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RESUMAO PEDIATRIA

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RESUMO PEDIATRIA 
 
CONCEITOS 
 
Neonatologia: Estudo do recém- nascido; 
 
Recém-nascido, neonato ou recém-nato: Do 
nascimento até 28 dias; 
 
Nascimento: Concepto vivo ou morto, é expulso ou 
extraído da mãe, independente da idade gestacional. 
 
Período Perinatal: De 28 semanas ou mais, com peso 
de 1000g até sétimo dia nascimento; 
 
Morbimortalidade Neonatal: Adoecimento e de 
morte de crianças de 0 a 28 dias de nascidas; 
 
Aborto: é a interrupção da gravidez pela morte do feto 
ou embrião, junto com os anexos ovulares. Pode ser 
espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos 
de 500g ou 22 semanas de gestação é considerado 
abortado; 
 
RN de alto risco: È o produto de uma gestação de alto 
risco, onde as intercorrências patológicas e/ou sociais 
representam fatores de agressão ao binômio (mãe-
filho), determinando morbimortalidade perinatal, que 
pode perdurar até 28 dias pós-parto; 
 
CLASSIFICAÇÃO DO RN DE ACORDO COM A 
IDADE GESTACIONAL 
 
Peso Ao Nascer: 
 
A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo 
RN que nasce com peso > 2,5 a 4 kg – entre percentis 
10 e 90; 
 
P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN 
que nasce com peso igual ou inferior a 2,5 kg, abaixo 
do percentil 10; 
 
G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN 
que nasce com peso igual ou superior a 4 kg – acima 
do percentil 10. 
 
CLASSIFICAÇÃO RELACIONANDO PESO E 
IDADE GESTACIONAL 
 
PIG: Abaixo do percentil P10; 
AIG: Entre os percentis P10 e P90; 
GIG: Acima do percentil P90. 
 
Classificação da infância em grupos etários: 
 
Período neonatal: 0 a 28 dias; 
Infância: de 29 dias a 10 anos; 
 
Lactente: 29 dias a 2 anos; 
 
Pré – escolar: 2 a 7 anos; 
 
Escolar: 7 a 10 anos; 
 
Adolescência: de 12anos a 20 anos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO 
 
Pré termo: nascidos vivos antes da 37ª semana; 
 
A termo: nascidos vivos entre 37ª e 41ª semana e 6 
dias; 
 
Pós termo: nascidos vivos com 42ª semanas ou mais; 
 
RN de baixo peso:è todo RN vivo com peso de 
nascimento inferior a 2500g; 
 
Muito baixo peso ao nascer: RN vivo com peso de 
nascimento inferior a 1500g; 
 
Extremo baixo peso ao nascer: RN vivo com peso de 
nascimento inferior a 1000g; 
 
Quanto menor a IG ao nascer, maior o risco de 
complicações e a necessidade de cuidados neonatais 
adequados. Se o nascimento antes do tempo acarreta 
riscos para a saúde dos bebês, o nascimento pós-termo 
também. 
Após o período de gestação considerado como 
fisiológico, pode ocorrer diminuição da oferta de 
oxigênio e de nutrientes. Os bebês nascidos após 42 
semanas de gestação podem apresentar complicações 
respiratórias. 
 
CUIDADOS IMEDIATOS: 
São aqueles prestados ainda na sala de parto: 
 
1. Secagem e Manutenção do aquecimento; 
2. Desobstrução das vias aéreas; 
3. Teste do Apgar; 
4. Pinçamento e secção do cordão umbilical; 
5. Credeização (Prevenção de Oftalmia 
Gonocócica); 
6. Identificação do RN; 
 
CUIDADOS MEDIATOS: 
São aqueles prestados na Unidade de Internação 
Pediatrica: 
 
1. Manipulação com luvas até o 1º banho; 
2. Controle dos SSVV’s; 
3. Higiene corporal e no coto umbilical; 
4. Administração de Vitamina K; 
5. Curativo do Coto umbilical; 
6. Medidas Atropométricas; 
7. Exame físico completo; 
8. Anotações de Enfermagem; 
9. Vacinas Hepatite B e BCG; 
10. Rn em decúbito horizontal no berço ao lado da 
mãe; 
11. Aleitamento materno sem restrição de horário; 
12. Avaliação da capacidade de amamentação; 
13. Avaliação da perda ponderal; 
14. Promover ambiente seguro e isento de frio. 
Escala De APGAR 
 
Avalia a vitalidade e o grau de asfixia. Deverá ser 
feita no 1º, 5º, e 10º minuto de vida. 
 
