Buscar

FARMACOLOGIA AULA 06 ANTIBIOTICOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE 
Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA 
Profº Ms. André Tomaz Terra Júnior 
FARMACOLOGIA 
ANTIBIOTICOS 
 Antibiose  relação ecológica no qual uma espécie bloqueia o crescimento ou a reprodução de 
outra espécie; 
 Antibiótico  substância produzida por microrganismos que, em pequenas quantidades, inibe o 
crescimento de outros microrganismos; 
 Bacteriostático  interfere no crescimento ou replicação do microrganismo, mas não ocorre morte 
celular. Inibidores de síntese proteica por ligação reversível aos ribossomos; 
 Bactericida  Causa a morte do microrganismo, mas não há lise celular. Inibidores de replicação 
por ligação irreversível a DNA girase (Topoisomerase II - torna a molécula de DNA compacta e 
biologicamente ativa); 
 Bacteriolítico  Induz a morte celular por lise. Inibidores de formação da parede celular. 
 Toxicidade seletiva  destruir o patógeno sem atacar o hospedeiro. Não induzir resistência 
bacteriana. 
ANTIBIOTICOS 
ANTIBIOTICOS 
 Células viáveis  capazes de multiplicar e originar 
células filhas. 
 Toxicidade Seletiva: característica que todo antimicrobiano deveria apresentar, pois se reflete na 
capacidade de atuar seletivamente sobre o microrganismo, sem provocar danos ao hospedeiro. 
 Esta é expressa em termos do índice terapêutico: relação Bactéria/ Antibiótico, onde: 
 Dose terapêutica: concentração para tratamento. 
 Dose tóxica: concentração a partir da qual é tóxica. 
 Droga que atuam sobre funções microbianas inexistentes em eucariontes geralmente tem maior 
toxicidade seletiva e índice terapêutico (Penicilina). 
 
ANTIBIOTICOS 
 Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento ou causar a morte de 
fungos ou bactérias. 
 Podem ser classificados como 
 Bactericidas  quando causam a morte da bactéria 
 Bacteriostáticos  quando promovem a inibição do crescimento microbiano 
 As bactérias são organismos unicelulares, identificados pela primeira vez por van Leeuwenhoek por 
volta dos anos 1670, após a invenção do microscópio 
ANTIBIOTICOS 
 Propriedades desejáveis para um agente antimicrobiano 
 Não alergênico; 
 Ativo quando dissolvido nos fluidos corporais ou exsudatos; 
 Solúvel e estável em solução aquosa; 
 Atingir o nível máximo sistêmico rapidamente; 
 Capaz de atingir o sítio de infecção. 
ANTIBIOTICOS 
• Estrutura: 
Proteínas 
RNA 
RNA 
RNA 
+ 
Subunidade 
maior 
+ RNA 
Subunidade 
menor 
Ribossomo 
completo 
Ribossomo 
procarioto 
Ribossomo 
eucarioto 
50 S 
30 S 
60 S 
40 S 
ANTIBIOTICOS 
50 S 
70 S 
MAIOR 
MENOR 
30 S 
ANTIBIOTICOS 
• Síntese Proteica 
 Antimicrobianos devem ser capazes de: 
 Alcançar os alvos moleculares, que são primariamente intracelulares. Para isso, o 
antimicrobiano, em quantidades suficientes, precisa ultrapassar a membrana celular bacteriana. 
 Interagir com uma molécula-alvo de modo a desencadear a morte da bactéria. 
 Evitar a ação das bombas de efluxo que jogam o antimicrobiano para fora da célula bacteriana. 
 Evitar a inativação por enzimas capazes de modificar o fármaco no ambiente extracelular ou no 
interior da célula bacteriana.. 
ANTIBIOTICOS 
 Principais mecanismos de ação dos antibióticos: 
• Interferência com síntese de parede bacteriana 
• Ação sobre a membrana plasmática da célula bacteriana 
• Interferência na síntese e replicação do DNA 
• Inibição da RNA polimerase 
• Interferência com síntese de proteínas bacterianas 
• Interferência com o metabolismo do ácido fólico 
ANTIBIOTICOS 
Mecanismos bioquímicos da resistência bacteriana 
 Produção de enzimas que inativam o fármaco. 
