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Cromatografia Fundamentos, Instrumentação e Aplicações Martha Adaime (UFSM) Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Departamento de Química Programa de Pós Graduação em Química Grupo de Pesquisa em Análises Cromatográficas Programa Fundamentos Gerais da Cromatografia - Fundamentos e Classificação Geral - Principais mecanismos de separação - Principais Parâmetros Cromatográficos: tR, n, Rs, α e relação entre eles Cromatografia Gasosa (GC) •Fundamentos Teóricos; •Instrumentação (Injetores, Colunas e Fases Estacionárias, Fase móvel, Detectores) •Aplicações; •Estado da Arte e Tendências. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) •Fundamentos Teóricos; •Modos de Separação: adsorção, partição, troca iônica, exclusão; •Instrumentação (Bombas, Injetores, Colunas e Fases Estacionárias, Fase móvel, Principais Detectores); •Aplicações; •Estado da Arte e Tendências. Cromatografia Acoplada à Espectrometria de Massas •GC-MS/MS •LC-MS/MS 2 Por que usar CROMATOGRAFIA ? ? ? 3 HISTÓRICO M. TSWEET (1903): Separação de misturas de pigmentos vegetais em colunas recheadas com adsorventes sólidos e solventes variados. éter de petróleo CaCO3 mistura de pigmentos pigmentos separados Cromatografia = kroma [cor] + graph [escrever] (grego) 4 Princípio Básico Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás). 5 Classificação da Cromatografia Cromatografia Planar Coluna FM Líquida C.Camada Delgada C.Papel FM Gasosa FM Líquida C. Gasosa CLAECCC CCC-Cromatografia em Coluna Clássica. CLAE-Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. 6 Cromatógrafo a Gás 1 2 3 4 6 5 1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão. 2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra. 3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna. 4 - Detector. 5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal. 6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador). 7 Cromatógrafo a Líquido 8 Fase Estacionária • Sólida - é constituída por adsorventes sólidos (pó), tais como Sílica, Alumina, Carvão ativo, Zeólitos sintéticos, etc. A base para a separação, neste caso, é a Adsorção. • Líquida - é constituída por uma película delgada (de líquidos orgânicos de alto ponto de ebulição) que impregnam o sólido (pó) inerte ou a parede interna da coluna capilar. A base para a separação, neste caso, é a Partição da amostra dentro ou fora da película líquida, devido a solubilidade seletiva dos compostos. 9 Fase Móvel Gasosa - Na Cromatografia Gasosa a Fase Móvel é o próprio Gás de Arraste cuja função é transportar os analitos através do Sistema (Injetor /Coluna /Detector). Os principais Gases de Arraste são o Hélio, Nitrogênio, Hidrogênio e o Argônio. Líquida – Na Cromatografia Líquida emprega-se uma mistura de solventes, denominada Eluente, como Fase Móvel. Os principais são: metanol, acetonitrila e água. 10 Mecanismos da Cromatografia apolar F lu x o polar polar apolar F lu x o 11 Mecanismos da Cromatografia 12 Mecanismos da Cromatografia 13 TEORIA BÁSICA Constante de Distribuição, KC Ocorre um equilíbrio de distribuição do analito entre a FE e a FM. M S C A A K KC = Constante de Distribuição [A]S = concentração do analito na FE [A]M = concentração do analito na FM MENOR RETENÇÃO !!! Volatilidade [A]M Afinidade pela FE [A]S 14 TEORIA BÁSICA Quantificação da Eficiência Cada “estágio” de equilíbrio é chamado de PRATO TEÓRICO Coluna