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RESUMO PEDIATRIA CONCEITOS Neonatologia: Estudo do recém- nascido; Recém-nascido, neonato ou recém-nato: Do nascimento até 28 dias; Nascimento: Concepto vivo ou morto, é expulso ou extraído da mãe, independente da idade gestacional. Período Perinatal: De 28 semanas ou mais, com peso de 1000g até sétimo dia nascimento; Morbimortalidade Neonatal: Adoecimento e de morte de crianças de 0 a 28 dias de nascidas; Aborto: é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos ovulares. Pode ser espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos de 500g ou 22 semanas de gestação é considerado abortado; RN de alto risco: È o produto de uma gestação de alto risco, onde as intercorrências patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio (mãe- filho), determinando morbimortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-parto; CLASSIFICAÇÃO DO RN DE ACORDO COM A IDADE GESTACIONAL Peso Ao Nascer: A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5 a 4 kg – entre percentis 10 e 90; P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou inferior a 2,5 kg, abaixo do percentil 10; G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou superior a 4 kg – acima do percentil 10. CLASSIFICAÇÃO RELACIONANDO PESO E IDADE GESTACIONAL PIG: Abaixo do percentil P10; AIG: Entre os percentis P10 e P90; GIG: Acima do percentil P90. Classificação da infância em grupos etários: Período neonatal: 0 a 28 dias; Infância: de 29 dias a 10 anos; Lactente: 29 dias a 2 anos; Pré – escolar: 2 a 7 anos; Escolar: 7 a 10 anos; Adolescência: de 12anos a 20 anos. CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO Pré termo: nascidos vivos antes da 37ª semana; A termo: nascidos vivos entre 37ª e 41ª semana e 6 dias; Pós termo: nascidos vivos com 42ª semanas ou mais; RN de baixo peso:è todo RN vivo com peso de nascimento inferior a 2500g; Muito baixo peso ao nascer: RN vivo com peso de nascimento inferior a 1500g; Extremo baixo peso ao nascer: RN vivo com peso de nascimento inferior a 1000g; Quanto menor a IG ao nascer, maior o risco de complicações e a necessidade de cuidados neonatais adequados. Se o nascimento antes do tempo acarreta riscos para a saúde dos bebês, o nascimento pós-termo também. Após o período de gestação considerado como fisiológico, pode ocorrer diminuição da oferta de oxigênio e de nutrientes. Os bebês nascidos após 42 semanas de gestação podem apresentar complicações respiratórias. CUIDADOS IMEDIATOS: São aqueles prestados ainda na sala de parto: 1. Secagem e Manutenção do aquecimento; 2. Desobstrução das vias aéreas; 3. Teste do Apgar; 4. Pinçamento e secção do cordão umbilical; 5. Credeização (Prevenção de Oftalmia Gonocócica); 6. Identificação do RN; CUIDADOS MEDIATOS: São aqueles prestados na Unidade de Internação Pediatrica: 1. Manipulação com luvas até o 1º banho; 2. Controle dos SSVV’s; 3. Higiene corporal e no coto umbilical; 4. Administração de Vitamina K; 5. Curativo do Coto umbilical; 6. Medidas Atropométricas; 7. Exame físico completo; 8. Anotações de Enfermagem; 9. Vacinas Hepatite B e BCG; 10. Rn em decúbito horizontal no berço ao lado da mãe; 11. Aleitamento materno sem restrição de horário; 12. Avaliação da capacidade de amamentação; 13. Avaliação da perda ponderal; 14. Promover ambiente seguro e isento de frio. Escala De APGAR Avalia a vitalidade e o grau de asfixia. Deverá ser feita no 1º, 5º, e 10º minuto de vida. Os sinais avaliados na Escala de apgar são: 1. Frequência cardíaca; 2. Frequência respiratória; 3. Tônus muscular; 4. Irritabilidade reflexa; 5. Cor da pele. Significado das notas obtidas na Avaliação de Apgar: 0 a 3: Asfixia grave; 4 a 6: Asfixia moderada; 7 a 10: Boa vitalidade, boa adaptação à vida extra- uterina. TABELA DE APGAR Pontos 0 1 2 FC Ausente <100/min >100/min R Ausente Irregular/Bradipnéia Forte/Choro T. Musc Flacidez Flexão de pernas e braços Mov. Ativo Boa Flexão Cor Cianose Palidez Cianose