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UBABEF UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA 2011 x 2012 Relatório Anual Annual Report Anais UBABEF UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA 2011 x 2012 Relatório Anual Annual Report UBABEF União Brasileira de Avicultura Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.912, conj. 20-L, 20º andar Jardim Paulistano – CEP 01452-922 – São Paulo – SP Tel.: 11 3031-4115 www.ubabef.com.br / ubabef@ubabef.com.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Anais As cooperativas agropecuárias formam, hoje, um dos segmentos mais fortes do cooperativismo brasileiro. É um dos ramos com maior número de cooperativas e cooperados no Brasil. Por meio da OCB, Sescoop e CNCoop atendemos às demandas dos cooperados de todo o Brasil, zelando pela representação política, formação profi ssional e representação sindical patronal. Conheça o trabalho desenvolvido pelo Sistema OCB e descubra a diferença que ele pode trazer a sua cooperativa. Sistema OCB e você, uma parceria de sucesso Parceria é isso. Onde todos veem números, a gente vê você, produtor rural. Só quem está por perto pode ver além dos números e oferecer as melhores soluções para você. Banco do Brasil, o maior parceiro do produtor rural. Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Defi ciente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 @bancodobrasil bb.com.br/agronegocios /bancodobrasil Onde todos veem números, a gente vê você, produtor rural. Só quem está por perto pode ver além dos números e oferecer as melhores soluções para você. Banco do Brasil, o maior parceiro do produtor rural. @bancodobrasil bb.com.br/agronegocios /bancodobrasil Parceria é isso. Onde todos veem números, a gente vê você, produtor rural. Só quem está por perto pode ver além dos números e oferecer as melhores soluções para você. Banco do Brasil, o maior parceiro do produtor rural. Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Defi ciente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 @bancodobrasil bb.com.br/agronegocios /bancodobrasil Onde todos veem números, a gente vê você, produtor rural. Só quem está por perto pode ver além dos números e oferecer as melhores soluções para você. Banco do Brasil, o maior parceiro do produtor rural. @bancodobrasil bb.com.br/agronegocios /bancodobrasil A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP trabalha pelo desenvolvimento do Brasil. A entidade defende a construção de uma sociedade mais democrática e igualitária por meio da prosperidade econômica, da inclusão social e do respeito ao meio ambiente. FIESP PRESENTE NO SALÃO INTERNACIONAL DA AVICULTURA, PROMOVENDO A AGROINDÚSTRIA NACIONAL www.fi esp.com.br Prezado leitor, Com grande satisfação, anunciamos a realização do Salão Internacional da Avicul- tura (SIAV), maior e mais importante evento do setor avícola do Brasil, realizado entre os dias 27 e 29 de agosto de 2013, no Anhembi Parque, em São Paulo (SP). Durante os três dias do SIAV, milhares de visitantes do Brasil e de dezenas de países produtores e importadores de produtos avícolas estiveram reunidos no grandioso espaço destinado à realização do evento. Empresas de todo o mundo marcaram presen- ça, fizeram negócios, trocaram experiências e contribuíram para o desenvolvimento da cadeia produtiva. Realizado dentro do SIAV, a 23° edição do Congresso Brasileiro de Avicultura trouxe para o Anhembi mais de 60 palestrantes brasileiros e de outros países. A conjun- tura política, assuntos relacionados a mercado, bem como as mais variadas questões da pauta da avicultura internacional - sanidade, qualidade, genética, produtividade e outros - estiveram em discussão. A difusão do conhecimento na avicultura nacional em 2013 teve um de seus auges durante os três dias do SIAV. Nesta mesma linha, o estímulo à pesquisa acadêmica voltada para o dia a dia da cadeia produtiva também se destacou, com a realização do Prêmio UBABEF de Pesquisa Avícola Aplicável. Dezenas de trabalhos de pesquisa destacaram os rumos da ciência e da tecnologia na avicultura, nos quais a grande protagonista foi a inovação. Estas atrações somaram-se a outras, resultando no mais importante encontro do setor avícola em 2013. Você, leitor, terá a oportunidade de acompanhar nas páginas a seguir alguns dos assuntos destacados no evento e as pesquisas apresentadas durante o Prêmio UBABEF. Boa leitura! Francisco Turra Presidente Executivo UBABEF – União Brasileira de Avicultura A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP trabalha pelo desenvolvimento do Brasil. A entidade defende a construção de uma sociedade mais democrática e igualitária por meio da prosperidade econômica, da inclusão social e do respeito ao meio ambiente. FIESP PRESENTE NO SALÃO INTERNACIONAL DA AVICULTURA, PROMOVENDO A AGROINDÚSTRIA NACIONAL www.fi esp.com.br 1. Influenza aviária – Um foco de Influenza Aviária tipo A/H7N3 de alta patogenicidade e exótica em Jalisco, 2012, e Guanajuato-Puebla, 2013 – México • Miguel A. Márquez – Professor da Universidade Nacional Autônoma do México, Guadalajara, México................................................................................16 2. Bronquite infecciosa das galinhas • Iara Maria Trevisol – Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC..............................22 3. Quantificação de Salmonella relacionada à intoxicação alimentar • John Cason – Retired, formerly Research Physiologist, USDA, ARS – Russel Rese arch Center, Athens, Geórgia – EUA...............................................29 Técnico científico Sumário 30 palestras • Técnico científico • Regulatórios • Projeto Produtor • Temário empresarial • Produção e mercado de ovos • Técnico científico • Nutrição • Produção • Processamento • Sustentabilidade 53 artigos Palestras 4. Critérios microbiológicos baseados em risco para campylobacter em aves • Jens Kirk Andersen, Maarten Nauta e Hanne Rosenquist – Instituto Nacional de Alimentos, Universidade Técnica da Dinamarca • Birgit Nørrung – Faculdade de Saúde e Ciências Médicas da Universidade de Copenhaguen, Dinamarca...........................................................31 5. Análise de risco para uso prudente de antimicrobianos na alimentação animal • Scott Hurd – Médico Veterinário da Universidade Estadual de Iowa – EUA............35 6. Os desafios dos nutricionistas face às restrições ao uso de aditivos • Henk Enting – Diretor Global de Tecnologia Aviária (Cargill Animal Nutrition).......42 7. O progresso na implementação das regulamentações de bem-estar animal para aves • Andrea Gavinelli – Diretor da Unidade de Bem-Estar Animal da DGSanco, Comissão Europeia, Bruxelas – Bélgica..........................................52 8. Desafios de adaptação aos requisitos de bem-estar animal para as indústrias do setor de avicultura • Caspar Diederich von der Crone – EPEGA – Alemanha.....................................56 9. Situação atual da avicultura do México em relação a enfermidades exóticas e análise comparativa da situação de risco com Brasil • Bernardo Bocchese Gallo – Diretor Avícola de Tyson Foods – México..................61 10. Matrizes pesadas: estratégias para maximizar resultados • Roberto Carlos de Freitas – Zootecnista, Aviagen / Marfrei, Uberlândia – MG.....66 11. Qualidade da carne de frango: porque não se utilizam hormônios • Fernando Rutz – Universidade Federal de Pelotas – RS • Antônio Mário Penz Junior – Diretor de Contas Estratégicas, Cargill Animal Nutrition..........................................................................................7512. Nutrição: aplicações da nutrigenômica • Fernando Rutz, Fernanda M. Gonçalves, Eduardo G. Xavier e Juliana K.Nunes Universidade Federal de Pelotas – RS • Marcos A. Anciuti e Fabiane P. Gentilini – Instituto Federal Sul-rio-grandense, campus Pelotas – Visconde da Graça – RS...........................84 13. Tendências atuais na tecnologia e manejo de aves de corte • Michael Czarick – Athens, Universidade de Geórgia – EUA ...............................110 14. Vacinas recombinantes e de complexo antígeno-anticorpo • Luiz Felipe Caron – Professor de microbiologia veterinária da Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR........................................................................113 15. Abate e processamento: intervenções para maximizar resultados no abatedouro • José Maurício França – Médico Veterinário / Universidade de Tuiuti do Paraná.............................................................................................................118 16. Aspectos regulatórios em países produtores e importadores de produtos avícolas – visão da indústria de alimentação animal • Flávia Ferreira de Castro – Engenheira agrônoma, diretora executiva da Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe e responsável pelo projeto