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metodologia cientifica unidade 4

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Daisy Libório e Lucimara Terra
Metodologia
científica
Sumário
03
CAPÍTULO 4 - Apresentação dos resultados científicos .......................................................05
Introdução ....................................................................................................................05
4.1 Tipos de apresentação dos dados de pesquisa .............................................................05
4.1.1 Forma de apresentação dos dados em um trabalho científico ..............................05
4.1.2 Tabelas ..........................................................................................................06
4.1.3 Gráficos .........................................................................................................07
4.2 Definir os modos de interpretação dos resultados ........................................................10
4.2.1 Análise dos dados coletados ............................................................................11
4.2.2 Interpretação dos resultados .............................................................................12
4.3 Compreender os modos de apresentação dos resultados ..............................................13
4.3.1 Compreendendo as abordagens .......................................................................13
4.4 Definir os processos de redação e divulgação dos resultados ........................................14
4.4.1 Divulgação dos resultados ................................................................................14
4.4.2 Formatação e redação .....................................................................................16
4.4.3 Regras gerais do material visual para a divulgação dos resultados ........................18
Síntese ..........................................................................................................................20
Referências Bibliográficas ................................................................................................21
Capítulo 4
05
Introdução
Você já parou para pensar por que é importante fazer uma boa apresentação de trabalho aca-
dêmico? Pois uma boa apresentação é o reflexo de um estudo cuidadosamente planejado e 
devidamente executado pelo estudante. 
E para facilitar a exposição dos dados e a compreensão do leitor, o que uma boa pesquisa deve 
conter? Primeiro de tudo, uma correta formatação, aliada a recursos visuais durante o desenvol-
vimento do conteúdo, tais como: tabelas, gráficos e figuras.
Mas vale ressaltar que, por exemplo, existe um jeito certo para apresentar tabelas e gráficos ao 
longo de seu projeto. Inclusive, é necessário seguir algumas regras de apresentação na hora de 
elaborar uma pesquisa científica. 
Afinal, por que existem essas regras? Porque seu trabalho precisa ser considerado relevante e 
consistente, bem como ter um aspecto formal e apresentável, pois só assim demonstrará toda a 
sua organização para aqueles que avaliarão você.
Para entender bem essas regras, dedique-se bastante ao estudo deste conteúdo a fim de de-
senvolver mais essa competência profissional e acadêmica tão essencial nos dias de hoje. Este 
capítulo guiará você de forma simples e prática para fazer uma boa apresentação de seu futuro 
trabalho acadêmico.
Preparado para começar? Então vamos lá!
E acompanhe-nos!
4.1 Tipos de apresentação dos dados de 
pesquisa 
É chegada a hora de fazer a apresentação dos dados do seu trabalho acadêmico. O que fazer? 
Por onde começar? Inicialmente, você precisa planejar a apresentação dos dados. Mas, para 
isso, é preciso que você conheça a natureza e os tipos de dados a serem apresentados, bem 
como as afirmações contidas neles.
4.1.1 Forma de apresentação dos dados em um trabalho científico
Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 214), “os dados serão apresentados de acordo com sua 
análise estatística, incorporando no texto apenas as tabelas, os quadros, os gráficos e outras 
ilustrações estritamente necessárias à compreensão do texto”. Então, no caso de sua pesquisa 
utilizar questionário, você pode descrever os dados obtidos conforme o exemplo a seguir.
Apresentação dos 
resultados científicos
06 Laureate- International Universities
Metodologia científica
Frequência Absoluta Relativa
Valorização da empresa 19 21%
Benefícios 31 34%
Imagem da empresa 
no mercado
14 16%
Estabilidade 7 8%
Tabela 1 – Exemplo de tabela de frequência.
Fonte: Elaborada pela autora, 2015.
Porém, verifique sempre qual recurso visual poderá ser usado para demonstrar as evidências a 
que se chegou por meio da pesquisa. Afinal, todos os dados pertinentes devem ser apresentados, 
mesmo se algum resultado for inconclusivo.
Figura 1 – Apresentação dos dados.
Fonte: Shutterstock, 2015.