 Ex.: β-Lactamases que inativam a Penicilina 
 Alterações dos locais de ligação do fármaco 
 Redução da captação do fármaco pela bactéria 
 Alterações de enzimas 
 Resistência múltipla 
ANTIBIOTICOS 
 Classificação: 
 Origem  antibióticos podem ser divididos nas seguintes classes: 
 Produzidos por bactérias: bacitracina, polimixina, tirotricina; 
 Produzidos por actinomicetos: estreptomicina, neomicina, oxitetraciclina; 
 Produzidos por eumicetos: fumagilina, griseofulvina, penicilina. 
ANTIBIOTICOS 
 Classificação: 
 Biossíntese  antibióticos podem ser classificados em: 
 Derivados de aminoácidos: Cloranfenicol, Penicilinas, Cefalosporinas; 
 Derivados de carboidratos: Estreptomicina, Gentamicina, Lincomicina; 
 Derivados de acetato e propionato: Griseofulvina, Macrolídeos, Tetraciclinas; 
 Antibióticos diversos: Puromicina, Rifamicinas. 
ANTIBIOTICOS 
 Classificação: 
 Ação predominante  os antibióticos podem ser classificados em: 
 Ação sobre gram-positivos: Bacitracina, Eritromicina, Penicilina; 
 Ação sobre gram-negativos: Canamicina, Colistina, Neomicina; 
 Ação sobre micobactérias: Canamicina, Cicloserina, Estreptomicina; 
 Ampla ação: Cloranfenicol, Tetraciclina; 
 Ação antimicótica: Anfotericina, Fungicidina, Griseofulvina; 
 Ação antiprotozoária: Fumagilina, Paromomicina. 
ANTIBIOTICOS 
 Classificação: 
 Mecanismo de ação  os antibióticos podem ser classificados em: 
 Ação superficial que interferem no transporte ativo através da membrana: 
Gramicidina, Polimixina; 
 Inibem a biossíntese de membrana: Bacitracina, Penicilina; 
 Bloqueiam a biossíntese proteica: Cloranfenicol; 
 Impedem a ação de cofatores enzimáticos: Tetraciclinas. 
ANTIBIOTICOS 
 Classificação: 
 Estrutura química  os antibióticos podem ser classificados em: 
 Derivados de monopeptídios: Cicloserina, Azaserina; 
 Derivados do ácido 6-aminopenicilânico/análogos: Penicilinas, Cefalosporinas; 
 Derivados de 2-amino-1,3-propanodiol: Cloranfenicol; 
 Derivados de hidrocarbonetos aromáticos: Tetraciclinas, Rifamicinas; 
 Derivados macrolídicos: Estreptomicina, Neomicina, Vancomicina; 
 Antibióticos poliênicos: Anfotericina, Nistatina; 
 Antibióticos polipeptídios: Bacitracina, Polimixina. 
ANTIBIOTICOS 
ANTIBIOTICOS 
ANTIBIOTICOS 
Mecanismos de ação de agentes antimicrobianos nas células bacterianas 
1- Interferência na síntese de parede celular; 
2 - Interferência nas funções da membrana; 
3 - Interferência na síntese proteica; 
4 - Interferência no metabolismo de ácidos nucléicos; 
5 - Interferência em reações enzimáticas (análogos estruturais) 
ANTIBIOTICOS 
ANTIBIOTICOS 
 Louis Pasteur  demonstrou que algumas linhagens de bactérias eram importantes para processos 
de fermentação e, também, que as bactérias eram de ampla distribuição pelo meio ambiente; 
 Robert Koch  identificou microorganismos responsáveis por doenças como tuberculose, cólera e 
febre tifoide. . Nessa época, as pesquisas eram conduzidas na busca de agentes químicos que 
apresentassem atividade antibiótica; 
 Paul Ehrlich  conhecido como o pai da quimioterapia – uso de substâncias químicas contra 
infecções – foi responsável pelos conceitos primários de que uma substância química poderia 
interferir com a proliferação de microorganismos, em concentrações toleráveis pelo hospedeiro. 
