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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA Profº Ms. André Tomaz Terra Júnior FARMACOLOGIA ANTIBIOTICOS Antibiose relação ecológica no qual uma espécie bloqueia o crescimento ou a reprodução de outra espécie; Antibiótico substância produzida por microrganismos que, em pequenas quantidades, inibe o crescimento de outros microrganismos; Bacteriostático interfere no crescimento ou replicação do microrganismo, mas não ocorre morte celular. Inibidores de síntese proteica por ligação reversível aos ribossomos; Bactericida Causa a morte do microrganismo, mas não há lise celular. Inibidores de replicação por ligação irreversível a DNA girase (Topoisomerase II - torna a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa); Bacteriolítico Induz a morte celular por lise. Inibidores de formação da parede celular. Toxicidade seletiva destruir o patógeno sem atacar o hospedeiro. Não induzir resistência bacteriana. ANTIBIOTICOS ANTIBIOTICOS Células viáveis capazes de multiplicar e originar células filhas. Propriedades desejáveis para um agente antimicrobiano Não alergênico; Ativo quando dissolvido nos fluidos corporais ou exsudatos; Solúvel e estável em solução aquosa; Atingir o nível máximo sistêmico rapidamente; Capaz de atingir o sítio de infecção. ANTIBIOTICOS CARACTERÍSTICAS DO ANTIMICROBIANO IDEAL 5 Ação bactericida; Espectro o mais específico possível; Menor MIC (Concentração Inibitória Mínima sensibilidade dos microrganismos aos antimicrobianos); Menos tóxico; Maior nível no local da infecção; Melhor comodidade posológica; Compatível com o estado clínico do paciente; Mais barato. ANTIBIOTICOS • Estrutura: Proteínas RNA RNA RNA + Subunidade maior + RNA Subunidade menor Ribossomo completo Ribossomo procarioto Ribossomo eucarioto 50 S 30 S 60 S 40 S ANTIBIOTICOS 50 S 70 S MAIOR MENOR 30 S ANTIBIOTICOS • Síntese Proteica Antimicrobianos devem ser capazes de: Alcançar os alvos moleculares, que são primariamente intracelulares, em quantidades suficientes e precisa ultrapassar a membrana celular bacteriana. Interagir com uma molécula-alvo de modo a desencadear a morte da bactéria. Evitar a ação das bombas de efluxo que jogam o antimicrobiano para fora da célula bacteriana. Evitar a inativação por enzimas capazes de modificar o fármaco no ambiente extracelular ou no interior da célula bacteriana.. ANTIBIOTICOS Principais mecanismos de ação dos antibióticos: • Interferência com síntese de parede bacteriana • Ação sobre a membrana plasmática da célula bacteriana • Interferência na síntese e replicação do DNA • Inibição da RNA polimerase • Interferência com síntese de proteínas bacterianas • Interferência com o metabolismo do ácido fólico ANTIBIOTICOS ANTIBIOTICOS ANTIBIOTICOS Mecanismos de ação de agentes antimicrobianos nas células bacterianas 1- Interferência na síntese de parede celular; 2 - Interferência nas funções da membrana; 3 - Interferência na síntese proteica; 4 - Interferência no metabolismo de ácidos nucléicos; 5 - Interferência em reações enzimáticas ANTIBIOTICOS ANTIBIOTICOS Antibióticos β-Lactâmicos: O grupo de antimicrobianos classificados como ß-lactâmicos possui em comum no seu núcleo estrutural o anel ß-lactâmico, o qual confere atividade bactericida. As característica da cadeia lateral definem-se seu espectro de ação e suas propriedades farmacológicas São agentes antibacterianos que inibem irreversivelmente a enzima transpetidase, que catalisa a reação de transpeptidação entre as cadeias de peptideoglicana da parede celular bacteriana; Possuem amplo espectro de atividade antibacteriana, eficácia clínica e excelente perfil de segurança, uma vez que atuam na enzima transpeptidase, única em bactérias. ANTIBIOTICOS Antibióticos β-Lactâmicos: A atividade desta enzima leva à formação de ligações cruzadas entre as cadeias peptídicas da estrutura peptideoglicana, que conferem à parede celular uma estrutura rígida importante para a proteção da célula bacteriana contra as variações osmóticas do meio. ANTIBIOTICOS Antibióticos β-Lactâmicos: ß-lactamases são enzimas que catalisam a hidrólise do anel ß-lactâmico, impossibilitando a atividade antimicrobiana. A resistência ao antimicrobiano ß-lactâmico irá depender da: Quantidade de enzima produzida; Habilidade dessa enzima em hidrolisar o antimicrobiano em questão; Velocidade com que o ß-lactâmico penetra pela membrana externa. ANTIBIOTICOS Antibióticos β-Lactâmicos: ANTIBIOTICOS ß-Lactamases são secretadas para o meio extracelular e são menos ativas do que as produzidas