Os sinais avaliados na Escala de apgar são: 
 
1. Frequência cardíaca; 
2. Frequência respiratória; 
3. Tônus muscular; 
4. Irritabilidade reflexa; 
5. Cor da pele. 
 
Significado das notas obtidas na Avaliação de 
Apgar: 
 
0 a 3: Asfixia grave; 
4 a 6: Asfixia moderada; 
7 a 10: Boa vitalidade, boa adaptação à vida extra-
uterina. 
 
TABELA DE APGAR 
 
Pontos 0 1 2 
FC Ausente <100/min >100/min 
R Ausente Irregular/Bradipnéia Forte/Choro 
T. Musc Flacidez Flexão de pernas e 
braços 
Mov. Ativo 
Boa Flexão 
Cor Cianose 
Palidez 
Cianose de 
extemidades 
Rosado 
Irritabilidade 
Reflexiva 
Ausente Algum 
movimento/Careta 
Espirros 
Choro 
 
 
Realização de Medidas Antropométrica 
 
Peso: Tarar a balança, fazer desinfecção com álcool a 
70% e cobri-la com papel descartável para proteger o 
bebê; 
 
Verificação da Estatura: Com o bebê deitado, medir 
do occipital ao calcanhar. A estatura do bebe é 
verificada com régua antropométrica ou fita métrica e 
servirá de base para a avaliação do crescimento; 
 
Perímetro Cefálico: PC — Circundar a cabeça, da 
proeminência frontal ao occipital. (Motivo: avaliar 
micro ou macrocefalia; também serve para avaliações 
futuras, caso se suspeite de aumento do volume da 
cabeça.); 
 
PC normal:+/- 35 cm (2 cm >P Torácico) 
 
Perímetro torácico:PT - circundar o tórax na altura 
dos mamilos. (Motivo: indicar a ausência de algum 
órgão). 
 
PT Normal:+/- 37 cm 
 
Perímetro abdominal – PA: Circundar o abdome na 
altura do coto umbilical. (Motivo: referências para 
diagnósticos futuros.) PA Normal. Variável 
 
 
DADOS VITAIS EM PEDIATRIA 
 
CRESCIMENTO DA CRIANÇA E DADOS VITAIS 
 
 
 
 
 
PESO: 
 
· O recém-nascido perde cerca de 10% do peso 
até o 10º dia de vida. 
 
· Recupera esse peso até o 15 º dia. 
 
· Duplica-o no 5o mês, triplica com 1 ano, 
quadruplica com 2 anos. 
 
· A criança ganha, em média: 700 g/ mês, no 1o 
trimestre; 600 g/ mês, no 2º, 500 g/ mês, no 3º , 400 
g/mês, no 4º ; 200 g/mês, no primeiro semestre do 2º 
ano e 180 g/mês, no segundo semestre do 2º ano. 
 
ALTURA: 
 
Ganha 50 % no primeiro ano: assim, 3 cm/mês no 1º 
trimestre; 2 cm/mês no 2º; 1,5 cm/mês no 2º semestre. 
 
No 2º e 3º anos, ganha 20 cm (quase 1 cm/mês). 
 
Dos 3 anos a puberdade, ganha cerca de 6 cm/ano (0,5 
cm/mês) 
 
Altura final: 
 
v Menina: (alt. Pai + (alt. Mãe + 13)/2). 
 
v Menino: ((alt. Pai – 13) + alt. Mãe)/2 
 
A=(n-3)x6+95 (n = idade – cri => 3-11 anos) 
 
 
PERÍMETRO TORÁCICO: 
 
No primeiro ano: PC > PT 
 
Após: PT > PC 
 
Ao nascer: 33 cm 
 
Primeiro trimestre: aumenta 2 cm/mês 
 
Segundo trimestre: aumenta 1 cm/m 
 
Terceiro trimestre: aumenta 1 cm/m 
 
Quarto trimestre: aumenta 0,5 cm/m. 
 
