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Trauma Queimaduras

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Pós-graduação em Urgência e 
Emergência
Disciplina de Assistência a vítima de 
Trauma Adulto e Pediátrico
Pós-graduação em Urgência e 
Emergência
QUEIMADURAS
Definição
Lesão de tecidos orgânicos devido a
traumas térmicos, químicos
ou eletricidade.
Causas 
• Exposição a 
extremos de 
temperatura 
(calor ou frio);
• Exposição 
excessiva ao sol;
• Exposição a 
produtos químicos 
que causam 
lesões;
• Choque elétrico.
Prevenção 
Características da queimadura
Zonas de lesão por queimadura
Classificação 
• De acordo com a profundidade: 
➢ 1º Grau;
➢ 2º Grau;
➢ 3º Grau;
➢ 4º Grau.
Primeiro Grau
• Afeta apenas a 
epiderme;
• Raramente tem 
significado clínico;
• Característica de 
lesão avermelhada e 
dolorosa.
Segundo Grau 
• Afetam epiderme e 
parte da derme;
• Profundidade variável 
(superficial ou 
profunda)
Terceiro Grau
• Acomete todas as 
camadas da pele;
• Pode ter aspecto 
carbonizado;
• Área indolor.
Quarto Grau
• Acomete todas as camadas da 
pele, tecido adiposo, músculo 
e ossos;
• Graves, podem levar a 
amputação do membro 
afetado
Avaliação e Tratamento das 
Queimaduras
Interrupção do processo de lesão: irrigação de grande 
volume de água a temperatura ambiente
Pós químicos devem ser removidos antes da irrigação
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
➢Vias aéreas:
✓Observar estreitamento das vias aéreas por 
queimadura;
✓ Realizar controle precoce (IOT).
➢Ventilação:
✓Mecanismos: 
▪ Lesão térmica direta;
▪ Inalação de produtos de combustão e fumaça toxica = 
traqueobranquites químicas, edema e pneumonia;
▪ Intoxicação por monóxido de carbono.
✓Observar traumas associados;
✓Queimaduras circunferenciais: pele endurecida e 
tecidos moles aumentados de volume – Escarotomia
imediata
➢Circulação:
✓ Mensuração da PA;
✓ Avaliação das queimaduras circunferenciais: Região 
acometida deve ser elevada até resolução completa;
✓ Colocação de dois acessos venosos calibrosos, em áreas 
não acometidas: qualquer doente com queimadura que 
acometem mais de 20% da superfície corporal necessita 
de reposição volêmica;
✓ Acesso Intraósseo pode ser utilizado como medida 
alternativa.
➢Incapacidades:
✓Déficits neurológicos e motores: Lesões ocultas; 
efeito de toxinas inaladas(monóxido de carbono e 
cianeto de hidrogênio);
➢Exposição/Ambiente:
✓ Remover roupas e jóias;
✓ Resfriamento de queimaduras extensas pode levar a 
hipotermia;
✓ Curativo seco estéril (pré-hospitalar);
✓ Curativo com antimicrobianos recobertos por prata 
(intra-hospitalar).
✓ Procura de lesãos associadas;
✓ Evitar a hipotermia.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA E MEDIDAS 
AUXILIARES
✓ Exame físico completo e detalhado (lesões 
associadas);
✓ Estimativa da extensão da queimadura (regra dos 
nove, gráfico de Lund-Browder);
✓ Pesagem do doente;
✓ Sondagem vesical – controle de diurese (1ml/h de 
diurese para crianças, 0,5 a 1ml/h para adultos)
✓ Sondagem gástrica – aberta em sucção se náuseas, 
vômitos, distenção abdominal ou queimadura maior 
que 20%;
✓História SAMPA;
✓Documentação;
✓ Exames básicos: 
✓hemograma, tipagem sanguínea e prova cruzada, 
carboxiemoglobina, glicemia, eletrólitos, teste de gravidez, 
gasometria;
✓Radiografia de tórax e outras quando indicado;
✓Ultrasson por Dopler.
✓Manutenção da circulação periférica (escarotomia, 
fasciotomia rara – comprometimento ósseo, 
esmagamento, choque)
✓Uso de narcóticos, analgésicos e sedativos: doses 
pequenas, frequentes e apenas por via intravenosa.
✓ Cuidado com a ferida:
▪ Resfriamento da lesão pode causar hipotermia em 
superfícies maiores que 10%;
▪ Cobertura da área com pano seco.
✓ Antibióticos: não indicados na fase inicial, uso 
quando necessário;
✓ Imunização antitetânica
✓ Avaliação da necessidade de transferência do doente 
para um centro queimados.
