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RESUMO DE ANATOMIA GERAL HUMANA

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RESUMO DE ANATOMIA GERAL HUMANA
 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA
1. DEFINIÇÃO
Anatomia: Palavra de origem latim significa Ana: em partes + tomein: cortar.
2. PARTES CONSTITUINTES DO CORPO HUMANO
1) Cabeça (pescoço)
2) Tronco
a) Tórax
b) Abdome
3) Membros
a) Superiores
i) ombros (raiz)
ii) braços
iii) antebraços
iv) mãos
b) Inferiores
i) quadril (raiz)
ii) coxas
iii) pernas
iv) pés
5) Cavidades: Espaços internos no corpo humano Cavidade craniana
que contem os órgãos.
Canal vertebral
Cavidade torácica
Cavidade abdominal
Cavidade pélvica
B. NOMENCLATURA ANATÔMICA
1. Posição Anatômica
Na anatomia, existe uma convenção internacional de que as descrições do corpo humano assumem que o corpo esteja em uma posição específica, chamada de posição anatômica.
Na posição anatômica, o indivíduo está em posição ereta, em pé (posição ortostática) com a face voltada para a frente e em posição horizontal, de frente para o observador, com os membros superiores estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas para a frente, membros inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés voltados para a frente. Toda descrição anatômica é feita considerando o indivíduo em posição anatômica.
1.2 Conceitos de normal, variação, anomalia e monstruosidade
Normal: em anatomia normal tem conceito estatístico, representado pelo o que ocorre na maioria dos casos, o mais frequente. Ex: 20 dedos, coração com seu ápice inclinado para o lado esquerdo do corpo.
Variação anatômica: é uma alteração da forma ou posição do órgão, porém, não causa prejuízo na função. Ex: diferença de altura entre duas pessoas
Anomalia: é uma alteração da forma ou posição do órgão, que causa prejuízo na função, sendo compatível com a vida. Ex: Individuo que nasce com um dedo a menos da mão.
Monstruosidade: é uma alteração da forma ou posição do órgão, que causa prejuízo acentuado da função sendo incompatível com a vida. Ex: anencefalia (ausência do encéfalo).
2. Principais Planos Anatômicos
Os planos anatômicos são responsáveis por tangenciar (dividir) a superfície do corpo. Existem dois grupos de Planos, o de Delimitação e o de Secção.
Planos de Delimitação:
Ventral, Dorsal, Laterais,
Superior ou Cranial, Inferior ou podálico.
Planos de Secções:
Plano de secção mediana: divide o corpo em duas
metades – direita e esquerda
Plano de secção frontal: São paralelos aos planos
ventral e dorsal, é tangente a fronte do indivíduo.
Plano de secção transversal: São paralelos aos
planos cranial e podálico, são horizontais a
secção é transversal.
C. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO CORPO HUMANO
O corpo humano consiste de vários níveis de organização estrutural que estão associados entre si. O nível químico inclui todas as substâncias químicas necessárias para manter a vida. As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os átomos combinam-se para formar moléculas; dois ou mais átomos unidos. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as gorduras e as vitaminas.
As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de organização: o nível celular. As células são as unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo. Entre os muitos tipos de células existentes no corpo estão as células musculares, nervosas e sangüíneas.
O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de células semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos básicos de tecido são tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.
Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo nível de organização: o nível orgânico. Os Órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos são o coração, o fígado, os pulmões, o cérebro e o estômago.
O quinto nível de organização é o nível sistêmico. Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma função comum. O sistema digestório, que funciona na digestão e na absorção dos alimentos, é composto pelos seguintes órgãos: boca, glândulas salivares, faringe (garganta), esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas. O mais alto nível de organização é o nível de organismo. Todos os sistemas do corpo funcionando como um todo compõe o organismo - um indivíduo vivo.
D. SISTEMAS
1. Sistema Esquelético
Conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do Ser humano.
Principais funções: sustentação, movimentação, proteção, formação de algumas células do sangue e armazenamento de íons de Ca e P.
Principais componentes: ossos e articulações.
Divisão do esqueleto: Axial – Composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco.
Apendicular – Composto pelos ossos dos membros superiores e inferiores. Estes dois são ligados por meio das cinturas: escapular (escapula e clavícula) e pélvica (ossos do quadril).
Classificação dos ossos: Os ossos podem ser classificados pela posição topográfica: ossos axiais e ossos apendiculares e pela forma, como mostrado a seguir:
Osso Longo: Apresenta o comprimento considerável, maior que a largura e espessura. Possuem duas extremidades denominadas epífises, e um corpo, a diáfise. Esta possui em seu interior o canal medular que aloja a medula óssea. Ex: Fêmur.
Osso Laminar: Ele apresenta comprimento e largura equivalente predominando sobre a espessura. Ex: ossos do crânio.
Osso curto: Apresenta equivalência das três dimensões. Ex: ossos do carpo.
 Osso laminar. Osso curto
Osso irregular: Apresenta morfologia complexa e não encontra correspondência em formas geométricas. Ex: vértebras.
Osso pneumático: Possuem uma ou mais cavidades, de volume variável revestida por mucosa e contendo ar. Estas cavidades são chamadas de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio.
Osso sesamóide: Desenvolves-se na substância de certos tendões (intratendíneos) ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações (Peri-articulares). Ex: patela.
Tipo de substancia óssea:
Substancia esponjosa: As lamínulas ósseas irregulares em forma e tamanho se arranjam de forma a deixarem entre si espaços ou lacunas que se comunicam entre si. Substancia compacta: As lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas as outras por suas faces, sem que haja espaço livre interposto.
Esqueleto Humano
1.1 Cabeça
O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face. Ele é formado por 22 ossos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma. Esses ossos se encontram ao longo de linhas chamadas suturas, que podem ser vistas no crânio de um bebê ou de uma pessoa jovem, mas que desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos.
A maioria dos ossos cranianos formam pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e esfenóides, fundem-se num osso único. Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáticos, nasais e palatinos.
Tronco
Formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo osso esterno. O tronco e a cabeça formam o esqueleto axial.
Costela e Osso Esterno
A costela e o osso esterno protegem o coração, os pulmões e os principais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa torácica é responsável, juntamente ao diafragma, pelos movimentos respiratórios. A caixa torácica é formada pelas costelas, que são ossos achatados e curvos que se unem dorsalmente à coluna vertebral e ventralmente ao esterno. A maioria das pessoas possui 12 pares de costelas. Algumas têm uma extra (mais comum em homens do que mulheres). Os dois últimos pares de costelas são ligados à coluna vertebral, não se ligam aoesterno (as costelas flutuantes).
Coluna Vertebral
Ou espinha dorsal, é constituída por 33 ossos (as vértebras). A sobreposição dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo interno ao longo da coluna vertebral, onde se localiza a medula nervosa. São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.
 
	
Membros Superiores e Inferiores
Membros Superiores e Inferiores
Os ossos dos membros superiores e inferiores ligam-se ao esqueleto axial por meio das cinturas articulares.
Membros Superiores
Composto por braço, antebraço, pulso e mão. O braço só tem um osso: o úmero, que é um osso do membro superior. O antebraço é composto por dois ossos: o rádio que é um osso longo e que forma com a ulna o esqueleto do antebraço. A ulna também é um osso longo que se localiza na parte interna do antebraço.