PERÍMETRO CEFÁLICO: 
 
Nasce com 34 cm. 
 
Aumenta: 
1º trimestre – 2 cm/m 
 
2º trimestre – 1 cm/m 
 
2º semestre – 0,5 cm/m 
 
1-3 anos: 1 cm/ano 
 
3-12 anos: 3 cm. 
 
TEMPERATURA: 
 
Normal: 36 – 37 oC 
 
Hipotermia: < 36 oC 
 
Subfebril: 37 – 37,5 oC 
 
Febre baixa: 37,5 – 38,5 oC 
 
Febre moderada: 38,5 – 39,5 oC 
 
Febre alta: 39,5 – 40,5 oC 
 
Hiperpirexia: > 40,5 oC 
 
Queda: rápida = crise ou lenta = lise 
 
Tipos: 
Contínua – oscilação de 1 oC 
 
Remitente – oscilação > 1 oC 
 
Intermitente – há intervalos sem febre 
 
Cotidiana – a cada 24 horas 
 
Terçã – a cada 48 horas 
 
Quartã – a cada 72 horas 
 
Irregular. 
 
FREQÜÊNCIA CARDÍACA: 
 
RN: 70 – 170 bpm 
 
1 – 11 meses: 80 – 160 bpm 
 
2 anos: 80 –130 bpm 
 
4 anos: 80 – 120 bpm 
 
6 anos: 80 – 115 bpm 
 
8-10 anos: 70 –110 bpm 
 
acima 12 anos: 65-110 bpmFREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
 
Recém-nascido: 40 –45 irm 
 
Lactente: 25 –35 irm 
 
Pré-escolar: 20 –25 irm 
 
Escolar: 18 – 20 irm 
 
PRESSÃO ARTERIAL: 
 
Até 3 anos: 80 x 50 mm Hg 
 
4 – 5 anos: 85 x 55 mm Hg 
 
6 – 8 anos: 90 x 60 mm Hg 
 
9 – 11 anos: 100 x 60 mm Hg 
 
PA = 2i + 80 +- 15 X (2i + 80) : 2 + 15+-15 
 
Acima de 12 anos: 110 x 65 mm Hg 
 
Icterícia Neonatal 
Coloração amarelada da pele, das mucosas e das 
escleróticas em decorrência de pigmentos biliares no 
sangue e nos tecidos. Essa concentração de bilirrubina 
é uma das manifestações clínicas mais frequentes no 
período neonatal. Esse quadro, é causado por um 
excesso de bilirrubina. 
 
Normalmente, a bilirrubina é eliminada do sangue 
pelo fígado. Em recém-nascidos, a icterícia 
geralmente ocorre quando o fígado ainda não está 
funcionando plenamente à época do nascimento; 
portanto, o fígado não processa a bilirrubina com a 
velocidade necessária. 
 
Icterícia Fisiológica 
Causada pelo excesso de hemácias destruídas, 
sobrecarregando o fígado. Manifesta-se geralmente 
entre 48 a 72 horas após o nascimento. O nível sérico 
de bilirrubina atinge um pico de 5a 6 mg/dl em torno 
do 2º ao 5º dia após o nascimento. 
 
Fatores envolvidos na icterícia fisiológica 
Maior oferta de bilirrubina; 
Captação deficiente de bilirrubina; 
Maior absorção interstinal por aumento da circulação 
êntero-hepática. 
 
Icterícia Patológica 
Causada pela imaturidade do fígado do RN, que não é 
capaz de eliminar uma quantidade normal de 
hemácias destruídas. 
Aparece nas primeiras 24horas de vida. 
Concentração de bilirrubina sérica total superior a 
12mg/dl no RNT ou 15mg/dl no RNPT. 
 
Icterícia da prematuridade 
Icterícia persistente mais de uma semana em RNT ou 
duas semanas no prematuro. Ocorre com muita 
frequência em bebê prematuros uma vez que eles 
levam muito mais tempo para conseguir excretar a 
bilirrubina eficaz. 
 
Icterícia do leite materno: 
Em 1% a 2% de bebês alimentados ao peito, pode 
ocorrer icterícia causada por substâncias que reduzem 
a excreção intestinal da bilirrubina. Começa 
geralmente ao redor dos 4 a 7 dias de vida e pode 
durar de 3 a 10 semanas. 
 
