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PRF 2018 COMPLETO

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Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. 
Teoria e Exercícios 
Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 00 
 
 
Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 
Aula 01 - Princípios do Direito Penal (parte 2), Ação 
Penal e Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha). 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Princípios do Direito Penal (parte 2) 2 
3. Ação Penal 8 
4. Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha) 13 
5. Questões propostas 21 
6. Questões comentadas 27 
7. Gabarito 40 
 
Apresentação 
 
Olá, meus amigos! 
Dando continuidade ao nosso curso, hoje, vamos abordar os seguintes 
pontos: 
9 Princípios do Direito Penal (parte 2); 
9 Ação Penal; 
9 Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha). 
 
 
 
 
Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. 
Teoria e Exercícios 
Professores - Alexandre Herculano e Vinícius Silva ʹ Aula 00 
 
 
Profs. Herculano e Vinícius www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 40 
1. Princípios do Direito Penal (parte 2) 
 
1.1. Princípio da Legalidade 
O princípio acima é um dos mais comuns não só no Direito Penal, 
mas também em vários ramos do Direito Público, como no Direito 
Administrativo, no qual o administrador público somente pode fazer aquilo 
que a lei permite. 
No Direito Penal, esse princípio está estampado no art. 1°, do CP, 
que na verdade repete a redação de um dispositivo constitucional, que é o 
art. 5°, XXXIX, da CF/88. 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal; 
 
Que é idêntico ao art. 1°, do CP: 
 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena 
sem prévia cominação legal. 
 
Veja que se trata de um princípio positivamente previsto na carta 
maior e também no código penal. 
Entendendo melhor o significado do princípio, ele nos remete à ideia 
de que não haverá nenhuma figura típica, se esta não estiver prevista em 
Lei. 
 
Jurisprudências (STF e STJ) ʹ L. Penais, D. Penal e D. Processual Penal p/ Carreiras Policiais. 
Teoria e Exercícios 
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Sem entrar em detalhes sobre o princípio, que não é o objetivo desse 
curso, podemos ir logo para um interessante entendimento 
jurisprudencial, mas antes deixe que eu lhe faça uma pergunta: 
É POSSÍVEL MEDIDA PROVISÓRIA VERSANDO SOBRE DIREITO 
PENAL? 
 
A pergunta parece simples, mas surgiu muita discussão na doutrina e 
ainda existe, mas na verdade o que você deve saber é o que o STF 
entende para poder responder às questões de prova. 
De acordo com o STF, embora não possa criar nenhuma figura típica 
(criar crimes), as medidas provisórias podem versar sobre Direito Penal, 
desde que crie normas mais benéficas, que contenham algum tipo de 
benefício para o réu. 
Assim, de acordo com o STF, a vedação contida no art. 62, §1°, I, b, 
da CF/88 não abrange as normas penais mais benéficas, ou seja, as que 
abolem crimes ou lhes restrinjam o alcance, extingam ou abrandem 
penas ou ampliam casos de isenção ou de extinção de punibilidade. 
O exemplo clássico do tema acima são as MPs (253, 379, 390, 394, 
417) que versavam sobre o Estatuto do Desarmamento regulamentando o 
prazo para regularização daquele que possuía arma de fogo 
irregularmente. 
 
 
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Assim, a conclusão, para concursos, notadamente os da área policial, 
é que é possível MP versando sobre direito penal e isso não viola o 
princípio da legalidade, desde que o conteúdo da MP seja benéfico ao réu. 
O princípio da legalidade ainda possui o viés da lei escrita, ou seja, 
existe uma vedação à analogia em matéria penal, em tese. 
O STF manifestou-se no HC 97261 em 02/05/2011 que a conduta de 
furtar sinal de TV a cabo não pode ser equiparada ao delito previsto no 
art. 155, §3°, do CP, pois estar-se-ia praticando a analogia in malam 
partem, ou seja a analogia em malefício do réu. 
A analogia violaria o princípio da legalidade sob o aspecto da lei 
escrita, uma vez que que a analogia é uma técnica que adequa uma 
figura prevista para a situação A em uma situação B. 
Assim, a analogia in bonam partem é perfeitamente possível como 
resultado anteriormente, encontrando justificativa no princípio da 
equidade. 
Há de se ressaltar que o entendimento do STJ sobre o tema diverge 
daquele do pretório excelso, pois, no entender do Tribunal da Cidadania, 
³2� VLQDO� GH� WHOHYLVmR� SURSDJD-se através de ondas, o que na definição 
técnica se enquadra como energia radiante, que é uma forma de energia 
DVVRFLDGD�j�UDGLDomR�HOHWURPDJQpWLFD�´. 
Assim, de acordo com o STJ teríamos a tipicidade caracterizada pelo 
delito previsto no art. 155, §3°, do CP. 
Mais uma vez o nosso curso traz até você um tema em que temos 
controvérsia jurisprudencial entre o STJ e o STF, assim, sugiro que ao 
 
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resolver alguma questão sobre o assunto você preste atenção ao 
enunciado, e responda de acordo com o quadro abaixo: 
 
 
 
STF STJ 
Furto ou desvio de sinal de TV 
a cabo: 
 
Atípico, pois estar-se-ia 
praticando a analogia ³in 
malam partam´, violando assim 
o princípio da legalidade. 
Furto ou desvio de sinal de TV 
a cabo: 
 
Típico, pois o sinal de TV a cabo 
equipara-se à energia radiante, 
pois é composto de radiação 
eletromagnética. 
 