mais eficiente tR wb n 15 Número de pratos teóricos (n) n = 16 (tR / wb) 2 n = segmento da coluna onde se atinge um equilíbrio entre fase móvel, estacionária e analito quanto > n > rendimento da coluna (picos mais finos) Injeção tR 16 Tempo de Retenção / Largura Pico tR = tempo de retenção to = tempo de volume morto wb = largura da base Injeção Tempo tR 17 Seletividade () = k2´/k1´ = posição relativa de 2 picos Ideal: > 1 Tempo K1’ = 1.5 K2’ = 2.1 18 Resolução (Rs) Rs = 2 (tR2 – tR1) 2 / wb1 + wb2 Rs = separação real dos picos Rs = 0 (sem separação), Rs = 1 (separação parcial), Rs = 1.5 (separação na linha base) Injeção W W t Tempo 19 A migração um analito pela coluna provoca inevitavelmente o alargamento da sua banda. TEMPO Efeitos do alargamento excessivo de picos: Separação deficiente de analitos com retenções próximas Picos mais largos e menos intensos = menor detectabilidade EFICIÊNCIA: Capacidade de eluição com o mínimo de dispersão do analito. Eficiência de Sistemas Cromatográficos 20 INTRODUÇÃO A CROMATOGRAFIA GASOSA Martha Adaime Depto de Química-CCNE UFSM CROMATOGRAFIA GASOSA Aplicabilidade Quais misturas podem ser separadas por CG ? Misturas cujos constituintes sejam VOLÁTEIS (=“evaporáveis”) (para uma substância qualquer poder ser “arrastada” por um fluxo de um gás ela deve ser dissolver - pelo menos parcialmente - nesse gás) DE FORMA GERAL: CG é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham PONTOS DE EBULIÇÃO de até 300 oC e que termicamente estáveis. 22 O Cromatógrafo a Gás 1 2 3 4 6 5 1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão. 2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra. 3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna. 4 - Detector. 5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal. 6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador). 23 INSTRUMENTAÇÃO Gás de Arraste Fase Móvel em CG: NÃO interage com a amostra - apenas a carrega através da coluna. Assim é usualmente referida como GÁS DE ARRASTE Requisitos: INERTE Não deve reagir com a amostra, fase estacionária ou superfícies do instrumento. PURO Deve ser isento de impurezas que possam degradar a fase estacionária. Impurezas típicas em gases e seus efeitos: oxida / hidroliza algumas FE incompatíveis com DCE H2O, O2 hidrocarbonetos ruído no sinal de DIC 24 Curvas de Van Deemter para diferentes Gases de Arraste 1.2 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 Velocidade linear média (cm/seg) u He H N 2 2 C at 175 °C k = 4.95 Vidro W.C.O.T. OV.101 25m x 0.25 mm 17 H E T P ( m m ) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 25 FASE MÓVEL ou Gás de Arraste Requisitos: CUSTO Gases de altíssima pureza podem ser muito caros. COMPATÍVEL COM DETECTOR Cada detector demanda um gás de arraste específico para melhor funcionamento. C U S T O PUREZA A B C A = 99,995 % (4.5) B = 99,999 % (5.0) C = 99,9999 % (6.0) 26 LINHA DE GÁS Componentes necessários à linha de gás: controladores de vazão / pressão de gás dispositivos para purificação de gás (“traps”) 1 2 3 4 5 6 1 - Cilindro de Gás 2 - Regulador de Pressão Primário 3 - “Traps” para eliminar impurezas do gás 4 - Regulador de Pressão Secundário 5 - Regulador de Vazão (Controlador Diferencial de Fluxo) 6 - Medidor de Vazão (Rotâmetro) 27 Dispositivos de Injeção de Amostra Os dispositivos para injeção (INJETORES ou VAPORIZADORES) devem prover meios de introdução INSTANTÂNEA da amostra na coluna cromatográfica Injeção instantânea: Injeção lenta: t = 0 t = x t = 0 t = x 28 Injeção Split (com Divisão) Considerando a geometria dos injetores split-splitless, a razão de divisão normalmente é ajustada variando-se a vazão total de entrada de gás de arraste: CONTROLEDE VAZÃO TOTAL Deve ser regulado até o SR desejado CONTROLE DE PRESSÃO Altera pressão vazão na coluna (NÃO DEVE SER MODIFICADA VISANDO REGULAGEM DE SR !!!!!) 