Icterícia por doença hemolítica devido à 
incompatibilidade Rh 
Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou 
ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes 
começa já durante o primeiro dia de vida. 
Incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa de 
icterícia, (Mãe Rh negativo e RN Rh positivo) sendo 
prevenida com uma injeção de imunoglobulina anti-
Rh (RhoGAM) à mãe dentro das primeiras 72 horas 
após o parto. Isto impede a formação de anticorpos 
que poderiam colocar em risco os próximos bebês. 
 
Kernicterus 
O kernicterus (do alemão kern ou núcleos + ikteros, 
icterícia) é uma condição resultante da toxicidade da 
bilirrubina às células dos gânglios da base e diversos 
núcleos do tronco cerebral (kernicterus é um 
diagnóstico patológico que se caracteriza pela 
impregnação da bilirrubina nos núcleos do tronco 
cerebral e refere-se à coloração amarelada destas áreas 
nucleares). Na prática clínica, a palavra kernicterus é 
usada com o termo encefalopatia bilirrubínica (esta se 
refere às manifestações agudas da toxicidade da 
bilirrubina nas primeiras semanas de vida, enquanto 
kernicterus refere-se às sequelas clínicas permanentes 
da toxicidade bilirrubínica). O Kernicterus é 
devastador, porém, evitável. 
 
Abordagem do RN ictérico 
 
História familiar/comportamento de outros irmãos 
História materna 
Exame físico 
Exames laboratoriais 
 
Quadro clínico 
Letargia, recusa alimentar,perda do reflexo Moro, 
prostração,dificuldade respiratória, fontanela 
abaulada,choro agudo estridente, convulsões e 
espasmos. 
 
Tratamento 
Na maioria dos casos de icterícia fisiológica, nenhum 
tratamento é necessário. Em casos leves de doença 
hemolítica, a icterícia desaparece sem tratamento. 
Caso contrário, quando o nível de bilirrubina estiver 
elevado, o médico poderá submeter o bebê à 
fototerapia, que ajudará a converter a bilirrubina de 
forma a ser eliminada do fígado. 
Casos graves de icterícia, especialmente os causados 
por doença hemolítica, são tratados por uma 
exsanguíneo-transfusão, na qual todo o sangue do 
bebê é substituído. 
 
Fototerapia 
• A Fototerapia é usada nos casos de Icterícia 
Neonatal. 
• Fototerapia é o tratamento a base de luz 
visando à retirada da bilirrubina impregnada na pele 
do RN. 
• Podeser empregado no Alcon. 
 
Cuidados de Enfermagem: 
• O RN deverá estar despido, sendo fundamental 
o uso de fraldas para proteção do períneo e das 
gônadas, da ação do calor. 
• Proteção ocular para impedir o ressecamento 
da córnea, evitando assim lesões graves por ação da 
luz (na ausência de material próprio, manter os óculos 
com papel escuro e gaze). 
• Controle do tempo de permanência da lâmpada 
fluorescente ligada, com anotação de data e número 
de horas/dia( o tempo de vida útil da lâmpada é no 
máximo 200 horas). 
• Manter as lâmpadas a 50 centímetros do RN, 
pois neste distância o RN receberá as radiações sem 
sofrer queimaduras. 
• Controle rigoroso da temperatura corporal, 
pois pode ocorrer um hiper aquecimento pela ação do 
calor da lâmpada. 
• Controle do estado de hidratação do RN, pois 
pode ocorrer desidratação devido á sudorese pela ação 
do calor. 
• Mudança freqüente de decúbito para que a 
desempregnação seja uniforme. 
• Limpeza freqüência do berço e do RN. 
• Retirada do RN da fototerapia para a 
amamentação, mesmo que a prescrição seja contínua. 
• A Fototerapia pode ser intermitente ou 
contínua de acordo com a prescrição médica. 
• Retirada do RN da fototerapia, 15 minutos 
antes do banho, para que seu corpo não sinta a 
diferença de temperatura. 
Exsanguineotransfusão 
• Remove parcialmente hemácias hemolisadas; 
anticorpos ligados ou não às hemácias e asbilirrubina 
plasmática. 
• Diminui rapidamente os níveis séricos 
debilirrubina. 
• Indicação precoce nos casos em que ocorre 
aumento da hemólise. 
• Eritroblastose Fetal ou Doença Hemolítica do 
RN 
 O agente Rh é uma proteína sanguínea que 
pode ou não estar presente no sangue humano. No 
primeiro caso, diz-se que a pessoa possui Rh (Rh 
positivo); no outro, Rh – (Rh negativo). 
 