Feedlatina/STDF........................................124 17. Registro de produtos veterinários no Brasil • Marcelo Oliveira – Coordenador da Comissão Técnica de Registros do Sind. da Ind. de Produtos para Saúde Animal (Sindan).................................135 18. Legislação sobre autorização para produção, marketinbg e uso de produtos veterinários na União Europeia • Martinus Nagtzaam – Comissão Europeia, DGSanco, Bruxelas – Bélgica..........139 Regulatórios Projeto Produtor 19. Equipamentos para granjas avícolas • Andrey Gava Citadin – Plassom / Anfeas............................................................149 20. Climatização de galpões avícolas • Marcel Weiss Hoffmann – Anfeas / Munters Brasil, Curitiba – PR..........................155 21. Rumo a 2050: fechando o gap de proteínas – Tornando os alimentos seguros, acessíveis e abundantes uma realidade global • Claudia Garcia – Diretora Global de Assuntos Corporativos da Elanco...............160 22. Mercado Global de Aves: proteção e criação de valor através de embalagens, exemplos regionais • Christophe Gottar – Diretor Executivo do Departamento Global de Aves da Sealed Air Cryovac.................................................................................163 23. El papel de las organizaciones internacionales en la definición de las reglas para el comercio seguro de alimentos – El rol de la OIE en la sanidad animal mundial • Luís Osvaldo Barcos – Representante Regional de la OIE para las Américas....166 24. Papel das organizações internacionais na definição de regras para o comércio seguro de alimentos A Organização Mundial do Comércio – OMC • Guilherme Antônio da Costa Júnior – Adido Agrícola da Delegação do Brasil junto à OMC e outras Organizações Econômicas em Genebra – Suíça.............176 25. Regras para um comércio seguro: a visão da União Europeia • José Manuel Silva Rodriguez – Consultor e diretor geral de agricultura e desenvolvimento rural..........................................................................................180 Temário Empresarial Produção e mercado de ovos 26. Tendências no comércio internacional • David Nelson – Rabobank....................................................................................183 27. Atualidades da produção mundial de ovos • Antonio Paraguassu – Hy-Line International, Des Moines, lowa – EUA..............186 28. Agregação de valor na produção de ovos • Sérgio Rami – Consultor.......................................................................................192 29. Integração por cooperação: consórcio de cooperativas • Eduardo Mello Mazzoleni – Denacoop – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) – DF.............................................................194 30. O ovo no autoserviço: como atrair cada vez mais o consumidor • Rogério Belzer – Presidente do Instituto Ovos Brasil, São Paulo – SP...............203 2° Seminário Internacional de Sustentabilidade Dias 28 e 29 de agosto.........................................................................................206 Ambiência 1. Patologias locomotoras e gait score em frangos de corte • MCF Alves, GAA Baldo, ICL Almeida Paz, GR Nascimento, FR Caldara, RG Garcia, EA Garcia, IA Nääs, AB Molino, TA Santos.......................................211 2. Avaliação dos perfis térmicos de caminhões transportadores de ovos férteis e pintos de um dia: eficiência e/ou climatização? • C Nazareno, IJO Silva, FMC Vieira, RS Falcão...................................................217 3. Avaliação e quantificação de hematomas e contusões em carcaças de frango em um abatedouro frigorífico • S Metz e DC Francisco........................................................................................223 4. Avaliação do equilíbrio em frangos de corte e caipira • MCF Alves, ICL Almeida Paz, IA Nääs, GAA Baldo, RG Garcia, Caldara FR, LO Seno........................................................................................................227 5. Estresse por calor previne dano a mucosa intestinal em infecção por c. perfringens • AS Calefi, BTB Honda, A Siqueira, JGS Fonseca, C Costola de Souza, LB Namazu, WM Quinteiro Filho, AJ Piantino Ferreira, J Palermo Neto..............232 6. Melhoria do bem-estar e da qualidade da casca dos ovos de poedeiras comerciais durante o período de descanso produtivo • AB Molino, EA Garcia, GC Santos, AT Montenegro, JA Vieira Filho, TA Santos, K Pelicia, GAA Baldo..................................................239 7. Níveis de glutamina em rações para frangos de corte mantidos em termoneutralidade dos 21 aos 42 dias de idade • ER Figueiredo, CPF Azevedo, AD Silva, EM Balbino, EF Cardoso, T Tizziani, RFMO Donzele, JL Donzele...............................................................245 Artigos 8. Efeito do sistema dark house sobre a ambiência, bem-estar animal e desempenho de frangos de corte • RH Carvalho, AL Soares, M Grespan, FAG Coró, A Oba, RS Spurio, M Shimokomaki.....................................................................251 9. Avaliação do conforto térmico em galpões comerciais de frango de corte no estado do Acre • MB Cordeiro e HJ Freitas....................................................................................256 10. Índice de conforto térmico em abrigos para aves criadas em sistema semi intensivo no semiárido mineiro • AN Dias, MP Maciel, CCS Carvalho, MB Costa Júnior, LFM Souza, DB Silva, VHS Moura.....................................................................262 11. Estímulos térmicos durante a incubação de ovos em escala comercial • F Flores, IA Nääs, RG Garcia, M Baracho, T Calil, L Souza, M Boerjan.............268 12. Efeito da utilização de emulsificante em rações com diferentes concentrações energéticas sobre o desempenho de frango de corte1 • DCO Pereira, LC Demattê Filho, LP Centenaro, E Possamai.............................275 13. Desempenho de frangos de corte fêmeas alimentados com dietas pré-iniciais formuladas com níveis crescentes • RMAD Castro, LM Oliveira, JS Moreira, EM Oliveira, FB Carvalho, JH Stringhini..............................................................280 14. O efeito da idade da matriz sobre a morfologia de órgãos digestórios de frangos de corte alimentadoscom ração pré-inicial micropeletizada e triturada • RMAD Castro, FB Carvalho, JH Stringhini, EM Oliveira, MM Jardim, JS Moreira.....285 Nutrição 15. Desempenho zootécnico e perfil bioquímico de frangos de corte suplementados com sementes secas de “pimenta de java” (piper cubeba) no período de 1 a 42 dias • MS Rubio, DN Vivas, ST Sobrane Filho, CD Silva Junior, ES Mello, RM Domingues, AC Laurentiz, RS Laurentiz.......................................................290 16. Eficiência da utilização de adsorventes de micotoxinas no desempenho zootécnico e perfil bioquímico de frangos de corte na fase 22 a 42 dias • ST Sobrane Filho, OM Junqueira, MS Rubio, RM Domingues, FA Neves, RS Filardi, AR de Santana, AC Laurentiz...........................................296 17. Determinação do melhor tempo de mistura para um misturador em “Y” • L Novelini, PO Moraes, M Lopes, JK Nunes, DA Hoffmann, FP Gentilini, MA Anciuti, F Rutz...........................................................................302 18. Níveis de valina em dietas de baixo nível protéico para codornas japonesas em postura • EA Garcia, GC Santos AB Molino, JA Vieira Filho, K Pelícia, ESF Murakami, AT Montenegro, TA Santos, GAA Baldo...............................................................308 19. Efeito promotor de desempenho do óleo de copaíba (Copaifera sp.) em frangos¹ • FV Castejon, BM Santos, EM Oliveira, RO Santana, M Guidotti, CBGS Tanure, ICS Araújo, JH Stringhini...........................................314 20. Desempenho de frangos com dietas contendo óleo de sucupira branca • FV Castejon, BM Santos, EM Oliveira, RO Santana, M Guidotti, CBGS Tanure, RMAD Castro, LM Oliveira, JH Stringhini....................................319 21. Qualidade da carne de frangos submetidos à dieta com níveis crescentes de farelo de canola • PO Moraes, L Novelini, JN Klug, JS Lemes, LB Mackmill, EG Xavier, MA Anciuti.....................................................................324 22. Efeito da utilização de níveis de protease na alimentação de frangos de corte sobre o desempenho • BR Viana, PAP Ribeiro, GV Polycarpo, R Albuquerque.......................................330 23. Uso de nutrição ótima vitamínica para o desempenho produtivo de frangos de corte desafiados por micotoxinas • MM Motta, R Hermes, I Bittar, CSS Araujo, LF Araujo.........................................334 24. Arroz em substituição ao milho em dietas de codornas de postura sobre o desempenho produtivo • AAS Catalan, E Gopinger, PO Moraes, C Bavaresco, J Schafhauser Jr., EG Xavier.............................................................339 