29 Injetor “on-column” Convencional 1 2 3 4 1 - Septo (silicone) 2 - Alimentação de gás de arraste) 3 - Bloco metálico aquecido 4 - Ponta da coluna cromatográfica 30 Injeção “on-column” de líquidos 2 3 1 - Ponta da agulha da microseringa é introduzida no início da coluna. 2 - Amostra injetada e vaporizada instantâneamente no início da coluna. 3 - “Plug” de vapor de amostra forçado pelo gás de arraste a fluir pela coluna. 1 31 Parâmetros de Injeção TEMPERATURA DO INJETOR Deve ser suficientemente elevada para que a amostra vaporize-se imediatamente, mas sem decomposição Regra Geral: Tinj = 50 oC acima da temperatura de ebulição do componente menos volátil VOLUME INJETADO Depende do tipo de coluna e do estado físico da amostra COLUNA Amostras Gasosas Amostras Líquidas empacotada = 3,2 mm (1/4”) 0,1 ml ... 50 mL0,2 L ... 20 L capilar = 0,25 mm 0,001 ml ... 0,1 mL0,01 L ... 3 L Sólidos: convencionalmente se dissolve em um solvente adequado e injeta-se a solução 32 Microsseringas para Injeção LÍQUIDOS Capacidades típicas: 1, 5 e 10 L êmbolo corpo (pirex) agulha (inox 316) Microseringa de 10 L: Microseringa de 1 L (seção ampliada): corpo guia êmbolo (fio de aço soldado ao guia) agulha 33 Colunas: Definições Básicas EMPACOTADA = 3 a 6 mm L = 0,5 m a 5 m CAPILAR = 0,1 a 0,5 mm L = 5 m a 100 m 34 INSTRUMENTAÇÃO Colunas: Definições Básicas Coluna empacotada e capilar. Empacotadas analíticas: - Aço inoxidável; - 1 – 4 mm (d.i.) - 1 – 3 m Capilares: - Sílica fundida; - Poliimida; - 0,32 mm (d.i.) - 10 – 100 m 35 TEORIA BÁSICA Quantificação da Eficiência ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H) “Tamanho” de cada estágio de equilíbrio Valores típicos de H e N: dC df H N 0.10 0.25 0.081 370370 0.25 0.25 0.156 192308 0.32 0.32 0.200 150000 0.32 0.50 0.228 131579 0.32 1.00 0.294 102041 0.32 5.00 0.435 68966 0.53 1.00 0.426 70423 0.53 5.00 0.683 43924 2.16 10% 0.549 3643 2.16 5% 0.500 4000 Capilares, L = 30 m Empacotadas, L = 2 m Valores de H para colunas capilares e empacotadas são próximos, mas como L para capilares é MUITO maior tipicamente elas são mais eficientes (L = comprimento da coluna) 36 Temperatura da Coluna PRESSÃO DE VAPOR (p0). p0 = f Estrutura química do analito Temperatura da coluna Temperatura da coluna Pressão de vapor Velocidade de migração ANALITO ELUI MAIS RAPIDAMENTE 37 Temperatura da Coluna T E M P E R A T U R A D A C O L U N A 38 Programação Linear de Temperatura Misturas complexas (constituintes com volatilidades muito diferentes) separadas ISOTERMICAMENTE: TCOL BAIXA: TCOL ALTA: 39 Programação Linear de Temperatura A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante a separação: TEMPO T E M P E R A T U R A tINI tFIM TINI TFIM R Parâmetros de uma programação de temperatura: 40 Programação Linear de Temperatura Possíveis problemas associados à PLT: VARIAÇÕES DE VAZÃO DO GÁS DE ARRASTE A viscosidade de um gás aumenta com a temperatura. viscosidade vazão DERIVA (“DRIFT”) NA LINHA DE BASE Devido ao aumento de volatilização de FE líquida 