 
 
1.2. Princípio da Não Culpabilidade ou presunção de inocência 
 
Esse princípio passou por uma grande mudança recentemente, pois 
ele foi objeto de uma decisão emblemática do STF, na qual o supremo 
admitiu a possibilidade de execução provisória de pena em processos 
criminais com condenação em segunda instância e isso será o nosso 
objeto de estudo nesse ponto. 
 
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O princípio acima está insculpido na CF/88 e significa que ninguém 
será considerado culpado até que sobrevenha uma sentença penal 
condenatória transitada em julgado, ou seja, da qual não caiba mais 
recurso. 
Assim, diante desse princípio, conhecido como da presunção de 
inocência, o condenado em segundo grau de jurisdição, que ainda tivesse 
como recorrer e assim o fizesse aos tribunais superiores, ainda não era 
considerado culpado e por via de consequência não poderia ser preso nem 
iniciar o cumprimento de pena. 
No entanto isso mudou recentemente com um julgamento 
emblemático no STF, da relatoria do Ministro Teori Zavascki (STF. 
Plenário. HC 126292/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 
17/02/2016). 
De acordo com o julgado, é possível o início da execução dapena 
condenatória após a prolação de acórdão condenatório em 2º grau e isso 
não ofende o princípio constitucional da presunção da inocência. 
O recurso especial e o recurso extraordinário não possuem efeito 
suspensivo (art. 637 do CPP e art. 27, § 2º da Lei nº 8.038/90). Isso 
significa que, mesmo o réu tendo interposto algum desses recursos, a 
decisão recorrida continua produzindo efeitos. Logo, é possível a execução 
provisória da decisão recorrida enquanto se aguarda o julgamento do 
recurso. 
O Min. Teori Zavascki defendeu que, até que seja prolatada a 
sentença penal, confirmada em 2º grau, deve-se presumir a inocência do 
 
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réu. Mas, após esse momento, exaure-se o princípio da não culpabilidade, 
até porque os recursos cabíveis da decisão de segundo grau ao STJ ou 
STF não se prestam a discutir fatos e provas, mas apenas matéria de 
direito. 
3DUD�R�5HODWRU�� ³D�SUHVXQomR�GD� LQRFrQFLD�QmR� LPSHGH�TXH��PHVPR�
antes do trânsito em julgado, o acórdão condenatório produza efeitos 
FRQWUD�R�DFXVDGR´� 
"A execução da pena na pendência de recursos de natureza 
extraordinária não compromete o núcleo essencial do pressuposto da não 
culpabilidade, na medida em que o acusado foi tratado como inocente no 
curso de todo o processo ordinário criminal, observados os direitos e as 
garantias a ele inerentes, bem como respeitadas as regras probatórias e o 
modelo acusatório atual. Não é incompatível com a garantia constitucional 
autorizar, a partir daí, ainda que cabíveis ou pendentes de julgamento de 
recursos extraordinários, a produção dos efeitos próprios da 
responsabilização criminal reconhecida pelas instâncias ordinárias". 
O Ministro Teori, citando a ex-Ministra Ellen Gracie (HC 85.886) 
DILUPRX�TXH� ³HP�SDtV�QHQKXP�GR�PXQGR�� GHSRLV� GH�REVHUYDGR�R�GXSOR�
grau de jurisdição, a execução de uma condenação fica suspensa 
aguardanGR�UHIHUHQGR�GD�6XSUHPD�&RUWH´� 
Diante desse novo entendimento, podemos afirmar, então que é 
válida a execução provisória de sentença penal condenatória em segundo 
grau de jurisdição. 
 
 
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2. Ação Penal 
 
Princípio da Indivisibilidade 
 
Conceito: 
4XDQGR� HVWXGDPRV� R� DVVXQWR� ³DomR� SHQDO´� XP� WHPD� PXLWR�
importante é o princípio da indivisibilidade. O princípio da indivisibilidade 
significa que a ação penal deve ser proposta contra todos os autores e 
partícipes do delito. 
Exemplo: se o crime foi cometido por João e por José, a ação penal 
deverá ser ajuizada contra ambos, não podendo, em regra, ser proposta 
apenas contra José, a não ser que haja algum motivo jurídico que 
autorize (um deles já morreu, é doente mental, é menor de 18 anos, não 
há provas contra ele etc.). Ou seja, em tese, não é possível que seja 
denunciado apenas um deles. 
 
Previsão normativa 
 
O princípio da indivisibilidade está insculpido no art. 48 do CPP: 
 
 
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Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará 
ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua 
indivisibilidade 
 
Assim, de acordo com a própria lei, o princípio da indivisibilidade 
significa que a ação penal deve ser proposta contra todos os autores e 
partícipes do delito. 
De acordo com a jurisprudência, o princípio da indivisibilidade só é 
aplicável à ação pena privada (art. 48 do CPP), por conta do próprio 
termo que o legislador utiliza: ³TXHL[D´, que é o nome da peça inaugural 
da ação penal privada. 
Três perguntas podem ser feitas de acordo com o que foi dito até 
agora: 
a) O que acontece se a ação penal privada não for proposta contra 
todos? 
b) O que ocorre se um dos autores ou partícipes, podendo ser 
processado pelo querelante, ficar de fora? 
c) Qual é a consequência do desrespeito ao princípio da 
indivisibilidade? 
As respostas para as perguntas estão nos pontos seguintes: 
x Se a omissão foi VOLUNTÁRIA (DELIBERADA, DECIDIDA): 
se o querelante deixou, deliberadamente, de oferecer queixa 
contra um dos autores ou partícipes, o juiz deverá rejeitar a 
 
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queixa e declarar a extinção da punibilidade para todos (arts. 
104 e 109, V, do CP). Todos ficarão livres do processo. 
 
x Se a omissão foi INVOLUNTÁRIA: o MP deverá requerer a 
intimação do querelante para que ele faça o aditamento da 
queixa-crime e inclua os demais coautores ou partícipes que 
ficaram de fora. 
 
