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Classificação das bactérias
Definições 
Fazem parte da taxonomia bacteriana: a classificação, a nomenclatura e a identificação dos mais variados tipos de bactérias.
A classificação baseia-se em semelhanças ou relações entre propriedades bioquímicas, fisiológicas, genéticas e morfológicas, exigindo conhecimentos de técnicas experimentais e observacionais.
A nomenclatura é baseada em regras internacionais e a identificação se dá através do isolamento e uso prático de um esquema de classificação.
Critérios 
Incluem propriedades como: forma das células; presença ou ausência de estruturas especializadas, como esporos ou flagelos; natureza das superfícies celulares (Coloração de Gram); produção de pigmentos característicos; complemento de enzimas extracelulares; presença de enzima respiratória (citocromo C); funções metabólicas características; sensibilidade a antibióticos; entre outros.
Todas estas propriedades são determinadas direta ou indiretamente pelos genes dos microorganismos examinados.
No entanto, a instabilidade genética pode fazer com que algumas características se tornem amplamente variáveis dentro de um grupo biológico ou linhagem celular, por exemplo: resistência a antibióticos transportada por plasmídeos.
Identificação e Sistemas de Classificação
Chaves 
Organizam traços bacterianos de modo a permitir uma identificação eficiente de microorganismos. Os grupos são divididos em subgrupos menores, baseando-se na presença (+) ou ausência (-) de determinada característica diagnóstica.
O processo é continuado até alcançar o menor subgrupo definido que contém o microorganismo analisado.
Em uma etapa inicial, os microorganismos podem ser classificados em subgrupos, baseando-se em características que não refletem nenhuma inter-relação genética. 
Taxonomia Numérica
 	É também denominada taxometria e utiliza grande número (100 ou mais) de características não-ponderadas e taxonomicamente úteis. 
Diferentes cepas são reunidas em determinados níveis selecionados de semelhança global, baseando-se na freqüência com que tais cepas compartilham determinadas características.
Fornecem freqüências percentuais positivas dentro de um grupamento e base para elaboração de uma matriz de freqüência para a identificação de cepas desconhecidas em relação aos taxos definidos.
Classificações Filogenéticas
 Medida da divergência genética de diferentes divisões biológicas (filos).
A espécie bacteriana é um grupo distinto de microorganismos, que exibem certas características diferenciais e, em geral, possuem estrita semelhança entre si no que concerne às características mais essenciais de organização.
Um grupo de microorganismos pode ser subdividido em biotipos, enquanto espécies podem ser reunidas em gêneros ou em um agrupamento mais amplo, as famílias. 
Exemplo: Família - Enterobacteriaceae / Gênero - Escherichia / Espécie – coli.
As propriedades químicas do DNA de diferentes microorganismos podem fornecer dados sobre sua relação genética.
Entre as bactérias, há considerável diversidade genética e a caracterização química de seu DNA revelou uma ampla variedade de composição de bases de nucleotídeos quando se compara o DNA de diferentes fontes bacterianas.
Desta forma, a determinação da sequência de DNA tornou-se um procedimento de rotina no laboratório e a sua comparação em genes divergentes pode fornecer uma medida de sua relação.
Manual de Bergey de Bacteriologia Sistemática
Publicação que auxilia a identificação das bactérias que têm sido descritas e cultivadas. Classifica as bactérias conhecidas e torna as informações acessíveis na forma de chaves. 
Descrição das Principais Categorias ou Grupos de Bactérias
Os procariotos são divididos em eubactérias e arqueobactérias.
As arqueobactérias não possuem peptideoglicano, vivem em condições adversas (ex: altas temperaturas, pH baixo ou elevado teor de sal) e efetuam reações metabólicas pouco comuns, como a formação de metano.
Já as eubactérias são subdivididas baseando-se nas características da parede celular.
Assim, as quatro categorias principais de bactérias são: Eubactérias Gram-positivas com parede celular; Eubactérias Gram-negativas com parede celular; Eubactérias sem parede celular e Arqueobactérias.
1) Eubactérias Gram-negativas dotadas de Parede Celular:
Apresentam envoltório celular complexo, constituído de uma membrana externa, uma camada interna delgada de peptideoglicano (com ácido murâmico) e membrana citoplasmática.
Podem ter forma esférica, oval, em bastonete reto ou curvo, helicoidal ou filamentosa; apresentar bainha ou serem encapsuladas.
A motilidade pode estar presente ou não e é realizada através de flagelos ou por deslizamento. Sua reprodução é por divisão binária, porém alguns grupos se reproduzem por brotamento.
Podem formar estruturas frutíferas e mixosporos.
