Buscar

CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA E ÓLEO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EFICIÊNCIA DOS SEPARADORES DE ÁGUA-ÓLEO DE CONCRETO QUANTO A IMPERMEABILIDADE
RESUMO	
A crescente conscientização da população relacionada as questões ambientais impulsiona a aplicação de regulamentações específicas sobre as atividades que possam impactar o meio ambiente, objetivando preservar tanto a este quanto a saúde das pessoas. Empresas e indústrias buscam adotar procedimentos eficazes que as integre ao meio ambiente e minimize os impactos da sua inserção neste. Especificamente nos postos de serviços automotivos, considerados parcialmente ou potencialmente poluidores, a implantação de um sistema de drenagem oleosa é uma das condições essenciais para a obtenção da licença para atividade. O objetivo deste sistema é proteger o solo e os mananciais dos resíduos oleosos contaminantes, atendendo aos parâmetros estabelecidos pelos órgãos competentes. Para isso, é necessária a implantação de uma Caixa Separadora de Água e Óleo-CSAO, integrante do sistema de drenagem oleosa, a qual deve ser impermeável. Assim, propõe-se analisar a eficiência das CSAO’s executadas em concreto quanto a sua impermeabilidade. Para a contextualização do tema, utilizou-se a metodologia de pesquisa bibliografia, tendo-se como fontes principais a pesquisa realizada por Secron (2006) e as resoluções estaduais e federais pertinentes. Assim pode-se concluir que a falta de critérios construtivos estabelecidos por norma ou legislação pertinente para a construção das CSAO’s, como a resistência característica mínima para o concreto somada a possíveis problemas construtivos, podem possibilitar a infiltração para o solo, de água contaminada com resíduos de óleo emulsionado. Propõe-se, para uma etapa posterior, a investigação no solo do entorno das CSAO’s para verificar in loco a eficiência quanto a contenção de resíduos oleosos. 
Palavras-chave: Contaminação do solo, separadores água-óleo, efluentes automotivos, permeabilidade do concreto.
EFFICIENCY OF A SEPARATOR BOX FOR WATER-OIL MADE OF CONCRETE AS FOR THE IMPERMEABILITY
ABSTRACT
The growing awareness of the population of environmental related issues drives to the implementation of regulations on the activities that may impact the environment, aiming to preserve both, the environment and peoples health. Businesses and industries seek to adopt effective procedures that integrate them into the environment and minimize the impact of their insertion. Specifically in automobile service stations, considered partially or potentially polluting, the deployment of a oil drain system is an essential condition for obtaining a license for the activity. The objective of this system is to protect the soil and the wellsprings for oily waste contaminants, taking into account the parameters established by the competent institutes. For this, the implementation of a Separator Box for Water and Oil-SBWO, making part of the oil drainage system, which is required to be impermeable. Thus, it is proposed to analyze the efficiency of the SBWO's made of concrete as its impermeability.
For the contextualization of the theme was used the methodology of bibliographic research, having as main sources the research carried out by Secron (2006) and relevant state and federal resolutions. Thus it can be concluded that the lack of constructive criteria established by standard or relevant legislation for the construction of SBWO's, such as the characteristic minimum resistance for the concrete added to possible construction problems, may allow the infiltration to the soil of water contaminated with emulsified oil. 
Proposing at a later stage, a research of the soil surrounding the SBWO´s in order to check out their sealing efficiency of oily residues. 
Keywords: soil contamination, water-oil separators, automotive effluents, permeability of concrete.
INTRODUÇÃO
A preocupação com as questões ambientais tornou-se uma constante na sociedade. A crescente conscientização da população, fez crescer também a regulamentação dos órgãos competentes sobre as atividades impactantes, o que impulsiona as empresas e indústrias a adotarem procedimentos eficazes que as integre ao meio ambiente e minimize os impactos da sua inserção neste. 
Dentre os muitos empreendimentos que geram resíduos contaminantes do meio ambiente e de operação regulamentada, destacam-se os postos de serviços automotivos, que, de acordo com a RESOLUÇÃO CONEMA 06/2011 (Conselho Estadual de Meio Ambiente) é aquele que, além da venda de combustíveis e lubrificantes exclusivamente no varejo, também oferece outros serviços tais como lavagem e lubrificação de veículos, comércio de peças, acessórios e artigos para a higiene, conservação, aparência e segurança além do serviço de bar, restaurante, café, mercearia e similares. No Brasil, até 2013, a quantidade de postos revendedores de combustíveis automotivos era 38.893 unidades, conforme Anuário Estatístico 2014 da Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP.