41 42 FASES ESTACIONÁRIAS LÍQUIDOS Depositados sobre a superfície de: só-lidos porosos inertes (colunas empacotadas) ou de tubos finos de materiais inertes (colunas capilares) FE líquida SUPORTE Sólido inerte poroso Tubo capilar de material inerte Para minimizar a perda de FE líquida por volatilização, normalmente ela é: Entrecruzada Quimicamente ligadas 43 FASES ESTACIONÁRIAS SELETIVA Deve interagir diferencialmente com os componentes da amostra. A FE deve ter características tanto quanto possível próximas das dos solutos a serem separados (polar, apolar, aromático ...) FE Seletiva: separação adequada dos constituintes da amostra FE pouco Seletiva: má resolução mesmo com coluna de boa eficiência 44 FASES ESTACIONÁRIAS Substituintes Nomes Comerciais Observações - - SE-30 OV-1 OV-101 SP-2100 mais apolares da série pouco seletivas carborano ? - Dexsil 300GC similar a PDMS estável até > 400oC fenil 5 % - SE-52 SE-54 OV-3 OV-5 OV-73 pouco polar cianopropil 7% fenil 7% OV-1701 SPB-7 CP-Sil 19CB moderadamente polar fenil 50 % - OV-17 SP-2250 HP-50+ SPB-50 moderadamente polar retém aromáticos trifluoropropil 50% - OV-210 QF-1 moderadamente polar retém compostos carbonílicos cianopropil 50% fenil 50% OV-225 SP-2300 CP-Sil 43CB polar retem doadores de elétrons cianopropil 100% - SP-2340 SP-2330 Silar-9 CP altamente polar Diferenças entre FE de composição similar provenientes de fornecedores diferentes: pureza, viscosidade. 45 FASES ESTACIONÁRIAS Famílias de FE Líquidas Separação de pesticidas - FE = 100 % PDMS 1 - TCNB 2 - Dichloram 3 - Lindano 4 - PCNB 5 - Pentacloroanilina 6 - Ronilano 7 - Antor 8 - pp’-DDE 9 - Rovral 10 - Cypermetrin 11 - Decametrin Coluna: CP-Sil 5 (25 m x 0,32 mm x 0,12 m) TCOL:195 oC (6,5 min) / 195 a 275 oC (10 oC min-1) Gás de Arraste: He @ 35 cm min-1 Detector: FID Amostra: 2 L de solução dos pesticidas “on-column” 17 min 46 FASES ESTACIONÁRIAS Famílias de FE Líquidas Separação de piridinas - FE = 100 % CNpropilsilicone 1 - piridina 2 - 2-metilpiridina 3 - 2,6-dimetilpiridina 4 - 2-etilpiridina 5 - 3-metilpiridina 6 - 4-metilpiridina 3 min Coluna: CP-Sil 43CB (10 m x 0,10 mm x 0,2 m) TCOL: 110 oC (isotérmico) Gás de Arraste: N2 at 16 cm min -1 Detector: FID Amostra: 0,1L de solução 1-2% das piridinas em 3-metilpiridina 47 FASES ESTACIONÁRIAS Famílias de FE Líquidas Separação de fenóis - FE = fenilmetilsilicones 50% Ph 50% Me 5% Ph 95% Me 48 FASES ESTACIONÁRIAS FE Quirais Separação de isômeros óticos: FÁRMACOS Em muitos fármacos apenas um dos isômeros óticos têm atividade farmacológica. PRODUTOS BIOLÓGICOS Distinção entre produtos de origem sintética e natural (natural = normalmente substâncias oticamente puras; sintético = muitas vezes são misturas racêmicas). Propriedades físico-químicas de isômeros óticos são MUITO SIMILARES FE convencionais não interagem diferencialmente com isômeros óticos Separação de misturas de isômeros óticos só é possível com FE oticamente ativas = FE Quirais 49 ANÁLISE QUALITATIVA Conceitos Gerais Fontes de Informações Qualitativas RETENÇÃO Uso de dados de retenção de um analito para sua identificação DETECÇÃO Detectores que fornecem informações estruturais sobre as substâncias eluídas Identificação individual das espécies contidas na amostra Determinação da identidade da amostra propriamente dita Aplicações Qualitativas de CG 50 ANÁLISE QUALITATIVA Tempos de Retenção t’R = f Interações analito / FE Pressão de vapor do analito