ANTIBIOTICOS 
 Paul Ehrlich (1910)  desenvolveu o primeiro antibiótico de origem sintética, Salvarsan, usado 
contra sífilis. Poucos progressos foram conseguidos nos 20 anos seguintes para o desenvolvimento de 
antibióticos; 
 Proflavina (1934) muito utilizado na II Guerra Mundial no tratamento de feridas profundas, porém 
era muito tóxico para utilizar em infecções sistêmicas; 
 Gerhard Domagk (1935)  foi o marco na quimioterapia antibacteriana com a descobertade que o 
corante vermelho prontosil apresentava atividade in vivo contra infecções causadas por espécies de 
Streptococcus. O prontosil é um pró-fármaco que originou uma nova classe de antibióticos sintéticos, 
as Sulfas ou Sulfonamidas. 
ANTIBIOTICOS 
 Sulfas (Sulfonamidas)  constituem a primeira classe de agentes efetivos contra infecções 
sistêmicas introduzida no início dos anos 1940, entretanto, apresentam espectro de ação limitado e 
são pouco usadas atualmente; 
 Alexander Fleming (1928)  apesar destes avanços, o grande marco no tratamento das infecções 
bacterianas ocorreu com a descoberta da Penicilina, que tinha atividade superior à das sulfas e 
também demonstrava que fungos produziam substâncias capazes de controlar a proliferação 
bacteriana motivou uma nova frente de pesquisas na busca de antibióticos: a prospecção em culturas 
de microorganismos, especialmente Fungos e Actinobactérias. 
ANTIBIOTICOS 
 Penicilina G, ou Benzilpenicilina  foi descrita em 1929 como 
agente antibiótico, porém somente foi introduzida como agente 
terapêutico nos anos 1940; 
 II Guerra Munidal  processo de industrialização da 
Penicilina e um avanço no crescimento, na descoberta e no 
desenvolvimento de novos antibióticos. 
ANTIBIOTICOS 
 1940-1960  vários antibióticos foram descobertos através de triagens de produtos naturais 
microbianos, sendo a maioria deles eficazes para o tratamento de bactérias Gram positivo: 
β-Lactâmicos (Cefalosporina), Aminoglicosídeos (Estreptomicina), Tetraciclinas (Clortetraciclina), 
Macrolídeos (Eritromicina), Peptídeos (Vancomicina) e outros (Cloranfenicol, Rifamicina B, 
Clindamicina e Polimixina B). 
 Neste período apenas três derivados sintéticos foram introduzidos no mercado: Isoniazida, Trimetropim 
e Metronidazol. 
 1960-1980  foram introduzidos no mercado antibióticos semi-sintéticos eficazes para o tratamento de 
patógenos Gram positivo e Gram negativo, análogos aos antibióticos naturais já existentes. 
 
ANTIBIOTICOS 
 A maioria deles foi obtida a partir de protótipos naturais microbianos, como derivados β-Lactâmicos 
(análogos de Penicilina e Cefalosporina, Ácido Clavulânico, Aztreonam), análogos da Tetraciclina, 
derivados Aminoglicosídicos (Gentamicina, Tobramicina, Amicacina); 
 1980-2000  as ferramentas utilizadas para a busca de novos antibióticos foram a genômica e as 
triagens de coleções de compostos, em detrimento às triagens de produtos naturais microbianos, 
porém, houve uma redução dramática na identificação de novos protótipos antibióticos, ao mesmo 
tempo em que ocorreu um aumento na incidência de resistência bacteriana. 