 Na sua maioria, os serviços prestados por estes postos contribuem com diversos resíduos, dentre os quais destacam-se o diesel e a gasolina que são os principais poluentes originados do petróleo e são resíduos dos afluentes do sistema de drenagem oleosa. 
Para proteger o solo e os mananciais, esses resíduos devem ser coletados por um sistema de drenagem oleosa (SDO) e direcionados para uma caixa separadora de água e óleo (CSAO) onde o óleo é separado da água por diferença de densidade. A água, resultante deste processo deverá ser lançada na rede de esgoto desde que atenda aos parâmetros mínimos estabelecidos pela legislação vigente.
A eficácia das CSAO, não depende só da separação do resíduo oleoso da água, esta depende também da impermeabilidade de suas paredes, pois, a possibilidade de problemas executivos ou ausência de impermeabilização, mesmo que esta seja item obrigatório, ao longo do tempo, possibilitaria a passagem de agentes poluidores oriundos dos afluentes oleosos para o solo no entorno da caixa, contrariando o exposto na Resolução CONAMA n° 357:2005, a qual prescreve que “a disposição de efluentes no solo, mesmo tratados, não poderá causar poluição ou contaminação das águas”.
METODOLOGIA 
Para respaldar a problemática proposta nesta pesquisa, a metodologia empregada é um estudo exploratório que, segundo Gil (2008) objetiva proporcionar uma maior familiaridade com o problema. Para se alcançar este objetivo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica que teve como referência livros e artigos científicos, conforme Gil (2008). Dessa forma espera-se embasar o trabalho e respaldar sua conclusão.
 LEGISLAÇÃO PERTINENTE E OS EFLUENTES OLEOSOS
Os resíduos oriundos dos serviços prestados nos postos de serviços automotivos são considerados perigosos, pois suas propriedades físicas e químicas podem causar danos tanto a saúde das pessoas quanto prejudicar o meio ambiente se descartado ou mesmo manuseado de forma inadequada. Nesse sentido, os postos de serviços automotivos, “configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores” conforme RESOLUÇÃO nº 273, de 29/11/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2000), a qual estabelece padrões para os procedimentos e licenciamento das atividades especificas destes postos. Através desta Resolução, foi instaurada a obrigatoriedade de concessão de licença tanto para a instalação e operação como modificações e ampliações nos postos de comercialização de combustíveis e serviços automotivos prestados por estes, com o objetivo de proteger o meio ambiente e consequentemente as pessoas dos efeitos nocivos dos resíduos oleosos.
A obtenção da licença citada está condicionada a previsão em projeto de construção, modificação e ampliação dos postos de serviços automotivos, de dispositivos para sistema de drenagem oleosa-SDO, dentre outros aspectos considerados quanto ao descarte de resíduos nestes empreendimentos. Nesse aspecto, devem ser atendidas todas as normas técnicas expedidas pela Associação Brasileira de NormasTécnicas-ABNT e pertinentes ao tema, conforme Resolução CONAMA 273/2000. 
3.1 PARÂMETROS PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES 
Para ressaltar os compostos contaminantes presentes nos combustíveis líquidos, cita-se Siedliecki e Cava, (2008, pg.2), conforme segue:
Dentre os compostos presentes nos combustíveis líquidos, os BTEX (Benzeno, Tolueno, Etil-benzeno e Xileno) são os mais importantes sob o aspecto ambiental, por apresentarem potencial de toxicidade mais elevado. São os mais solúveis em água e que mais emanam vapores também. A adição do etanol (20%) à gasolina contribui para o aumento da solubilidade dos BTEX, dificulta a biodegradação natural desses compostos, aumentando a persistência na água subterrânea. 