25. Qualidade externa dos ovos de codornas japonesas alimentadas com arroz integral • BCK Gomes, AAS Catalan, E Gopinger, C Bavaresco, PO Moraes, TH Kivel, J Schafhauser Jr., EG Xavier...........................................344 26. Qualidade interna de ovos de codornas de postura alimentadas com arroz integral • C Tonini, AAS Catalan, VG Dias, E Gopinger, PO Moraes, T Garlet, J Schafhauser Jr., EG Xavier...............................................................349 27. Dietas à base de sorgo ou milho com ou sem adição de cantaxantina em matrizes de corte e sua influência na taxa de postura e qualidade de ovos • CV Bonilla*, AP Rosa, CB Santos, A Londero, C Orso, GD Schirmann, HM de Freitas, CS da Rocha...............................................................................354 28. Influência de dietas suplementadas com glutamina, ácido glutâmico e sua associação sobre a mucosa entérica de frangos de corte • GS Prado, MRFB Martins, EF Aguiar, AA Mendes, BB Martins, MF Nazzaro, B Ciavarelli..................................................................360 29. Desempenho de poedeiras submetidas à debicagem por radiação infravermelha e lâmina quente em fase de cria • TA Santos, EA Garcia, K Pelícia, JA Vieira Filho, AP Silva, GC Santos, AB Molino, GAA Baldo, H Jay...........................................................367 30. Técnica radiográfica com e sem alumínio em lesão discondroplásica em frangos de corte • K Pelicia, EA Garcia, AB Molino, JA Vieira Filho, TA Santos, GC dos Santos, L Spuri, RG Lima.....................................................373 31. Sistemas de criação para codornas japonesas • K Pelicia, EA Garcia, AB Molino, GC dos Santos, TA Santos, JA Vieira Filho, L Spuri, RG Lima.....................................................378 32. Extrato de flor de seda no tratamento in vitro de helmintoses gastrointestinais de codornas japonesas • PA Brandão, GG Diniz, DRP Silva, VRL Vilela, AV Carvalho...............................383 33. Influência de dietas com diferentes níveis de arroz integral sem casca sobre o volume e concentração espermática de galos • S Lorandi, T. B. Beck, CO de Oliveira, AT Tavares, G Farina, VL Santos, J Shafhauser Jr, DC Bongalhardo.....................................389 34. Influência de dietas com diferentes níveis de arroz integral sem casca sobre o teste de penetração espermática • TB Beck, CO de Oliveira, AT Tavares, G Farina, CL Contreiras, MA Anciuti, J Shafhaüser, DC Bongalhardo.........................................................394 35. Potencial de associação dos escores de cloaca e de crista com a morfometria testicular de galos de matriz pesada adultos de três categorias de peso corporal • CA Rezende, NC Baião, LEA Ruiz, PR Xavier, AP Marques Junior.....................398 Produção 36. Avaliação do uso de tela em galpões para galinhas poedeiras e sua influência na temperatura interna e índices zootécnicos • D Lourençoni, T Yanagi Junior, DD Oliveira, RR Lima, BL Oliveira, AT Campos, MRS Pena...................................................................404 37. Natural peeling: biotecnologia na desinfecção de ovos • LP Fornari e J Rodem..........................................................................................410 38. Avaliação hepática de frangos de corte no período inicial de criação submetidos a dietas suplementas com glutamina, ácido glutâmico e sua associação • BB Martins, MRFB Martins, EF Aguiar, AA Mendes, GS Prado, B Ciavarelli, MF Nazzaro.....................................................................................415 39. Avaliação da integridade intestinal de frangos de corte suplementados com glutamina e ácido glutamínico na dieta • EF Aguiar, MRFB Martins, C Bresne, C Sanfelice, BB Martins, AA Mendes, BCS Fernandes, GS Prado, DM Rodrigues.....................................420 40. Elaboração e análise físico-química de kafta de frango e resíduo de caju • EC Monção, PB Sousa, SCN Reges, ATF Cruz, ALS Monte, MN Damaceno, EL Coelho, PA Souza............................................................................................427 41. Caracterização físico-química de mortadela de frango adicionada de soro de leite • ATF Cruz, SCN Reges, EC Monção, ALS Monte, EL Coelho, ABD Cavalcante, MN Damaceno........................................................................434 42. Análise microbiológica de coxas de frango comercializadas nos supermercados da cidade de São José dos Campos, Brasil • TD Paula, SKG Silva, PMF Truits, J Moura Alvarez.............................................441 Processamento 43. Efeito da higiene operacional sobre a contaminação por micro-organismos indicadores em esteiras condutoras de frango em sala de corte • VM Soares, C Viana, JG Pereira, LS Bersot, JPAN Pinto....................................44644. Análise de esfregaço fecal para diagnóstico de megabactéria (Macrorhabdus ornithogaster) em aves • TS Queiros, P Lourenço, MCG Pita.....................................................................452 45. Método rápido indireto de detecção em ambiente avícola de Salmonella spp. utilizando-se bacterifagos líticos • GA Marietto Gonçalves, RL Andreatti Filho..........................................................457 46. Histomorfometria da mucosa intestinal de frangos de corte alimentados com aditivo fitogênico e inoculados com Salmonella enterica sorovar enteritidis • ACS Barnabé, TD Matias, PM Rezende, M Lima Júnior, E Souza-Santana, MA Andrade............................................................................462 47. Uso de tela em galpões para galinhas poedeiras e sua influência no fluxo de ar • D Lourençoni, T Yanagi Junior, DD Oliveira, AT Campos, RR Lima, BL Oliveira, MRS Pena.......................................................................................466 48. Estresse por calor modula o perfil de linfócitos no sangue periférico de frangos de corte vacinados • BTB Honda, AS Calefi, WM Quinteiro Filho, V Ferraz de Paula, C Costola de Souza, JGS Fonseca, J Palermo Neto..........................................472 49. Identificação do adenovirus aviário sorotipo1 em casos de erosão da moela em frangos de corte • E Mettifogo e KC Médici.......................................................................................477 Sanidade 50. Salmonella sp. em amostras de ovos brancos e vermelhos provenientes de uma granja de postura comercial • TD Matias, GC Abdalla, MA Andrade, DMC Moraes, MEL Paniago, CLR Gonçalves.............................................................................482 51. Primeiros passos da produção recombinante de imunoestimulantes inespecíficos para aves: seleção, caracterização e clonagem de agonistas dos receptores de reconhecimento de padrão do sistema imune inato das aves • BA Soares, SA Ságio, AP Peconick, PR Barrios, AC Júnior, RH Piccoli, GM Costa, NRS Martins....................................................................487 52. Estudo de viabilidade econômica para sustentabilidade energética e ambiental de plantas de biogás: desenvolvimento tecnológico • AM Aires, J Lucas Júnior, JCB Moraes, GPM Fonseca, D Lorasqui...................494 53. Fatores críticos da competitividade da cadeia produtiva do ovo no Estado de São Paulo • SK Kakimoto, HM de Souza Filho, CC Pizzolante, JE de Moraes......................500 Sustentabilidade Palestras Técnico científico 16 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura INFLUENZA AVIÁRIA Um foco de Influenza Aviária tipo A/H7N3 de Alta Patogenicidade e exótica em Jalisco, 2012, e Guanajuato-Puebla, 2013 – México Início inesperado No sábado 9 de junho de 2012, elevadas mortalidades começaram a ser reporta- das em várias granjas de postura num local com uma alta densidade populacional de aves em Acatic-Tepatitlan-Pegueros, na região de Altos de Jalisco (montanhas) no centro-oeste do México. Essa área geográfica possui uma população fixa de 70 milhões de poedeiras em um corredor com mais de 160 km de comprimento entre Tepatitlán e San Juan de Los Lagos. Jalisco fornece 55% de toda a produção de ovos no país. Se Jalisco fosse um país, ele seria o 8o maior produtor de ovos do mundo. O foco de Influenza Aviária pegou de surpresa os veterinários de campo e os produto- res. No início, o foco foi diagnosticado por alguns dias como Cólera Aviária, depois como Do- ença de Newcastle, por fim, ficou óbvio que se tratava de um caso severo de Ortomixovirose. A SENASICA, a autoridade veterinária sanitária mexicana, reportou a presença deste vírus tipo A/H7N3 de alta patogenicidade e exótico à OIE em 21 de junho de 2103, e implementou imediatamente o Plano Nacional de Emergência de Sanidade Animal (DI- NESA). Rapidamente foi estabelecida uma zona de quarentena ao redor das granjas afe- tadas com ações de sacrifício compulsório das aves infectadas e não infectadas. Também foi