A mão é composta pelos seguintes ossos: ossos do carpo, ossos do metacarpo e os ossos do dedo. Os ossos do carpo (constituída por oito ossos dispostos em duas fileiras), são uma porção do esqueleto que se localiza entre o antebraço e a mão. O metacarpo é a porção de ossos que se localiza entre o carpo e os dedos.
Membros Inferiores
São maiores e mais compactos, adaptados para sustentar o peso do corpo e para caminhar e correr. Composto por coxa, perna, tornozelo e pé.
A coxa só tem um osso - o fêmur - que se articula com a bacia pela cavidade catilóide. O fêmur tem volumosa cabeça arredondada, presa a diáfise por uma porção estreitada - o colo anatômico. A extremidade inferior do fêmur apresenta para diante uma porção articular - a tróclea - que trás dois côndilos separados pela chanfradura inter-condiliana. O fêmur é o maior de todos os ossos do esqueleto.
A perna e composta por dois ossos: a tíbia e a fíbula (perônio). A tíbia é o osso mais interno e a fíbula é o osso situado ao lado da tíbia.Os dedos são prolongamentos articulados que terminam nos pés. O pé é composto pelos ossos tarso, metatarso e os ossos dos dedos. O metatarso é a parte do pé situada entre o tarso e os dedos. O tarso é a porção de ossos posterior do esqueleto do pé.
 
Cintura Pélvica
Conecta os membros inferiores ao tronco. É formada pelo ílio, ísquio e púbis.
2. Sistema Muscular
Principais funções: Produção dos movimentos corporais, estabilização das posições corporais, regulação do volume dos órgãos, produção de calor.
Principais componentes: músculos e tendões.
Fucnionamento muscular: A célula muscular esta sob controle do sistema nervoso. Cada músculo possui um nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para controlar a célula muscular, estas divisões formam as placas motoras. Quando o impulso nervoso passa através do nervo, a placa motora o transmite para a célula determinando a sua contração, se o impulso para a contração resulta de um ato de vontade diz se que o músculo é voluntario, se não for determinado por um ato de vontade o músculo é involuntário.
Tipos de músculos:
MÚSCULO LISO: músculo involuntário, localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo. Ex: músculo do estomago.
MUSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO: é inervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto. Histologicamente o músculo estriado apresenta estriações transversais que o diferencia do músculo liso.
O músculo esquelético se divide em duas partes o ventre muscular, responsável pela contração, e os tendões ou aponeuroses, localizados nas extremidades dos músculos, não possuem movimento em sua maioria são responsáveis pela ficção do músculo no esqueleto.
MUSCULO ESTRIADO CARDÍACO: Histologicamente ele se assemelha o músculo estriado esquelético, mas possui ação involuntária. Apenas o coração é formado por este músculo.
Sistema Nervoso
Principais funções: Controla e coordena todas as funções do organismo. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. Função Sensorial, Integrativa e Motora.
Principais componentes: Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens e Sistema Nervoso Periférico (nervos cranianos e espinhais, gânglios e terminações nervosas) carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores.
Neurônios: Os neurônios são formados por um corpo celular e por dois conjuntos de ramificações. Um destes tipos de ramificações designa-se axônio; a sua função é transmitir informação do neurônio a outras células a que está funcionalmente ligado. O outro conjunto designa-se dendrites; a sua principal função é a de receber a informação transmitida pelos axônios de outros neurônios.
Meninges: dura-máter, aracnóide, pia-máter, são responsáveis por envolver e proteger o sistema nervoso.
Liquido cérebro-espinhal: encontra-se no espaço subaracnóide e nos ventrículos cerebrais, sua função é proteger o sistema nervoso funcionando como um amortecedor de choques.
Córtex Cerebral
Funções: · Pensamento · Movimento voluntário · Linguagem · Julgamento · Percepção
Cerebelo
Funções: · Movimento · Equilíbrio · Postura · Tônus muscular
Tronco Encefálico
Funções:
· Respiração · Ritmo dos batimentos cardíacos · Pressão Arterial
Mesencéfalo
Funções: · Visão · Audição · Movimento dos Olhos · Movimento do corpo
Nervos Cranianos: (12 pares)
I. Olfatório II. Óptico III. Oculomotor IV. Troclear V. Trigêmeo VI. Abducente VII. Facial VIII. Vestíbulococlear IX. Glossofaríngeo X. Vago XI. Acessório XII. Hipoglosso
Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos láteroposteriores do pescoço. São eles o 3º (oculomotor), o 4º (troclear), o 6º (abducente), o 11º (acessório) e o 12º (hipoglosso).
Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são o 1º (olfatório), o 2º (óptico) e 8º (vestibulococlear).
Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: 5º (trigêmeo), 7º (facial), 9º (glossofaríngeo) e o 10º (vago).
Nervos espinhais: São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e parte da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São, pois, 8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais,1 coccígeo.
Sistema Circulatório
Principais funções: transporte de O2, nutrientes, hormônios para as células e remoção de produtos indesejáveis; defesa do organismo (por meio do transporte de anti-toxinas e
glóbulos brancos); também auxilia na manutenção do conteúdo de H2O e íons, pH e temperatura do corpo.
Principais componentes: Sistema sangüíneo ( coração, vasos sanguíneos), sistema linfático (vasos condutores de linfa e órgãos linfóides - linfonodos e tonsilas- e órgãos hemopoiéticos( medula óssea e baço e timo).
4.1 Coração:
É um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. É formado por três tecidos, endocárdio (interno), miocárdio e o epicárdio (externa). O coração é formado por quatro câmaras, o átrio direito, recebe o sangue da circulação corpórea através da veia cava superior e inferior, o ventrículo direito, bombeia o sangue para os pulmões através artéria pulmonar, o átrio esquerdo, recebe o sangue oxigenado dos pulmões através das veias pulmonares, e o ventrículo esquerdo, bombeia o sangue oxigenado para o corpo através da ateria aorta. Entre o átrio e ventrículo direitos encontras-sea válvula tricúspide, e entre o átrio e ventrículo esquerdo esta a válvula mitral. A função das válvulas é direcionar o fluxo do sangue no interior das cavidades do coração e destas para as grandes artérias.
A nutrição do coração e o fornecimento do oxigênio e dos substratos para a produção da energia necessária ao seu funcionamento, provém das artérias coronárias direita e esquerda, cujos ramos se distribuem por todo o miocárdio, constituindo um sistema próprio de irrigação.
Sistema de condução: O controle da atividade cardíaca é feita através do vago (atua inibindo) e do simpático (atua estimulando). Estes nervos transmitem os impulsos nervosos ate o nó sino-atrial, localizando na parede do átrio direito ele é considerado o marca paço do coração.Daí o impulso se espalha no miocárdio resultando na contração. Este impulso chega ao nó átrio-ventricular e se propaga para o ventrículo através do feixe átrio- ventricular estimulando sua contração.
