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No Brasil a pesquisa na educação de Química

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA 
LICENCIATURA EM QUÍMICA
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO QUÍMICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA
 
 
 
 
 
 
DOUGLAS OLIVEIRA SAMPAIO
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA /BA
2017
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
AUTOR: DOUGLAS OLIVEIRA SAMPAIO
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO QUÍMICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA
 
 
 
 
 
Trabalho solicitado pela professora Fatima Paixão, na disciplina de experimentação para ensino de química, requisito para obtenção de nota.
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA, JULHO, 2017
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO QUÍMICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA
Para conceituarmos a Educação Química no Brasil, faz-se necessário discuti a sua articulação durante a história e principalmente, os meios utilizados para incentivar e disseminar a pesquisa no Ensino de Química. Tal análise, torna-se imprescindível, diante da premissa que a Educação Química no Brasil adquiriu forma, através do processo dialético entre publicações de pesquisadores, debates e rodas de conversas realizadas em encontro entre professores do nível médio, superior e interessados na área. Esse fato, garantiu e garante o caráter inovador da Educação Química. 
A Educação Química surge no Brasil na década de 60, concomitante aos programas de pós-graduação de ciências, contudo, só passou a ter notoriedade e força a partir da década de 70; e desde então vem se consolidando, utilizando como principais ferramentas de divulgação e construção a revista Química Nova, os ENEQs (Encontro Nacional do Ensino de Química), a GEPEC (Grupo de Pesquisa em Educação Química) e a revista Química Nova na Escola. 
A revista Química Nova é um importante marco histórico para a Educação Química no Brasil, pois demarca a origem da SBQ (Sociedade Brasileira de Química). A sociedade Brasileira de Química surgiu em 1977, com objetivo de desenvolver e consolidar a comunidade de Química no Brasil, por meio da divulgação da Química, de suas importantes relações, aplicações e consequências para o desenvolvimento do país e melhoria da qualidade de vida. Conforme é denotado no editorial da primeira edição:
[...] para todos aqueles que acreditam que a química é útil para engradecer um País e não para explora-los simplesmente. Com esse objetivo a SBQ lança a Química Nova numa tentativa de torna a Química útil para aqueles que leem português e, o que é mais importante, dar aos que desejam, uma oportunidade de colaborar e ser um pouco mais útil para a sociedade em que vivem como químicos. (O editor, 1978, p.26)
Dessarte, a revista Química Nova atuou\atua como um importante difusor da Química, tendo sua primeira edição lançada em janeiro de 1978, e a seção, exclusiva a área de pesquisa em educação química passou a ter espaço na revista a partir do segundo editorial de 1980, composta por dois artigos: a eletronegatividade dos gases nobre e uma visão do ciclo de Carnot. No editorial da edição foi explanando que:
[...] A nossa educação tem que ser reformada em profundidade. Parece ser evidente que precisamos de uma educação mais longa e mais profunda, o que se tornará possível com a libertação de mão-de-obra pela automatização, mesmo dos setores administrativos, talvez assim introduzindo o conceito de educação permanente. (O editor, 1980, p.110)
Neste momento, evidencia-se a preocupação dos educadores e pesquisadores de química, para com a educação e a necessidade do direcionamento das forças para a pesquisa em Educação Química, como viés necessário para a melhoria da educação Brasileira. 
O primeiro ENEQ foi realizado em 1982, na UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), buscando o recrudescimento da comunidade de educadores de Química no Brasil e garantir momentos para socializar, debater e refletir sobre as novas e velhas tendências do ensino de química. Buscando, através das bienais a conceituação da Educação Química, à pesquisa nessa área, a importância de o Ensino de Química estar relacionado com o cotidiano do aluno e a problemática da aprendizagem. Assim no VII, realizado em 1994, descreveu a Educação Química da seguinte maneira: 
Pelo fato de nosso objeto fundamental de estudo e investigação concentrar-se no processo de ensino-aprendizagem do conhecimento químico, diferentemente das outras áreas da química, que basicamente preocupam-se com interações de átomos e moléculas, com a dinâmica e mecanismos de transformações químicas, nós, da área de educação química, nos envolvemos com interações de pessoas (alunos e professores) e com a dinâmica do conhecimento nas aulas de química. (Schnetzler, 1994, p. 2)
Por fim, surge a revista Química nova na escola, com sua primeira edição publicada em 1995, dirigida, principalmente, a professores de Química, com o objetivo de subsidiar a formação, a atualização e a reflexão dos educadores e da comunidade do ensino de química brasileiro. Apresentando em sua composição campos importantes para o Ensino de Química: Pesquisa em Ensino de Química, Experimentação no Ensino de Química, Educação Química e Multimídia, História da Química, entre outros temas que compõe a interface investigativa da Educação Química. Vislumbrando, demarcar a importância do ensino de química para a formação de cidadãos e cidadãs:
Temos a convicção de que a educação é fundamental para formar cidadãos e cidadãs capazes de se posicionar e tomar decisões responsáveis diante dos problemas que o mundo moderno impõe à sociedade. 
Constatamos que muitas pessoas, mesmo após frequentar a escola média, não conseguem se posicionar sobre problemas que exijam algum conhecimento de química, concebendo essa ciência ou como responsável por poluição e catástrofes ou como solução para todos os problemas. (Beltran, 1995)
Assim, em 2002 a área de Educação Química passou a ser conceituada, da seguinte forma:
[...] seu propósito central é o de investigar processos que melhor dêem conta de reelaboração conceituais necessárias ao ensino daquele conhecimento em contextos escolares. Isso significa que o Ensino Química implica a transformação do conhecimento químico em conhecimento escolar, configurando a necessidade de um novo campo de estudo e investigação, no qual questões centrais sobre o que, como e porque ensinar Química constituem o cerne das pesquisas (Schnetzler, 2002, p.15). 
Assim, temos que a Educação Química, envereda-se, unicamente, exclusivamente, no ensino de química e suas respectivas relações. Aprimorando o processo de ensino-aprendizagem, para formar cidadãos.
Assim, o objetivo, básico do ensino de química, compreende uma abordagem dos assuntos de química, visando sua participação efetiva\ ativa do estudante na sociedade, ancorada na consciência das consequências das ações, naquilo que se referência socialmente o conhecimento químico como direcionador. A Educação Química tratará de identificar as falhas sistêmicas no ensino de química, seja ela, curricular, política, ou de método de ensino, e garantir seu aprimoramento. A Educação Química atua na perspectiva de inovar, mas inovar conscientemente, embasada na pesquisa encrudescida em um processo dialética. 
A Educação Química, atua na busca de vinculação dos conteúdos químicos ao contexto social do aluno, contribuindo para formação do cidadão. Isto significa que os conteúdos abordados não podem se restringir à lógica interna das disciplinas cientificas, valorizando, o conhecimento de teorias e fatos científicos, mas, sim, reelabora-los e relacioná-los com temas relevantes. Como afirma, o professor Otávio Maldaner:
Para organizar um programa de Ensino de Química, precisamos identificar situações de alta vivência dos alunos para que, possam formar o seu pensamento químico mediado pela ação do professor e pela linguagem química. É necessário também que tais situações permitam desenvolver um conjunto de conceitos químicos importantes e centrais na constituição do pensamento químico moderno junto aos alunos, sendo assim por mim denominadas de “situações conceitualmente ricas”. (Maldaner, p. 286) 
O conhecimentode química é importante para os estudantes, mas não apenas o conhecimento cientifico cru, mas que garanta uma percepção ao estudante de mundo e suas importantes contribuições, principalmente, no direcionamento de suas ações. Assim, destacando a química como importante ferramenta para a construção de um “eu” humano, que garanta a consciência na avaliação da tomada de decisões e que corrobore com o projeto de uma sociedade melhor. 
Fica evidente, a necessidade de um aporte histórico no ensino de química, pois através da consciência histórica, passamos a compreender a importância da química no contexto social, seus respectivos erros e acertos, para que não recomentemos velhos erros, e garantimos o aprimoramento para melhores acertos. 
A Educação química traça como objetivo a formação para o exercício da cidadania e de valores. Diagnosticando a importância que a química tem na sociedade, que desenvolve papeis, que parte da consciência ambiental, que deve permear o ensino de química, até a consciência política. A química não está à parte do horizonte social. O ensino de Química deve corroborar com o projeto de sociedade consciente e humanizada, e é isso o que a Educação Química demarca deste da década de 70.
Promulgando o desenvolvimento da experimentação e seu recrudescimento na contextualização social, no aporte histórico, na própria reconfiguração do curriculum de química que garanta interdisciplinaridade e contextualização. 
Para atingir, tais objetivos, a Educação Química acredita no valor da pesquisa, na dialética de construção que reverbere um interesse mútuo e coletivo. Daí surge, a importância dos ENEQs, da revista Química Nova, da revista Química nova na escola para o ensino de química, pois garante o espirito coletivo e democrático na pesquisa do ensino de química, e consequentemente, tal fator prepondera-se no próprio ensino escolar. 
REFERÊNCIAS 
QNESC. Editorial. Revista Química Nova na Escola. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br. Acessado em 30 nov. 2017.
QN. Editorial. Revista Química Nova. Disponível em: http:// quimicanova.sbq.org.br. Acessado em 28 nov. 2017.
CHASSOT, A. I. Para que (m) é útil o ensino? Canoas: Editora da ULBRA. 1995.
MALDANER, O. A Pesquisa como Perspectiva de Formação Continuada do professor de Química. Química Nova, 22 (2), p. 289, 1999 
MOTIMER, E. F; MACHADO, A. H. Múltiplos Olhares Sobre Um espirito de Ensino: Por que o gelo flutua na água? 
SCHNETZLER, R. A pesquisa em ensino de química no Brasil: conquista e perspectiva. Química Nova. Supl. 1, P. 22-24.

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