Portanto, conclui-se que a não inclusão de eventuais suspeitos na 
queixa-crime não configura, por si só, renúncia tácita ao direito 
de queixa. Para o reconhecimento da renúncia tácita ao direito de 
queixa, exige-se a demonstração de que a não inclusão de 
determinados autores ou partícipes na queixa-crime se deu de forma 
deliberada pelo querelante. STJ. 5ª Turma. RHC 55.142-MG, Rel. 
Min. Felix Fischer, julgado em 12/5/2015. 
 
De acordo com o STJ: 
 
(...) O reconhecimento da renúncia tácita ao direito de queixa exige a 
demonstração de que a não inclusão de determinados autores ou 
partícipes na queixa-crime se deu de forma deliberada pelo 
querelante. 
STJ. 5ª Turma. HC 186.405/RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 
02/12/2014. 
 
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Por outro lado, na ação penal pública não vigora o princípio da 
indivisibilidade. 
Assim, o MP não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no 
fato tido por delituoso, não se podendo falar em arquivamento 
implícito em relação a quem não foi denunciado. Isso porque o MP é 
livre para formar sua convicção, incluindo na denúncia as pessoas que ele 
entenda terem praticado o crime, mediante a constatação de indícios de 
autoria e materialidade. STJ. 6ª Turma. RHC 34.233-SP, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, julgado em 6/5/2014. 
O Ministério Público não é obrigado a denunciar todos os envolvidos 
nos fatos tidos por delituosos, dado que não vigora, na ação penal pública 
incondicionada, o princípio da indivisibilidade. 
O princípio da indivisibilidade preconiza que a ação penal deve ser 
proposta contra todos os autores do delito. 
O princípio da indivisibilidade é aplicado à ação penal privada, mas 
não incide no caso de ações penais públicas. 
O MP pode intentar a ação penal contra um autor, enquanto investiga 
o outro, por exemplo. Assim, o Parquet é livre paraformar sua convicção, 
incluindo na denúncia as pessoas que ele entenda que praticaram os 
crimes, não se podendo falar em arquivamento implícito em relação a 
quem não foi denunciado. 
 
 
 
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Denúncia com base em inquérito civil 
 
Outro entendimento jurisprudencial importante para você ficar ligado 
é que é possível o oferecimento de ação penal (denúncia) com base em 
provas colhidas no âmbito de inquérito civil conduzido por membro do 
Ministério Público. 
Esse é também o entendimento do STJ: 
 
O inquérito civil público, previsto como função institucional do 
Ministério Público, nos termos do art. 129, inciso III, da 
Constituição de República, pode ser utilizado como elemento 
probatório hábil para embasar a propositura de ação penal. 
 
´Muito embora não possa o membro do Parquet presidir o 
inquérito policial, é conferido, ao Ministério Público, o poder 
de investigar, como já fora decidido em habeas corpus 
julgados pelo Supremo Tribunal Federal e por esta Quinta 
Turma. (...) (HC 179.223/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta 
Turma, julgado em 20/08/2013)´ 
 
PROCURAÇÃO PARA QUEIXA-CRIME 
 
Outro assunto importante dentro do tema de ação penal é o que 
versa sobre os poderes de que deve gozar o advogado do ofendido para 
 
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que seja possível a propositura da ação penal privada, ou seja, o 
advogado da parte ofendida deve possuir procuração com poderes 
específicos para ajuizar a ação penal privada. 
A procuração deve conter o nome do querelado, e a menção ao fato 
delituoso, para o STJ, a menção ao fato delituoso deve ser entendida 
como a capitulação penal ou o ³QRPHQ� LXULV´, não necessitando ser 
identificada a conduta. 
Por outro lado, para o STF, a menção ao fato delituoso engloba a 
individualização do evento delituoso, não bastando apenas que seja 
mencionado o nomen iuris. 
 
3. Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha). 
 
Outro tema importante para os estudos, focando carreiras policiais, é 
a Lei Maria da Penha. Um dos temas que é enfrentado com frequência 
pelo STJ. 
Para começarmos, é preciso saber o sujeito ativo e o sujeito passivo 
da violência doméstica. O sujeito passivo da violência doméstica 
obrigatoriamente deve ser uma pessoa do sexo feminino (criança, adulta, 
idosa, desde que do sexo feminino). Já, o sujeito ativo pode ser pessoa 
do sexo masculino ou feminino. Mas professor, não se aplica contra o 
homem? Não é inconstitucional isso? 
Não, pois o próprio STF já se manifestou. Vejamos: 
 
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Não há violação do princípio constitucional da igualdade no fato de a 
Lei nº 11.340/06 ser voltada apenas à proteção das mulheres (STF). 
 