ANTIBIOTICOS 
 Este período é marcado pela modificação do mercado de antibióticos pela introdução da classe das 
Fluoroquinolonas Sintéticas na metade dos anos 1980, desenvolvidas a partir do Ácido Nalidíxico; 
 Alguns antibióticos baseados em protótipos naturais, como Imipenem (derivado β-Lactâmico) e 
análogos da Eritromicina (derivado Macrolídeo) também foram introduzidos neste período. 
 A combinação de dois derivados semi-sintéticos de produtos naturais microbianos, Quinupristina e 
Dalfopristina, foi aprovada para uso em infecções causadas por Enterococcus faecium resistente à 
Vancomicina em 1999 pelo FDA. 
ANTIBIOTICOS 
 2000  poucos antibióticos foram introduzidos para a terapêutica antimicrobiana. Em 2001, apenas 
um antibiótico de origem sintética da classe das Oxazolidinonas (Linexolida) foi introduzido no 
mercado farmacêutico; 
 Os programas de descoberta de antibióticos de fontes naturais têm sido retomados em algumas 
indústrias farmacêuticas, levando à aprovação do Lipodepsipeptídeo natural Daptomicina pelo FDA 
em 2003. O derivado semi-sintético Glicopeptídico Dalbavancina encontra-se em fase III de triagens 
clínicas pelo FDA. 
ANTIBIOTICOS 
ANTIBIOTICOS 
 Antibióticos β-Lactâmicos: 
 Corresponderam a 50% do total de vendas de antibióticos em 2004; 
 O grupo de antimicrobianos classificados como ß-lactâmicos possui em comum no seu núcleo 
estrutural o anel ß-lactâmico, o qual confere atividade bactericida. 
 Conforme a característica da cadeia lateral definem-se seu espectro de ação e suas propriedades 
farmacológicas 
 São agentes antibacterianos que inibem irreversivelmente a enzima transpetidase, que catalisa a 
reação de transpeptidação entre as cadeias de peptideoglicana da parede celular bacteriana; 
ANTIBIOTICOS 
 Antibióticos β-Lactâmicos: 
 A atividade desta enzima leva à formação de ligações cruzadas entre as cadeias peptídicas da 
estrutura peptideoglicana, que conferem à parede celular uma estrutura rígida importante para a 
proteção da célula bacteriana contra as variações osmóticas do meio. 
ANTIBIOTICOS 
 Antibióticos β-Lactâmicos: 
ANTIBIOTICOS 
 ß-Lactamases são secretadas para o meio extracelular e são menos ativas do que as 
produzidas pelas bactérias Gram-negativas; 
 ß-Lactamases ficam dispersas fora da célula bacteriana nas gram-positivas. 
 Antibióticos β-Lactâmicos: 
ANTIBIOTICOS 
 ß-Lactamases se concentram no espaço periplasmático nas gram-negativas, 
onde atuam sobre os ß-Lactâmicos de maneira mais eficaz sobre os 
antimicrobianos ß-lactâmicos que atravessam o espaço periplasmático para 
alcançar as PBPs. 
 Antibióticos β-Lactâmicos: 
 Constituem a primeira classe de derivados de produtos naturais utilizados no tratamento terapêutico 
de infecções bacterianas; 
 Após várias décadas após a descoberta da penicilina, este grupo ainda contém os agentes mais 
comumente utilizados; 
 Possuem amplo espectro de atividade antibacteriana, eficácia clínica e excelente perfil de segurança, 
uma vez que atuam na enzima transpeptidase, única em bactérias. 
ANTIBIOTICOS 
 Principais mecanismos de ação antibiótica 
ANTIBIOTICOS 
 Aminoglicosídeos: 
 São agentes que possuem um grupo amino básico e uma unidade de açúcar; 
 A estreptomicina é o principal representante da classe, foi isolada em 1944 de Streptomyces griseus, 
um microorganismo presente no solo; 
 Apresentam atividade melhorada em pH levemente alcalino, em torno de 7,4 onde estão 
positivamente carregados, facilitando a penetração em bactérias Gram negativo. 