estabelecida uma área focal de 9.531 m², uma área perifocal de 11.147 km quadrados e uma zona de mitigação de 11.795 km. Além disso, um enorme esforço de vigilância epidemiológica ativa foi implementado no estado de Jalisco, nos seis estados vizinhos e no restante do país. Miguel A. Márquez Professor da Universidade Nacional Autônoma do México, Guadalajara – México 17Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura O exército mexicano assumiu o controle de todas as principais rodovia e estradas secundárias para cessar a movimentação de qualquer tipo ave viva ou morta ou produto de carne de ave. O grande dilema: vacinar ou não vacinar! A despeito dos enormes esforços, infelizmente o vírus continuou sua agressiva expansão durante os dias e semanas seguintes. Devido a essa situação desesperadora, os produtores, veterinários de aves e os funcionários do SENASICA tiveram de tomar uma decisão amarga e indesejada de considerar a possibilidade de vacinar todas as aves das áreas afetadas, como um procedimento temporário de contenção. Uma vacina oleosa emulsificada inativada foi produzida com o vírus da Influenza Aviária de baixa patogenicidade A/H7N3, isolado em 2006 dos patos dos mangues do Rio Lerma sob uma intensa pressão de tempo. A campanha de vacinação começou em 26 de julho. Na quarta-feira 24 de outubro, o Presidente Felipe Calderon anunciou que estava sob controle a emergência veterinária sanitária provocada pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade A/H7N3. Até então, 22.3 milhões de aves haviam morrido ou sido sacrificadas a um custo de 760 milhões de dólares, 160 milhões de doses de vacina foram injetadas e 7.688 em- pregos foram perdidos. Vírus difíceis e nefastos Achávamos que tínhamos ganho a batalha, porém chegou o inverno no México, com baixas temperaturas e fortes ventos gelados soprando do norte. Em 3 de janeiro de 2013, tivemos um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (HPAI) nas duas granjas de postura não vacinadas do estado de Aguascalientes, que entraram em qua- rentena imediatamente. As aves foram sacrificadas e o caso foi encerrado. Porém, mais uma vez, algumas semanas depois, na noite de quarta-feira 23 de fevereiro, começaram a 18 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura surgir novamente os relatos de altas mortalidades, porém agora surpreendentemente nos plantéis de matrizes de corte no estado de Guanajuato, localizada a sudeste de Jalisco. A segunda onda Até o final de março de 2013, 3,7 milhões de aves foram sacrificadas, entre elas 847.000 matrizes de corte, 1.984 milhões de frangos de corte e 918.000 poedeiras. Para conter essa nova onda, 131 milhões de doses de vacina foram administradas. A terceira onda Na quarta-feira 8 de maio, foi relatada a presença do vírus de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade A/H7N3 numa granja com 55.000 poedeiras em Palmar de Bravo, localizada a cerca de 45 km de Tehuacán, Puebla. O estado de Puebla é o segundo maior produtor de ovos do México com uma população aproximada de 30 milhões de poedeiras, além da população de aves de corte. Esse fato é visto como uma situação extremamente perigosa, uma vez que Tehua- cán é a porta de entrada para o sul do México, embora 900 km separem Puebla da fron- teira com a Guatemala, a possibilidade de infecção do Setor de Avicultura de Guatemala é muito elevada durante os próximos meses. Todas as ações sanitárias, de biossegurança, mobilização, desinfecção e contin- genciais foram tomadas para evitar a contaminação do Setor Avícola da América Central. RECOMENDAÇÕES O que os outros países devem aprender com a dolorosa e difícil experiência mexicana? Todos os países e todas as indústriasavícolas do planeta devem levar em séria consideração os conceitos e ações descritos abaixo. As experiências mais traumáticas e dolorosas sempre deixam muito conhecimen- to, com lições enriquecedoras que, no final, são extremamente difíceis de esquecer. 19Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Ações para prevenir e evitar a presença de um foco de Influenza Aviária Voltando ao básico! Ações simples muitas vezes esquecidas como: 1. As medidas de limpeza e higiene são constantemente esquecidas, devido ao excesso de trabalho ou porque os médicos veterinários, o gestor ou o produtor tentam econo- mizar dinheiro e reduzir custos. a) Palavras mágicas tais como muita “água e sabão”. b) Uso racional dos desinfetantes e métodos de desinfecção adequados. c) Com disciplina e bom planejamento, respeitar o vazio sanitário entre lotes de aves de corte e aves de reposição. 2. Aplicar as Boas Práticas de Produção: a) Planejamento b) Organização c) Boa ordem d) Disciplina e) Controle e acompanhamento (follow up) 3. Implementar o “Sistema Todos Dentro, Todos Fora”! Se possível, somente aves com a mesma idade em cada granja, principalmente nas granjas de corte. Tente fazer o mesmo nas granjas de postura, mesmo que, devido às características desta atividade, isso seja difícil de atingir. 4. BIOSSEGURANÇA. Deve ser considerado um investimento, não uma despesa. Haverá um grande retorno. 5. Desenvolvimento de um Manual Operacional de Biossegurança, adaptado para o uso interno em cada granja ou empresa de aves que possa ser usado para medir e classifi- car o NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA de cada aviário de uma granja (aves de corte, po- edeiras e matrizes de reprodução), incubatórios, fábricas de ração, abatedouros, etc. 6. Nos estabelecimentos de aves, controle de todas as movimentações de entrada e saída de pessoas e de todos os tipos de carros, caminhões, matérias-primas e produtos. Deve-se prestar especial atenção ao controle de rações, ovos férteis, caminhões de esterco e gás, e também motoristas. 7. Uma grama de esterco de aves de corte ou postura contém milhões de partículas vivas do vírus da Influenza Aviária. Evite movimentações de esterco e sua comercialização, 20 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura exceto se ele tenha passado por um tratamento térmico antes de ser comercializado e transportado como um fertilizante agrícola ou enviado para confinamentos de bovinos. 8. Pessoas são as principais fontes de movimentação que transmitem patógenos e doen- ças infecciosas: funcionários, trabalhadores, equipes de vacinação, etc. 9. Evite a presença de vendedores promovendo seus produtos nos portões das granjas. 10. Controle e evite a construção de novas granjas ou de qualquer tipo de estabelecimen- to relacionado à produção animal (mínimo 5 km de distância). 11. Siga o Manual de Boas Práticas de Produção Avícola durante o trabalho diário em todo o ano. 12. Evite um número excessivo de concentração de granjas e pare de construir novas unidades de produção em uma determinada zona geográfica. 13. Desenvolva um mapa (road map) detalhado da área onde a(s) granja(s) de aves estão localizadas e implemente ações de controle de movimentação de veículos. 14. Controle da população de aves silvestres através de swabs de cloaca e amos- tras de sangue, no caso de presença de corpos de água fechados ou próximos às granjas onde as aves silvestres migratórias chegam e permanecem por al- guns meses. 15. Desenvolva uma relação de trabalho harmônica e confiável com as autoridades vete- rinárias sanitárias do governo. 16. Em colaboração com as autoridades oficiais sanitárias veterinárias de cada país, pla- neje e execute ações obrigatórias e compulsórias de vigilância epidemiológica passiva e ativa por meio de amostras de traqueia e cloaca para estudos de RT-PCR e de isolamento viral. 17. ANÁLISE DE RISCOS. Estabeleça e implemente um Programa de Análise de Riscos com pessoal treinado. 18. COMUNICAÇÃO. Comunique-se e lide com a imprensa de forma adequada. No caso de TV, rádio e jornais, é necessário indicar dois porta-vozes oficiais para comunicados à imprensa uma vez ao dia. Uma pessoa qualificada representando a autoridade do governo e outra do setor privado (Associação Nacional de Avicultura). 19. SALA DE SITUAÇÃO. Criar um quartel general central em uma casa ou prédio como um Centro para Emergências. 20. Todos os países, pobres e ricos, devem desenvolver e criar uma POLÍTICA DE IN- DENIZAÇÃO. Um fundo contingencial econômico privado com dinheiro e recursos significativos para incentivar que os produtores de aves e de outros animais para a produção de alimentos reconheçam e entrem em contato com as autoridades sanitá- 21Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura rias veterinárias, no caso de sintomatologia clínica anormal e/ou alta mortalidade em seus lotes de aves, ou de outros tipos de animais para a produção de alimentos. 21. A epizootia Influenza Aviária deve ser considerada como uma catástrofe natural, à semelhança de um terremoto, inundação ou tsunami, a fim de haver acesso imediato aos recursos de emergência dos governos estaduais e federal. 