4.1.2 Tabelas
Você sabia que a tabela possibilita que o pesquisador transmita informações de forma objetiva, 
facilitando, assim, o entendimento do leitor? Na NBR 14724 (2011, p. 4), a norma da ABNT 
para apresentação de trabalhos acadêmicos, a tabela é definida como “forma não discursiva de 
apresentar informações das quais o dado numérico se destaca como informação central”. Mais 
adiante, na NBR 14724 (2011, p. 11), podemos verificar que as tabelas “devem ser citadas no 
texto, inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem [...]”.
Mas quais são os elementos básicos que compõem uma tabela? Uma tabela deve ser composta 
com os seguintes elementos:
•	 número da tabela;
•	 título da tabela;
07
•	 coluna indicatória;
•	 cabeçalho;
•	 campos da tabela;
•	 rodapé.
Perceba, de modo visual, os elementos que compõem uma tabela:
Tabela (nº)
Título (deve ser o mais completo possível)
Coluna	indicatória:	indica	o	que	mostra	cada	linha,	
pode	aparecer	mais	de	uma	vez
Cabeçalho: indica o que mostra 
em cada coluna
Campo da tabela: é o cruzamento das linhas 
e colunas.
Rodapé: indica a ordem dos dados e esclarece as dúvidas.
Fonte: indica o autor direto da tabela, de onde foram extraídas 
as informações para a tabela.
Nota: é utilizada para comentar o dado informado.
Figura 2 – Modelo de tabela.
Fonte: Elaborada pela autora, baseado em Filho e Santos, 2010.
Para saber mais sobre como elaborar tabelas em trabalhos acadêmicos, leia Normas 
de apresentação tabular, uma obra produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE), que pode ser acessada pelo link: <http://biblioteca.ibge.gov.br/
visualizacao/livros/liv23907.pdf >. Das páginas 41 a 60 desse livro, confira vários 
exemplos de tabelas para você se inspirar!
NÃO DEIXE DE LER...
4.1.3 Gráficos
Será que é muito comum a utilização de gráficos em trabalhos acadêmicos? Sim! Até porque eles 
têm o objetivo de apontar as informações em evidência, permitindo que o pesquisador transmita 
a informação com maior clareza, além de proporcionar ao leitor uma visualização mais rápida 
dos dados apresentados (SANTOS; FILHO, 2000).
No entanto, você deve ficar atento a algumas regras básicas. Por exemplo, o gráfico deve ser 
autoexplicativo e de fácil compreensão. Além disso, ele precisa atender a três requisitos: simpli-
cidade, clareza e veracidade.
08 Laureate- International Universities
Metodologia científica
Segundo as normas do IBGE (1993), os gráficos apresentam:
•	 Título: deve ser colocado acima do gráfico, seguindo as mesmas regras para elaboração 
de tabelas. 
•	 Escala: deve crescer da esquerda para a direita e de baixo para cima, seguindo os 
princípios dos eixos cartesianos.
Além desses componentes, recomenda-se a inserção de fontes de coletas de dados, seguindo a 
mesma orientação de tabelas. Inclusive, Santos e Filho (2000, p. 113) afirmam ainda que “deve-
-se adotar números e títulos” para cada gráfico.
Mas vale ressaltar que existem vários tipos de gráficos, além de uma inúmeravariação de pro-
gramas de computadores que permitem diferentes apresentações desse recurso visual. Entre os 
tipos mais usados estão:
•	 gráfico curvas ou linear: mostra uma variação de dados em que sua construção 
é ordenada de forma abcissa, ou seja, coordenada. Aliás, esse tipo de gráfico pode 
informar mais de um elemento em um mesmo quadrante. Veja o exemplo a seguir.
Intenção de voto
Resposta estimulada e única, em % Margem de
erro de 3
Pontos
25%
Russomano
(PB)
23%
Serra (PSDB)
19%
Haddad (PT)
11%
Chalita
(PMDB)
4%
Soninha
(PPS)
30
21
8
6
13 e
14 jun
15 e
16 jun
19 e
20 jun
20 Ago 28 e
29 ago
1 e
4 set
10 e
11 set
18 e
19 set
26 e
27 set
2 e
3 out
6 6
7
8
14
16 17
15
18
9
8877
6
5 4
5 5
4 4
24
26
22
27
21 20
21
22
31
30
31 31
32
35 35
30
Gráfico 1 – Modelo de gráfico de curvas ou linear.