A concentração de resíduos contaminantes no efluente das CSAO’s torna-se mais agravante com a adição dos produtos coadjuvantes de uso comum nos postos de serviços automotivos. São considerados produtos coadjuvantes os diversos produtos de limpeza, solventes e combustíveis empregados, nas atividades dos postos de serviço automotivo. Esses produtos não são tratados pelas CSAO´s e favorecem a emulsificação do óleo presente no efluente automotivo, conforme Secron (2006). Atenção especial deve ser dada ao fato das CSAO’s manterem um nível constante de água em seu interior, uma lâmina líquida mínima, o que faz parte da sua sistemática de funcionamento. Tal fato torna-se relevante quando trata-se da infiltração no concreto o que poderá possibilitar a contaminação do solo no entorno das CSAO’s, considerando-se os resíduos oleosos emulsionados, que segundo Secron (2006) nas suas considerações finais, conclui que independente do sistema separador de água e óleo utilizado, o efluente resultante não atende aos limites de lançamento estabelecido tanto por legislações estaduais quanto a legislação federal pertinente. 
Dessa forma, para a que o sistema atenda ao que se propõe: evitar a contaminação do solo com os resíduos oleosos, é necessário também que as CSAO’s sejam impermeáveis, independente do sistema construtivo com o qual as mesmas foram executadas, ou do material empregado. A possibilidade de mistura entre água e óleo, contidos nas CSAO’s, são apresentados por Secron (2006), o qual apresenta a classificação das misturas possíveis de água e óleo nos efluentes oleosos em cinco formas, conforme segue. 
De acordo com Sawamura (1999), citado por Secron (2006) tem-se que: 
Óleo livre: são gotículas de óleo com diâmetro igual ou superior a 20 micrômetros e, devido a seu peso específico inferior ao da água, flutuam na superfície desta. Neste estado pode-se fazer a separação entre os líquidos através de separação gravitacional.
Óleo fisicamente emulsionado: emulsão composta por gotículas de óleo com diâmetro entre 5 e 20 micrômetros e é originado por agitação mecânica como por exemplo um bombeamento ou até incidência direta de chuvas no interior da SAO. 
Para a definição de óleo quimicamente emulsificado, óleo dissolvido e óleo adsorvido em partículas sólidas, apresenta-se a definição dada por Arizona Department (1996), citado por Secron (2006).
Óleo quimicamente emulsificado: emulsão composta por gotículas de óleo com diâmetro inferior a 5 micrômetros que é gerada normalmente pelo uso de detergentes, desengraxantes e solventes dentre outros produtos afins.
Óleo dissolvido: Nesse caso, as gotículas de óleo têm diâmetro menor que 0,01 micrômetro e assim, solubilizam-se na água. 
Óleo adsorvido em partículas sólidas: o óleo adere ao material particulado e, devido a força gravitacional, sedimenta, e que, nas CSAO é removido como resíduo denominado de borra oleosa.
Assim fica evidente a possibilidade do líquido efluente infiltrar-se através do concreto e carrear consigo elementos emulsionados que venham a contaminar o solo do entorno da CSAO’s.
Em pesquisa realizada por Secron (2006, pg.234), a qual é uma das principais fontes deste trabalho, o mesmo concluiu que:
Tendo em vista a utilização atual de solventes, detergentes e combustíveis para limpeza de peças e lavagem de veículos [...], observa-se que somente o emprego de separadores água e óleo para o tratamento dos efluentes líquidos automotivos não é o suficiente para enquadrá-los dentro dos padrões de lançamento, tomando como referência o protocolo de monitoramento proposto.
A importância da estanqueidade da CSAO visando a proteção do solo fica evidente a partir do exposto, pois o conteúdo do efluente líquido, contendo resíduos oleosos emulsionados na água ficam na câmara interna da caixa constantemente o que possibilita sua infiltração através do concreto.
O SISTEMA SEPARADOR ÁGUA-ÓLEO 
Para minimizar e mitigar possíveis impactos ao meio ambiente e aos seres humanos causados pelos efluentes dos postos de serviço automotivo, deve-se buscar a implantação correta dos requisitos das Normas Técnicas e resoluções pertinentes. Assim, destaca-se os itens de interesse dessa pesquisa, onde tem-se que os postos serviço devem ter o perímetro que envolve suas atividades delimitado por canaletas as quais tem a função de conduzir os afluentes líquidos gerados por essas atividades, para o sistema separador de água e óleo.
A Separação água/óleo é um processo físico para tratamento de afluentes líquido muito utilizado na indústria do petróleo e atividades que utilizam óleo, tais como postos de serviço e oficinas mecânicas (GIORDANO, 2004). 