4.2 Vasos sanguíneos:
As artérias são os vasos encarregados de transportar o sangue bombeado pelo coração para os tecidos. As artérias periféricas nascem da aorta e se dirigem ao crânio, ao tórax e membros superiores, abdome e membros inferiores. Das artérias principais, nascem outras artérias que se dirigem às diferentes regiões ou órgãos, onde continuam a se ramificar, como os ramos de uma árvore, até distribuir ramos para todos os pontos do organismo. As artérias distais, os menores ramos da imensa rede arterial, são as arteríolas. As arteríolas se conectam à rede de capilares do organismo, que tem contato com pràticamente todas as células. Na extremidade oposta os capilares vão se agrupando em vênulas, cujo conjunto vai formando as veias, que acompanham regularmente o trajeto das artérias, em sentido inverso, até se reunirem nas grandes veias cava superior e inferior, que drenam todo o sangue recebido na rede capilar, de volta ao átrio direito.
Formação: As paredes das artérias e das veias são formadas por três camadas.
Camada adventícia (externa): constituída por tecido conjuntivo e algumas fibras elásticas.
Camada média: constituída principalmente por fibras musculares e elásticas, é muito mais espessa nas artérias do que nas veias. É responsável pela contração e relaxamento dos vasos.
Camada intima (interna): é constituída pelo endotélio, cuja função é predominantemente anti-trombogênica.
No revestimento interno das veias, o endotélio forma cúspides, a intervalos, que funcionam como válvulas que auxiliam o direcionamento do sangue para o coração direito. As camadas íntima e média dos vasos recolhem o oxigênio e outros elementos para a sua própria nutrição por difusão do sangue no seu interior. A camada adventícia possui pequenos vasos, artérias, veias e capilares, responsáveis pela nutrição do próprio vaso, chamados “vasavasorum”, que significa vasos dos vasos.
Locais mais comuns de palpação de pulso:
Carótida
Temporal
Pediosa
4.3 Sistema Linfático:
Produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sangüínea. O sistema linfático também é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores. O fluxo da Linfa é lento, sendo impulsionado pelo movimento muscular.
Sistema linfatico
Linfonodos: São responsáveis pela produção de glóbulos brancos, principalmente linfócitos, sendo um órgão de defesa para o organismo. Eles estão localizados ao longo do canal linfático. Os linfonódos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca de 400 glânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do pescoço.
Tonsilas Palatinas (Amígdalas): A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos.
Tonsila Faríngea (Adenóides): É uma saliência produzida por tecido linfático encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como adenóide.
Baço:
Tem forma oval, pesando cerca de 150 g, situado na cavidade abdominal, logo abaixo da hemicúpula diafragmática esquerda, ao nível da nona costela. Possui uma face diafragmática (que se relaciona com o diafragma) e uma face visceral (que se relaciona com o estômago, o cólon transverso e o rim esquerdo). É o maior dos órgãos linfáticos e faz parte do Sistema Retículo-Endotelial, participando dos processos de hematopoiese (produção de células sanguíneas, principalmente em crianças) e hemocaterese (destruição de células velhas, como hemácias senescentes - com mais de 120 dias). Tem importante função imunológica de produção de anticorpos e proliferação de linfócitos ativados, protegendo contra infecções, e a esplenectomia (cirurgia de retirada do baço) determina capacidade reduzida na defesa contra alguns tipos de infecção. É um órgão extremamente frágil, sendo muito suscetível à ruptura, em casos de traumaou ao crescimento (esplenomegalia) em doenças do depósito e na hipertensão portal.
Timo:
Orgão linfóide, formado por massa irregular situado em parte no tórax e em parte na porção inferior do pescoço. O tipo cresce após o nascimento atingindo seu maior tamanho na puberdade, a partir daí ele começa a regredir. O timo elabora uma substância, a timosina, que mantém e promove a maturação de linfócitos e órgãos linfóides como o baço e os linfonodos.
Sistema Respiratório
Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – remoção de CO2).
Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, laringe, traquéia (que se ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões.
Sistema respiratório de condução: Sua função é levar o ar inspirado ate os pulmões, e destes conduzir o ar expirado, eliminando o CO2.
Nariz: é divido em três partes, externa, nasal e paranasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato.
Parte nasal: É formada pela cavidade nasal, escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe, onde esta localizado as conchas nasais, que existem para aumentar a superfície mucosa da cavidade nasal responsável pelo condicionado do ar, ou seja, é filtrado, umidecido e aquecido.
Conchas nasais
Seios paranasais: Os seios paranasais são extensões cheias de ar ou pneumatizadas da porção respiratória da cavidade nasal projetadas nos ossos do crânio: frontal, etmóide, esfenóide e maxila. São denominados de acordo com os ossos no qual se localizam: seios frontal, etmoidal, esfenoidal e maxilar.
O seio frontal é superior; o seio maxilar é inferior; o seio etmoidal é medial; e o seio esfenoidal posterior à órbita. Os seios são revestidos por mucosa que é contínua com a mucosa da cavidade nasal. Entretanto, a mucosa dos seios é mais fina, menos vascular, e não tão aderente às paredes ósseas quanto é a mucosa nasal. O muco secretado pelas glândulasda mucosa dos seios segue para a cavidade nasal através de aberturas ou óstios (encobertos pelas conchas) em suas paredes laterais.
Faringe: é um órgão tubular que inicia-se nas coanas com prolongação para baixo no pescoço com a forma de um funil, seu tamanho varia de 12 à 15 cm de comprimento e de cerca de 35 mm em seu início e cerca de 15 mm no seu término. Possui comunicação com o esôfago, fossas nasais e os ouvidos. A faringe situa-se atrás das fossas nasais e a frente às vértebras cervicais, se mantém ligada a laringe e o esôfago. Contudo é possível distinguir estas ligações em diferentes segmentos:
A laringofaringe ou faringe inferior, é denominada a continuação da orofaringe ou faringe média, pela frente possui ligação com a laringe o por baixo com o esôfago;
A orofaringe ou faringe média, está ligada pela parte anterior com a cavidade bucal e comunica-se com a faringe superior;
A nasofaringe, rinofaringe ou faringe superior, é ligada pelas cavidades nasais, fazendo uma ligação com a orofaringe, é a parte mais espessa da faringe, compreende-se da base do crânio até o palato mole (céu da boca).
A faringe é composta por uma camada de músculo circular na parte externa, um revestimento fino. A parte interna é de músculos esqueléticos e revestida por uma túnica mucosa (sempre úmida com o muco produzido). Nessa membrana mucosa consta acumulações de células do sistema imunológico, chamados de folículos linfóides. Funcionam como um “filtro” protegendo a mucosa faríngea dos microogranismos presentes no ar e nos alimentos. Alguns dos folículos são denominado de amígdalas, volumosos e salientes. Destacam-se: as amígdalas tubárias (duas saliências situadas na faringe superior), as amígdalas palatinas (duas saliencias localizadas nas faces laterais da faringe média) e as amígdalas faríngeas (situada no teto da laringe superior).
Laringe: A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.
A laringe tem três funções:
 Atua como passagem para o ar durante a respiração;
 Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);
 Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia).
	A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras).
	
	
A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos. A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (cartilagem tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (cartilagem aritenóidea, cuneiforme e corniculada).
A cartilagem tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores
A cartilagem cricóide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireóide e antecede a traquéia. A epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide. A epiglote é uma espécie de "porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago.
Cartilagem cricóide
Cartilagem tireóidea
Epiglote
Traquéia e brônquios:
Atraquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.
O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais. Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo. A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios.