de extemidades Rosado Irritabilidade Reflexiva Ausente Algum movimento/Careta Espirros Choro Realização de Medidas Antropométrica Peso: Tarar a balança, fazer desinfecção com álcool a 70% e cobri-la com papel descartável para proteger o bebê; Verificação da Estatura: Com o bebê deitado, medir do occipital ao calcanhar. A estatura do bebe é verificada com régua antropométrica ou fita métrica e servirá de base para a avaliação do crescimento; Perímetro Cefálico: PC — Circundar a cabeça, da proeminência frontal ao occipital. (Motivo: avaliar micro ou macrocefalia; também serve para avaliações futuras, caso se suspeite de aumento do volume da cabeça.); PC normal:+/- 35 cm (2 cm >P Torácico) Perímetro torácico:PT - circundar o tórax na altura dos mamilos. (Motivo: indicar a ausência de algum órgão). PT Normal:+/- 37 cm Perímetro abdominal – PA: Circundar o abdome na altura do coto umbilical. (Motivo: referências para diagnósticos futuros.) PA Normal. Variável DADOS VITAIS EM PEDIATRIA CRESCIMENTO DA CRIANÇA E DADOS VITAIS PESO: · O recém-nascido perde cerca de 10% do peso até o 10º dia de vida. · Recupera esse peso até o 15 º dia. · Duplica-o no 5o mês, triplica com 1 ano, quadruplica com 2 anos. · A criança ganha, em média: 700 g/ mês, no 1o trimestre; 600 g/ mês, no 2º, 500 g/ mês, no 3º , 400 g/mês, no 4º ; 200 g/mês, no primeiro semestre do 2º ano e 180 g/mês, no segundo semestre do 2º ano. ALTURA: Ganha 50 % no primeiro ano: assim, 3 cm/mês no 1º trimestre; 2 cm/mês no 2º; 1,5 cm/mês no 2º semestre. No 2º e 3º anos, ganha 20 cm (quase 1 cm/mês). Dos 3 anos a puberdade, ganha cerca de 6 cm/ano (0,5 cm/mês) Altura final: v Menina: (alt. Pai + (alt. Mãe + 13)/2). v Menino: ((alt. Pai – 13) + alt. Mãe)/2 A=(n-3)x6+95 (n = idade – cri => 3-11 anos) PERÍMETRO TORÁCICO: No primeiro ano: PC > PT Após: PT > PC Ao nascer: 33 cm Primeiro trimestre: aumenta 2 cm/mês Segundo trimestre: aumenta 1 cm/m Terceiro trimestre: aumenta 1 cm/m Quarto trimestre: aumenta 0,5 cm/m. PERÍMETRO CEFÁLICO: Nasce com 34 cm. Aumenta: 1º trimestre – 2 cm/m 2º trimestre – 1 cm/m 2º semestre – 0,5 cm/m 1-3 anos: 1 cm/ano 3-12 anos: 3 cm. TEMPERATURA: Normal: 36 – 37 oC Hipotermia: < 36 oC Subfebril: 37 – 37,5 oC Febre baixa: 37,5 – 38,5 oC Febre moderada: 38,5 – 39,5 oC Febre alta: 39,5 – 40,5 oC Hiperpirexia: > 40,5 oC Queda: rápida = crise ou lenta = lise Tipos: Contínua – oscilação de 1 oC Remitente – oscilação > 1 oC Intermitente – há intervalos sem febre Cotidiana – a cada 24 horas Terçã – a cada 48 horas Quartã – a cada 72 horas Irregular. FREQÜÊNCIA CARDÍACA: RN: 70 – 170 bpm 1 – 11 meses: 80 – 160 bpm 2 anos: 80 –130 bpm 4 anos: 80 – 120 bpm 6 anos: 80 – 115 bpm 8-10 anos: 70 –110 bpm acima 12 anos: 65-110 bpmFREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA: Recém-nascido: 40 –45 irm Lactente: 25 –35 irm Pré-escolar: 20 –25 irm Escolar: 18 – 20 irm PRESSÃO ARTERIAL: Até 3 anos: 80 x 50 mm Hg 4 – 5 anos: 85 x 55 mm Hg 6 – 8 anos: 90 x 60 mm Hg 9 – 11 anos: 100 x 60 mm Hg PA = 2i + 80 +- 15 X (2i + 80) : 2 + 15+-15 Acima de 12 anos: 110 x 65 mm Hg Icterícia Neonatal Coloração amarelada da pele, das mucosas e das escleróticas em decorrência de pigmentos biliares no sangue e nos tecidos. Essa concentração de bilirrubina é uma das manifestações clínicas mais frequentes no período neonatal. Esse quadro, é causado por um excesso de bilirrubina. Normalmente, a bilirrubina é eliminada do sangue pelo fígado. Em recém-nascidos, a icterícia geralmente ocorre quando o fígado ainda não está funcionando plenamente à época do nascimento; portanto, o fígado não processa a bilirrubina com a velocidade necessária. Icterícia Fisiológica Causada pelo excesso de hemácias destruídas, sobrecarregando o fígado. Manifesta-se geralmente entre 48 a 72 horas após o nascimento. O nível sérico de bilirrubina atinge um pico de 5a 6 mg/dl em torno do 2º ao 5º dia após o nascimento. Fatores envolvidos na icterícia fisiológica Maior oferta de