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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA GCCA 435 – DIAGNÓSTICO POR IMAGEM _____________________________________________________________________ MONITORES: ÉRICA BARBOZA JAILTON JÚNIOR APOSTILA PARA AUXÍLIO DE ESTUDO RADIOGRAFIA INTRODUÇÃO Método que utiliza a radiação ionizante com a especial finalidade de avaliar diferentes doenças que afetam os animais. Não invasivo. Registro fotográfico visível sobre um filme produzido pela passagem dos raios x por um objeto ou corpo. RAIO X Ondas ionizantes eletromagnéticas que atravessam estruturas ou objetos, sensibilizando o filme radiográfico e formando a imagem por meio de sombras e diferenças de opacidade. PROPRIEDADES FÍSICAS Não possuem carga e massa, propagam-se à velocidade da luz, são invisíveis, trafegam em linha reta, não são sentidos, penetram em todos os materiais, não podem ser defletidos por campos magnéticos, fazem certas substâncias se tornarem fluorescentes, podem expor emulsão fotográfica e podem ionizar átomos. Produzem modificações biológicas (somáticas e genéticas). PRODUÇÃO DE RAIO X Gerados dentro de um tubo a vácuo; Fonte de elétrons e alvo; Interação elétron x alvo gera menor quantidade de raios x e maior quantidade de calor. • TUDO DE RAIO X – ampola de vidro de cristal, hermeticamente fechada, com vácuo no interior e presença de ânodo e cátodo. • ÂNODO (+) – composto de cobre e face anterior de tungstênio. Presença do ponto focal onde ocorre a choca de elétrons. • CÁTODO (-) – filamento de tungstênio enrolado em espiral – copa enforcadora. • QUILOVOLTAGEM – voltagem empregada entre cátodo e ânodo. Serve para acelerar os elétrons em direção a uma interação colisional. Altas voltagens levam a maiores velocidades dos elétrons – aumenta a força de colisão. Energia mais alta do feixe de raios x e maior a penetrabilidade dos raios. • MILIAMPERAGEM – fluxo de corrente elétrica aplicada no tubo. Número de elétrons produzido pelo filamento do cátodo – quantidade de radiação gerada. Quanto menor a temperatura, menor o número de elétrons produzidos e disponíveis. FEIXE DE RAIO X Os raios x são gerados e emergem da ampola sob a forma de feixe cônico (primário). Seu campo de ação é limitado pelo colimador que direciona o feixe de radiação para a área delimitada. • EFEITO ANÓDICO: diferença da intensidade de feixe de raios x que sai do tubo. Diminui em direção ao ânodo e consequentemente aumenta em direção ao cátodo. Estruturas mais espessas devem estar posicionadas ou voltadas à posição onde está localizado o cátodo no interior do tubo de raios x. • PONTO FOCAL: quando menor o ponto focal, melhor será o detalhe da imagem. OBTENÇÃO DE RADIOGRAFIAS Paciente deve ser posicionado entre a ampola de raios x e o chassi (filme radiográfico). Quanto maior a proximidade do paciente com o filme, mais bem definida será a imagem. Uma parte dos raios x penetra o paciente e forma a imagem, outra parte, que são fótons com maior comprimento de onda, é absorvida pelo corpo do paciente e não participa na formação da imagem, ao contrário, leva a formação de artefatos e aumenta a radiação recebida pelo paciente. A presença do filtro de alumínio após a janela protetora, reduz estes fótons. CONTRASTE RADIOGRÁFICO Diferentes nuances de cinza possibilitam diferenciar nas imagens radiográficas as estruturas que compõem o corpo do animal – absorção desigual de raio x. FATORES QUE ALTERAM O CONTRASTE • DENSIDADE DO SUJEITO: diferença de absorção dos raios x pelo indivíduo. • CONTRASTE DO FILME: alto, médio ou baixo. • QUILOVOLTAGEM: sendo maior, mais tons de cinzas serão visibilizados; sendo menor, poucos raios x penetrarão e menos contraste na imagem. • SOMBREAMENTO E BORRAMENTO: diminui diferenças das densidades de áreas adjacentes em uma radiografia – pouco nítida. DETALHAMENTO DA IMAGEM É a nitidez das estruturas que aparecem na imagem, demonstrada pelas interfaces de tecidos bem delineados. FATORES QUE INTERFEREM O DETALHAMENTO • MOVIMENTAÇÃO: perda de definição – imagem tremida. • VELOCIDADE DO FILME: alta, média e baixa. • TAMANHO DO PONTO FOCAL: grosso e fino (aumenta o detalhamento). • DISTÂNCIA FOCO-FILME: deve ser sempre alta – 100 cm. • DISTÂNCIA OBJETO-FILME: paciente mais próximo do filme. • ÉCRANS: presença de cristais fluorescentes em sua camada. Absorve os raios x e transforma em luz. • GRADES ANTIDIFUSORAS: material radiotransparente intercalada verticalmente que absorve a radiação difusa focal da grade. • DISTORÇÃO: imagem incompatível com formato, tamanho ou localização das estruturas anatômicas. PROCESSAMENTO DA IMAGEM Convencional • FILMES RADIOGRÁFICOS: emulsão de halogenato de prata. • REVELAÇÃO: conversão de cristais sensibilizados. • FIXAÇÃO: remoção de não sensibilizados e endurecimento da emulsão. Digital computadorizada • PLACAS DE IMAGEM: fósforos fosforescentes fotoestimuláveis. • LEITOR: extrai a placa de imagem. Digital discreta • Produz uma imagem verdadeiramente digital. ARTEFATOS São oriundos de diversas fontes, alteram a qualidade das radiografias e o estudante deve estar preparado para reconhecer os mais comuns. RADIOPROTEÇÃO Ionização ocasiona amplificação biológica. Aumento de chances de mutação, aborto e doenças. REGRAS DE SEGURANÇA BÁSICA Objetivo: diminuir a exposição à radiação. • Proibido menores de 18 anos e grávidas. • Rodízio de indivíduos. • Contenção de animais pelos proprietários. • Parte do corpo fora do feixe primário. • Não manipular aparelho durante exposição. • Uso de colimador. • Utilização de blindagem e utensílios para proteção.
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