Os brônquios são bifurcações da traquéia e possuem estrutura muito semelhante a elas. Eles se dividem em dois brônquios principais (direito e esquerdo) e estes se dividem em brônquios lobares. Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar. Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem.
Pulmões:
	
	
	Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas. Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas.
O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado, ele esta dividido em três lobos, superior, médio e inferior . O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca, ele esta divido em dois lobos, o superior e o inferior.
	
	
Os bronquíolos se ramificam dando origem a minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados alvéolos. Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respirató
rias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
Traquéia
Lobo inferior
Lobo Superior
Brônquio
carina
Brônquio lobar
Lobo inferior
Lobo superior
Lobo médio
Sistema Digestivo
Principais funções: realiza a digestão (quebra de alimentos, absorção dos componentes nutritivos e eliminação de substâncias indesejáveis).
Principais componentes: boca (língua, dentes, etc.), faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: glândulas salivares, fígado e pâncreas.
Boca:
A boca também referida como cavidade oral ou bucal é formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que está suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal.
A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição.
Língua:
A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula. A raiz é a parte posterior, o ápice é a extremidade anterior, um tanto arredondada, que se apóia contra a face lingual dos dentes incisivos inferiores. A face inferior possui uma mucosa entre o soalho da bocae a língua na linha mediana que forma uma prega vertical nítida, o frênulo da língua. No dorso da língua encontramos um sulco mediano que divide a língua em metades simétricas. Nos 2/3 anteriores do dorso da língua encontramos as papilas linguais. Já no 1/3 posterior encontramos numerosas glândulas mucosas e folículos linfáticos (tonsila lingual).
Papilas Linguais - são projeções do cório, abundantemente distribuídas nos 2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma aspereza característica. Os tipos de papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples.
Glândulas salivares:
São consideradas anexos do sistema digestivo, são responsáveis pela secreção da saliva. Dentre as enumeras glândulas salivares estão a parótida, localiza-se entre o ramo da mandíbula e o processo estilóide do temporal. No seu interior está o ducto parotídeo. Este ducto entra na cavidade da boca através de um orifício na altura do segundo dente molar maxilar. À infecção da glândula parótida se dá o nome de parotidite. Uma das causas mais comuns de infecção da glândula é através do vírus da caxumba. A Glândula submandibular, situada na porção posterior do assoalho da boca, dobra-se contra a face medial da mandíbula apresenta um ducto excretor que se abre na boca, abaixo da língua, através de um pequeno orifício lateral ao frênulo lingual.Glândula sublingual: tem forma de amêndoa, é a menor dos três pares de glândulas salivares maiores, situada no assoalho da boca, entre a porção lateral da língua e os dentes. Sua secreção é eliminada para o meio bucal mediante um número variável de pequenos ductos que se abrem numa elevação da prega sublingual.
Esôfago:
É um órgão condutor muscular, localizado entre o extremo inferior da laringo-faringe e o superior do estômago, que faz parte do aparelho digestório unindo a faringe ao estômago. Sua principal função é levar os alimentos até o estômago. O esôfago é oco e formado por três camadas: mucosa, submucosa e muscular. A camada mucosa apresenta tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e glândulas mucosas. A camada submucosa contém pequenas glândulas que lançam suas secreções em direção ao esôfago, estas secreções atuam contra agentes infecciosos do meio externo. A camada muscular se divide em externa e interna. Os alimentos são conduzidos ao estômago através de movimentos peristálticos (movimentos involuntários), que fazem com que o bolo alimentar chegue até o estômago. Para chegar ao estomago ele atravessa o músculo diafragma através do hiato esofágico.
Estômago:
É uma dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e continua no intestino. Esta situado abaixo do diafragma. Possui dois orifícios, o óstio cardo que faz comunicação com o esôfago e o óstio pilórico que se comunica com o duodeno (porção inicial do intestino). O estômago pode ser dividido em quatro partes, a cárdia (corresponde a junção com o esôfago) , o fundo, o corpo (maior porção do estomago) e a parte pilórica.
Fundo
Corpo
Parte pilórica
Cárdia
No estômago, o alimento é misturado com a secreção estomacal, o suco gástrico (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas). A pepsina decompõem as proteínas em peptídeos pequenos. A renina, produzida em grande quantidade no estômago de recém-nascidos, separa o leite em frações líquidas e sólidas. Apesar de estarem protegidas por uma densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada.
Com auxilio do peristaltismo o bolo alimentar transforma-se em uma massa acidificada e semilíquida, o quimo. Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde continua a digestão.
Intestino Delgado:
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atuam o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras. O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos. A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. No suco entérico há enzimas que dão seqüência à hidrólise das proteínas. No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas.
Intestino Grosso:
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. A distensão provocada pela presença de fezes estimula terminações nervosas do reto, permitindo a expulsão de fezes, processo denominado defecação.
Fígado:
Está localizado no quadrante superior direito do abdome, protegido pelas costelas inferiores. Sua borda superior situa-se aproximadamente ao nível dos mamilos. Ele entra em contato direto com o diafragma. Apresenta dois lobos ( o direito com aproximadamente 6 vezes as dimensões do esquerdo) e 8 segmentos. Cada segmento possui suprimento sanguíneo e canais biliares independentes.
O fígado tem duplo suprimento sanguíneo: a veia porta recebe sangue venoso procedente dos intestinos e baço e a artéria hepática recebe sangue arterial. O sangue portal é responsável por 80% do suprimento hepático. A drenagem venosa é feita pelas veias hepáticas direita e esquerda. O fígado é formado por hepatócitos organizados em estruturas tridimensionais chamadas lóbulos hepáticos, que é a unidade funcional básica do fígado. Esses lóbulos apresentam uma veia central onde é drenado o sangue aportado pela artéria hepática e a veia porta. Na sua periferia há um espaço porta contendo o ducto cístico, o canal colédoco e a vesícula biliar.
A função hepática pode ser descrita pela somatória de ações que o órgão desempenha no metabolismo. O fígado é responsável por mais de 5.000 funções vitais.
Participa das seguintes funções orgânicas:
metabolismo de aminoácidos, proteínas, carboidratose gorduras; síntese de triglicérides, lipídeos ,especialmente colesterol e fosfolipídeos; armazenamento de vitaminas, sendo a vitamina A estocada em maior quantidade, mas grandes quantidades da vitamina D e B12 também são normalmente armazenadas; armazenamento de ferro, com exceção do ferro na hemoglobina, a maior parte do ferro no corpo é armazenado no fígado sob a forma de ferritina; síntese de fatores de sistema da hemostasia: fibrinogênio, protrombina, fatores V ,VII, IX e X , proteínas C e S e plasminogênio; metabolismo de drogas; síntese de sais biliares, armazenamento e excreção através da vesícula biliar.
Pâncreas:
É uma glândula que é capaz de produzir secreções exócrinas (suco pancreático) e endócrinas (insulina). As últimas são produzidas por grupos de células, chamadas de ilhotas de Langherans. As substâncias exócrinas são produzidas em por ácinos e auxiliam na digestão dos alimentos. O pâncreas é composto por quatro partes: (1) cabeça, (2) colo, (3) corpo, (4) cauda.