Assim, são os requisitos para que ocorra a violência doméstica. 
Vejamos: 
9 Sujeito passivo (vítima) deve ser pessoa do sexo feminino 
(não importa se criança, adulta ou idosa, desde que seja do 
sexo feminino); 
9 Sujeito ativo pode ser pessoa do sexo masculino ou feminino; 
9 Violência baseada em relação íntima de afeto, motivação de 
gênero ou situação de vulnerabilidade, nos termos do art. 5º 
da Lei. 
 
Outro detalhe importante, a norma deixa evidente que é possível a 
aplicação da Lei Maria da Penha mesmo que agressor e vítima não 
vivam sob o mesmo teto. Pois, o art. 5º, III, da Lei afirma que há 
violência doméstica em qualquer relação íntima de afeto, na qual o 
agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente 
de coabitação. 
 
 
Possibilidades de aplicação da Lei Maria da Penha 
(decisões do STJ) 
 
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Filho contra a mãe 
Filha contra mãe 
Pai contra filha 
Irmão contra irmã 
Genro contra sogra 
Nora contra sogra 
Padrasto (ou companheiro) contra enteada 
Tia contra sobrinha 
Ex-namorado contra ex-namorada 
 
 
Seguindo, os tribunais já mencionaram em vários julgados que a Lei 
nº 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha, objetiva proteger a 
mulher da violência doméstica e familiar, até aqui tudo bem, mas quais 
são essas violências. Vejamos: 
9 cause morte; 
9 lesão corporal; 
9 sofrimento físico; 
9 sexual ou psicológico; 
9 e dano moral ou patrimonial. 
Cabe lembrar que o crime tem que ser cometido no âmbito da 
unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto. 
 
 
 
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Outra coisa, a violência doméstica, segundo o STJ, abrange qualquer 
relação íntima de afeto, dispensada a coabitação. Assim, para o mesmo 
tribunal, para a aplicação da Lei n. 11.340/2006, há necessidade de 
demonstração da situação de vulnerabilidade ou hipossuficiência da 
mulher, numa perspectiva de gênero. A vulnerabilidade, hipossuficiência 
ou fragilidade da mulher têm-se como presumidas nas circunstâncias 
descritas na Lei n. 11.340/2006. 
Não esqueçam que, segundo o STJ, a agressão do namorado contra a 
namorada, mesmo cessado o relacionamento, mas que ocorra em 
decorrência da relação está inserida na hipótese do art. 5º, III, da Lei n. 
11.340/06, caracterizando a violência doméstica. 
 
 
Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher têm 
competência cumulativa para o julgamento e a execução das causas 
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, 
nos termos do art. 14, da Lei n. 11.340/2006. 
 
Pessoal, a Lei traz medidas protetivas, assim o STJ deixou evidente 
que o descumprimento de medida protetiva de urgência não configura o 
 
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crime de desobediência, em face da existência de outras sanções 
previstas no ordenamento jurídico para a hipótese. 
Outra decisão muito importante, e que provavelmente será exigida 
na sua prova, é que não é possível a aplicação dos princípios da 
insignificância e da bagatela imprópria (estudamos na aula anterior) 
nos delitos praticados com violência ou grave ameaça no âmbito das 
relações domésticas e familiares. 
Além dessas decisões as quais mencionamos acima, vamos destacar 
outrasimportantes para a prova de vocês. Vejamos: 
 
 
 
9 É cabível a decretação de prisão preventiva para garantir a 
execução de medidas de urgência nas hipóteses em que o 
delito envolver violência doméstica; 
9 Nos crimes praticados no âmbito doméstico e familiar, a 
palavra da vítima tem especial relevância para fundamentar o 
recebimento da denúncia ou a condenação, pois normalmente 
são cometidos sem testemunhas; 
9 A suspensão condicional do processo e a transação penal não 
se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria 
da Penha; 
9 É inviável a substituição da pena privativa de liberdade por 
 
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restritiva de direitos nos casos de violência doméstica, uma 
vez que não preenchidos os requisitos do art. 44 do CP; 
9 O habeas corpus não constitui meio idôneo para se pleitear 
a revogação de medidas protetivas previstas no art. 22 da Lei 
n. 11.340/2006 que não implicam constrangimento ao direito 
de ir e vir do paciente; 
9 A audiência de retratação prevista no art. 16 da Lei n. 
11.340/06 apenas será designada no caso de manifestação 
expressa ou tácita da vítima e desde que ocorrida antes do 
recebimento da denúncia. 
 
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a 
mulher não se aplica a Lei dos Juizados Especiais (Lei n.° 9.099/95), 
mesmo que a pena seja menor que 2 anos. 
O STF decidiu que este art. 41 é constitucional e que, para a efetiva 
proteção das mulheres vítimas de violência doméstica, foi legítima a 
opção do legislador de excluir tais crimes do âmbito de incidência da Lei 
n.° 9.099/95. Cabe ressaltar que a Lei n.° 9.099/95 não se aplica nunca e 
para nada que se refira à Lei Maria da Penha. 
O STJ afirmava que a inaplicabilidade da Lei n.° 9.099/95 significava 
apenas que os institutos despenalizadores da Lei dos Juizados é que 
não poderiam ser utilizados na Lei Maria da Penha, ou seja, transação 
penal e suspensão condicional do processo. 
 