22. Através do sistema de cooperação e coordenação internacional entre as organizações da OIE, FAO e OMS, juntamente com os Ministérios Locais de Agricultura e Pecuária, criar um esforço sem precedentes para desenvolver uma reserva estratégica em um banco de vacinas oleosas emulsificadas e inativadas, preparadas com os principais subtipos do vírus de Influenza Aviária H5 e H7 e, eventualmente, H9, e uma Biblioteca Mundial de cepas de Vírus de Influenza Aviária. 23. Aumentar e ampliar a Rede de Laboratórios de Referência para Influenza Aviária da OIE no mundo, em países estratégicos, como o México, por exemplo, em colaboração com os governos locais em cinco continentes. 24. Periodicamente oferecer treinamentos e cursos básicos para funcionários de granjas e equipes veterinárias das principais áreas produtoras de aves de cada país. 25. Folhetos informativos sobre Influenza Aviária para proprietários de aves de fundo de quintal e galos de briga. Reconhecimento Eu gostaria de demonstrar meu reconhecimento aos extraordinários esforços envidados pelas autoridades veterinárias e sanitárias mexicanas, produtores de aves e Corpus Veterinarius de Jalisco, Aguascalientes, Guanajuato e Puebla. 22 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Bronquite infecciosa das galinhas A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada no mundo todo. O vírus que causa a bronquite infecciosa (VBI) faz parte da família Coronaviridae, gênero Coronavírus. Três grupos compõem o gênero Coronavírus, o VBI está inserido no grupo 3 (Cavanagh e Naqi, 2003). O VBI é um vírus envelopado, que contém um genoma de RNA não segmentado de 27,6 Kb, que codifica 3 proteínas estruturais: M, S e N. A glicoproteína S (“spikepro- tein”) contém 1160 aminoácidos e é clivada em duas subunidades, S1 e S2, das quais S2 é mais conservada em sua sequência de aminoácidos. A glicoproteína S1 é responsável pela infectividade viral e possui determinantes antigênicos que induzem a formação de anticorpos neutralizantes. A variação na sua composição aminoacídica é a principal estra- tégia do VBI para “escapar” dos mecanismos de defesa do hospedeiro (Cavanagh et al., 1992; Cavanagh et al., 1997; Cook et al., 1999). A S1 é a principal indutora da resposta imune protetora contra a infecção pelo VBI, sendo por isto, de fundamental importância na imunoprofilaxia da doença (Cook et al., 1996). O VBI tem predileção pelas células epiteliais, sendo a mucosa do sistema res- piratório seu alvo primário. Em aves nas primeiras semanas de vida, em decorrência da multiplicação no epitélio traqueal, é possível observar coriza, ouvir espirrose outros ruídos traqueais anormais. As lesões no sistema respiratório diminuem o consumo de ração e consequentemente o desempenho do lote. As complicações com infecções bac- terianas secundárias aumentam as perdas econômicas, com maior consumo de insumos biológicos e condenação de carcaças, principalmente por aerossaculite, causada pela Iara Maria Trevisol Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC iara.trevisol@embrapa.br 23Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura associação do vírus com bactérias (Cavanagh e Naqi, 2003). Em frangos de corte e aves adultas, o VBI multiplica-se com maior afinidade ao epitélio ciliar renal, causando nefrite e nefrose, consequentemente, ocorre queda do ganho de peso, aumenta a conversão ali- mentar e pode ocorrer aumento da mortalidade diária (10 a 30%). O vírus replica também nas células epiteliais do oviduto e em aves em produção causa queda na postura (10 a 20%), e ovos defeituosos (casca molde, sem casca, casca rugosa). A qualidade interna do ovo também é afetada (albumina aquosa), mas nessa fase da vida da ave, praticamente não há mortalidade (Cavanagh e Naqi, 2003). Os sinais clínicos da BI são claros, mas não são específicos, portanto, são neces- sárias ferramentas para identificar o agente e relacioná-lo aos problemas clínicos obser- vados no campo (Wit, 2000). De maneira geral, a infecção pelo VBI pode ser diagnosticada pela detecção do vírus ou parte dele e pela resposta específica de anticorpos. O ensaio mais utilizado é o isolamento viral. Embora laborioso, o método clássico para isolamento é a passagem do vírus em ovos embrionados ou em cultura de células (De Wit, 2000). A detecção de anticorpos específicos também pode ser utilizada, e apresenta maior correlação com os problemas clínicos se for realizada a colheita pareada: duas colheitas de soro: uma no momento em que surgem os sinais clínicos e a outra, duas a quatro semanas mais tarde. O aumento de títulos de anticorpos de pelo menos quatro ve- zes na segunda colheita comparado a primeira é considerado diagnóstico positivo. Testes como vírus neutralização (VN) e ELISA podem ser utilizados (De Wit, 2000, Cavanagh e Naqi, 2003). A capacidade do VBI de incorporar freqüentes mutações e recombinações em seu genoma, resultam em ocorrência periódica de novos amostras de vírus. Essa varia- bilidade confere ao vírus uma vantagem evolutiva considerável, uma vez que ele mantém a estabilidade genética e gera produtos com grande diversidade antigênica superficial, permitindo evadir-se das defesas do hospedeiro (Murphy et al., 1999). Para classificar os diferentes tipos de vírus, existem dois sitemas: testes funcio- nais que consideram a função biológica do vírus e testes não funcionais que focam o genoma viral. A tipificação por testes funcionais resulta em imunotipos ou protectotipos e, 24 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura tipos antigênicos (sorotipos). Testes para o genoma resultam em genotipos. A escolha do melhor sistema de classificação vai depender do objetivo da tipificação: se estudos epide- miológicos, avaliação de técnicas, ou escolha de programs de vacinas, por exemplo (De Wit, 2000). A classificação em imunotipos ou protectotipos promove informações sobre a eficácia de vacinas e é obtida através de estudos de imunização cruzada realizadas in vivo e in vitro. Amostras virais que induzem proteção uma para outra pertencem ao mes- mo imuno ou protectotipo (De Wit, 2000). O sistema clássico para tipificação funcional é a sorotipagem, que é baseada nas reações entre amostras do VBI e o aumento de anticor- pos sorotipo-específico para esta amostra. Duas amostras de vírus (A e B) são conside- radas do mesmo sorotipo quando títulos neutralizantes heterólogos (antisoro A com vírus B e antisoro B com vírus A) difere menos de 20 vezes dos títulos homólogos (antisoro A com vírus A e antisoro B com vírus B). Normalmente os testes para sorotipagem são con- duzidos por VN (De Wit, 2000). O agrupamento de amostras em genotipos, inclui métodos de seqüenciamento, detecção de partes genótipo-específicas do genoma por RT-PCR or determinação da posição do sítio de clivagem de uma determinada enzima. A utilização da genotipagem não é um método recomendado como ferramenta exclusiva em estudos de campo. Testes convencionais de sorotipagem e especialmente os estudos in vitro são necessários para complementar diagnósticos e decisões (Jia et al., 1995; Hein et al., 1998; Keeler et al., 1998; apud De Wit, 2000). Paralelo aos avanços na utilização da biologia molecular no estudo da BI das aves, novas amostras do vírus estão continuamente sendo detectados. Em 1991, na In- glaterra, começou a ser relatado em galinhas em produção vacinadas, sinais de doença com características incomuns a bronquite infecciosa. Estes surtos foram associados com um novo tipo de vírus, completamente diferente das amostras de VBI já descritas. O novo vírus foi denominado 793B por Gough et al., e amostra 4/91 por Parsons et al. A doença relatada, apresentava mortalidade elevada e uma miopatia do músculo peitoral profundo (Gough et al., 1992 e Parsons et al., 1992 apud Cook, 1996). Os isolados de VBI relacio- nados a 4/91 apresentam uma ampla distribuição tecidual, que incluem os tratos respi- ratório, digestório e urinário. Dhinakar Raj & Jones (1996) estudando a imunopatogenia da infecção por essa variante isolaram o vírus após infecção experimental nos seguintes órgãos: traqueia, rins, pulmões, bolsa de Fabrício, glândulas de Harder, tonsilas cecais e trato gastrointestinal. No entanto, o vírus não foi isolado do músculo peitoral. 25Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Entre 1990 e 1992 na região de Delmarva surtos de doença respiratória em gali- nhas foram causadas por um vírus ainda não descrito nos Estados Unidos. Esta amostra foi denominada DE072 e logo após, foi relacionada à amostra vacinal holandesa D1466. Os surtos foram controlados com uma vacina viva atenuada contendo a DE072 até 1996, quando novos relatos surgiram (Trevisol e Jaenisch, 2010). Na China em 1996, surtos apresentando edema e úlceras hemorrágicas no pró- -ventrículo e mortalidade de 15 a 89% das aves, caracterizou o envolvimento da amostra de VBI denominada “tipo pró-ventricular”. Ainda na China em 1998, pintinhos adoeceram com aparente depressão, os olhos inchados, lacrimejamento e diarreia, seguidos de si- nais respiratórios. A morbidade foi de 100% e a mortalidade de 20%. Os exames pós mortem mostraram intensa inflamação no pró-ventrículo, e um único agente foi isolado e denominado VBI amostra QX. Quadros de nefrite e falsas poedeiras também estão sendo associadas à amostra QX na Holanda, na Bélgica, Alemanha e França desde 2004. Em 2008 a Inglaterra também relatou o isolamento da amostra QX (Trevisol e Jaenisch, 2010). No Brasil a presença de amostras “variantes” do VBI também ocorre. Desde1973 e 1979 ficou comprovada a presença de amostras nefropatogênicas (Lamas et al, 1979 e July e Hipólito, 1973, apud Silva 2010). A partir destes estudos pioneiros, a necessidade de uitilizar uma vacina para BI ficou comprovada e foi aprovada em 1978. A utilização da vacina sempre apresentou resultados satisfatórios e ainda hoje, esse fato precisa ser considerado com cuidado. A presença do sorotipo Arkansas foi descrita em 1985 por Brandem. Em 1987 por Di Fabio e em 1992 por Wentz, amostras com baixa relação antigênica com a amostra Massachusetts foram isoladas no país. Porém, são ainda muito escassos os estudos de variantes no Brasil que comprovem a baixa relação antigênica com a vacina disponível. Um dos dados científicos mais recentes é de 2000, onde Di Fábio e colaboradores, pesquisaram amostras de VBI em frangos e poedeiras e encontraram quatro diferentes sorotipos. Estes sorotipos foram diferentes entre si e entre outros isolados de outros paí-ses. Neste estudo, comprovou-se que sob condições experimentais, a vacina do sorotipo Massachusetts, quando administrada isoladamente no primeiro dia de idade, protege mui- to bem contra o desafio com 3 de 4 isolados brasileiros selecionados para representar os diferentes tipos antigênicos de VBI isolados. 26 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Em 2006, novas amostras variantes foram descritas causando surtos da doença em frangos de corte e poedeiras no estado de Minas Gerais, e em 2007 as variantes aparecem associadas a casos de enterite e infertilidade de machos (Trevisol e Jaenisch, 2010). A partir de 2003/2004, lesões atípicas de degeneração e necrose da musculatura peitoral superficial e profunda foram também relatada. Brentano et al. (2005) estudaram 3 lotes de matrizes pesadas com suspeita de BI atípica, os quais estavam apresentan- do mortalidade aumentada, apatia, dispneia, queda da produção e qualidade dos ovos, lesões renais e miopatia peitoral. A partir de materiais obtidos dessas aves, os autores conseguiram isolar o VBI. Além disso, eles detectaram o genoma viral através da técnica de RT-PCR. Esses pesquisadores conseguiram reproduzir um quadro de doença respira- tória e renal in vivo. Contudo, não se obteve sucesso na reprodução da miopatia peitoral em aves SPF, indicando a necessidade de mais estudos para elucidar a patogenia dessa apresentação atípica da BIG (Brentano et al., 2005). Testes de proteção cruzada realizados em 2009 e 2010 com amostras consideradas “variantes” do ponto de vista da biologa molecular, mostraram que aves SPF vacinadas com Mass H120, apresentaram proteção para quatro variantes analisadas (Trevisol et al, 2010). Segundo Villegas (1997), a variabilidade de sorotipos de VBI em diferentes países é um dos fatores mais importantes no controle da doença. Embora cada área geográfica possa ter os seus próprios sorotipos, mais de um sorotipo pode ser predominante em cada área ao mesmo tempo, enquanto que o sorotipo predominante em cada área, em particular, muda com o tempo. Novos sorotipos de VBI continuam a serem descritos em todas as partes do mundo, inclusive no Brasil. Entretanto, o sorotipo Massachusetts continua a ser importante e é o tipo predominante em muitas áreas (Cook, 1997). O Brasil tem controlado a bronquite infecciosa das galinhas com vacinação desde 1979, quando a primeira vacina foi licenciada (Silva, 2010). Falhas de proteção têm sido relatadas e a ocorrência de manifestações clínicas diversas, é associada às variações do vírus e o surgimento de amostras variantes (Back, 2009). Especula-se que essas varian- tes resultam em proteção cruzada “pobre” frente à amostra vacinal disponível. A identifi- cação de variantes e a avaliação frente à vacina viva pretendem auxiliar o entendimento desses casos clínicos e a adequação dos procedimentos de controle. 27Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Na Embrapa Suínos e Aves, a consolidação da metodologia de ensaios de pro- teção in vivo esta acontecendo paralelamente a implementação de um teste molecular quantitativo que complementará as leituras das traquéias. Além disso, estudos com mar- cadores moleculares de indução de resposta imune e um melhor entendimento dos meca- nismos de ciliostase, estão também sendo investigados. Esses parâmetros, medidos por PCR em tempo real e as análises histopatológicas correspondentes, certamente darão maior robustez aos ensaios in vivo, e, portanto, uma melhor resposta a respeito da eficá- cia da vacina sorotipo Massachusetts frente às variantes brasileiras. Bibiografia BACK, A. 21º Congresso Brasileiro de Avicultura - Anais, 2009, Porto Alegre, RS; 211-215. BRENTANO, L. et al. Revista Brasileira de Ciência avícola, suplemento 7; pg 232; 2005. CAVANAGH, D.; D AVIS, P.J.; C OOK, J.K.A. Infectious bronchitis vírus: evidence for recombination within the Massachusetts serotype. Avian Pathology, v.21, p.401- 408, 1992. CAVANAGH, D.; ELLIS, M.M.; COOK, J.K.A. Relationship between sequence variation in the spike protein of infectious bronchitis virus and the extent of cross protection in vivo. Avian Pathology, v.26, p.63-74, 1997. CAVANAGH, D. and S. NAQI. 2003. Infectious bronchitis. In A. M. FADLY, H. J. BARNES, J.R. GLIS- SON, L. R. MCDOUGALD, D.E. SWAYNE and Y. M. SAIF (eds.). Diseases of Poultry. 11th, Ed. Iowa State Univeristy. Press: Ames, IA, 101—120. COOK, J.K.A., ORBELL, S.J., WOODS, M.A., HUGGINS, M.B. (1996). A survey of the presence of a new infectious bronchitis virus designated 4/91. Veterinary Record. 138: 178-180. COOK, J.K.A. Bronquite infecciosa aviária. In: SIMPÓSIO SOBRE SANIDADE AVÍCOLA, 1997, São Paulo. Anais. São Paulo: FACTA, 1997. p.13-27. COOK, J.K.A; SARAH, J.O.; MARTYN, A.W.; MICHAEL, B.H. Breadth of protection of the respiratory tract provided by different live-attenuated infectious bronchitis viruses of heterologous serotypes. Avian Pathology, v.28, p.477-485, 1999. DE WIT, J.J. Detection of infectious bronchitis vírus. Avian Pathology, v.29, p. 71-93, 2000. DHINAKAR RAJ, G.; JONES, R.C. Immunopathogenesis of infection in SPF chicks and commercial broilers chickens of a variant infectious bronchitis virus of economic importance. Avian Pathology, v.25, p.481- 501, 1996. 28 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura MURPHY, F.H.; GIBBS, E.P.J.; HORZINEK, M.C.; STUDDERT, M.J. Veterinary Virology. 3.ed. New York: Academic Press, 1999. p. 495-509. SILVA, EN. Revista Brasileira de Ciência Avícola 2010, v.12, n.3, 197-203. TREVISOL, I.M. & JAENISCH, F.R.F. Bronquite Infecciosa das galinhas: crise atual. Avicultura Indus- trial, v.101, n.1187, p.14-18 e 20; 2010. TREVISOL, I.M. et al. Trabalhos de Pesquisa José Maria Lamas da Silva . SA052 – CD-Room – Confe- rência Facta 2010b, Santos, SP. TREVISOL, I.M. et al. In vivo assay of vaccine protection to Brazilian Variant strains of infectious bronchitis virus. WPC 2012 - Salvador - Bahia - Brazil • 5 - 9 August – 2012. World´s Poultry Science Journal, Supplement 1, Expanded Abstract. VILLEGAS, P. Control de reacciones respiratorias. In: CONGRESO LATINOAMERICANO DE AVICUL- TURA, 16., 1997, México. Anais. México: 1997. p.388-391. 29Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Quantificação de Salmonella relacionada à intoxicação alimentar A presença de Salmonella em alimentos crus constitui um sério problema de saú- de pública. Os governos e indústrias em todo o mundo estão dedicando uma quantidade considerável de recursos para reduzir o risco da salmonelose de origem alimentar. En- tretanto, apesar de mais de cinquenta anos de trabalhos científicos concentrados, ainda não existe uma maneira econômica para enumerar Salmonella em amostras microbioló- gicas. Várias outras bactérias compartilham os requisitos nutricionais e de crescimento da Salmonella, e diferentes cepas de Salmonella apresentam características bioquímicas variadas, de forma que não há meios laboratoriais para reconhecer e contar colônias de Salmonella com alto grau de confiança. Todas as Salmonellas são consideradas pato- gênicas em alguma dosagem, portanto não reconhecer algumas colônias é geralmente inaceitável. O método do Número Mais Provável (NMP) pode ser utilizado para estimar a quantidade de células de Salmonella em amostras, porém os testes NMP são muito mais caros do que os testes de presença/ausência e as estimativas de NMP são menos preci- sas do que as contagens de placas que podem ser feitas com bactérias como E. coli por exemplo. Consequentemente, a literatura científica sobre Salmonella geralmente reporta a porcentagem de amostras positivas para Salmonella, com provavelmente menos de 1% de trabalhos que reportam estimativas de NMP com o número de células presentes nas amostras. O número de células em uma amostra é um fator-chave para calcular o risco de enfermidadesassociadas àquela amostra. Apesar da tendência quanto à porcentagem de prevalência de Salmonella na literatura, vários estudos de linha de base foram realizados incluindo estimativas de NMP para grandes quantidades de carcaças resfriadas de aves. Estudos de linha de base incluíram mais de 5.000 carcaças de frango e mais de 1.700 John Cason Retired, formerly Research Physiologist, USDA, ARS – Russel Research Center, Athens, Geórgia – EUA 30 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura carcaças de peru, porém as informações desses estudos não foram totalmente analisa- das para determinar a distribuição das células de Salmonella em amostras de carne de ave. Este trabalho reportará a análise de probabilidade binomial na análise de prevalência da água de enxágue de carcaças inteiras e a análise de NMP a fim de determinar a dis- tribuição das células de Salmonella necessárias para produzir os resultados que foram reportados nos estudos de linha de base. O cálculo resultante está em concordância com alguns modelos de análise de risco anteriores que indicam que algumas carcaças com grandes quantidades de células de Salmonella apresentam um risco maior de causar enfermidades em humanos do que várias carcaças com baixas quantidades de células de Salmonella. Ter mais conhecimento sobre a distribuição numérica de Salmonella em car- caças pode auxiliar a indústria a aprovar requisitos regulatórios com base na prevalência de Salmonella. 31Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Critérios microbiológicos baseados em risco para campylobacter em aves A campilobacteriose é a zoonose gastrointestinal mais comumente reportada na União Europeia desde 2005. Em um relatório científico da EFSA (2013), estima-se que o número real de casos em humanos seja de aproximadamente nove milhões e que a carne de frango pode representar entre 20% e 30% desses casos, enquanto 50% a 80% podem ser atribuídos ao reservatório em aves como um todo (frangos de corte e galinhas poedeiras). Além disso, as avaliações de risco quantitativas demonstraram que o risco de campilobacteriose se eleva quando aumenta o número de Campylobacter na carne de frango. Desta forma, com base nos dados de quatro países, a EFSA (2011) concluiu que reduzir o número de Campylobacter nas carcaças de frango em 1 log10-unidade, reduziria o risco à saúde pública entre 50 e 90%. Os critérios microbiológicos (CM) são úteis para a validação e a verificação de processos e procedimentos baseados em HACCP, além de outras medidas de controle de higiene. Além disso, critérios microbiológicos são usados para avaliar a aceitabilidade de um lote de alimento. O estabelecimento de critérios microbiológicos não significa que todos os lotes de alimentos devam ser analisados, porém esclarece como os resultados das análises de um alimento devem ser interpretados, e quais são as consequências de Jens Kirk Andersen, Maarten Nauta e Hanne Rosenquist Instituto Nacional de Alimentos, Universidade Técnica da Dinamarca Birgit Nørrung Faculdade de Saúde e Ciências Médicas da Universidade de Copenhaguen, Dinamarca 32 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura gestão de riscos. Além disso, um MC é uma ferramenta útil para comunicar ao estabeleci- mento qual é o nível de controle de perigo que deverá ser atingido. Até o momento, nenhum CM foi estabelecido para Campylobacter em carne de frango. Portanto, desenvolvemos um CM baseado em risco para patógenos neste alimen- to, o qual será apresentado abaixo. Princípio O princípio do CM baseado em risco apresentado consiste em um conjunto de amostras de um lote de alimento, o qual é analisado quantitativamente e os resultados são processados em um modelo de avaliação de risco para produzir uma estimativa do risco do lote do alimento. O cálculo é um risco relativo, o qual é calculado como o risco do lote de alimento analisado dividido pelo risco da linha de base, que é a média do risco de um conjunto relevante de lotes de alimentos, por exemplo, a produção anual de um país. O requisito deste procedimento é que um modelo de avaliação de risco quantitati- vo esteja disponível. O modelo de avaliação de risco deve ser capaz de relacionar a ocor- rência de Campylobacter em carne de frango in natura ao nível de risco apresentado pela refeição pronta no momento do consumo. Foram publicados vários modelos quantitativos de avaliação de risco para Campylobacter em aves. Utilizamos um modelo de avaliação de risco desenvolvido por Rosenquist et al. (2003). Outro requisito é que o conhecimento sobre a ocorrência quantitativa de Campylo- bacter em carne de frango precisa ser estabelecido para que se possa modelar o nível do risco da linha de base. O risco da linha de base será usado para a comparação com o risco estimado para os lotes que são amostrados e analisados O método na prática São coletadas 12 amostras individuais de pescoço-pele ou carne da superfície. Deve- -se coletar pelo menos 10 gramas de pescoço-pele. As amostras homogeneizadas e diluídas em 10 partes são preparadas e analisadas quantitativamente para Campylobacter spp. (con- 33Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura forme a ISO 10272-2: 2006. Microbiology of food and animal feeding stuffs -- Horizontal method for detection and enumeration of Campylobacter spp. -- Part 2: Colony-count technique). Os resultados da análise são agrupados em número de amostras <100 UFC/g (N<100), número de amostras >100 e <1000 UFC/g (N100-1000) e número de amostras >1000 UFC/g (N>1000). O risco relativo (RR) do lote pode ser calculado por: Risco do loteRR= ---------------------------------- Risco da linha de base o qual pode ser simplificado para RR = fator a*N100-1000 + fator b*N>1000, conforme descrito por Christensen et al. (2013). Na equação, os parâmetros “a” e “b” referem-se ao risco relativo da carne de frango contendo entre 100 e 1000 UFC/g, e acima de 1000 UFC/g no ponto da amostra- gem. Eles foram determinados por uma avaliação de risco quantitativa que combina um modelo de avaliação de exposição de carcaças processadas até o consumo e um modelo de dose-resposta (Rosenquist et al., 2003), com base em dados de uma pesquisa com varejistas de carnes em 2005 (os “dados de linha de base”, Christensen et al 2013). Os gestores de risco são responsáveis por decidir quais riscos relativos são acei- táveis. Os gestores de risco podem ser governos federais ou empresas de alimentos que desejem cumprir os requisitos de um consumidor ou atender a uma referência (benchmark) interna. Conforme o Acordo SPS (Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitos- sanitárias, OMS 2010), os governos têm permissão para manter uma adequada proteção sanitária e são incentivados a fazê-lo conforme os padrões internacionais. Isso significa que um governo federal pode estabelecer medidas de controle que manterão o nível atual de proteção à saúde em seu país. A abordagem apresentada é adequada especialmente para esta finalidade; ela calcula o risco previsto de saúde pública de um lote de alimento especí- fico em comparação com o risco causado pela linha de base (risco médio de um conjunto relevante de lotes de alimentos, por exemplo, a produção anual de um país) permitindo que sejam tomadas decisões com base científica sobre a aceitação ou a rejeição de lotes que estima-se causar um risco maior. Para adotar a abordagem descrita, idealmente, uma ava- 34 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura liação de risco quantitativa deve ser realizada conforme as condições locais, hábitos alimen- tares, modos típicos de preparo, etc. Além disso, idealmente, um risco de linha de base deve ser estabelecido para comparações com os lotes submetidos ao teste. Entretanto, quando as condições ideais não estiverem implementadas,é possível usar uma avaliação de risco existente e uma linha de base estabelecida para uma região diferente. Essa abordagem pode até mesmo ser usada com os mesmos fatores apresentados na equação acima. A abordagem permitirá que os lotes de alimentos com riscos relativamente altos possam ser direcionados para tratamentos que reduzam o risco, como por exemplo tratamento térmico, descontaminação ou destruição. Mais importante ainda é que o MC baseado em risco é um incentivo às indústrias de alimentos (em toda a cadeia de alimentos) para encontrar estraté- gias para reduzir o nível de Campylobacter em frangos de corte. Uma ferramenta fácil de usar com a finalidade de melhorar a aplicação desta abor- dagem está sendo desenvolvida no momento e será postada no website do National Food Institute, Technical University of Denmark (Instituto Nacional de Alimentos, Universidade Técnica da Dinamarca). O Codex Alimentarius a reconheceu como uma abordagem única quanto ao uso de critérios microbiológicos. Uma abordagem semelhante vem sendo praticada com su- cesso na Dinamarca desde 2007. (Christensen et al. 2013). Referências EFSA, (European Food Safety Authority), ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control), 2013.The European Union Summary Report on Trends and Sources of Zoonoses, Zoonotic Agents and Food-borne Outbreaks in 2011; EFSA Journal 2013,11(4):3129, 250 pp. doi:10.2903/j.efsa.2013.3129. EFSA Panel on Biological Hazards (BIOHAZ); Scientific Opinion on Campylobacter in broiler meat pro- duction: control options and performance objectives and/or targets at different stages of the food chain. EFSA Journal2011;9(4):2105. [141 pp.]