pelas bactérias Gram-negativas; ß-Lactamases ficam dispersas fora da célula bacteriana nas gram-positivas. Antibióticos β-Lactâmicos: ANTIBIOTICOS ß-Lactamases se concentram no espaço periplasmático nas gram-negativas, onde atuam sobre os ß-Lactâmicos de maneira mais eficaz sobre os antimicrobianos ß-lactâmicos que atravessam o espaço periplasmático para alcançar as PBPs. Principais mecanismos de ação antibiótica ANTIBIOTICOS Aminoglicosídeos: São agentes que possuem um grupo amino básico e uma unidade de açúcar; A estreptomicina é o principal representante da classe, foi isolada em 1944 de Streptomyces griseus, um microorganismo presente no solo; Apresentam atividade melhorada em pH levemente alcalino, em torno de 7,4 onde estão positivamente carregados, facilitando a penetração em bactérias Gram negativo. Principais drogas da classe: Gentamicina, Tobramicina, Amicacina, Netilmicina, Paramomicina e Espectinomicina. ANTIBIOTICOS Aminoglicosídeos: Apresentam efeito bactericida por ligarem-se especificamente à subunidade 30S dos ribossomos bacterianos, impedindo o movimento do ribossomo ao longo do mRNA e, consequentemente, interrompendo a síntese de proteínas; O uso contínuo dessa classe deve ser cuidadosamente controlado, devido aos efeitos Ototóxicos, Nefrotóxicos e Paralisia Muscular (Raros, altas doses, IP e infusão rápida) Esses agentes são efetivos contra bactérias Gram negativo aeróbicas, como P. aeruginosa, e apresentam efeito sinérgico com β-Lactâmicos. Não ultrapassam a barreira hematoencefálica não é utilizada para tratamento de meningites. ANTIBIOTICOS Aminoglicosídeos: Mecanismo de ação: ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica ou produzindo proteínas defeituosas. Aminoglicosídeos se ligam primeiramente à superfície da célula bacteriana e posteriormente deve ser transportado através da parede por um processo dependente de energia oxidativa. ANTIBIOTICOS Macrolídeos São agentes bacteriostáticos, que atuam pela ligação com o RNA ribossomal 23S da subunidade 50S, interferindo na elongação da cadeia peptídica durante a translação e bloqueando a biossíntese de proteínas bacterianas; São usados em infecções respiratórias como Pneumonia, Exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica, Sinusite aguda, Otites médias, Tonsilites e Faringites. ANTIBIOTICOS Os patógenos predominantes envolvidos nestas doenças Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. Macrolídeos Pertencem a este grupo: Azitromicina, Claritromicina, Eritromicina, Espiramicina,Miocamicina, Roxitromicina. Mecanismo de Ação: Sua ação ocorre através da inibição da síntese proteica dependente de RNA, através da ligação em receptores localizados na porção 50S do ribossoma, particularmente na molécula 23S do RNA, impedindo as reações de transpeptidação e translocação. ANTIBIOTICOS Cloranfenicol Mecanismo de ação: se liga à subunidade 50S do ribossomo, inibindo a síntese proteica da bactéria, tendo, assim, ação bacteriostática. Porém, pode ser bactericida contra algumas espécies como S. pneumoniae, H. influenzae e N. meningitidis, através de mecanismo não bem elucidado. Cloranfenicol se liga à mesma região que os Macrolídeos e as Lincosamidas, eles não podem ser administrados em associação O reconhecimento de efeitos tóxicos com risco de vida (“síndrome do bebê cinzento” e anemia aplástica), e o desenvolvimento de novas drogas mais efetivas e menos tóxicas, restringiu muito o seu uso. Portanto, deve ser utilizado apenas em pacientes graves, em situações específicas. ANTIBIOTICOS Cloranfenicol Indicações clínicas Tem sido usado no tratamento de infecção por Enterococos resistentes à Vancomicina. Pode ser utilizada nas Salmoneloses, principalmente na febre tifóide. É alternativa no tratamento de meningite bacteriana e epiglotite, artrite séptica e osteomielite por Haemophilus influenzae em pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos. Indicado no tratamento de ricketsioses ou erlickiose. ANTIBIOTICOS Tetraciclinas Antimicrobianos primariamente bacteriostáticos, quando em concentrações terapêuticas. Apresentam amplo espectro de ação bactérias gram-positivas, gram-negativas aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns protozoários. Mecanismo de ação: As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação do tRNA, impedindo a síntese proteica. ANTIBIOTICOS Tetraciclinas Apresentam a capacidade de quelar metais, especialmente cálcio. Não é recomendado uso em crianças e mulheres grávidas, uma vez que estes antibióticos podem se acumular em dentes e ossos em