A cabeça está interiormente a curvatura do duodeno e posteriormente a porção pilórica do estômago. A cabeça do pâncreas possui uma projeção a esquerda chamada de processo uncinado. O colo é uma região afilada de transição entre a cabeça e o corpo. O corpo e cauda projetam-se a esquerda cruzando a coluna vertebral. Com a exceção da cauda, o pâncreas é um órgão retro-peritonial, ou seja, ele situa-se posteriormente ao peritônio.
A secreção exócrina do pâncreas é drenada pelo ducto principal pancreático. Este percorre todo o pâncreas levando o conteúdo produzido até a junção com o ducto colédoco. A irrigação do pâncreas é feita de acordo com as porções do pâncreas. A cabeça é irrigada pelas artérias pancreatoduodenais superior e inferior. A irrigação do colo do pâncreas é dada pela artéria dorsal do pâncreas. O corpo é irrigado pela artéria magna do pâncreas. A cauda é irrigada pela artéria caudal do pâncreas.
A drenagem venosa é feita por veias que acompanham as artérias e recebem o mesmo nome. A drenagem linfática é feita por linfonodos adjacentes: lienais, hepáticos, mesentéricos e celíacos.
Estomago
Ducto biliar
Duodeno
Hormônios insulina e glucagom
Sangue
Porção endócrina do pâncreas
Células secretoras do suco pancreático
Ducto pancreático
Cauda
Corpo
Cabeça
Sistema Urinário
Principais funções:
Excreção;
Regulação da osmolalidade e das concentrações de eletrólito;
Regulação do equilíbrio ácido-básico;
Regulação da pressão arterial;
Secreção, metabolismo e excreção de hormônios:
- Eritropoietina (estimula a produção de eritrócitos pela medula óssea);
- Renina (enzima que catalisa a produção de Angiotensina);
- Calcitriol (forma biologicamente activa da vitamina D);
Gliconeogênese.
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Principais componentes: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra.
Rins: órgãos excretores, em forma de feijão (tendo no ser humano, aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura). É o principal órgão do Sistema Excretor e osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram dejetos (especialmente uréia) do sangue, e os excretam, com água, na urina; a urina sai dos rins através dos ureteres, para a bexiga. Cada rim com duas faces (anterior e posterior), duas bordas (medial e lateral) e dois pólos ou extremidades (superior e inferior). Na borda medial encontra-se o hilo, por onde passam o ureter, artéria e veia renal, linfáticos e nervos. Os rins estão envolvidos em toda sua superfície por um tecido fibroso fino chamado cápsula renal.
Cada rim é composto por 3 camadas:
Externa: formada pela cápsula renal fibrosa;
Média: onde encontramos o córtex renal, nela se localizam as cápsulas de Bowman e os glomérulos;
Interna: Onde estão localizados a medula renal, e as pirâmides de Malpighi que são formadas principalmente pelo conjunto das alças de Henle.
Localização: os rins estão localizados na região posterior do abdome, atrás do peritônio, 
motivo pelo qual são chamados de órgãos retroperitoneais. Existe um rim em cada lado da coluna; o direito encontra-se logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço. Em cima de cada rim encontramos a glândula adrenal.
Vascularização: Os rins são supridos pela artéria renal, que se origina da aorta. A artéria renal divide-se no hilo em um ramo anterior e um ramo posterior. Estes se dividem em várias artérias segmentares que irão irrigar vários segmentos do rim. Essas artérias, por sua vez, dão origem às artérias interlobares, que na junção córtico-medular dividem-se para formar as artérias arqueadas e, posteriormente as artérias interlobulares. Dessas artérias surgem as arteríolas aferentes, as quais sofrem divisão formando os capilares dos glomérulos, que em seguida, confluem-se para formar a arteríola eferente.
Cápsula renal
Córtex
Pirâmide de Malphigui
Arteira renal
Bacinete
Veia renal
Ureter
Nefrons:
Os Nefrons é a unidade funcional dos rins, Cada rin é composto por aproximadamente 1 milhão de nefros, são neles que acontece a filtração do sangue.
Um néfron é formado por:
Um glomérulo;
Um túbulo proximal;
Uma alça de Henle;
Um tubo distal;
Um ducto coletor;
Glomérulo Renal: formado por novelos de capilares sanguíneos, oriundos da artéria renal e arteríolas aferentes. Cada glomérulo está envolvido por uma cápsula de paredes duplas, chamada Cápsula de Bowman. É no glomérulo que ocorre a primeira etapa da formçao da urina, a filtração do sangue.
Túbulos renais: São tubos longos que se originam na cápsula de Bowman, são eles: Túbulo proximal, Alça de Henle e Túbulo distal. No Túbulo proximal e na Alça de Henle acontece a segunda etapa da formação da urina, a Reabsorção.
Túbulo coletor: desemboca em um cálice renal, recebe a urina e a conduz para o bacinete ou pelve renal.
URETER
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Órgãos pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim. Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária.
Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo.
BEXIGA
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero.
Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.
URETRA
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. A uretra é diferente entre os dois sexos.
Uretra Masculina
A uretra masculina estende-se doorifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a rostática, a membranácea e a esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório.
Uretra Feminina
É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de direção oblíqua para baixo e para frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6mm. Seu orifício externo fica imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5cm dorsalmente à glande do clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral.
Fisiologia do Sistema Urinário:
Os rins formam a urina e regulam a concentração da maioria das substâncias existentes no líquido extracelular. O sangue chega a cada néfron através da artéria aferente, que penetra na membrana do glomérulo transformando-se em um “novelo” de vasos sanguineos, saindo do glomérulo com o nome de arteríola eferente. Enquanto o sangue passa pelo glomérulo, substâncias encontradas em excesso no sangue ou indesejáveis para o organismo são filtradas pela a cápsula de Bowman. Em seguida este filtrado segue para o túbulo proximal e Alça de Henle onde acontece a reabsorção de algumas substancias e água para o sangue. Enfim o filtrado renal passa para o túbulo distal onde é secretado para na pelve renal, depois ureteres, bexiga e uretra.
Etapas na Formação da Urina:
1° etapa: Filtração Glomerular
Filtração de grande quantidade de líquido e solutos ( cloreto de sódio, uréia, ácido úrico, açúcar).
2° etapa: Reabsorção Tubular
Reabsorção de água e certos solutos.
3° Secreção Tubular
Secreção do filtrado renal para os túbulos até a uretra.
Fatores que interferem na filtração glomerular:
Pressão hidrostática do sangue;
Pressão hidrostática da cápsula;
Pressão oncótica do sangue;
Atuação do Simpático;
Hormônios.
Atuação hormonal nos Rins
Sistema Renina – Angiotensina – Aldosterona
A Renina é uma enzima sintetizada e libertada pelas células gromelurales. A Renina degrada o Angiotensinogénio (proteína circulante produzida no fígado e rins) em Angiotensina I (decapeptídeo) que, por sua vez, é convertida em Angiotensina II (octapeptídeo activo) pela enzima de conversão da angiotensina (ACE). O nível plasmático da Angiotensina II é determinado pelo nível de Renina plasmática.