Fonte: DataFolha, 2010.
•	 gráfico em barras: por meio de retângulos (na horizontal), mostra os valores obtidos 
de forma proporcional. Pode, inclusive, informar mais de um elemento em um mesmo 
gráfico. Visualize a seguir.
09
Teste do Consumo Consciente
São Paulo
Aceitaram
Rejeitaram ou não
responderam
Não responderam
Rejeitaram
Recife
Florianópolis
Brasília
Rio de Janeiro
0% 20% 40% 60% 80%
Gráfico 2 – Modelo de gráfico em barras.
Fonte: DataFolha, 2010.
•	 gráfico de colunas: semelhante ao gráfico em barras, com a diferença de que os 
retângulos estão na vertical, esse tipo de gráfico também demonstra os valores obtidos 
de maneira proporcional. Aliás, pode haver mais de um dado na mesma representação 
gráfica, como mostra o exemplo a seguir.
Frutas Preferidas
F
r
u
t
a
s
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Meninas Meninos
Pêra
Uva
Laranja
Gráfico 3 – Modelo de gráfico de colunas.
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
10 Laureate- International Universities
Metodologia científica
•	 gráfico de setores ou pizza: identifica percentuais obtidos por meio de pesquisa, 
entrevistas ou questionários. É representado por uma circunferência, a qual totaliza 100% 
(cem por cento). Por isso, geralmente, é utilizado para apontar a distribuição percentual 
de uma população, de uma amostra ou de alguns fatores. Contudo, só pode mostrar 
uma informação por vez, ou seja, cada gráfico de pizza trará apenas valores de um 
determinado dado. Para entender melhor, confira o modelo a seguir.
Gráfico 4 – Modelo de gráfico de pizza. 
Fonte: Tiobe, 2012.
Para saber mais sobre os tipos de gráficos, acesse o site do Microsoft Office Excel e 
conheça os tipos de gráficos que você pode utilizar em seu trabalho: <https://support.
office.com/pt-br/article/Tipos-de-gr%C3%A1ficos-dispon%C3%ADveis-a6187218-
807e-4103-9e0a-27cdb19afb90?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR#bmpiechartsbr/ar-
ticle/Tipos-de-gr%C3%A1ficos-dispon%C3%ADveis-a6187218-807e-4103-9e0a-
27cdb19afb90?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR#bmpiecharts>.
NÃO DEIXE DE LER...
4.2 Definir os modos de interpretação dos 
resultados
Do projeto de pesquisa até o resultado da investigação, você precisa ter em mente que há um 
caminho cuidadoso para percorrer ao produzir um trabalho acadêmico. Por exemplo, interpretar 
os dados obtidos. Você já parou para pensar como deve interpretar esses dados na sua pesquisa?
Vale lembrar que uma boa interpretação dos dados de sua pesquisa é o primeiro passo para que 
suas considerações sejam avaliadas com relevância e importância. Então, vamos aprender como 
interpretar corretamente? 
Siga em frente. E vamos lá!
11
4.2.1 Análise dos dados coletados
Antes de iniciar a interpretação dos resultados, reflita: o que é necessário fazer? Primeiro de tudo, 
é de extrema importância fazer a leitura informativa dos dados coletados. Afinal, este é um dos 
requisitos para o sucesso do seu trabalho. 
Mas você sabe o motivo disso? O motivo é bem simples: por meio da leitura informativa, você 
coletará os principais dados e/ou informações que serão utilizados no trabalho, com o fim de 
responder a questões específicas (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007). 
Figura 3 – Momento de leitura.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Normalmente, os dados obtidos são armazenados em fichas de coleta de dados, certo? Então, o 
armazenamento dos dados apresenta dois pontos críticos: a fidelidade da informação e a perda 
de dados. No entanto, eles podem ser minimizados. Quer saber como? Acompanhe-nos!
Conforme Pinheiro (2010, p. 73), “a fidelidade da informação pode ser controlada pela confe-
rência das informações discordantes e o cuidado com digitações redundantes”. Já a perda de 
dados pode ser sanada com a realização de cópias de segurança ao final de cada sessão de 
trabalho.