Condições operacionais (TCOL, FC ...) Fixas as condições operacionais, o tempo de retenção ajustado de um analito é uma constante AMOSTRA PADRÃO 51 ANÁLISE QUALITATIVA Tempos de Retenção Identificação por t’R é muito pouco confiável: Dependência com FC e TCOL Variações nestas condições afetam sensivelmente os t’R VARIAÇÃO DE 1% NO t’R DTCOL = 0,1% DFC = 1% Sobrecarga na coluna Aumento excessivo na massa de material eluido deforma o pico cromatográficoe altera o seu tR M A S S A 52 ANÁLISE QUALITATIVA Tempos de Retenção Comparação de t’R usando dopagem (“spiking”) da amostra com o analito suspeito: aumento da confiabilidade de identificação. 53 DETECTORES Definições Gerais Dispositivos que geram um sinal elétrico proporcional à quantidade eluida de um analito ~ 60 detectores já usados em CG ~ 15 equipam cromatógrafos comerciais 4 respondem pela maior parte das aplicações DCT TCD Detector por Condutividade Térmica DIC FID Detector por Ionização em Chama DCE ECD Detector por Captura de Elétrons EM MS Detector Espectrométrico de Massas 54 INSTRUMENTAÇÃO Detectores Mais Importantes: DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD) Supressão de corrente causada pela absorção de elétrons por eluatos altamente eletrofílicos. DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU TCD) Variação da condutividade térmica do gás de arraste. DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID) Íons gerados durante a queima dos eluatos em uma chama de H2 + ar. REGISTRO DE SINAL ANALÓGICO Registradores XY DIGITAL Integradores Computadores 55 DETECTORES Detector por Condutividade Térmica PRINCÍPIO Variação na condutividade térmica do gás quando da eluição de um analito. Cela de Detecção do DCT: 12 3 5 4 i 1 Bloco metálico (aço) 2 Entrada de gás de arraste 3 Saída de gás de arraste 4 Filamento metálico (liga W-Re) aquecido 5 Alimentação de corrente elétrica para aquecimento do filamento 56 DCT: Aplicações Coluna: CP Sil 5CB (50 m x 0,32 mm x 5 µm) Gás de Arraste: He, 3 ml min-1 TCOL: 40 °C Detector: DCT 1 N2 2 CH4 3 CO2 4 n-C2 5 NH3 6 n-C3 7 i-C4 8 n-C4 Separação de Gases e Hidrocarbonetos: 57 Detector por Ionização em Chama O efluente da coluna é misturado com H2 e O2 e queimado. Como numa chama de H2 + O2 não existem íons, ela não conduz corrente elétrica. Quando um composto orgânico elui, ele também é queimado. Como na sua queima são formados íons, a chama passa a conduzir corrente elétrica 58 Detector por Captura de Eletrons Um fluxo contínuo de eletrons lentos é estabelecido entre um anôdo (fonte radioativa b -emissora) e um catodo. Na passagem de uma substância eletrofílica alguns eletrons são absorvidos, resultando uma supressão de corrente elétrica. 59 Características Operacionais do DCE SENSIBILIDADE :QMD = 0,01 pg a 1 pg (organoclorados), 10 fg Lindano (C6H6) -ECD HP-6890 PESTICIDAS 1 tetracloro-m-xileno 2 - BHC 3 Lindano 4 Heptachlor 5 Endosulfan 6 Dieldrin 7 Endrin 8 DDD 9 DDT 10 Metoxychlor 10 decaclorobifenila ~250 fg cada analito 60 DCE: Aplicações Contaminantes em ar atmosférico - detecção paralela DIC + DCE DIC DCE 1, 2, 3 - Hidrocarbonetos aromáticos 4, 5, 6 - Hidrocarbonetos clorados 61 DETECTORES Parâmetros Básicos de Desempenho QUANTIDADE MÍNIMA DETECTÁVEL Massa de um analito que gera um pico com altura igual a três vezes o nível de ruído S IN A L (S ) RUÍDO (N) = 3 S N RUÍDO Qualquer componente do sinal gerado pelo detector que não se origina da amostra Fontes