A secreção de Renina é estimulada por 3 mecanismos principais:
a) Aumento da actividade simpática (através de receptores β presentes nas células
granulares);
b) Redução da pressão arteriolar aferente (mecanismo ainda desconhecido);
c) Diminuição da concentração de NaCl na mácula densa: o oposto também se verifica, isto é, a secreção de Renina também é inibida por um aumento do NaCl na mácula densa. A concentração de NaCl neste local é dependente do sódio corporal total e é influenciada pela GFR e pela reabsorção tubular proximal, as duas variáveis que são modificadas pelo ECV.
A Angiotensina II estimula directamente a reabsorção de Na+ em vários segmentos tubulares, particularmente no túbulo proximal, onde activa o trocador Na+ / H+. Em concentrações mais elevadas, diminui a GFR por vasoconstrição da arteríola aferente e pela diminuição de Kf. A produção de angiotensina II plasmática é auto-limitada porque a sua formação inibe a secreção de Renina.
A Aldosterona é uma hormona esteróide sintetizada na zona glomerulosa do córtex da
glândula suprarrenal. A sua produção é estimulada por:
1. Angiotensina II
2. Diminuição da concentração plasmática de Na+;
3. Aumento de concentração plasmática de K+;
4. ACTH;
5. Diminuição dos níveis plasmáticos do peptídeo natriurético auricular.
O factor principal no controlo de secreção de Aldosterona é a Angiotensina II
plasmática. A aldosterona estimula a reabsorção de Na+ renal actuando sobre as células principais do ducto colector: atravessa a membrana desta célula e liga-se a um receptor citosólico; o complexo aldosterona – receptor é então translocado para o núcleo onde activa a transcrição do RNAm; as proteínas translocadas – AIP (Aldoterone Induced Proteins) incluem canais de Na+, bomba Na+ / K+ e enzimas mitocondriais que aumentam a disponibilidade de ATP para a bomba.
Peptídeo Natriurético Auricular (ANP)
É uma hormona peptídica (28 aa) que é sintetizada pelos miócitos auriculares e libertada
em resposta à distensão auricular. O ANP inibe directamente a reabsorção de Na+ (via
GMPc ). Em concentrações mais elevadas aumenta a GFR (por vasodilatação das arteríolas
aferentes e aumenta Kf).
Hormônio Antidiurética
Como referido anteriormente, a libertação de ADH está também dependente de barorreceptores: diminuições marcadas no volume sanguíneo aumentam muito a ADH plasmática que vai actuar como vasoconstritora. Sob o ponto de vista da osmorregulação esta libertação de ADH é inadequada (uma vez que a osmolalidade plasmática é normal). Deste modo, numa depleção de volume grave, a homeostasia osmótica é sacrificada pela
conservação de um volume máximo.
Principais Patologias Renais
Nefrite: A nefrite é o resultado de um processo inflamatório difuso dos glomérulos renais tendo por base um fenômeno imunológico. É responsável por 50% das doenças renais. O fenômeno imunológico responsável pela nefrite ocorre quando uma substância estranha (antígeno) entra na circulação e é levada aos setores de defesa do nosso corpo. O organismo, para se defender do antígeno agressor, produz um anticorpo. A reunião do antígeno com o anticorpo forma um complexo solúvel antígeno-anticorpo que, circulando pelo organismo, pode se depositar nos tecidos, criando as lesões inflamatórias. Quando o glomérulo é o tecido atingido, a lesão inflamatória chama-se glomerulonefrite. Ela se caracteriza-se pela presença de albumina e sangue na urina, edema e hipertensão.
Cálculo Renal: O depósito organizado de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário é o que se chama de cálculo urinário. Cálculos constituídos por cálcio são os mais comuns. Outros minerais encontrados são: oxalato, fósforo, ácido úrico. As "pedras" podem também ser formadas por uma mistura destes elementos. Quando houver um excesso destes minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina. Esta patologia caracteriza-se por cólica renal, com dor no flanco e costas é muito característica, quase sempre com sangue na urina e em certos casos pode haver eliminação de pedras.
Insuficiência Renal Aguda: É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina.
Insuficiência Renal Crônica: Surge quando o rim sofre a ação de uma doença que deteriora irreversivelmente a função renal, apresentando-se com retenção de uréia, anemia, hipertensão arterial, entre outros.
Tumores Renais : O rim pode ser acometido de tumores benignos e malignos. E as queixas são de massas palpáveis no abdômen, dor, sangue na urina e obstrução urinária.
Nefropatias Tóxicas: Causadas por tóxicos, agentes físicos, químicos e drogas. Caracterizam-se por manifestações nefríticas e insuficiência funcional do rim.
Sistema Genital Feminino
Principais funções: reprodução.
Principais componentes: Os órgãos genitais femininos consistem de um grupo de órgãos internos e outro de órgãos externos. Os órgãos internos estão no interior da pelve e consistem dos ovários, tubas uterinas ou ovidutos, útero e vagina. Os órgãos externos são superficiais ao diafragma urogenital e acham-se abaixo do arco púbico. Compreendem o monte do púbis, os lábios maiores e menores do pudendo,o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores. Estas estruturas formam a vulva ou pudendo feminino. As glândulas mamárias também são consideradas parte do sistema genital feminino.
Vagina: é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém internamente, de cada lado de sua abertura, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin,  que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.  A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
Genitália externa: ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem.
Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininoso final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os  ovócitos primários -  encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf  ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação,  rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como
Ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno.  Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.  O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.  
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.  
Útero: é um órgão fibromuscular, ímpar, oco, em forma de pêra invertida, localizado no plano sagital mediano da cavidade pélvica (pelve verdadeira). Recebe as tubas uterinas na região mais abaulada (cranial) e continua-se, inferiormente, com a vagina, com a qual forma usualmente um ângulo de 90 graus. Apresenta paredes espessas, formadas principalmente por fibras musculares lisas (miométrio), sendo a parte interna revestida por mucosa (endométrio) e a externa pelo peritônio (perimétrio). Este último é extremamente delgado, de tal maneira que a sua tonalidade avermelhada é decorrente da visibilização, por transparência, de sua musculatura.
A abertura do útero na vagina é chamada de óstio do útero. A região em forma de cúpula do corpo uterino acima e entre os óstios tubários é o fundo do útero.
O corpo do útero tem uma cavidade, de forma triangular, que se afunila gradualmente à medida que se aproxima do istmo. Em secção sagital dessa cavidade observa-se estreitamento dessa região em virtude das paredes uterinas anterior e posterior estarem quase em contato. O istmo do útero, é uma porção estreita que tem cerca de 1 cm ou menos de comprimento. Essa pequena região é mal delimitada e se situa entre o colo e o corpo do útero. No final da gestação, essa área tem suas dimensões consideravelmente aumentadas, sendo denominada “segmento inferior”, e adquire importância funcional durante o trabalho de parto.O colo do útero estende-se póstero-inferiormente e apresenta forma cilíndrica, com comprimento variável entre 2,5 e 3 cm. Em sua extremidade superior tem continuidade com o istmo do útero. A extremidade inferior, cônica, termina fazendo protrusão na porção superior da vagina (porção vaginal do colo).