 Principais drogas da classe: Gentamicina, Tobramicina, Amicacina, Netilmicina, Paramomicina e 
Espectinomicina. 
ANTIBIOTICOS 
 Aminoglicosídeos: 
 Apresentam efeito bactericida por ligarem-se especificamente à subunidade 30S dos ribossomos 
bacterianos, impedindo o movimento do ribossomo ao longo do mRNA e, consequentemente, 
interrompendo a síntese de proteínas; 
 O uso contínuo dessa classe deve ser cuidadosamente controlado, devido aos efeitos Ototóxicos, 
Nefrotóxicos e Paralisia Muscular (Raros, altas doses, IP e infusão rápida) 
 Esses agentes são efetivos contra bactérias Gram negativo aeróbicas, como P. aeruginosa, e 
apresentam efeito sinérgico com β-Lactâmicos. 
ANTIBIOTICOS 
 Aminoglicosídeos: 
 Devido à polaridade, os Aminoglicosídeos devem ser administrados por via injetável; 
 Eles também são incapazes de atravessar a barreira hematoencefálica eficientemente, portanto, não 
podem ser usados para o tratamento de meningites, a menos que sejam injetados diretamente no 
SNC. 
ANTIBIOTICOS 
 Aminoglicosídeos: 
 Mecanismo de ação: ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica ou 
produzindo proteínas defeituosas. Para atuar, o Aminoglicosídeo deve primeiramente ligar-se à 
superfície da célula bacteriana e posteriormente deve ser transportado através da parede por um 
processo dependente de energia oxidativa. 
ANTIBIOTICOS 
 Macrolídeos Representaram cerca de 18% do total de vendas de antibióticos em 2004; 
 São um grupo de antimicrobianos quimicamente constituídos por um anel macrocíclico de lactona, ao 
qual ligam-se um ou mais açúcares. 
 Macrolídeos naturais caracterizam-se pela presença de lactonas macrocíclicas de origem policetídica de 
14 ou 16 membros, ligadas a um açúcar e um amino-açúcar; 
 Derivados semi-sintéticos podem apresentar anel macrocíclico de 15 membros (Azitromicina). 
 Eritromicina, isolada pela primeira vez em 1952 de Streptomyces erythreus, é um dos mais seguros 
antibióticos em uso clínico. 
ANTIBIOTICOS 
 São usados em infecções respiratórias como Pneumonia, Exacerbação bacteriana aguda de bronquite 
crônica, Sinusite aguda, Otites médias, Tonsilites e Faringites. 
 Os patógenos predominantes envolvidos nestas doenças  Streptococcus pneumoniae, 
Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. 
ANTIBIOTICOS 
 Macrolídeos 
 São agentes bacteriostáticos, que atuam pela ligação com o RNA ribossomal 23S da 
subunidade 50S, interferindo na elongação da cadeia peptídica durante a translação e 
bloqueando a biossíntese de proteínas bacterianas; 
 Macrolídeos 
 Pertencem a este grupo: Azitromicina, Claritromicina, Eritromicina, Espiramicina, Miocamicina, 
Roxitromicina. O espectro de ação é semelhante, diferindo apenas na potência contra alguns 
microrganismos. 
 Eritromicina age frente à maioria dos patógenos respiratórios, é considerada segura e amplamente 
prescrita a crianças. 
 Seu limitado espectro de ação e sua limitada estabilidade em meio ácido resultam em uma fraca 
biodisponibilidade e uma variedade de outros efeitos colaterais, tais como influência na motilidade 
gastrointestinal, ações pró-arrítmicas e inibição do metabolismo de fármacos. 
ANTIBIOTICOS 
 Macrolídeos 
 Durante décadas, esforços têm sido realizados para se obter novos derivados da Eritromicina, tanto 
de origem natural quanto sintética, com perfis mais favoráveis; 
 Antibióticos macrolídeos de 2ª Geração, como Roxitromicina, Claritromicina e Azitromicina, 
foram gradualmente substituindo a Eritromicina, superando seu espectro de atividade, melhorando 
a atividade e os perfis físico-químico e farmacocinético, além de atenuar os efeitos colaterais. 