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O STF foi além e disse que, além dos institutos despenalizadores, 
nenhum dispositivo da Lei n.° 9.099/95 pode ser aplicado aos crimes 
protegidos pela Lei Maria da Penha. 
Dessa forma, a Lei n.° 11.340/06 exclui de forma absoluta a 
aplicação da Lei n.° 9.099/95 aos delitos praticados contra a mulher no 
âmbito das relações domésticas e familiares. 
 
Segundo os tribunais, o crime de lesão corporal contra mulher, ainda 
que leve ou culposo, se praticado contra a mulher no âmbito das relações 
domésticas e familiares, deve ser processado mediante ação penal 
pública incondicionada. Assim, em caso de lesões corporais leves ou 
culposas que a mulher for vítima, em violência doméstica, o 
procedimento de apuração na fase pré-processual é o inquérito policial e 
não o termo circunstanciado. 
Outra coisa, a mulher que sofreu lesões corporais leves de seu 
marido, arrependida e reconciliada com o cônjuge, procura o delegado, o 
promotor ou o juiz dizendo que gostaria que o inquérito ou o processo 
não tivesse prosseguimento, esta manifestação não terá nenhum efeito 
jurídico, devendo a tramitação continuar normalmente. E ainda, se um 
vizinho, por exemplo, presencia a mulher apanhando do seu marido e 
comunica ao delegado de polícia, este é obrigado a instaurar um 
inquérito policial para apurar o fato, ainda que contra a vontade da 
mulher. A vontade da mulher ofendida passa a ser absolutamente 
 
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irrelevante. 
 
Pessoal, para fecharmos esta aula, é preciso saber que a Lei Maria da 
Penha não traz um rol de crimes em seu texto. Esse não foi seu objetivo. 
A Lei n.° 11.340/2006 trouxe regras processuais instituídas para proteger 
a mulher vítima de violência doméstica, mas sem tipificar novas condutas, 
salvo uma pequena alteração feita no art. 129 do CP. 
Vimos que recentemente foi incluído o crime de feminicídio no art. 
121 do CP, assim, muito cuidado na sua prova, pois a Lei não faz menção 
ao crime. Entretanto, vale ressaltar que as medidas protetivas da Lei 
Maria da Penha poderão ser aplicadas à vítima de tentativa do feminicídio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões propostas 
 
01. (CESPE ± Juiz Federal - TRF5 ± 2015) No que tange aos 
princípios básicos do direito penal e à interpretação da lei penal, 
Julgue o item abaixo. 
Embora o princípio da legalidade proíba o juiz de criar figura típica 
não prevista na lei, por analogia ou interpretação extensiva, o 
julgador pode, para benefício do réu, combinar dispositivos de 
uma mesma lei penal para encontrar pena mais proporcional ao 
caso concreto. 
 
02. (CESPE ± Promotor de Justiça - MPAC ± 2014) 
Prevalece na doutrina o entendimento de que constitui ofensa ao 
princípio da legalidade a existência de leis penais em branco 
heterogêneas, ou seja, daquelas cujos complementos provenham 
de fonte diversa da que tenha editado a norma que deva ser 
complementada. 
 
03. (CESPE ± PRF ± Policial Rodoviário Federal ± 2013) O princípio 
da legalidade é parâmetro fixador do conteúdo das normas penais 
incriminadoras, ou seja, os tipos penais de tal natureza somente 
podem ser criados por meio de lei em sentido estrito. 
 
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04. (CESPE ± DPE-DF ± Defensor Público ± 2013) Com relação aos 
conceitos, objetivos e princípios do direito penal, às penas 
restritivas de direitos, ao livramento condicional e à reincidência, 
julgue os itens subsecutivos. 
A versão clássica do modelo penal garantista ideal se funda sob os 
princípios da legalidade estrita, da materialidade e lesividade dos 
delitos, da responsabilidade pessoal, do contraditório entre as 
partes e da presunção de inocência. 
 
05. (CESPE ± TRE-MS ± Analista Judiciário ± 2013) Julgue o item a 
seguir. 
O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se 
estende às consequências jurídicas da infração penal, em especial 
aos efeitos da condenação, nem abarca as medidas de segurança. 
 
06. (CESPE ± DPE-TO ± Defensor Público ± 2013) Julgue o item a 
seguir. 
Os princípios da legalidade e da irretroatividade da lei penal são 
aplicáveis à pena cominada pelo legislador, aplicada pelo juiz e 
executada pela administração, não sendo, todavia, esses 
princípios extensíveisàs medidas de segurança, dotadas de 
escopo curativo e não punitivo. 
 
 
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07. (CESPE ± TJAC ± Técnico Judiciário ± 2012) Julgue o item a 
seguir. 
Dado o princípio da legalidade, o Poder Executivo não pode 
majorar as penas cominadas aos crimes cometidos contra a 
administração pública por meio de decreto. 
 
08. (CESPE ± PCAL ± Agente de Polícia) Julgue o item a seguir. 
Em caso de urgência, a definição do que é crime pode ser 
realizada por meio de medida provisória. 
 
09. (CESPE ± DETRAN-DF ± Analista Advocacia ± 2009) Julgue o 
item a seguir. 
O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, 
e a criação de crimes e penas pelos costumes. 
 