 Eritroblastose fetal é uma doença hemolítica 
causada pela incompatibilidade do sistema Rh do 
sangue materno e fetal. Ela se manifesta, quando há 
incompatibilidade sanguínea referente ao Rh entre 
mãe e feto, ou seja, quando o fator Rh da mãe é 
negativo e o do feto, positivo. Quando isso acontece, 
durante a gestação, a mulher produz anticorpos anti-
Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, 
considerado ―intruso‖. 
 Também conhecida como Doença hemolítica 
do recém-nascido é causada pela incompatibilidade 
sanguínea do Fator RH entre o sangue materno e o 
sangue do bebê. 
 
 O problema se manifesta durante a gravidez de 
mulheres RH negativo que estejam gerando um filho 
RH positivo. Para que isso aconteça, o pai da criança 
precisa necessariamente ter o Fator RH positivo. 
 Uma vez produzidos, esses anticorpos 
permanecem na circulação da mãe. Caso ela 
volte a engravidar de um bebê com Rh 
positivo, os anticorpos produzidos na gravidez 
anterior destroem as hemácias (glóbulos 
vermelhos do sangue) do feto. Para compensar 
essa perda, são fabricadas mais hemácias, que 
chegam imaturas ao sangue e recebem o nome 
de eritroblastos. 
 O primeiro filho, portanto, apresenta menos 
risco de desenvolver a doença do queos 
seguintes, porque a mãe Rh- ainda não foi 
sensibilizada pelos anticorpos anti-Rh. No 
entanto, na falta de tratamento, esses 
anticorpos produzidos na primeira gestação 
podem destruir as hemácias do sangue dos 
próximos fetos Rh 
Sintomas 
A doença hemolítica por incompatibilidade de Rh 
varia de leve à grave. Os sintomas vão desde anemia e 
icterícia leves à deficiência mental, surdez, paralisia 
cerebral, edema generalizado, fígado e baço 
aumentados, icterícia, anemia graves e morte durante 
a gestação ou após o parto. 
Recém-nascido portador da enfermidade tem uma cor 
amarelada, porque a hemoglobina das hemácias 
destruídas é convertida em bilirrubina pelo fígado e 
seu acúmulo provoca um quadro de icterícia na 
criança. 
Diagnóstico 
A pesquisa de anticorpos anti-Rh por meio do teste de 
Coombs indireto é o principal exame a ser realizado 
durante o pré-natal de mãe com Rh negativo cujo 
parceiro é Rh positivo, ou que tenha recebido uma 
transfusão de sangue inadequado. Esse exame deve 
ser repetido mensalmente para verificar a existência 
de anticorpos anti-Rh. 
Em caso positivo, a mulher precisa tomar uma dose de 
300 mg de gamaglobulina anti-Rh, um concentrado de 
anticorpos que combate os antígenos Rh. A aplicação 
deve ser feita por via intramuscular após 72 horas do 
parto do primeiro filho, após aborto espontâneo ou 
induzido ou gravidez ectópica. 
Como os anticorpos da imunoglobulina destroem as 
células Rh positivas do feto, a mãe não produzirá 
anticorpos anti-Rh. Desse modo, na gestação seguinte, 
o feto não desenvolverá eritroblastose. Administrar 
outra dose de imunoglobulina na 28ª semana de 
gestação pode representar uma medida adicional de 
segurança. 
 