O sistema separador de agua-óleo faz parte do sistema de drenagem oleosa - SDO, “cujas funções são reter os resíduos sólidos sedimentáveis, coletar e conduzir o afluente oleoso” (ABNT NBR 14605, 2000, p.2). Normalmente, os sistemas são compostos por uma caixa de areia, que tem como função reter o material mais denso, uma caixa separadora de óleo tem função de separar os óleos e graxas do efluente e uma caixa coletora de óleo que tem a função de receber o óleo que resultou da caixa separadora. A quantidade de cada elemento vai depender do dimensionamento do SDO para atender a demanda do estabelecimento.
A ABNT NBR 13786 (2005, pg. 5), define a caixa separadora de água e óleo (CSAO) como “equipamento que separa fisicamente produtos imiscíveis com a água”. A CSAO tem uma concepção básica que, conforme descrito por FEEMA/COPPETEC, 2003, apud Secron (2006, p.73) “é um tanque simples que reduz a velocidade do efluente oleoso, de forma a permitir que a gravidade separe o óleo da água. Como o óleo tem uma densidade menor que a da água, ele flutua naturalmente para, então, separar-se fisicamente”. A figura 1 mostra uma configuração básica para CSAO executada em concreto e moldada “in loco”. 
Figura 1 – Configuração básica em planta baixa e corte de uma caixa separadora de água e óleo- CSAO e depósito de óleo confeccionados em concreto
Fonte: Adaptada de <http://www.sindirepa-sp.org.br>. Acesso em 05/10/2014
Ao final deste processo, a água resultante, ainda imprópria para reutilização, pode ser lançada na rede de esgoto desde que atenda “no mínimo os padrões de lançamento estabelecidos pela legislação federal-Resolução CONAMA 20”, conforme NBR 14605:2000. Ainda sobre esse aspecto, temos em CONAMA n° 357:2005, a qual substituiu a Resolução CONAMA nº 20, que “a disposição de efluentes no solo, mesmo tratados, não poderá causar poluição ou contaminação das águas”.
Destaca-se a necessidade de que os sistemas separadores de água e óleo sejam estanques, visando atender as recomendações das resoluções vigentes citadas. Nesse sentido, destaca-se o fato de que:
Nas atividades automotivas em operação no país, a utilização dos separadores convencionais, em unidades feitas em concreto, ocorre com muito mais frequência em relação aos demais sistemas de separação e materiais empregados. Em muitos casos, esses separadores são projetados e construídos sem critérios técnicos adequados, de forma empírica, com utilização de mão-de-obra não qualificada. (FEEMA/COPPETEC, 2003 apud SECRON 2006, pg.76)
Relacionado aos critérios técnicos para a execução das CSAO’s, a NBR 14605:2000 apresenta como características exigíveis para estes:- ser enterrado ou simplesmente apoiado no solo;
- possuir tampa que resista ao peso de pedestres (áreas ajardinadas) ou automóveis e caminhões de até 5 t por roda, para o caso de instalação da caixa sob a pista;
- ter fácil acesso às suas partes internas, viabilizando uma rápida manutenção (limpeza) e operação, onde e quando necessário.
- Ser compacto, de modo a ocupar a menor área possível, mas não havendo qualquer restrição quanto ao formato do equipamento, sugere-se a adoção de formas prismáticas que facilitem a execução das obras de instalação e acabamento. 
Observa-se que não são citadas características técnicas relacionadas a Resistência Característica do Concreto–Fck, ou a qualquer outro parâmetro relacionado a esta tal como o fator água/cimento. Também não há recomendação quanto a espessura mínima das paredes ou ainda a um sistema impermeabilizante recomendado, fatores essenciais a redução da sua permeabilidade.
	
A EFICIÊNCIA DAS CSAO’S CONFECCIONADAS EM CONCRETO RELACIONADA A SUA IMPERMEABILIDADE 
A permeabilidade do concreto pode ser entendida como a facilidade com a qual líquidos ou até os gases podem movimentar-se através deste. Segundo GOMES et al. (2003, p. 2), “o concreto é um material que, por sua própria constituição, é necessariamente poroso, pois não é possível preencher a totalidade dos vazios do agregado com uma pasta de cimento.” Essa característica, torna o concreto permeável a água, sendo essa uma das principais propriedades do concreto quando considera-se sua exposição a ambiente potencialmente agressivos, como é o nosso caso de estudo, as CSAO. GOMES et al. (2003), ainda consideram que praticamente toda água livre utilizada no concreto será evaporada o que deixará poros vazios na peça moldada em maior ou menor intensidade dependendo da quantidade de água utilizada ou seja, do fator água/cimento, além de outros fatores tais como condições e tempo de cura e espessura do elemento de concreto.