Mas atenção: a coleta e a análise dos dados exigem do pesquisador a realização de uma pré-
-leitura, de uma leitura crítica (ou reflexiva) e uma leitura interpretativa das informações coleta-
das. Esse procedimento vai servir de base para organizar os dados a serem apresentados.
Após essa etapa, o passo seguinte é fazer a análise e a interpretação dos dados. Observe que 
esses dois processos, apesar de estarem conceitualmente separados na metodologia, estão in-
trinsecamente relacionados: 
A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o 
fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem 
como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua 
ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos (GIL, 1999, p. 168).
12 Laureate- International Universities
Metodologia científica
NÃO DEIXE DE VER...
O filme Nós que aqui estamos por vós esperamos, de Marcelo Masagão, mostra a ba-
nalização da morte e, por consequência, da vida, por meio de recortes bibliográficos 
reais e ficcionais. Essa obra brasileira de 1998 retrata o antagonismo de vida e morte 
do século XX, a partir da Primeira Guerra Mundial. Este é um excelente exemplo de 
pesquisa histórica para entender a importância de uma boa coleta de dados, com o 
objetivo de reforçar um tema, um pensamento ou um conceito.
4.2.2 Interpretação dos resultados
Como relacionar os objetivos de um projeto, o seu tema e os dados coletados? Geralmente, a 
interpretação dos resultados fará essa correlação. Até porque, por meio dela, é apresentado o 
verdadeiro significado dos dados coletados em relação aos objetivos traçados, que devem estar 
alinhados ao tema da pesquisa.
Para reforçar esse entendimento, Richardson (1999, p. 256), afirma que “o pesquisador deve 
interpretar, sintetizar a informação recopilada, determinar tendências e generalizar seus significa-
dos”. Em outras palavras, a interpretação tem relação direta com os dados empíricos e a teoria. 
Por isso, recomenda-se um equilíbrio entre seu estudo teórico e os dados obtidos em uma coleta, 
a fim de que os resultados da pesquisa sejam mais reais e significativos.
Figura 4 – Interpretando os resultados.
Fonte: Shutterstock, 2015.
13
Lakatos e Marconi (1992, p. 231) ressaltam que, quando os “dados forem irrelevantes, inconclu-
sivos ou insuficientes, não se pode nem confirmar e nem refutar uma hipótese. Caso isso acon-
teça, tal fato deve ser apontado, não só sob a análise estatística, mas também correlacionando 
com a hipótese anunciada na pesquisa”.
Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 214-215), é necessário assinalar em uma pesquisa:
•	 as discrepâncias entre os fatos obtidos e os previstos nas hipóteses;
•	 a comprovação ou a refutação da hipótese, ou ainda a impossibilidade de realizá-la;
•	 a especificação da maneira pela qual foi feita a validação das hipóteses no que concerne 
aos dados;
•	 o valor da generalização dos resultados para um universo, no que se refere aos objetivos 
determinados;•	 as maneiras pelas quais se pode maximizar o grau de verdade das generalizações;
•	 a medida que a convalidação empírica permite atingir o estágio enunciado de leis;
•	 a forma como as provas obtidas mantêm a sustentabilidade da teoria e como elas 
determinam sua limitação ou até sua rejeição.
4.3 Compreender os modos de apresentação 
dos resultados
Para compreender os modos de apresentação dos resultados de sua pesquisa, é importante que 
você conheça qual é a abordagem do seu trabalho. Você sabe quais elementos/características 
são utilizados para justificar uma abordagem denominada de quantitativa, qualitativa ou mista? 
Não? Então acompanhe, e bons estudos!
4.3.1 Compreendendo as abordagens
Para que você tenha uma boa interpretação de dados, é necessário ter clareza quanto à aborda-
gem de sua pesquisa: se esta é quantitativa, qualitativa ou ambas.
Figura 5 – Tipos de pesquisa.
Fonte: Elaborada pela autora, 2015.