 Mecanismo de Ação: Sua ação ocorre através da inibição da síntese proteica dependente de RNA, 
através da ligação em receptores localizados na porção 50S do ribossoma, particularmente na 
molécula 23S do RNA, impedindo as reações de transpeptidação e translocação. 
ANTIBIOTICOS 
 Macrolídeos 
 Indicações Terapêuticas: são utilizados como alternativa terapêutica em pacientes alérgicos à 
penicilina, nas seguintes condições: 
 Infecções do trato respiratório por estreptococos do grupo A, Pneumonia por S. pneumoniae, 
prevenção de endocardite após procedimento odontológico, infecções superficiais de pele 
(Streptococcus pyogenes), profilaxia de febre reumática (faringite estreptocócica), e raramente, 
como alternativa para o tratamento da sífilis. 
 São considerados primeira escolha no tratamento de pneumonias por bactérias atípicas 
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.). 
ANTIBIOTICOS 
 Cloranfenicol 
 Foi isolado a primeira vez do microorganismo  Streptomyces venezuela; 
 Atualmente o Cloranfenicol é sintetizado e somente o isômero R,R é ativo. 
 Por muitas décadas o cloranfenicol foi a única droga realmente eficaz no tratamento de 
salmoneloses, inclusive a S. typhi. 
 Mecanismo de ação: se liga à subunidade 50S do ribossomo, inibindo a síntese proteica da bactéria, 
tendo, assim, ação bacteriostática. Porém, pode ser bactericida contra algumas espécies como S. 
pneumoniae, H. influenzae e N. meningitidis, através de mecanismo não bem elucidado. 
ANTIBIOTICOS 
 Cloranfenicol 
 Uma vez que o Cloranfenicol se liga à mesma região que os Macrolídeos e as Lincosamidas, eles 
não podem ser administrados em associação. 
 Os grupamentos nitro e ambos grupamentos álcool estão envolvidos nas interações. 
 O grupo dicloroacetamida também é importante, porém pode ser substituído por outros grupos 
eletronegativos. 
 O reconhecimento de efeitos tóxicos com risco de vida (“síndrome do bebê cinzento” e anemia 
aplástica), e o desenvolvimento de novas drogas mais efetivas e menos tóxicas, restringiu muito 
o seu uso. Portanto, deve ser utilizado apenas em pacientes graves, em situações específicas. 
ANTIBIOTICOS 
 Cloranfenicol 
 Indicações clínicas 
 Tem sido usado no tratamento de infecção por Enterococos resistentes à Vancomicina. 
 Pode ser utilizada nas Salmoneloses, principalmente na febre tifóide. 
 É alternativa no tratamento de meningite bacteriana e epiglotite, artrite séptica e osteomielite por 
Haemophilus influenzae em pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos. 
 Indicado no tratamento de ricketsioses ou erlickiose. 
ANTIBIOTICOS 
 Tetraciclinas 
 Antimicrobianos primariamente bacteriostáticos, quando em concentrações terapêuticas. Apresentam 
amplo espectro de ação, incluindo bactérias gram-positivas, gram-negativas aeróbias e anaeróbias, 
espiroquetas, riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns protozoários. 
 São antibióticos policetídicos bacteriostáticos de amplo espectro e bastante eficazes frente a diversas 
bactérias aeróbicas e anaeróbicas Gram positivo e Gram negativo. 
ANTIBIOTICOS 
 Tetraciclinas 
 O primeiro derivado a ser descoberto  Clortetraciclina ; 
 As Tetraciclinas inibem a síntese de proteínas através da ligação com a subunidade 30S dos 
ribossomos, impedindo a ligação do aminoacil tRNA; 
 Como resultado, a adição de novos aminoácidos para o aumento da cadeia proteica é bloqueada. 
 A liberação de proteínas também é inibida. 
 Mecanismo de ação: As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de 
gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação 
do tRNA, impedindo a síntese proteica. 