De acordo com o exposto, o fator água/cimento está diretamente relacionado a permeabilidade do concreto e é determinante para a resistência deste, conforme o citado por Helene (2005), em que o autor destaca o método do IBRACON para o dimensionamento experimental do concreto {um dos métodos mais usados no Brasil}, o qual considera que deve-se buscar trabalhar com o menor consumo de água para a obtenção da consistência desejada, o que resultará em uma maior resistência à compressão daquele concreto, conforme citado por Helene (2005). Assim evidencia-se a importância de se trabalhar com uma resistência do concreto que possa minimizar a permeabilidade da água neste.
CONCLUSÕES
Tendo-se como motivação a proteção do meio ambiente e das pessoas e também uma maior eficiência do sistema de drenagem oleosa em concreto, mas especificamente das caixas separadoras de água e óleo comumente usada no Brasil, essa pesquisa bibliográfica possibilitou verificar-se a importância da impermeabilidade das Caixas Separadoras de Água e Óleo.
 Um fator relevante destacado nesta pesquisa foi a possibilidade do efluente das CSAO’s sofrer forte influência do óleo emulsionado por ação dos produtos coadjuvantes utilizados nos postos de serviço automotivos e lançados também no sistema de drenagem oleosa.
Verificou-se a inexistência, nas regulamentações nacionais e normas técnicas vigentes, de recomendações técnicas construtivas específicas para a execução das CSAO’s de concreto, as mais comumente utilizadas no Brasil, objetivando minimizar ou mitigar possíveis problemas de infiltração destas pelo efluente contaminado. 
Pôde-se confirmar através da pesquisa, a necessidade de uma investigação no solo do entorno das CSAO’s para verificar uma possível contaminação deste, e, consequentemente a eficiência do sistema quanto a contenção de resíduos contaminantes e assim confirmar esta pesquisa bibliográfica. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AGENCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS – ANP Disponível em: http://www.anp.gov.br/. Acesso em: 20 Out. 2014
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14605: Posto de serviço – sistema de drenagem oleosa. Rio de Janeiro, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13786:2001 – Seleção de equipamentos e sistemas para instalações subterrâneas de combustíveis. Rio de Janeiro, 2001.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução n° 273, de 29 de novembro de 2000. Dispõe sobre o licenciamento ambiental para postos combustíveis. Resolução n° 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o território nacional, bem como determina os padrões de lançamento. 
BRASIL. CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - CONEMA
Resolução Nº. 04/2009. Define empreendimentos e atividades de impacto local para fins de
licenciamento ambiental por municípios.
GIORDANO, Gandhi. Tratamento e controle de efluentes industriais. Apostila de Curso. 
Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente/UERJ, Rio de Janeiro, 
RJ, Brasil, 2004. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA9OwAI/tratamento-controle-efluentes-industriais>. Acesso em: 07 Jul. 2014 
GOMES, Abdias Magalhães; AGUIAR, José Eduardo; COSTA, Juliana Oliveira. Permeabilidade do concreto: um estudo para a avaliação “in situ” usando instrumentos portáteis e técnicas tradicionais. Departamento de Materiais de Construção-UFMG. Belo Horizonte, MG, 2003.
HELENE, Paulo. Dosagem dos concretos de Cimento Portland. Concreto: ensino, pesquisa e realizações. São Paulo: IBRACON, v. 2, p. 439-471, 2005.
SECRON, Marcelo Bernardes. Avaliação de sistemas separadores água e óleo do tratamento de efluentes de lavagem, abastecimento e manutenção de veículos automotores. Rio de Janeiro, 2006, 257 p. (FEN/UERJ, Mestrado, Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental - Área de Concentração: Saneamento Ambiental - Controle da Poluição Urbana e Industrial, 2006.) [Orientador: Profº Gandhi Giordano]. 
SIEDLIECKI, Kátia; CAVA, Luiz Tadeu. Contaminação por combustíveis é passivo ambiental comum. Disponível em: <httt//:www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/File/.../contaminacaotextoboletim.pdf>. Acesso em: 09 Out. 2014

Outros materiais