14 Laureate- International Universities
Metodologia científica
A abordagem quantitativa busca exprimir as relações de dependência entre variáveis para tratar 
os fenômenos. Além disso, procura identificar os elementos constituintes do objeto estudado, es-
tabelecendo a estrutura e a evolução das relações entre os elementos. Seus dados são métricos, 
sendo assim, para interpretá-los, você deve lembrar que:
•	 a representatividade é numérica; 
•	 a medição é objetiva; e
•	 a quantificação dos dados e a generalização dos resultados.
A abordagem quantitativa tem como objetivo generalizar os dados a respeito de uma população 
estudando uma pequena parcela ou a população inteira do objeto da pesquisa. 
Já a pesquisa com abordagem qualitativa é um estudo não estatístico, que busca identificar e 
analisar em profundidade dados de difícil mensuração. Entre eles, podemos citar sentimentos, 
sensações, motivações e comportamento dos indivíduos. Proporciona compreensão em profun-
didade do contexto do problema, em que busca entender o indivíduo na forma como ele age. 
Sendo assim, a pesquisa: 
•	 não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da 
compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.;
•	 busca explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantifica 
os valores nem se submete à prova de fatos, pois os dados analisados são não métricos.
4.4 Definir os processos de redação e divulgação 
dos resultados
Você já pensou em como divulgar os resultados de sua pesquisa? Uma boa apresentação de um 
trabalho acadêmico é o reflexo de um estudo cuidadosamente planejado e devidamente executa-
do. Por isso, você precisa compreender como conduzir uma apresentação para socialização dos 
conhecimentos aprendidos durante o desenvolvimento de sua pesquisa. 
Portanto, é muito importante se ater à redação final. Ou seja, você deve levar em conta a lin-
guagem que está utilizando, inclusive questões relativas à formação e ao modo de apresentação 
para trabalhos científicos. 
Para compreender melhor essas regras, a seguir, vamos ver como funciona isso em detalhes. 
Acompanhe-nos!
4.4.1 Divulgação dos resultados
Chegou o momento de fazer a divulgação dos resultados de sua pesquisa. Mas você tem dúvidas 
de como fazer e por onde começar. Para ajudá-lo nessa trajetória, incialmente, planeje sua apre-
sentação. Mas como planejar? Prepare um bom resumo, crie um material visual para auxiliá-lo 
e depois treine sua apresentação. 
Lembre-se: um bom resumo deve ser elaborado com antecedência. Por isso, não deixe para 
elaborá-lo no dia ou na noite anterior a sua apresentação. O resumo deve conter as ideias e os 
argumentos principais de seu trabalho. E não se esqueça de considerar o tempo, o objetivo e o 
público que assistirá à apresentação.
15
Uma vez que o resumo está elaborado e suas anotações estão feitas, você precisa preparar o 
material visual. Verifique sempre qual recurso poderá ser usado no local destinado, a fim de que 
não corra o risco de haver incompatibilidade de softwares e, em consequência, frustre a projeção 
de sua apresentação. 
No material visual, você pode apresentar:
•	 o tema, o(s) autor(es), a instituição e a data;
•	 os objetivos geral e específicos e a relevância/importância do problema pesquisado; 
•	 a metodologia empregada no desenvolvimento da pesquisa;
•	 os principais fundamentos teóricos descritos no corpo do trabalho;
•	 as conclusões ou as considerações finais. 
Muitos autores atuais, como Blikstein (2012), sugerem que os acadêmicos elaborem mapas men-
tais para auxiliar na organização do pensamento e na condução da apresentação. Além disso, 
os mapas mentais proporcionam ao apresentador segurança, clareza e objetividade, além de 
manter o foco da apresentação e possibilitar eventuais argumentações com tranquilidade.
Você sabe o que é mapa mental? Mapa mental nada mais é que um tipo de diagrama, 
ou seja, uma técnica que permite que o autor elabore um roteiro para orientar a apre-
sentação dos assuntos de forma ordenada e lógica.
NÓS QUEREMOS SABER!
Figura 6 – Mapa mental.
Fonte: Shutterstock, 2015.