formação. Indicações Farmacológicas: tratamento de infecções causadas por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e actinomicose. São alternativas no tratamento de infecções causadas por Mycoplasma pneumoniae, N. gonorrhoeae, H. ducreyi, Treponema pallidum e em pacientes com traqueobronquites e sinusites. ANTIBIOTICOS Lincosamidas Mecanismo de ação: Inibem a síntese proteica nos ribossomos, ligando-se a subunidade 50S, sendo, portanto, bacteriostáticas, desta forma alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização (facilita a fagocitose), fagocitose e destruição intracelular dos microrganismos. ANTIBIOTICOS 30 S Clindamicina Liga-se à subunidade 50S e inibe a síntese proteica Sítio próximo do Cloranfenicol e da Eritromicina 50 S Lincosamidas Indicações Clinicas: Infecções intra-abdominais, infecções pélvicas, infecções pulmonares causadas por anaeróbios gram-positivos e gram-negativos. Também são indicados em infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica, osteomielites e infecções de pele por estreptococos ou estafilococos. Erisipela e infecções de partes moles em pacientes alérgicos a penicilina. ANTIBIOTICOS Rifamicinas É um inibidor da RNA polimerase, utilizada clinicamente como parte da combinação de fármacos para o tratamento da tuberculose, sendo o único fármaco em uso clínico que bloqueia a transcrição bacteriana. ANTIBIOTICOS RNA Polimerase responsável pela transcrição do DNA em RNA Inibidores da Síntese Protéica 30 S RNAm Direção do deslocamento MACROLÍDEOS (Liga-se à porção 50S, impede a translocação péptica) TETRACICLINA (interfere com a ligação do RNAt ao complexo RNAm-ribossomo) CLORAFENICOL (interfere com a ligação do RNAt ao complexo RNAm-ribossomo) AMINOGLICOSÍDEOS (interagem com a porção 30 S provoca leitura incorreta do código do RNAm) 50 S Microrganismos produtores de Antibióticos Inibidores da Síntese Proteica Princípios considerados na escolha do Antibiótico: Identificação do microorganismo infectante Determinação da sensibilidade do microorganismo ao agente antibacteriano Exposição prévia do hospedeiro a antibióticos Idade, função renal, hepática, local da infecção Uso concomitante de outras drogas Gravidez Comprometimento do sistema imunológico ANTIBIOTICOS A prescrição adequada de antimicrobiano envolve: Conhecimento a respeito do hospedeiro; Coleta de culturas; Microbiologia clínica; Microbiota habitual humana; Antibióticos: mecanismo e espectro de ação, farmacocinética,farmacodinâmica e efeitos colaterais. ANTIBIOTICOS ANTIBIOTICOS Propriedades farmacológicas dos antimicrobianos: ANTIBIOTICOS A capacidade da bactéria desenvolver resistência é mais ágil do que a ciência para desenvolver novos antibióticos. 1) A pessoa ingere o fármaco e uma porção de bactérias são atacadas por ele (entre essas bactérias estão algumas que já são resistem, por conta do uso deliberado de pequenas doses diárias de antibióticos – pela alimentação ou pelo uso de um fármaco por tempo e dosagem erradas). 2) A maioria das bactérias morrem, mas algumas que são resistentes conseguem sobreviver. 3) Essas bactérias resistentes que sobreviveram, multiplicam-se ou trocam informações e tornam-se mais comuns (aumentam sua população ou sua “inteligência”). 4) Dessa forma, eventualmente, essas bactérias resistentes a antibióticos tornam-se a maioria da população bacteriana, dificultando o tratamento das doenças. ANTIBIOTICOS ANTIBIOTICOS 1. Descreva o mecanismo das seguintes classes de antimicrobiano: Macrolídeos, Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, Lincosamindas, Cloranfenicol 2. Descreva sobre o mecanismo de resistência microbiana. 3. Quais são os mecanismos de ação dos antimicrobianos? 4. Quais são as características de um Antimicrobiano ideal? 5. Quais são antimicrobianos que interferem na síntese proteica? 6. Qual é o mecanismo de ação dos β-Lactâmicos? Qual é a relação que existe entre a ação dos β-Lactâmicos nas Bactérias Gram-negativas e Gram-positivas? 7. Quais são as indicações dos seguintes antimicrobianos: Macrolídeos , Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, Lincosamindas, Tetraciclinas, Cloranfenicol 8. Quais as possíveis interações farmacológicas dos principais antimicrobianos : Macrolídeos, Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, Lincosamindas , Tetraciclinas. 9. Defina os seguintes termos: Bacteriostático, Bactericidas, Bacteriolítico, Toxicidade Seletiva. 10. Cite exemplos de Antibióticos Sintéticos , Semi- Sintéticos. Questões para revisão
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