bilirrubina; Captação deficiente de bilirrubina; Maior absorção interstinal por aumento da circulação êntero-hepática. Icterícia Patológica Causada pela imaturidade do fígado do RN, que não é capaz de eliminar uma quantidade normal de hemácias destruídas. Aparece nas primeiras 24horas de vida. Concentração de bilirrubina sérica total superior a 12mg/dl no RNT ou 15mg/dl no RNPT. Icterícia da prematuridade Icterícia persistente mais de uma semana em RNT ou duas semanas no prematuro. Ocorre com muita frequência em bebê prematuros uma vez que eles levam muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina eficaz. Icterícia do leite materno: Em 1% a 2% de bebês alimentados ao peito, pode ocorrer icterícia causada por substâncias que reduzem a excreção intestinal da bilirrubina. Começa geralmente ao redor dos 4 a 7 dias de vida e pode durar de 3 a 10 semanas. Icterícia por doença hemolítica devido à incompatibilidade Rh Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes começa já durante o primeiro dia de vida. Incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa de icterícia, (Mãe Rh negativo e RN Rh positivo) sendo prevenida com uma injeção de imunoglobulina anti- Rh (RhoGAM) à mãe dentro das primeiras 72 horas após o parto. Isto impede a formação de anticorpos que poderiam colocar em risco os próximos bebês. Kernicterus O kernicterus (do alemão kern ou núcleos + ikteros, icterícia) é uma condição resultante da toxicidade da bilirrubina às células dos gânglios da base e diversos núcleos do tronco cerebral (kernicterus é um diagnóstico patológico que se caracteriza pela impregnação da bilirrubina nos núcleos do tronco cerebral e refere-se à coloração amarelada destas áreas nucleares). Na prática clínica, a palavra kernicterus é usada com o termo encefalopatia bilirrubínica (esta se refere às manifestações agudas da toxicidade da bilirrubina nas primeiras semanas de vida, enquanto kernicterus refere-se às sequelas clínicas permanentes da toxicidade bilirrubínica). O Kernicterus é devastador, porém, evitável. Abordagem do RN ictérico História familiar/comportamento de outros irmãos História materna Exame físico Exames laboratoriais Quadro clínico Letargia, recusa alimentar,perda do reflexo Moro, prostração,dificuldade respiratória, fontanela abaulada,choro agudo estridente, convulsões e espasmos. Tratamento Na maioria dos casos de icterícia fisiológica, nenhum tratamento é necessário. Em casos leves de doença hemolítica, a icterícia desaparece sem tratamento. Caso contrário, quando o nível de bilirrubina estiver elevado, o médico poderá submeter o bebê à fototerapia, que ajudará a converter a bilirrubina de forma a ser eliminada do fígado. Casos graves de icterícia, especialmente os causados por doença hemolítica, são tratados por uma exsanguíneo-transfusão, na qual todo o sangue do bebê é substituído. Fototerapia • A Fototerapia é usada nos casos de Icterícia Neonatal. • Fototerapia é o tratamento a base de luz visando à retirada da bilirrubina impregnada na pele do RN. • Podeser empregado no Alcon. Cuidados de Enfermagem: • O RN deverá estar despido, sendo fundamental o uso de fraldas para proteção do períneo e das gônadas, da ação do calor. • Proteção ocular para impedir o ressecamento da córnea, evitando assim lesões graves por ação da luz (na ausência de material próprio, manter os óculos com papel escuro e gaze). • Controle do tempo de permanência da lâmpada fluorescente ligada, com anotação de data e número de horas/dia( o tempo de vida útil da lâmpada é no máximo 200 horas). • Manter as lâmpadas a 50 centímetros do RN, pois neste distância o RN receberá as radiações sem sofrer queimaduras. • Controle rigoroso da temperatura corporal, pois pode ocorrer um hiper aquecimento pela ação do calor da lâmpada. • Controle do estado de hidratação do RN, pois pode ocorrer desidratação devido á sudorese pela ação do calor. • Mudança freqüente de decúbito para que a desempregnação seja