Tratamento e prevenção 
A prevenção é o melhor tratamento para a doença 
hemolítica por incompatibilidade de RH e deve 
começar antes mesmo de a mulher engravidar. 
No entanto, se o bebê nascer com a doença, a primeira 
medida terapêutica é substituir seu sangue por meio 
de transfusão de sangue negativo, que não será 
destruído pelos anticorpos anti-Rh da mãe que 
passaram ao filho através da placenta. Como vivem 
cerca de três meses, as hemácias transferidas serão 
substituídas aos poucos pelas do bebê cujo fator Rh é 
positivo. Quando isso ocorrer por completo, não 
haverá mais anticorpos anti-Rh da mãe na circulação 
do filho. 
 Para determinar a gravidade do problema, é 
possível fazer exames através do líquido aminiótico. 
 O tratamento de bebês que nascem com o 
problema pode incluir uma transfusão total de sangue. 
 Exo- sanguínea transfusão 
 
Recomendações 
* Toda mulher deve saber qual seu fator Rh e o do seu 
parceiro antes de engravidar;Tão logo seja confirmada 
a gravidez, mulher Rh negativo com parceiro Rh 
positivo deve realizar o exame de Coombs indireto 
para detectar a presença de anticorpos anti-Rh no 
sangue; 
* Após 72 horas do parto do primeiro filho, nos casos 
de incompatibilidade sanguínea por fator RH, a 
mulher deve tomar gamaglobulina injetável para que 
os anticorpos anti-Rh sejam destruídos. 
* Desse modo, os anticorpos presentes em seu sangue 
não destruirão o sangue do próximo filho. 
O Kernicterus ou Encefalopatia Céfalica(palavra 
oriunda do alemão, kern=núcleos;ikteros=icterícia) 
pode ser definido como uma condição consequente da 
toxicidade da bilirrubina às células presentes no 
gânglio da base e vários núcleos do tronco cerebral. 
Kernicterus é a Impregnação bilirrubínica de regiões 
do cérebro na vigência de altas 
concentraçõessanguíneas de bilirrubina não 
conjugada. 
A barreira hemoencefálica é normalmente 
impermeável à bilirrubina. Em recém-nascidos, 
especialmente em prematuros, a barreira pode, porém 
ser vencida se a concentração de bilirrubina formuito 
alta (acima de 20 mg%), como ocorre, por exemplo, 
na eritroblastose fetal. Neste caso, a bilirrubina 
impregna o tecido nervoso central em algumas 
regiões, como os núcleos da base, áreas do córtex 
cerebral e do tronco cerebral. As áreas 
sãoimpregnadas bilateralmente, com simetria quase 
especular, e nestes locais os neurônios morrem, 
ficando sequelas permanentes. 
Na clínica, o termo kernicterus é utilizado de forma 
alternada com o termo encefalopatia bilirrubínica, 
sendo que este último diz respeito às manifestações 
agudas de toxicidade da bilirrubina dentro das 
primeiras semanas de vida, enquanto que kernicterus 
diz respeito às sequelas clínicas permanentes da 
toxicidade bilirrubínica. 
A bilirrubina quando livre é prejudicial às sinapses, 
causando lesões neuronais e nas organelas das células. 
Dentre os diversos processos patológicos envolvidos 
no aumento dos níveis de bilirrubina não-conjugada 
estão: 
 Policitemia: quando ocorre a quebra da 
hemácia, há consequente liberação de bilirrubina, que 
fica circulante no sangue, resultando em icterícia. 
 Incompatibilidade de Rh entre a mãe e o 
concepto: leva à hemólise das hemácias fetais, 
liberando deste modo a bilirrubina não-conjugada no 
sangue fetal. 
Em indivíduos mais velhos, a icterícia em si não causa 
grandes problemas. Todavia, em recém-nascidos, as 
meninges (membranas que envolvem o Sistema 
Nervoso Central) são imaturas, facilitando a 
penetração da bilirrubina no cérebro, resultado no 
depósito da mesma nos corpos celulares, ocasionando 
danos irreversíveis, podendo levar à morte. 
Manifestação Clinica 
As manifestações clínicas desta doença englobam 
anormalidades no tônus muscular, como hipertonia ou 
hipotonia; letargia; arqueamento das costas. Já dentre 
as manifestações tardias desta desordem são 
observados atraso mental paralisia cerebral, perda de 
audição e paralisia do movimento dos olhos para 
cima. Nas crianças e adultos, o kernicterus é leve, 
apresentando alterações de movimento e distúrbios do 
processamento da fala. 
Prevenção 
A única forma realmente eficaz de prevenir o 
surgimento do kernicterus é diminuindo os níveis 
séricos de bilirrubina ou por meio da fototerapia ou 
transfusão de troca sanguínea.

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