10. (CESPE ± TJDFT ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 2013) Se o titular 
da ação penal deixa, sem expressa manifestação ou justificação 
do motivo, de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum 
dos indiciados e o juiz recebe a denúncia, ocorre arquivamento 
indireto. 
 
11. (2016 ± CESPE ± DPU - Assistente Social) Com referência às 
disposições da legislação específica relativa aos idosos e às 
mulheres, julgue o item que se segue. 
 
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A violência doméstica e familiar contra a mulher é caracterizada 
pela ação ou omissão que ocasione morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico, além de dano moral ou patrimonial, 
ocorrido em espaço de convívio permanente ou esporádico de 
pessoas, com ou sem vínculo familiar. 
(2015 ± FCC - DPE-RR - Assistente Social) Em relação à 
assistência judiciária prevista na Lei n° 11.340/2006 (Lei Maria da 
Penha), julgue os itens abaixo. 
 
12. As medidas protetivas de urgência devem ser concedidas e 
aplicadas pelo advogado que compõe a equipe multidisciplinar da 
Defensoria Pública, a requerimento do Ministério Público ou a 
pedido da ofendida. 
 
13. Na aplicação de medidas protetivas de urgência concedidas 
pelo juiz, é obrigatório que a mulher em situação de violência 
doméstica e familiar seja acompanhada de advogado. 
 
(2015 ± FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Com base na Lei nº 
11.340/2006 (Lei Maria da Penha), julgue os itens abaixo. 
 
14. A competência para o processo e julgamento dos delitos 
decorrentes de violência doméstica é determinada exclusivamente 
 
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pelo domicílio ou pela residência da ofendida por economia 
processual e objetivando facilitar a prática dos atos processuais. 
 
15. Após registrar a ocorrência de violência doméstica e familiar 
em uma Unidade de Polícia Judiciária e, em consequência, ter sido 
instaurado inquérito policial, a vítima, desejando impedir o 
prosseguimento da investigação criminal, deve manifestar 
expressamente o seu desejo de renúncia diretamente à autoridade 
policial. 
 
16. (UEG - 2013 - PC-GO - Escrivão de Polícia Civil) Sobre o crime 
de ameaça praticado no contexto de violência doméstica (Lei n. 
11.340/2006), julgue os itens. 
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, verifica-se 
que a ação penal é condicionada a representação da ofendida. 
 
17. (Cespe - 2008 ± Analista Judiciário ± STF) Em caso de 
violência doméstica e familiar contra a mulher, caberão medidas 
protetivas de urgência, que poderão ser concedidas pelo juiz, a 
requerimento do MP ou a pedido da ofendida, devendo 
necessariamente o juiz ouvir as partes e o MP antes da decisão 
sobre as medidas. 
 
 
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18. (Cespe ± 2012 - PC-AL ± Escrivão de Polícia) Conforme a 
referida lei, consideram-se violência sexual as ações ou omissões 
que impeçam a mulher de usar qualquer método contraceptivo ou 
que a forcem à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante 
coação, chantagem, suborno ou manipulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas 
 
01. (CESPE ± Juiz Federal - TRF5 ± 2015) No que tange aos 
princípios básicos do direito penal e à interpretação da lei penal, 
Julgue o item abaixo. 
Embora o princípio da legalidade proíba o juiz de criar figura típica 
não prevista na lei, por analogia ou interpretação extensiva, o 
julgador pode, para benefício do réu, combinar dispositivos de 
uma mesma lei penal para encontrar pena mais proporcional ao 
caso concreto. 
 
Comentários: 
O juiz não pode se valer de tal técnica, pois isso violaria o princípio da 
legalidade, na medida em que o juiz, membro do Poder Judiciário, estaria 
criando uma lex tertia, ou seja, estaria criando uma terceira lei, 
combinando dois dispositivos legais, mesmo que para benefício do réu 
essa conduta viola o princípio da legalidade e, portanto, é vedada pelo 
nosso ordenamento jurídico. 
Gabarito: E. 
 
02. (CESPE ± Promotor de Justiça - MPAC ± 2014) 
Prevalece na doutrina o entendimento de que constitui ofensa ao 
princípio da legalidade a existência de leis penais em branco 
heterogêneas, ou seja, daquelas cujos complementos provenham 
 
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de fonte diversa da que tenha editado a norma que deva ser 
complementada. 
 
Comentários: 
O item está incorreto, pois é totalmente valida a existência de leis penais 
em branco, sejam elas heterogêneas ou homogêneas. 
Um exemplo é a lei de drogas (11.343/06) no bojo da qual temos que o 
conceito de droga está estampado em uma norma infralegal, ou seja, em 
uma portaria do Ministério da Saúde. Prevalece na doutrina que isso não 
viola o princípio da legalidade. 
Gabarito: E. 
 
03. (CESPE ± PRF ± Policial Rodoviário Federal ± 2013) O princípio 
da legalidade é parâmetro fixador do conteúdo das normas penais 
incriminadoras, ou seja, os tipos penais de tal natureza somente 
podem ser criados por meio de lei em sentido estrito. 
 
Comentários: 
É esse o conceito do princípio da legalidade, ou seja, apenas por lei em 
sentido estrito, ou seja, lei ordinária ou complementar é que podem ser 
criadas condutas criminosas. Os fatos típicos devem ser criados a partir 
de Leis e isso é um princípiolimitador do direito de punir, pois é através 
dele que as pessoas não podem ser punidas por condutas que podem ser, 
 
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a princípio, imorais, mas não criminosas do ponto de vista formal, pois 
não são incriminadas pela lei penal. 
Gabarito: C. 
 