uniforme. • Limpeza freqüência do berço e do RN. • Retirada do RN da fototerapia para a amamentação, mesmo que a prescrição seja contínua. • A Fototerapia pode ser intermitente ou contínua de acordo com a prescrição médica. • Retirada do RN da fototerapia, 15 minutos antes do banho, para que seu corpo não sinta a diferença de temperatura. Exsanguineotransfusão • Remove parcialmente hemácias hemolisadas; anticorpos ligados ou não às hemácias e asbilirrubina plasmática. • Diminui rapidamente os níveis séricos debilirrubina. • Indicação precoce nos casos em que ocorre aumento da hemólise. • Eritroblastose Fetal ou Doença Hemolítica do RN O agente Rh é uma proteína sanguínea que pode ou não estar presente no sangue humano. No primeiro caso, diz-se que a pessoa possui Rh (Rh positivo); no outro, Rh – (Rh negativo). Eritroblastose fetal é uma doença hemolítica causada pela incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal. Ela se manifesta, quando há incompatibilidade sanguínea referente ao Rh entre mãe e feto, ou seja, quando o fator Rh da mãe é negativo e o do feto, positivo. Quando isso acontece, durante a gestação, a mulher produz anticorpos anti- Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado ―intruso‖. Também conhecida como Doença hemolítica do recém-nascido é causada pela incompatibilidade sanguínea do Fator RH entre o sangue materno e o sangue do bebê. O problema se manifesta durante a gravidez de mulheres RH negativo que estejam gerando um filho RH positivo. Para que isso aconteça, o pai da criança precisa necessariamente ter o Fator RH positivo. Uma vez produzidos, esses anticorpos permanecem na circulação da mãe. Caso ela volte a engravidar de um bebê com Rh positivo, os anticorpos produzidos na gravidez anterior destroem as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) do feto. Para compensar essa perda, são fabricadas mais hemácias, que chegam imaturas ao sangue e recebem o nome de eritroblastos. O primeiro filho, portanto, apresenta menos risco de desenvolver a doença do queos seguintes, porque a mãe Rh- ainda não foi sensibilizada pelos anticorpos anti-Rh. No entanto, na falta de tratamento, esses anticorpos produzidos na primeira gestação podem destruir as hemácias do sangue dos próximos fetos Rh Sintomas A doença hemolítica por incompatibilidade de Rh varia de leve à grave. Os sintomas vão desde anemia e icterícia leves à deficiência mental, surdez, paralisia cerebral, edema generalizado, fígado e baço aumentados, icterícia, anemia graves e morte durante a gestação ou após o parto. Recém-nascido portador da enfermidade tem uma cor amarelada, porque a hemoglobina das hemácias destruídas é convertida em bilirrubina pelo fígado e seu acúmulo provoca um quadro de icterícia na criança. Diagnóstico A pesquisa de anticorpos anti-Rh por meio do teste de Coombs indireto é o principal exame a ser realizado durante o pré-natal de mãe com Rh negativo cujo parceiro é Rh positivo, ou que tenha recebido uma transfusão de sangue inadequado. Esse exame deve ser repetido mensalmente para verificar a existência de anticorpos anti-Rh. Em caso positivo, a mulher precisa tomar uma dose de 300 mg de gamaglobulina anti-Rh, um concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh. A aplicação deve ser feita por via intramuscular após 72 horas do parto do primeiro filho, após aborto espontâneo ou induzido ou gravidez ectópica. Como os anticorpos da imunoglobulina destroem as células Rh positivas do feto, a mãe não produzirá anticorpos anti-Rh. Desse modo, na gestação seguinte, o feto não desenvolverá eritroblastose. Administrar outra dose de imunoglobulina na 28ª semana de gestação pode representar uma medida adicional de segurança. Tratamento e prevenção A prevenção é o melhor tratamento para a doença hemolítica por incompatibilidade de RH e deve começar antes mesmo de a mulher engravidar. No entanto, se o bebê nascer com a doença, a primeira medida terapêutica é substituir seu sangue por