Fisiologia da Ovulação e Menstruação
Durante a fase folicular ou proliferativa o revestimento do útero fica mais espesso, estimulado ao aumentar gradualmente as quantidades de estrogênio. Os folículos no ovário começam a desenvolver sob a influência de hormônios e depois de vários dias um folículo (ou ocasionalmente dois) fica dominante. Os folículos não-dominantes atrofiam e morrem. Então, o folículo dominante libera um ovo em um evento chamado ovulação. O óvulo liberado é “captado” por uma das tubas uterinas, que ligam os ovários ao útero. Revestindo essas tubas internamente, existem células com cílios denominadas fimbrias, que favorecem o deslocamento do óvulo até a cavidade do útero. Esta fase é chamada de fase secretora ou progestacional. Se o ovo não for fertilizado por espermatozóide em até 1 dia após a ovulação ele morrerá e será absorvido pelo corpo da mulher. Depois da ovulação, durante a fase luteal, os restos do folículo dominante no ovário transforma-se com corpo lúteo, o qual tem como função principal produzir grandes quantidades de progesterona. Sobe a influência da progesterona, o endométrio (revestimento do útero) muda para se preparar a uma possível implantação do embrião. Se a implantação do embrião não ocorrer dentro de aproximadamente duas semanas, o corpo lúteo morrerá causando queda brusca nos níveis de progesterona e estrogênio (fase isquêmicaou pré-menstrual). Essa queda nos níveis hormonais faz com que o útero elimine seu revestimento em um processo chamado menstruação.
Fisiologia da Fecundação
Fecundação é o nome dado ao evento no qual ocorre a união entre o gameta masculino e o feminino: espermatozoide e ovócito secundário, respectivamente. Ele ocorre geralmente na tuba uterina, e em até trinta e seis horas após a ovulação.
Durante o ato sexual, na ejaculação, o homem libera, juntamente com o esperma, cerca de 350 milhões de espermatozoides. Esses, cuja formação se inicia somente na puberdade, se direcionam da vagina para o útero, e dele para as trompas, buscando atingir o gameta feminino, que exerce forte atração química sobre eles. Durante o percurso, muitos ficam para trás; e somente um, ou um número um pouco maior que esse, consegue atingir o ovócito.
Chegando ali, uma glicoproteína da zona pelúcida, chamada ZP3 se une ao gameta masculino, permitindo com que ele atravesse essa estrutura e atinja a membrana plasmática do ovócito, graças à ação de enzimas que ele é estimulado a liberar. Em seguida, proteínas da membrana plasmática do espermatozoide permitem a união entre as membranas de ambos, impedindo que novos espermatozoides se direcionem.
A cauda do espermatozoide se degenera, e seu cromossomo se condensa ao ovócito após este sofrer meiose. Depois, todo o zigoto sofre meiose, apresentando, ao final, 23 cromossomos maternos e 23 paternos.
Cerca de nove dias após a ovulação já há como detectar se a mulher está grávida ou não, já que, em caso positivo, a fecundação propicia a produção de gonadotrofina coriônica humana (HCG). Esta glicoproteína é liberada pelo corpo-lúteo, estrutura formada a partir do folículo ovariano, após a liberação do ovócito. Ela impede que o corpo feminino tenha novas menstruações e ovulações.
Sistema Genital Masculino
Principais funções: reprodução.
Principais componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra, vesículas seminais, próstata e pênis.
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, osductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem  os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares.
Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais. 
Vesículas seminais:  responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios). 
Próstata:  glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e  ativa os espermatozóides. 
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose. 
Espermatozóide
O espermatozóide é a célula reprodutiva masculina (gameta masculino). Contribui no processo de fecundação com seu DNA para completar o número diplóide do zigoto a ser formado.
Apresentam um núcleo extremamente compactado, e as organelas desenvolvidas são aquelas estritamente relacionadas com sua locomoção. Possuem uma cauda que possui um flagelo destinado a propulsionar o espermatozóide, sendo que a energia propulsória é obtida pelas mitocôndrias localizadas na peça intermediária. Na cabeça do espermatozóide distinguem-se duas porções importantes: o núcleo e o acrossomo. Na cauda são distinguidas quatro regiões: o pescoço (ou colo), a peça intermediária, a peça principal e a peça terminal.
Cabeça
O núcleo do espermatozóide humano apresenta um aspecto achatado com as seguintes dimensões: 4,5 µm de comprimento, 3 µm de largura e 1µm de espessura. Em microscopia, quando visto de frente, apresenta um formato ovóide, enquanto que visto de perfil, apresenta um formato afilado. É responsável pela transmissão dos caracteres hereditários paternos, conservando apenas o verdadeiro material dos genes. Todo o ácido ribonucléico, rico nos núcleos funcionantes e contido, sobretudo, no nucléolo, é eliminado durante o processo de espermiogênese (fase final  da espermatogênese), permanecendo apenas as desoxirribonucleoproteínas. Por isso, o espermatozóide maduro apresenta cromatina muito densa, compacta e homogênea.
O acrossomo é derivado do acroblasto que, por sua vez, se origina de fusões de Golgi e forma um capuz com dupla membrana sobre dois terços anteriores do núcleo do espermatozóide, do qual é separado por um pequeno espaço subacrossomal. Este capuz apresenta em seu interior substâncias (enzimas) importantes durante o processo de fertilização, que são utilizadas para dissolver as membranas do óvulo.  As enzimas digerem proteínas e açúcares.
Quando o gameta masculino atinge a vizinhança do óvulo, sofre a denominada reação acrossômica, em outras palavras, a membrana plasmática do gameta masculino transforma-se em uma vesícula e se rompe, permitindo o desprendimento das enzimas acrossomais.
Cauda
O pescoço, também denominado colo, é a região que faz conexão com a cauda. Contém um par de centríolos e nove colunas segmentadas (peça conectora), das quais parecem emergir as nove fibras densas externas do restante da cauda.
A peça intermediária é um segmento que possui de 5 a 7 µm de comprimento e em torno de 1 µm de espessura. Inicia-se no pescoço e termina no annulus (ou anel de Jensen, é uma estrutura firmemente aderida à membrana plasmática do flagelo). Contém a porção inicial do flagelo com seu axonema (nove pares de microtúbulos periféricos mais dois microtúbulos centrais), as nove fibras densas e uma bateria mitocondrial, sendo esta última responsável pelo fornecimento de energia para a propulsão do espermatozóide.
A peça principal estende-se do annulus até praticamente o final da cauda. Seu comprimento gira em torno de 45 µm. Algumas modificações ocorrem nessa estrutura quando comparada a peça intermediária:
Desaparecimento da bateria mitocondrial;
Surgimento de duas colunas longitudinais, uma dorsal e outra ventral;
Conexão entre as duas colunas longitudinais por meio de fibras circulares;
A peça terminal é a parte terminal do flagelo e possui um comprimento de, aproximadamente, 5 µm. As colunas e as fibras semicirculares da peça principal diminuem e terminam abruptamente. O desaparecimento dessas estruturas marca a junção da peça principal com a peça terminal.
Formação dos Espermatozóides
O processo de espermatogênese (produção dos espermatozóides) ocorre nas gônodas masculinas, chamados de testículos, órgão formado por diversos túbulos seminíferos que convergem para ductos comuns, os quais conduzem os espermatozóides ao exterior.
Esperma
Quando o pênis recebe estímulos sexuais, este fica ereto e elimina o esperma, fluído onde estão contidos os espermatozóides. Durante uma ejaculação do homem, são eliminados aproximadamente 50 milhões de espermatozóides.