ANTIBIOTICOS 
 Tetraciclinas 
 A seletividade frente aos ribossomos bacterianos em relação aos ribossomos de eucariotos deve-se a 
diferenças estruturais nos ribossomos e também à concentração seletiva do antibiótico nas células 
bacterianas. 
 Devido ao aumento de resistência bacteriana às tetraciclinas, o seu uso como primeira escolha na 
terapia antibiótica tem diminuído. Entretanto, o desenvolvimento recente de um derivado semi-
sintético desta classe, a Tigeciclina, que inibe a bomba de efluxo, indica o interesse contínuo nesta 
classe de antibióticos. 
ANTIBIOTICOS 
 Tetraciclinas 
 Devido à presença de formas de equilíbrio ceto-enólico, as tetraciclinas apresentam a capacidade de 
quelar metais, especialmente cálcio. Portanto, seu uso não é recomendado em crianças e mulheres 
grávidas, uma vez que estes antibióticos podem se acumular em dentes e ossos em formação. 
 Indicações Farmacológicas: Podem ser utilizadas no tratamento de infecções causadas por 
clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e actinomicose. São alternativas no tratamento de infecções 
causadas por Mycoplasma pneumoniae, N. gonorrhoeae, H. ducreyi, Treponema pallidum e em 
pacientes com traqueobronquites e sinusites. 
ANTIBIOTICOS 
 Lincosamidas 
 A lincomicina foi isolada em 1962, a partir do Streptomyces lincolmensis. Posteriormente, 
modificações químicas produziram a clindamicina com potência bacteriana aumentada e melhor 
absorção oral. 
 Têm propriedades antibacterianas similares aos macrolídeos e agem pelo mesmo mecanismo de ação. 
 Lincomicina e a Clindamicina (derivado semi-sintético) foram introduzidos na prática clínicacomo 
antibióticos de uso oral em 1960 e 1969, respectivamente. 
 Lincomicina foi isolada do micro-organismo de solo Streptomyces lincolnensis. 
ANTIBIOTICOS 
 Lincosamidas 
 Clindamicina é um antibiótico amplamente utilizado, que possui melhor atividade e maior absorção 
por via oral, também é o fármaco de escolha para o tratamento de infecções periféricas causadas por 
Bacillus fragilis ou outras bactérias anaeróbicas penicilina resistentes, e também topicamente utilizado 
para o tratamento de acne. 
 Mecanismo de ação: Inibem a síntese protéica nos ribossomos, ligando-se a subunidade 50S, sendo, 
portanto, bacteriostáticas. Desta forma alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização, 
fagocitose e destruição intracelular dos microrganismos. 
ANTIBIOTICOS 
 Lincosamidas 
 Indicações Clinicas: 
 É indicada em casos como infecções intra-abdominais, infecções pélvicas (incluindo abortamento 
séptico) e infecções pulmonares (abscesso pulmonar, pneumonia aspirativa, empiema) causadas 
por anaeróbios gram-positivos e gram-negativos. 
 Também são indicados em infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica, osteomielites 
(causadas por estafilococos sensíveis à oxacilina ou anaeróbios) e infecções de pele por 
estreptococos ou estafilococos. 
 Erisipela e infecções de partes moles em pacientes alérgicos a penicilina. 
ANTIBIOTICOS 
 Rifamicinas 
 É um fármaco semi-sintético derivado da Rifamicina B, produto natural híbrido de policetídeos e 
peptídeos não ribossomais. 
 Rifamicina B  foi isolada de Streptomyces mediterranei, reclassificado como Nocardia 
mediterranei. 
 Rifampicina é um inibidor da RNA polimerase, utilizada clinicamente como parte da combinação de 
fármacos para o tratamento da tuberculose. 
 É o único fármaco em uso clínico que bloqueia a transcrição bacteriana. 
ANTIBIOTICOS 
 Glicopeptídeos 
 Vancomicina e Teicoplanina têm se tornado os fármacos de primeira linha no tratamento de 
infecções por bactérias Gram positivo com resistência a diversos antibióticos. 