de Ruído Contaminantes nos gases Impurezas acumuladas no detector Aterramento elétrico deficiente 62 DETECTORES Parâmetros Básicos de Desempenho LIMITE DE DETEÇÃO Quantidade de analito que gera um pico com S/N = 3 e wb = 1 unidade de tempo Mesmo detector, nível de ruído e massa de analito MAS diferentes larguras de base: wb QMD = f Detector (sinal gerado, ruído) Largura do pico cromatográfico Definindo limite de detecção como: LD é independente da eficiência do sistema cromatográfico ! [QMD] = massa (ng, pg ...) [LD] = massa / tempo (ng.s-1, pg.s-1 ...) 63 DETECTORES Classificação Detector Tipo Gases Seletividade Faixa Detecção Faixa Dinâmica Ionizaçao de Chama (FID) Fluxo de Massa Hidrogenio e ar Maioria dos compostos organicos. 100 pg 107 Condutividade Térmica TCD Concentração Referencia Universal 1 ng 107 Captura de Eletrons ECD Concentraçao Make-up Haletos, nitratos, nitrilas, peroxidos , anidridos, organometalicos. 50 fg 105 Nitrogenio- fosforo (NPD) Fluxo de Massa Hidrogenio e ar Nitrogenio, fosforos 10 pg 106 Fotometrico de Chama (FPD) Fluxo de Massa Hidrogenio e ar possivelmente oxigenio Sulforados, fosforados, tin, boro, arsenico, germânio, selenio, cromo 100 pg 103 Fotoionizaçao (PID) Concentração Make-up Alifaticos, aromaticos, cetonas, esteres, aldeidos, aminas, heterociclicos, organosulforados, alguns organometalicos 2 pg 107 Condutividade Eletrolitica (HECD) Fluxo de Massa Hidrogenio , oxygenio Haletos, nitrogenados, nitrosaminas, sulforados 64 ANÁLISE QUALITATIVA Métodos de Detecção Qualitativos Cromatografia Gasosa com Deteção Espectrométrica por Absorção no Infra-Vermelho (CG-EIV) Cromatografia Gasosa com Deteção Espectrométrica de Massas (CG-EM) Cromatografia Gasosa com Deteção Espectrométrica por Emissão Atômica (CG-EA) Identificação muito confiável quando combinados a técnicas de identificação baseadas em retenção 65 ANÁLISE QUALITATIVA Espectrometria de Massas 1 Moléculas da amostra são bombardeadas por elétrons (electron impact = EI) ou íons (chemical ionization = CI): ABCDE + e- ABCDE .+ + 2 e- 2 O íon formado se fragmenta: ABCDE .+ AB. + CDE+ ABCDE .+ AB+ + CDE. ABCDE .+ A+ + BCDE. 3 Os fragmentos iônicos formados são separados magneticamente de acordo com suas massas moleculares e contados: A B U N D Â N C IA MASSA / CARGA 66 ANÁLISE QUALITATIVA Espectrômetro de Massas 1 2 3 4 1 Câmara de Ionização Eletrons gerados por um filamento aquecido bombardeam a amostra. Os fragmentos ionizados (carga +1) são repelidos pelo eletrodo positivo e conduzidos ao separador magnético. 2 Saída de Vácuo Todo o interior do EM deve estar sob alto vácuo (natm). 3 Separador Magnético A ação do campo magnético deixa apenas íons com determinada razão Massa / Carga atravessar esta área do equipamento. 4 Detector Uma válvula fotomultiplicadora ou um fotodiodo gera um sinal elétrico proporcional ao número de íons que incide sobre o elemento. 67 ANÁLISE QUALITATIVA Espectro de Massas m/Z = 118 m/Z = 80 m/Z = 79 - CO - (CO + H) m/Z = 90 20 40 60 80 100 1200 m / Z 68 ANÁLISE QUALITATIVA CG-EM: TIC x SIM Aroma de polpa industrializada de cajá após extração por SPME TIC Aparecem os picos correspondentes a todas substâncias eluídas SIM (m/z = 149) Cromatograma construido a partir dos mesmos dados acima, mas apenas usando fragementos com massa = 149 (ftalatos: plastificante) 69 DETECTORES CG Sensibilidade e Faixa de resposta 70 71
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