➢ Encaminhamento para centro de queimados:
✓ Queimadura de espessura parcial e total de mais de 10% em 
crianças e idosos;
✓ Queimadura de espessura parcial e total de mais de 20% nas 
demais faixas etárias;
✓ Queimaduras em face, olhos, ouvido, mãos, pés, genitália, 
períneo, ou articulações;
✓ Queimadura de espessura total de mais de 5%;
✓ Queimadura elétrica grave;
✓ Queimaduras químicas importantes;
✓ Lesões por inalação;
✓ Queimaduras em doentes com doenças prévias;
✓ Em suspeita de abuso ou negligência.
Estimativa da extensão da 
queimadura
➢Medida necessária a reposição volêmica
➢ Estratificação da gravidade da lesão e triagem
✓ Regra dos nove
✓Gráfico de Lund-Browder
✓ Regra da palma das mãos: em queimaduras 
pequenas e/ou com distribuição irregular:
✓0,5% homens
✓0,4% mulheres
✓Palma da mão e dedos: 1% ACS
Regra dos nove
Gráfico de Lund-Browder
Reposição volêmica
Doente Adulto
➢ Ringer Lactato: 24hs: 2 a 4ml por Kg de peso 
corpóreo/% da área queimada (2º e 3º grau)
➢Uso do soro fisiológico: acidose clorêmica
➢ Fórmula de Parkland:
✓4ml x Kg x % de área queimada
✓Metade nas primeiras 8hs - da queimadura
✓Metade nas próximas 16hs – da queimadura
Ex: Adulto 80 Kg com área corporal queimada de 
30%
▪ 4 x 80 x 30: 9.600 ml
▪ 9.600/2 = 4.800ml nas primeiras 8 horas
▪ 9.600/2 = 4.800ml nas próximas 16 horas
4.800ml/16 = 300ml/h
➢ Regra dos 10: 
✓ Porcentagem de área corporal queimada calculada 
arredondada para múltiplos de 10
✓ Adulto de 40 a 70Kg = 10 x superfície por hora.
✓ A cada 10 Kg acima de 70 acrescentar 100 ml por hora
Ex: adulto de 70 kg com 37% ACS
▪ 37%=40%
▪ 40 x10 = 400 ml/h
▪ Adulto de 80 Kg com 37% ACS
▪ 40 x 10 = 400 ml + 100 ml = 500 ml/h
Reposição volêmica
Doente Pediátrico
➢Além da reposição habitual devem receber fluidos 
contendo 5% de dextrose.
Inalação de fumaça
➢ Requer uma quantidade maior de fluidos para 
proteger os pulmões.
Considerações especiais
➢Queimaduras elétricas:
✓Destruição e necrose tecidual no 
percurso da corrente
✓ Camadas profundas destruída, 
sem aparente lesão na superfície
✓ Arritmias cardíacas: potássio 
muscular
✓ 15% dos pacientes apresentam 
outras lesões associadas
✓ Rompimento da membrana timpânica
✓ Tetania: fraturas por compressão em 
coluna vertebral – imobilização em 
prancha
✓Uso da succinilcolina peigoso: alta de 
potássio
✓Mioglobina aumentada: mioglobinúria
= falência renal 
▪ controle diurese (100ml/h adulto –
1ml/h/Kg h em criança
▪ Administração de bicarbonato de 
sódio
➢Queimaduras circunferenciais:
✓ Risco de perda de membros: efeito torniquete
✓ Em tórax causa incapacidade respiratória;
✓Uso da escarotomia
➢Lesões por inalação de fumaça:
✓ Principal causa de morte;
✓ Ambiente fechado, auto índice de suspeita;
✓ Ar seco = lesão anterior as cordas vocais;
✓ Vapor = maior risco de queimadura distal e 
bronquíolo;
✓ Três elementos: 
▪ Lesão térmica;
▪ Asfixia;
▪ Lesão pulmonar.