04. (CESPE ± DPE-DF ± Defensor Público ± 2013) Com relação aos 
conceitos, objetivos e princípios do direito penal, às penas 
restritivas de direitos, ao livramento condicional e à reincidência, 
julgue os itens subsecutivos. 
A versão clássica do modelo penal garantista ideal se funda sob os 
princípios da legalidade estrita, da materialidade e lesividade dos 
delitos, da responsabilidade pessoal, do contraditório entre as 
partes e da presunção de inocência. 
 
Comentários: 
O modelo penal garantista é um modelo que tenta sempre garantir ao 
acusado por uma conduta delituosa a maior parte das benesses. 
Ou seja, legalidade estrita (são crime apenas aqueles previstos em lei em 
sentido estrito), materialidade e lesividade (princípio da insignificância), 
responsabilidade pessoal, contraditório e presunção de inocência são os 
pilares de um modelo garantista, pois todos esses princípios trazem 
garantias para os acusados de crimes. 
Gabarito: C. 
 
 
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05. (CESPE ± TRE-MS ± Analista Judiciário ± 2013) Julgue o item a 
seguir. 
O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se 
estende às consequências jurídicas da infração penal, em especial 
aos efeitos da condenação, nem abarca as medidas de segurança. 
 
Comentários: 
O princípio da legalidade estende seus efeitos às consequências jurídicas 
do delito, principalmente em relação aos efeitos da condenação e abarca 
as medidas de segurança sim. 
O princípio estampado no art. 1°, do CP menciona que não há crime sem 
lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal, ou seja, 
para que haja crime, devemos ter uma lei anterior definindo a conduta 
como delituosa. Quanto à pena, o princípio também abrange as medidas 
de segurança e não apenas as penas privativas de liberdade, ou 
restritivas de direito. 
Gabarito: E. 
 
06. (CESPE ± DPE-TO ± Defensor Público ± 2013) Julgue o item a 
seguir. 
Os princípios da legalidade e da irretroatividade da lei penal são 
aplicáveis à pena cominada pelo legislador, aplicada pelo juiz e 
executada pela administração, não sendo, todavia, esses 
 
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princípios extensíveis às medidas de segurança, dotadas de 
escopo curativo e não punitivo. 
 
Comentários: 
Mais uma vez o item restringiu a aplicação do princípio da legalidade 
apenas às penas e não às medidas de segurança, o que está incorreto, de 
acordo com o comentário da questão anterior. 
Gabarito: E. 
 
07. (CESPE ± TJAC ± Técnico Judiciário ± 2012) Julgue o item a 
seguir. 
Dado o princípio da legalidade, o Poder Executivo não pode 
majorar as penas cominadas aos crimes cometidos contra a 
administração pública por meio de decreto. 
 
Comentários: 
Tal medida violaria o princípio da legalidade, pois a quem compete 
majorar penas é à Lei, que é produzida pelo Congresso Nacional, uma vez 
que compete à União legislar sobre direito penal. 
Gabarito: C. 
 
08. (CESPE ± PCAL ± Agente de Polícia) Julgue o item a seguir. 
 
 
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Em caso de urgência, a definição do que é crime pode ser 
realizada por meio de medida provisória. 
 
Comentários: 
Medida provisória não pode definir conduta criminosa. À Lei é reservada 
tal função. Ainda que exista urgência, a definição daquilo que é crime não 
pode ser feita por medida provisória. Mesmo assim, de acordo com o STF 
pode haver medida provisória versando sobre Direito Penal, desde que 
seja uma medida provisória que traga uma vantagem ou benefício para o 
réu. 
Gabarito: E. 
 
09. (CESPE ± DETRAN-DF ± Analista Advocacia ± 2009) Julgue o 
item a seguir. 
O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, 
e a criação de crimes e penas pelos costumes. 
 
Comentários: 
Nesse caso, de acordo com o princípio da legalidade, é vedada a analogia 
em prejuízo do réu. Na mesma toada, a criação de crimes por meio de 
costumes é totalmente vedada pelo princípio estampado no art. 1°, do 
CP. 
Gabarito: C. 
 
 
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10. (CESPE ± TJDFT ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 2013) Se o titular 
da ação penal deixa, sem expressa manifestação ou justificação 
do motivo, de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum 
dos indiciados e o juiz recebe a denúncia, ocorre arquivamento 
indireto. 
 
Comentários: 
O que ocorre quando o titular da ação penal deixa de incluir em sua 
denúncia um fato ou então algum indiciado, ocorre o chamado 
arquivamento implícito, que é vedado pelo nosso ordenamento jurídico. 
Gabarito: E. 
 
11. (2016 ± CESPE ± DPU - Assistente Social) Com referência às 
disposições da legislação específica relativa aos idosos e às 
mulheres, julgue o item que se segue. 
A violência doméstica e familiar contra a mulher é caracterizada pela ação 
ou omissão que ocasione morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico, além de dano moral ou patrimonial, ocorrido em espaço de 
convívio permanente ou esporádico de pessoas, com ou sem vínculo 
familiar. 
 
Comentários: 
Primeira coisa que vocês têm que saber! Quem pode ser sujeito ativo e 
sujeito passivo da violência doméstica? 
 