16 Laureate- International Universities
Metodologia científica
CASO
No fim do semestre, os alunos sofrem uma grande pressão para a defesa do TCC. Em um cur-
so de Ciências Sociais Aplicada, um aluno estava muito nervoso para a sua apresentação. No 
momento de explanar sobre os objetivos do trabalho, ele simplesmente se calou, não conseguia 
falar nada, passou mal e teve que ser socorrido por uma equipe médica. Esse fato ocorreu devido 
ao grande nervosismo do aluno em falar em público, aliado à pressão da apresentação. Os pro-
fessores alertam que é muito importante os alunos participarem das apresentações de trabalho 
em sala de aula ao longo do curso, pois essa prática faz com que eles se acostumem a falar em 
público, fazendo das pequenas apresentações em sala um laboratório de aprendizagem e prática 
de oratória e estruturação de uma apresentação. O aluno desse caso teve direito a uma nova 
data de apresentação. E com ajuda de um especialista, conseguiu superar suas limitações para 
fazer sua apresentação e conseguir o título de bacharel.
Polito (2001) afirma que existem três motivos para o medo de falar em público. Vamos ver quais 
são? Eles são:
•	 a falta de conhecimento sobre o assunto; 
•	 a falta de prática no uso da palavra em público; e 
•	 a falta de autoconhecimento.
Para controlar esse medo, você pode utilizar fichas de anotações (1/4 de uma folha A4 em papel 
cartão) para escrever seu roteiro, as palavras-chave e os ganchos entre um assunto e outro. Além 
disso, a introdução e a conclusão também devem figurar nesse documento. Isso dará segurança 
a você – e não é esteticamente inadequado.
Uma dica: ao escrever sua apresentação, dê atenção especial à introdução e à conclusão, por-
que normalmente esses momentos tendem a sofrer mais com as questões emocionais a que o 
orador está sujeito. 
Faustão e Fátima Bernardes, apresentadores de televisão, utilizam as ficha de anotação 
em todos os seus programas para auxiliar a apresentação.
VOCÊ O CONHECE?
4.4.2 Formatação e redação
Na redação final do trabalho, o aluno deve ficar atento ao estilo de linguagem utilizado no tra-
balho, buscando sempre a uniformidade. Isto é, a linguagem precisa ser: 
•	 própria;
•	 clara;
•	 precisa;
•	 imparcial;
17
•	 coerente;
•	 impessoal;
•	 objetiva; e 
•	 coesa.
Segundo Condurú e Pereira (2010), a apresentação deve conter a seguinte estruturação:
•	 título;
•	 introdução;
•	 objetivos;
•	 desenvolvimento;
•	 resultados; e 
•	 conclusão.
Quanto à formatação do material visual, os mesmos autores indicam que você deve respeitar o 
limite de 1 cm para as margens e nunca usar fonte menor de 18. Preferencialmente, utilizar fonteArial, 24 a 36 para o corpo do texto e 40 a 70 para os títulos. 
Calcule sempre uma média de 1 minuto por slide. Além disso, é recomendado usar cores com 
contraste adequado, entre o fundo e o texto. Se necessário, use negrito para aumentar o con-
traste.
Figura 7 – Modelo de slide.
Fonte: Elaborada pela autora, 2015.
18 Laureate- International Universities
Metodologia científica
18 Laureate- International Universities
4.4.3 Regras gerais do material visual para a divulgação dos resultados
A primeira coisa que você precisa saber, antes de elaborar o material visual, é o tempo disponí-
vel para realizar sua apresentação. Sabendo com antecedência isso, calcule um ou, no máximo, 
dois slides por minuto. Lembre-se de que os slides devem ser claros, objetivos e sem poluição 
visual. Por isso, recomenda-se que cada slide não tenha mais do que sete linhas e mais de sete 
palavras por linha. 
Quando apresentar dados no material visual, procure usar gráficos claros e objetivos. Inclusive, 
é essencial treinar a apresentação com os slides prontos, a fim de ter noção do tempo que leva-
rá para realizá-la. Mas tenha muito cuidado para ocupar o tempo disponível – nem mais, nem 
menos.
Para que você tenha uma ideia do tempo que levará para realizar sua apresentação, treine 
sozinho e, de preferência, na frente do espelho, gravando-se. Essa técnica permite que você 
identifique cacoetes e posturas inadequadas. Inclusive, ajudará você a perceber como está sua 
fluência verbal. 