Tipos de Espermatozóides
Existem dois tipos distintos de espermatozóides normais: os que possuem o cromossomo X, responsável pela formação de um feto feminino e um com o cromossomo Y, responsável por originar um feto do sexo masculino. Os cromossomos ditos anormais são aqueles que possuem problemas cromossômicos ou morfológicos, sendo que o primeiro caso pode ocorrer durante um erro no processo de meiose e, o segundo caso, pode star relacionado com reações alérgicas intensas, raio-x e certos agentes antiespermatogênicos.
Sistema endócrino
Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove a manutenção do equilíbrio do organismo (homeostase), por meio do controle das funções biológicas.Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise (Pituitária), Tireóide e Paratireóide (abaixo da laringe), Supra-renais (superior aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos.
Hormônio: É uma substância secretada por células de uma parte do corpo que passa a outra parte, onde atua regulando o crescimento ou a atividade das células.
Geralmente cada hormônio é sintetizado por um tipo específico de células. Os hormônios podem ser divididos em: glandulares: são elaborados pelas glândulas endócrinas e vertidos por estas diretamente ao sangue, que as distribui a todos os órgãos, onde logo exercem suas funções. Subdividem-se em dois grupos, conforme realizam uma ação excitante ou moderadora sobre a função dos órgãos sobre os quais influem.
Tissulares ou aglandulares: são formados em órgãos distintos e sem correlação nem interdependência entre eles: sua ação é exclusivamente local e a exercem no órgão em que se formam ou nos territórios vizinhos.
As características físico-químicas dos hormônios são: facilidade de solubilidade nos líquidos orgânicos, difusibilidade nos tecidos e resistência ao calor. A modalidade da secreção hormonal por parte das glândulas endócrinas não é todavia bem conhecida, já que falta saber, com exatidão, se produz de maneira contínua ou é armazenada na glândula e derramada na circulação no momento de sua utilização, ou se produz unicamente quando é necessário utilizá-la, ou se uma pequena parte é posta continuamente em circulação.
Hipotálamo: Se localiza na base do encéfalo, sob uma região encefálica denominada tálamo. A função endócrina do hipotálamo está a cargo das células neurossecretoras, que são neurônios especializados na produção e na liberação de hormônios.
Hipófise (ou glândula Pituitária)
A hipófise é dividida em três partes, denominadas lobos anterior, posterior e intermédio, esse último pouco desenvolvido no homem. O lobo anterior (maior) é designado adeno-hipófise e o lobo posterior, neuro-hipófise. Hormônios produzidos no lobo anterior da hipófise: Samatotrofina (GH) - Hormônio do crescimento.
Hormônio tireotrófico (TSH) - Estimula a glândula tireóide.
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) - Age sobre o córtex das glândulas supra-renais.
Hormônio folículo-estimulante (FSH) - Age sobre a maturação dos folículos ovarianos e dos espermatozóides.
Hormônio luteinizante (LH) - Estimulante das células intersticiais do ovário e do testículo; provoca a ovulação e formação do corpo amarelo.
Hormônio lactogênico (LTH) ou prolactina - Interfere no desenvolvimento das mamas, na mulher e na produção de leite.
Hormônios produzidos pelo lobo posterior da hipófise:
Oxitocina - Age particularmente na musculatura lisa da parede do útero, facilitando, assim, a expulsão do feto e da placenta.
Hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina - Constitui-se em um mecanismo importante para a regulação do equilíbrio hídrico do organismo.
Tireóide:
Situada na porção anterior do pescoço, a tireóide consta dos lobos direito, esquerdo e piramidal. Os lobos direito e esquerdo são unidos na linha mediana por uma porção estreitada - o istmo. A tireóide é regulada pelo hormônio tireotrófico (TSH) da adeno-hipófise. Seus hormônios - tiroxina e triiodotironina - requerem iodo para sua elaboração.
Paratireóides:
Constituídas geralmente por quatro massas celulares, as paratireóides medem, em média, cerca de 6 mm de altura por 3 a 4 mm de largura e apresentam o aspecto de discos ovais achatados. Localizam-se junto à tireóide. Seu hormônio - o paratormônio - é necessário para o metabolismo do cálcio.
Supra-Renais ou Adrenais:
Em cada glândula supra-renal há duas partes distintas; o córtex e a medula. Cada parte tem função diferente. Os vários hormônios produzidos pelo córtex - as corticosteronas - controlam o metabolismo do sódio e do potássio e o aproveitamento dos açúcares, lipídios, sais e águas, entre outras funções. A medula produz adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina). Esses hormônios são importantes na ativação dos mecanismos de defesa do organismo diante de condições de emergência, tais como emoções fortes, "stress", choque entre outros; preparam o organismo para a fuga ou luta.
Pâncreas:
O pâncreas produz o hormônio insulina, que regula o nível de glicose no sangue. Esse hormônio aumenta a absorção de glicose nas células. O pâncreas não é somente uma glândula, endócrina, pois este órgão constitui uma glândula de secreção externa; produz, na verdade, o suco pancreático, que serve para digerir os alimentos e que é lançado no duodeno por um ducto que percorre o pâncreas em toda a sua extensão.
Ovários:
Na puberdade, a adeno-hipófise passa a produzir quantidades crescentes do hormônio folículo-estimulante (FSH). Sob a ação do FSH, os folículos imaturos do ovário continuam seu desenvolvimento, o mesmo acontecendo com os óvulos neles contidos. O folículo em desenvolvimento secreta hormônios denominados estrógenos, responsáveis pelo aparecimento das características sexuais secundárias femininas.
Outro hormônio produzido pela adeno-hipófise - hormônio luteinizante (LH) - atua sobre o ovário, determinando o rompimento do folículo maduro, com a expulsão do óvulo (ovulação). O corpo amarelo (corpo lúteo) continua a produzir estrógenos e inicia a produção de outro hormônio - a progesterona - que atuará sobre o útero, preparando-o para receber o embrião caso tenha ocorrido a fecundação.
Testículos (Células de Leydig):
Entre os túbulos seminíferos encontra-se um tecido intersticial, constituído principalmente pelas células de Leydig, onde se dá a formação dos hormônios andrógenos (hormônios sexuais masculinos), em especial a testosterona. Os hormônios andrógenos desenvolvem e mantém os caracteres sexuais masculinos.
Sistema Tegumentar
Principais funções: proteção, controle da temperatura.
Principais componentes:pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme).
Epiderme: A epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, amolda-se perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea. O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição e posição. Essas camadas são, de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células que contém uma proteína fibrosa, a queratina.
Derme: cório, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada. A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar. A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo de feixes colágenos. As células desta camada são principalmente fibroblastos e histiócitos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do pêlo e pequenos acúmulos de células. A camada papilar consiste em numerosas eminências vasculares altamente sensitivas, as papilas. As papilas são pequenas eminências cônicas de extremidades arredondadas ou dilatadas.
Tecido Subcutâneo : A derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta última camada não é considerada como pertencente à pele e por isso é chamada de tela ou tecido subcutâneo ou hipoderme. O tecido subcutâneo é composto principalmente por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela desempenha duas funções principais: auxilia a isolar o corpo das variações extremas do meio ambiente e fixa a pele às estruturas subjacentes. Poucas áreas do

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