meio de transfusão de sangue negativo, que não será destruído pelos anticorpos anti-Rh da mãe que passaram ao filho através da placenta. Como vivem cerca de três meses, as hemácias transferidas serão substituídas aos poucos pelas do bebê cujo fator Rh é positivo. Quando isso ocorrer por completo, não haverá mais anticorpos anti-Rh da mãe na circulação do filho. Para determinar a gravidade do problema, é possível fazer exames através do líquido aminiótico. O tratamento de bebês que nascem com o problema pode incluir uma transfusão total de sangue. Exo- sanguínea transfusão Recomendações * Toda mulher deve saber qual seu fator Rh e o do seu parceiro antes de engravidar;Tão logo seja confirmada a gravidez, mulher Rh negativo com parceiro Rh positivo deve realizar o exame de Coombs indireto para detectar a presença de anticorpos anti-Rh no sangue; * Após 72 horas do parto do primeiro filho, nos casos de incompatibilidade sanguínea por fator RH, a mulher deve tomar gamaglobulina injetável para que os anticorpos anti-Rh sejam destruídos. * Desse modo, os anticorpos presentes em seu sangue não destruirão o sangue do próximo filho. O Kernicterus ou Encefalopatia Céfalica(palavra oriunda do alemão, kern=núcleos;ikteros=icterícia) pode ser definido como uma condição consequente da toxicidade da bilirrubina às células presentes no gânglio da base e vários núcleos do tronco cerebral. Kernicterus é a Impregnação bilirrubínica de regiões do cérebro na vigência de altas concentraçõessanguíneas de bilirrubina não conjugada. A barreira hemoencefálica é normalmente impermeável à bilirrubina. Em recém-nascidos, especialmente em prematuros, a barreira pode, porém ser vencida se a concentração de bilirrubina formuito alta (acima de 20 mg%), como ocorre, por exemplo, na eritroblastose fetal. Neste caso, a bilirrubina impregna o tecido nervoso central em algumas regiões, como os núcleos da base, áreas do córtex cerebral e do tronco cerebral. As áreas sãoimpregnadas bilateralmente, com simetria quase especular, e nestes locais os neurônios morrem, ficando sequelas permanentes. Na clínica, o termo kernicterus é utilizado de forma alternada com o termo encefalopatia bilirrubínica, sendo que este último diz respeito às manifestações agudas de toxicidade da bilirrubina dentro das primeiras semanas de vida, enquanto que kernicterus diz respeito às sequelas clínicas permanentes da toxicidade bilirrubínica. A bilirrubina quando livre é prejudicial às sinapses, causando lesões neuronais e nas organelas das células. Dentre os diversos processos patológicos envolvidos no aumento dos níveis de bilirrubina não-conjugada estão: Policitemia: quando ocorre a quebra da hemácia, há consequente liberação de bilirrubina, que fica circulante no sangue, resultando em icterícia. Incompatibilidade de Rh entre a mãe e o concepto: leva à hemólise das hemácias fetais, liberando deste modo a bilirrubina não-conjugada no sangue fetal. Em indivíduos mais velhos, a icterícia em si não causa grandes problemas. Todavia, em recém-nascidos, as meninges (membranas que envolvem o Sistema Nervoso Central) são imaturas, facilitando a penetração da bilirrubina no cérebro, resultado no depósito da mesma nos corpos celulares, ocasionando danos irreversíveis, podendo levar à morte. Manifestação Clinica As manifestações clínicas desta doença englobam anormalidades no tônus muscular, como hipertonia ou hipotonia; letargia; arqueamento das costas. Já dentre as manifestações tardias desta desordem são observados atraso mental paralisia cerebral, perda de audição e paralisia do movimento dos olhos para cima. Nas crianças e adultos, o kernicterus é leve, apresentando alterações de movimento e distúrbios do processamento da fala. Prevenção A única forma realmente eficaz de prevenir o surgimento do kernicterus é diminuindo os níveis séricos de bilirrubina ou por meio da fototerapia ou transfusão de troca sanguínea.
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