavior. It will also be checked the correct criminal definition of "Bullying" in light of current legislation, being seen the appearance of an active subject in those crimes, ensuring that the juvenile offender may or may not be responsible for "Bullying". Still perpetrating the punishments that the child may suffer when practicing the same, citing in this regard the ECA - Statute of Children and Adolescents, identifying the behaviors of "School Bullying," "homophobic bullying", "racist bullying," "Bullying antissemitista" "Cyberbullying" among others. Finally, it will analyze the criminalization of such conduct in light of the Brazilian Penal Code and other regulations by registering itself. In the end, it records that one must suppress precisely the agents of "Bullying", on pain of being society by encouraging criminality and spreading impunity. KEYWORDS: Bullying, typifying criminal, conduct.
	 
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje o “Bullying” virou “moda”, mas esse fenômeno sempre fez parte da vida de diversas pessoas, ele se divide ainda em “Bullying escolar”, “Bullying doméstico”, “Bullying homofóbico”, “Bullying racista”, “Bullying antissemitista”, “Cyberbullying” dentre outros. Mas, o que se pergunta é o que vem mesmo a ser o “Bullying”? Se ele pode ser apenas um “modismo”, ou uma infração penal para todos os fins legais? 						Isso será mostrado ao longo deste artigo, pois trata-se de um tema de extrema importância, pois o combate e prevenção a qualquer ilícito começa pelo seu estudo e compreensão, onde serão mostrados a origem histórica do bullying, alguns conceitos, a exemplo de Silva (2010) onde afirma que tudo começou na Suécia, onde foi demonstrada preocupação por parte da população com a violência entre estudantes e professores, em que foram realizadas algumas pesquisas, e tais despertaram o interesse mundial em pouco tempo. 									Existem ainda relatos na Noruega, onde as pessoas utilizavam os meios de comunicação para expressar a preocupação com acontecimentos no âmbito escolar, mas não recebiam atenção das autoridades, mas no ano de 1982 a notícia do suicídio de 3 crianças com idades entre 10 e 14 anos despertou toda a sociedade para essa nova realidade, uma vez que as investigações apontaram que tais atos foram decorrentes de situações de maus-tratos recebidos por colegas de escola, sendo assim, foi lançada uma campanha objetivando o combate ao bullying. 							Serão mostrados também, as espécies do bullying, os autores e as vítimas, pois elas, na grande parte, são pessoas que apresentam mais dificuldade de socialização, Silva (2010) diz que as vítimas apresentam algo que as destaca das demais pessoas naquele grupo, que são: deficiência física, usar óculos, possuir raça, credo, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes, enfim, algum motivo que a faça fugir de um padrão imposto por um grupo. 
O bullying e a sua origem histórica
De acordo com o famoso livro “Bullying na Escola” de Arrieta (2000), o fenômeno do “Bullying” estar em voga nos diversos meios de comunicação, tem-se que sua origem não é contemporânea, havendo notícias do seu aparecimento por volta de 1.240 d.C, dentro das primeiras Universidades Inglesas e seus movimentos revolucionários, mas a palavra “Bullying” somente veio a aparecer por volta da década de 90. 					Voltando aos estudos de Silva (2010), ele mostra que as denúncias de práticas de bullying têm sido frequentes nas varas da Infância e da Juventude, mas nesse aspecto um dado chama a atenção é que a maior parte dessas denúncias é decorrente de casos que acontecem em escolas públicas, local onde o Estado exerce diretamente sua tutela, demonstrando ao mesmo tempo, que esse dado que as escolas públicas estão abafando os casos desse fenômeno, onde se observa que o despreparo dos educadores em relação ao fenômeno em estudo, onde eles escondem os casos de violência escolar para proteger a integridade da escola, dos pais, do aluno, porém a escola, como responsável pela educação de seus alunos, deve buscar sempre preservar a saúde física e mental desses. 								A partir deste fato, pode-se observar a grande necessidade no Brasil de que haja uma maior conscientização da população acerca desse problema de violência, para que as vítimas ao sofrerem de tais agressões saibam do que se trata e busquem ajuda, não sendo esses casos escondidos por professores, diretores ou chefes de empresas, colocando também o Estado, para que se envolva investindo assim em pesquisas sobre o tema e programar medidas as quais reduzam o problema. 								
Muitos são os conceitos acerca do fenômeno chamado bullying, o primeiro deles trazido pela professora doutora Cleo Fante (2005) onde afirma que um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, é atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying. 						Cleo Fante (2005) fala ainda que se define o bullying como um comportamento cruel intrínseco nas relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer, através de "brincadeiras" que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar. 			Outro conceito é trazido por Lopes Neto (2011), onde ele define o bullying como atitudes agressivas, intencionais, que acontece repetidas vezes, sem motivação aparente, praticadas por um ou mais contra uma ou várias vítimas, causando dor e angústia, acontece numa relação desigual de poder, em que a intimidação da vítima é possível. Um autor que fala sobre essa relação de poder que é envolvida nos casos de bullying,é Leão (2010), onde afirma que:
Esse desequilíbrio de poder que há entre os protagonistas do bullying se dá pelo fato do agressor possuir algumas características, tais como, idade superior a da vítima, estrutura física ou emocional mais equilibrada, ter apoio dos demais amigos de classe, ser sociável entre os demais grupos da classe, tamanho superior; tais atributos fazem com que a vítima se sinta inferior, não tendo condições de se defender diante das ofensas, sejam elas verbais ou físicas (LEÃO, 2010, p. 122).
	
A partir do exposto, observa-se que de forma geral, o bullying pode ser entendido como aquele comportamento sistemático, cruel e intencional, comum quando diz respeito ás relações interpessoais, configurando-se nas atitudes de agressões verbais ou físicas, corrupção, coação, imprudência, negligência. Dessa maneira, qualquer pessoa já foi ou pode ser vítima de bullying um dia.
� Rúbia, aluna do Curso de Direito da Faculdade Batista Brasileira, 9º semestre. Email: rubia.

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