Figura 8 – Treinamento de apresentação.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Após treinar sozinho, simule sua apresentação com outras pessoas. Além de receber um feedback 
sobre como você conduziu sua apresentação, você conseguirá controlar o tempo e seu estado 
emocional.
Você já realizou a pesquisa e estudou com afinco o seu tema? Está preparado tecni-
camente para falar sobre o seu trabalho? Lembre-se: o que você sabe e pesquisou é 
propriedade sua, ou seja, você precisará utilizar esses conhecimentos para convencer os 
outros. A apresentação de um trabalho de conclusão de curso nada mais é do que “ven-
der o seu peixe”. Se a sua banca não comprar a sua pesquisa, então é porque ela não 
estava adequada. Se você conseguiu vendê-la, logo, ela estava correta. Pense nisso!
NÓS QUEREMOS SABER!
1919
Agora você está preparado tecnicamente. O que pode dar de errado? Talvez falte na hora um 
equilíbrio emocional. Mas, para sanar esse problema, chegue cedo ao local da apresentação, 
teste os equipamentos e o material visual ou outro recurso que estiver disponível. 
Todo orador, do mais ao menos experiente, sempre sente um “frio na barriga” ao se dirigir para 
o local da apresentação (POLITO, 2011). O que diferencia um do outro é a capacidade de con-
trolar suas emoções. 
Para isso, ao ser chamado para apresentar seu trabalho, levante-se firme e demonstre segurança 
por meio de uma postura altiva e simpática. Olhe em silêncio por alguns instantes para sua pla-
teia, respire calmamente e cumprimente a todos, sem delongas.
Outro aspecto que merece atenção é a sua linguagem corporal. Por isso, fique atento para: 
•	 sua vestimenta, que deve ser elegante, porém simples, limpa e bem passada; 
•	 adornos demasiados ou possíveis “muletas”, como canetas, relógios, chaves, etc.; 
•	 os cabelos, que devem estar alinhados; 
•	 maquiagem e roupas, que devem ser discretas e sóbrias (para as mulheres); 
•	 sua postura corporal, que deve ser ereta e segura; 
•	 os movimentos acima da cabeça e abaixo da linha da cintura, que prejudicam a sua 
apresentação; 
•	 manter os pés firmes no chão e separados em, aproximadamente, 20 cm um do outro; 
•	 os braços e pernas cruzados, ou para as mãos no bolso, a não ser por breves períodos de 
tempo e de forma natural; 
•	 movimentos exagerados de braços e pernas. 
Além disso, tome cuidado para que o seu vocabulário seja correto, claro e objetivo. Observe 
seu tom de voz, que deve ser alto o suficiente para que todos os que estão no ambiente possam 
ouvi-lo sem problema. Fale normalmente, às vezes mais devagar ou mais rápido. Alterne seu tom 
de voz, ora mais baixo ora mais alto, para não deixar a apresentação monótona. Ah! Não se 
esqueça de olhar para a plateia e apontar para os slides sem lê-los.
Por fim, não deixe de dar um fecho para a sua apresentação (nunca com a expressão “é isso”) e 
procure responder às perguntas que por ventura lhe forem feitas. Quando não souber a resposta, 
não minta. Diga que você não tem a resposta neste momento, mas que poderá dá-la posterior-
mente. Ou, então, que essa questão não foi objeto de sua pesquisa.
20 Laureate- International Universities
Síntese
Neste capítulo, você pôde:
•	 diferenciar os diferentes tipos de apresentação de dados de pesquisa;
•	 esclarecer como se dá a interpretação dos resultados das análises estatísticas e das 
análises não numéricas quanto a sua abordagem;
•	 entender como a natureza do trabalho científico utiliza-se de uma abordagem com 
recursos diferentes;
•	 conhecer as dicas para fazer uma boa divulgação dos resultados;
•	 compreender que, para uma boa divulgação dos resultados, é necessário estar atento a 
todas as etapas metodológicas da elaboração de um trabalho científico;
•	 perceber que o sucesso da divulgação depende da estruturação do conhecimento 
adquirido no processo de aprendizagem do pesquisador.
Síntese
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Referências
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Bibliográficas

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