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9 O sujeito passivo da violência doméstica deve ser uma pessoa do 
sexo feminino (criança, adulta, idosa, desde que do sexo feminino); 
9 O sujeito ativo pode ser pessoa do sexo masculino ou feminino. 
O STJ vem entendendo ser aplicada somente para as mulheres. Outra 
coisa, é possível que haja violência doméstica mesmo que agressor e 
vítima não convivam sob o mesmo teto (não morem juntos). Isso porque 
o art. 5º, III, da Lei afirma que há violência doméstica em qualquer 
relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentementede coabitação. 
Gabarito: C. 
 
(2015 ± FCC - DPE-RR - Assistente Social) Em relação à 
assistência judiciária prevista na Lei n° 11.340/2006 (Lei Maria da 
Penha), julgue os itens abaixo. 
 
12. As medidas protetivas de urgência devem ser concedidas e aplicadas 
pelo advogado que compõe a equipe multidisciplinar da Defensoria 
Pública, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. 
 
Comentários: 
As medidas protetivas de urgência: 
9 poderão ser concedidas de imediato, independentemente de 
audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, 
devendo este ser prontamente comunicado; 
 
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9 serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser 
substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, 
sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados 
ou violados; 
9 poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da 
ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever 
aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da 
ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o 
Ministério Público. 
O STJ deixou evidente que o descumprimento de medida protetiva de 
urgência não configura o crime de desobediência, em face da 
existência de outras sanções previstas no ordenamento jurídico para a 
hipótese. 
Gabarito: E. 
 
13. Na aplicação de medidas protetivas de urgência concedidas pelo juiz, 
é obrigatório que a mulher em situação de violência doméstica e familiar 
seja acompanhada de advogado. 
 
Comentários: 
Questão muito batida! Não é obrigatório! 
Gabarito: E. 
 
 
 
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(2015 ± FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Com base na Lei nº 
11.340/2006 (Lei Maria da Penha), julgue os itens abaixo. 
 
14. A competência para o processo e julgamento dos delitos decorrentes 
de violência doméstica é determinada exclusivamente pelo domicílio ou 
pela residência da ofendida por economia processual e objetivando 
facilitar a prática dos atos processuais. 
 
Comentários: 
Segundo a norma, é competente, por opção da ofendida, para os 
processos cíveis regidos pela Lei Maria da Penha, o Juizado: 
9 do seu domicílio ou de sua residência; 
9 do lugar do fato em que se baseou a demanda; 
9 do domicílio do agressor. 
Outra informação importante, é que, segundo o STJ, os Juizados de 
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher têm competência 
cumulativa para o julgamento e a execução das causas decorrentes da 
prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 
art. 14, da Lei n. 11.340/2006. 
Gabarito: E. 
 
 
 
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15. Após registrar a ocorrência de violência doméstica e familiar em uma 
Unidade de Polícia Judiciária e, em consequência, ter sido instaurado 
inquérito policial, a vítima, desejando impedir o prosseguimento da 
investigação criminal, deve manifestar expressamente o seu desejo de 
renúncia diretamente à autoridade policial. 
 
Comentários: 
Segundo o Superior Tribunal de Justiça a violência doméstica contra a 
mulher constitui delito de ação penal pública incondicionada. 
Gabarito: E. 
 
 
16. (UEG - 2013 - PC-GO - Escrivão de Polícia Civil) Sobre o crime 
de ameaça praticado no contexto de violência doméstica (Lei n. 
11.340/2006), julgue os itens. 
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, verifica-se que a 
ação penal é condicionada a representação da ofendida. 
 
Comentários: 
O STF declarou a constitucionalidade da Lei nº 11.340/06, conferindo 
interpretação conforme à Constituição aos artigos 12, I, 16 e 41 da Lei nº 
11.340/2006, no sentido de que não se aplica a Lei nº 9.099/95 aos 
crimes cometidos no âmbito da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06). 
Com efeito, os crimes de lesão corporal, ainda que de natureza leve, 
 
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incondicionada, aplicando-se, portanto, a norma geral do código penal. Da 
mesma forma, aplica-se a disciplina disposta no código penal quanto à 
modalidade de ação penal nos crimes de ameaça, ou seja, ação penal 
pública condicionada à representação, nos termos do parágrafo único do 
artigo 147 do Código Penal. 
Gabarito: C. 
 
17. (Cespe - 2008 ± Analista Judiciário ± STF) Em caso de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, caberão medidas protetivas de 
urgência, que poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do MP ou 
a pedido da ofendida, devendo necessariamente o juiz ouvir as partes e o 
MP antes da decisão sobre as medidas. 
 
Comentários: 
Independe de audiência das partes e de manifestação do Ministério 
Público. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de 
imediato, devendo aquele ser prontamente comunicado. 
Gabarito: E. 
 
18. (Cespe ± 2012 - PC-AL ± Escrivão de Polícia) Conforme a referida 
lei, consideram-se violência sexual as ações ou omissões que impeçam a 
mulher de usar qualquer método contraceptivo ou que a forcem à 
 
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gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, 
suborno ou manipulação. 
 
Comentários: 
Isso mesmo pessoal, segundo a Lei é violência sexual: 
Art. 7 (...) ³III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que 
a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não 
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a 
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, 
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, 
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício 
de seus GLUHLWRV�VH[XDLV�H�UHSURGXWLYRV�´ 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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