 Vancomicina, o primeiro antibiótico glicopeptídico introduzido na prática clínica em 1959, foi 
isolada de amostras de solo de Streptomyces orientalis (reclassificado como Amycolatopsis 
orientalis). A elucidação da estrutura desse antibiótico demorou vários anos, até ser completa e 
inequivocadamente proposta na década de 1980. 
ANTIBIOTICOS 
 Glicopeptídeos 
 Vancomicina apresenta uma conformação rígida importante para a atividade. 
 Os glicopeptídeos inibem a biossíntese da parede celular bacteriana pela complexação com o resíduo 
dipeptídico terminal D-Ala-D-Ala das cadeias peptídicas que constituem a parede celular. Esta 
complexação impede que o substrato esteja disponível para a ação da transpeptidase inibindo, 
portanto, a reação de transpeptidação. 
 O desenvolvimento de resistência bacteriana a estes antibióticos é mais lento, apesar de algumas 
linhagens de Staphylococcus aureus hospitalares já apresentarem resistência desde 1966. 
ANTIBIOTICOS 
 Glicopeptídeos 
 Eles são restritos para o tratamento de infecções causadas por bactérias Gram positivo por serem 
incapazes de penetrar nas membranas de bactérias Gram negativo. 
 A vancomicina em geral é o antibiótico de última escolha frente a patógenos Gram positivo 
resistentes, em particular contra espécies de Enterococcus. 
ANTIBIOTICOS 
 Lipodepsipeptídeos 
 Daptomicina é um lipodepsipeptídeo isolado de Streptomyces roseosporus e aprovado em 2003 para 
tratamento de infecções causadas por bactérias Gram positivo. 
 Seu mecanismo de ação envolve desorganização de múltiplas funções da membrana celular 
bacteriana. É provável que todos os antibióticos lipopeptídicos apresentem alguma penetração na 
membrana devido às cadeias alquílicas, o que promove sua desorganização. 
ANTIBIOTICOS 
Microrganismos produtores de Antibióticos 
Inibidores da Síntese Proteica 
 Princípios considerados na escolha do Antibiótico: 
 Identificação do microorganismo infectante 
 Determinação da sensibilidade do microorganismo ao agente antibacteriano 
 Exposição prévia do hospedeiro a antibióticos 
 Idade, função renal, hepática, local da infecção 
 Uso concomitante de outras drogas 
 Gravidez 
 Comprometimento do sistema imunológico 
ANTIBIOTICOS 
 A prescrição adequada de antimicrobiano envolve: 
 Conhecimento a respeito do hospedeiro; 
 Coleta de culturas; 
 Microbiologia clínica; 
 Microbiota habitual humana; 
 Antibióticos: mecanismo e espectro de ação, farmacocinética,farmacodinâmica 
e efeitos colaterais. 
ANTIBIOTICOS 
ANTIBIOTICOS 
 Propriedades farmacológicas dos antimicrobianos: 
ANTIBIOTICOS 
 A capacidade da bactéria desenvolver 
resistência é mais ágil do que a ciência para 
desenvolver novos antibióticos. 
1) A pessoa ingere o fármaco e uma porção de bactérias são atacadas por ele (entre essas bactérias estão algumas que já são 
resistem, por conta do uso deliberado de pequenas doses diárias de antibióticos – pela alimentação ou pelo uso de um 
fármaco por tempo e dosagem erradas). 
2) A maioria das bactérias morrem, mas algumas que são resistentes conseguem sobreviver. 
3) Essas bactérias resistentes que sobreviveram, multiplicam-se ou trocam informações e tornam-se mais comuns (aumentam 
sua população ou sua “inteligência”). 
4) Dessa forma, eventualmente, essas bactérias resistentes a antibióticos tornam-se a maioria da população bacteriana, 
dificultando o tratamento das doenças. 
ANTIBIOTICOS 
ANTIBIOTICOS

Outros materiais