➢Lesões por inalação de fumaça:
✓Diagnóstico: Níveis de carboxiemoglobina maiores que 
10% no doente que foi envolvido em incêndio;
✓Níveis de CO inferiores a 20% geralmente são 
assintomáticos
✓ Sinais e sintomas: 
▪ Queimadura em espaço confinado
▪ Confusão ou agitação
▪ Queimadura em face ou tórax;
▪ Chamuscamento de sombrancelhas ou pelos nasais
▪ Fuligem no escarro
▪ Rouquidão, perda da voz ou estridor;
▪ Coloração vermelho-cereja da pele é rara
➢Lesões por inalação de fumaça asfixiante:
✓ Monóxido de carbono (afinidade pela hemoglobina 240 vezes 
maior que o oxigêncio);
✓ Gás cianeto: alteração do nível de consciência, tontura, 
cefaleia, taquicardia e taquipnéia;
✓ Suprimento inadequado de oxigênio;
✓ Lesão pulmonarinduzida por toxina;
✓ Uso de monitor de CO²
✓ Tratamento:
▪ Remover o doente da fonte;
▪ Ofecer oxigênio em alto fluxo, através de máscara unidirecional, 
sem recirculação;
▪ Intubação endotraqueal imediata na presença de estridor, tubo 
de grosso calibre (facilitar broncoscopia);
▪ Antagonista do cianeto: hidrocobalamina (70 mg/Kg)
➢Lesão pulmonar induzida por toxina:
✓Manifesta-se após vários dias;
✓ Depende da composição da fumaça e duração da 
exposição;
✓ Amônia, cloreto de hidrogênio e dióxido de enxofre 
formam ácidos e álcalis
✓ Necrose de células da mucosa da traqueia e 
bronquíolos
✓ Aumento da secreção pulmonar, entupimento das vias 
aéreas
✓ Aumento da taxa de ocorrência de pneumonias fatais.
✓ Tratamento: entubação orotraqueal precoce
➢ Abuso infantil
✓ 20% dos abusos 
infantis são 
resultantes de 
queimaduras 
➢Queimadura por radiação:
✓ Eletromagnética, radiográfica, raios gama e a 
particulada;
✓Geralmente em ambiente industrial ou ocupacional;
✓ Consequências: Síndrome aguda por radiação –
náuseas, vômitos, dor abdominal.
✓ Tratamento:
▪ Remoção do doente, remoção da roupa contaminada, 
irrigação com água;
▪ Reposição hídrica agressiva;
▪ Administração de solução salina banceada (SRO).
➢Queimaduras químicas:
✓ Geralmente exposição prolongada com o agente.
✓ Gravidade:
▪ Natureza da substância;
▪ Concentração da substância;
▪ Duração do contato;
▪ Mecanismo de ação da substancia química.
✓ Agentes: Ácido, base, derivados de petróleo, orgânicos ou 
inorgânicos;
✓ Necrose por coagulação: ácidos, por liquefação: básicos.
✓ Tratamento: 
✓Remoção do doente, remoção da roupa contaminada, irrigação 
com água;
✓ Tratamento específico para a substância
➢Queimadura por frio:
✓ Crestadura: dor, palidez e diminuição de sensibilidade. 
Reversível com aquecimento e não resulta em perdas 
teciduais.
✓ Congelamento: formação de cristais de gelo dentro das 
células e oclusão microvascular que resulta em anóxia 
tecidual.
▪ 1º Grau: Hipertermia e edema sem necrose;
▪ 2º Grau: Formação de vesículas grandes, hiperemia e edema. 
Necrose de espessura parcial da pele;
▪ 3º Grau: Necrose de espessura total de pele e necrose do tecido 
subcutâneo. Formação de vesículas de conteúdo hemorrágico;
▪ 4º Grau: Necrose de espessura total da pele, incluindo necrose 
muscular e óssea, com gangrena. 
✓ Lesão não congelante: Comprometimento do 
endotélio microvascular, estase e a oclusão vascular
✓ Tratamento dos congelamentos e das lesões não 
congelantes:
▪ Retirar roupas úmidas;
▪ Colocação de cobertores térmicos;
▪ Colocação da parte afetada em água circulante a 40ºC
▪ Monitorização cardíaca.
➢Hipotermia:
✓ Estado de temperatura central do doente abaixo de 35ºC
▪ Leve: 35ºC a 32ºC
▪ Moderada: 32ºC a 30ºC
▪ Grave: Abaixo de 30ºC
✓ Sinais: 
▪ Diminuição da temperatura central; 
▪ Diminuição do nível de consciência;
▪ Diminuição da frequência cardíaca e respiratória.
✓ Tratamento: 
▪ Leve e moderada: reaquecimento externo passivo – ambiente, roupa e 
cobertores, infusão de líquidos aquecidos;
▪ Grave: lavagem peritoneal, lavagem torácica/pleural, reaquecimento 
AV ou Bypass cardiopulmonar (UTI)
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFIA
• Comitê do Trauma do Colégio Americano de 
Cirurgiões. Suporte avançado de vida no 
trauma para médicos: manual do curso para 
alunos. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012.
• National Association of Emergency Medical 
Technicians. Atendimento pré-hospitalar ao 
traumatizado. PHTLS. 8° ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier; 2016.

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