Podem fazer parte deste grupo: bactérias ototrópicas ou não-fototrópicas, incluindo espécies aeróbias, anaeróbias, anaeróbias facultativas e microaerófilas. 
2) Eubactérias Gram-positivas dotadas de Parede Celular:
Podem ser esféricas, em forma de bastonete ou filamentos, estes podendo ou não ser ramificados. Sua reprodução é através de divisão binária e algumas podem produzir esporos como forma de vida latente (endosporos ou esporos em hifas).
Geralmente são heterotróficos quimiossintéticos e incluem espécies aeróbias, anaeróbias e anaeróbias facultativas. Incluem bactérias asporogênicas e esporogênicas simples, bem como os actinomicetos.
3) Eubactérias carentes de Parede Celular:
Compreendem os Micoplasmas, que não possuem parede celular, não sintetizam os precursores do peptideoglicano e são delimitados por uma membrana plasmática. 
	Assemelham-se às formas L eubacterianas, nunca podendo, no entanto, reverter ao estado com parede celular.
São altamente pleomórficos e seu tamanho varia desde formas vesiculares a formas filtráveis muito pequenas.
Sua reprodução é por brotamento, fragmentação ou divisão binária, isoladamente ou em combinação. Forma colônias em aspecto de "ovo frito" em meio sólido. Podem necessitar de colesterol para seu crescimento (ex: Mollicutes).
4) Arqueobactérias:
São microorganismos procarióticos residentes em ambientes terrestres e aquáticos em condições adversas ou simbiontes do trato digestivo de animais.
Têm formas esféricas, espiraladas, em placa ou bastonete; uni ou multicelulares. Podem ser aeróbios, aneróbios e anaeróbios facultativos, que são quimiolitotróficos, heterotróficos ou heterotróficos facultativos. Podem ser mesofílicos, isto é, capazes de crescer em temperaturas acima de 100o C.
Sua multiplicação é por divisão binária, brotamento, constrição, fragmentação ou através de mecanismos desconhecidos. Apresentam sequências características de RNA ribossômico. 
Subtipagem e sua Aplicação
Distingue as cepas de determinada espécie ou identifica uma amostra em partícular. É efetuada através de biotipagem, sorotipagem, teste de susceptibilidade a antimicrobianos, fagotipagem e tipagem de bacteriocina.
Requer o exame de bactérias isoladas na procura de características que possam estabelecer uma discriminação abaixo do nível de espécie.
Desempenha importante papel na identificação de microorganismos infecciosos clonais, que são geneticamente idênticos.
A capacidade de subtipar os micoorganismos vêm aumentando com os avanços e progressos na biotecnologia, através da tecnologia do hibridoma, métodos de tipagem molecular baseados na caracterização física de moléculas produzidas pelas bactérias e métodos baseados em lipopolissacarídeos, em proteínas e em ácido nucleico.
Outros métodos utilizados para subtipagem são: eletroforese de enzimas 'multilocal', eletroforese SDS-PAGE, sistemas baseados em ácidos nucleicos - análise do perfil de plasmídeos, análise da endonuclease de restrição, ribotipagem, eletroforese em gel de campo de pulsos, amplificação com PCR e digestão de genes específicos com endonuclease de restrição, PCR arbitrariamente preparada com análise seqüencial de ácidosnucléicos e Southern Blot.
Através destes diferentes métodos, um patógeno pode ser rapidamente tipado para fins epidemiológicos ou outras finalidades, a partir de amostras clínicas sem a necessidade de cultura.
Resumo:
É de extrema importância a classificação correta e completa de um microorganismo, pois através desta, pode-se determinar suas características, funções, possíveis repercussões, terapêutica e prognóstico, quando envolvidos em casos clínicos. A taxonomia bacteriana baseia-se em classificação, nomenclatura e identificação.
A classificação das bactérias é baseada em aspectos morfofuncionais, bioquímicos, fisiológicos e genéticos e pode ser realizada e demonstrada por diferentes sistemas, tais como: Chaves, Taxonomia Numérica, Classificações Filogenéticas e pelo Manual de Bergey de Bacteriologia Sistemática.
Cepas de determinada espécie também podem ser distinguidas pelos mais diversos e modernos métodos de subtipagem, que permitem a classificação bacteriana abaixo do nível de espécie.
As principais categorias ou grupos de bactérias englobam: as eubactérias dotadas de parede celular, que podem ser Gram + ou - ; as eubactérias que carecem de parede celular e as arqueobactérias.
Dentro destas quatro categorias principais há subdivisões referentes às mais diversas características, que conferem uma enorme variabilidade de microorganismos. 
Fonte: Med Students Online

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