. doi:10.2903/j.efsa.2011.2105. Christensen, B., Nauta, M., Korsgaard, H., Sørensen, A.I., Rosenquist, H., Boysen, L., Perge, A., Nør- rung, B. 2013 Case-by-case risk assessment of broiler meat batches: An effective control strategy for Campylobacter, Food Control 31:485-490. Rosenquist, H., Nielsen, N.L., Sommer, H.M., Norrung, B., Christensen, B.B., 2003. Quantitative risk assessment of human campylobacteriosis associated with thermophilic Campylobacter species in chickens. International Journal of Food Microbiology 83, 87–103. 35Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Análise de risco para uso prudente de antimicrobianos na alimentação animal Muitas pessoas estão preocupadas com os crescentes níveis de resistência an- timicrobiana em patógenos humanos porque uma infecção com um patógeno resistente pode resultar em uma doença mais prolongada e severa. A ciência básica sobre as bac- térias nos diz que o uso de antibióticos geralmente aumenta a proporção de bactérias resistentes que ocorrem nessas populações ou ecossistemas bacterianos. À medida que a resistência aumenta, também pode aumentar o risco de resultados adversos de trata- mentos em humanos e animais. Portanto, todo o uso de antibióticos deve ser avaliado e cuidadosamente controlado de modo a preservar os antibióticos como uma ferramenta de tratamento de saúde para pessoas e animais. A fim de mitigar o risco, o uso de antibióticos em humanos e animais está sendo examinado por médicos, médicos veterinários, grupos de consumidores, legisladores e agências governamentais. Em relação ao risco do uso de antibióticos em animais de produção, houve muito alarde sobre a proporção (ex: 60-80%) do total de antibióticos pro- duzidos que é utilizada em animais de produção nos Estados Unidos. Com base nesses números, muitos sugerem que o uso em animais é um grande fator que contribui para o problema da resistência. Muitas pessoas sugerem que deveríamos criar animais livres de antibióticos, porém esta solução traz muito mais problemas do que pode parecer. No caminho entre sair da granja e prejudicar a saúde humana, há várias etapas que devem ser cumpridas para que um caminho causal seja criado (essa questão será discutida em detalhes no Fato 1 abaixo). A resistência parece uma palavra do mal, porém é uma característica normal da maioria das bactérias. Está documentado que a resistência a antibióticos já existia há milhões de anos. A maioria dos cientistas acredita que a resistência é um mecanismo de Scott Hurd Médico Veterinário da Universidade Estadual de Iowa – EUA 36 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura sobrevivência das bactérias. A resistência antimicrobiana foi encontrada em vários locais onde os antibióticos nunca foram utilizados como em focas árticas, trincheiras profundas nos oceanos e cavernas intocadas por mamíferos durante quatro milhões de anos. Por- tanto, claramente, a resistência não se desenvolveu apenas devido ao uso de antibióticos por humanos. Contudo, a porção de bactérias resistentes em um hospital ou numa granja pode aumentar quando os humanos utilizam antibióticos para salvar vidas. Como resulta- do da crescente resistência, muitas pessoas tem a impressão de que o uso de antibióticos é “ruim” e que a melhor solução é restringir severamente seu uso, especificamente nos animais de produção. Entretanto, os antibióticos são necessários para a saúde animal, o que afeta a segurança alimentar indiretamente. Portanto, as sugestões para o não-uso de antibióticos poderá ter significativas consequências negativas. Esta apresentação destacará três fatos importantes que devem ser considerados ao tomar decisões sobre políticas e restrições do uso de antibióticos para animais de produção. Fato 1: O risco de danos à saúde humana pelo uso da maioria dos antibióticos em granjas parece ser negligenciável O risco é negligenciável porque “há uma longa distância desde a granja até o dano”. Existem muitas barreiras e filtros atuando em toda a cadeia, desde a granja até a mesa, para prevenir e reduzir a transmissão bacteriana. Tais barreiras incluem a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP) na planta, a devida preparação e co- zimento dos alimentos, e uma imunidade humana adequada. Para que um dano ocorra, vários eventos devem ocorrer consecutivamente. Além disso, preocupação não é igual a risco. Para que um perigo se transforme em risco, é necessária uma via causal, conforme ilustrado na Figura 1. Cada uma das etapas deve acontecer e passar para a próxima etapa: se um ponto (dominó) for retirado ou severamente restringido, toda a cadeia causal será interrompida ou restringida. A ciência sobre esse tópico também afirma que o risco é negligenciável. Foram fei- tas muitas avaliações de risco quantitativas para examinar o risco de bactérias resistentes a antimicrobianos que causam doenças transmitidas por alimentos Até a data, nenhuma das avaliações de risco quantitativas científicas revisadas por pares publicadas demons- 37Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura trou qualquer risco significativo de falha de tratamento em humanos causada pelos atuais usos de antibióticos em animais (Veja as Tabelas 1 e 2). A avaliação de risco, uma forma especializada de análise decisória, é um método útil para entender uma decisão política tão complexa e multifatorial como essa. Esta é a abordagem que o FDA vem utilizando para avaliar qualquer antibiótico para animais antes de sua aprovação para uso. Uma forma muito simplista de avaliação de risco é fornecida pela Infectious Disease Society (Sociedade de Doenças Infecciosas) e pelo CDC. Ela fornece uma lista de bactérias que preocupam em termos de doenças infecciosas huma- nas e resistência. A maioria das bactérias da lista não tem relação com granjas e animais de produção. Essas bactérias ou não são transmitidas pelo consumo de carnes, ou são tratadas por antimicrobianos que não são usados em animais de produção (e portanto a resistência não pode derivar do uso na granja), ou são patógenos estritamente humanos, ou não possuem conexão conhecida entre humanos e animais de produção. Fato 2: Não prevenir ou tratar doençascausam um desnecessário sofrimento e morte do animal. Cada granja com animais atua como um hospital-maternidade e/ou como uma creche. Os animais precisam de medicamentos, igualmente às crianças. Uma infecção pode se espalhar rapidamente em um aviário ou galpão, igualmente ao que ocorre em uma creche para crianças. Essa é uma questão moral e ética. Em qual momento negare- mos o tratamento? Não é correto deixar de dar um tratamento veterinário para os animais somente por motivos econômicos. As granjas orgânicas ou livre de antibióticos lidam com um desafio constante: Quanto tempo o produtor espera antes de tratar os animais? A maioria dos programas de marketing das granjas livres de antibióticos requer que um animal tratado com antibi- ótico não pode ser vendido como livre de antibióticos ou orgânico. O tratamento de um animal resulta em uma perda financeira significativa para o produtor. Por exemplo, se um produtor tiver um galpão cheio de suínos tossindo e morrendo, o melhor tratamento seria administrar medicação via água para todo o lote, o que impediria a rápida disseminação da infecção. Infelizmente, nesta situação, o tratamento com antibiótico causaria a “perda” de todo o lote. Todos esses suínos tratados deveriam ser vendidos com desconto. 38 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Fato 3: Os animais com efeitos residuais de doenças estão mais propensos a causar doenças transmitidas por alimentos a humanos. Não estou dizendo que existe zero risco no uso de antibióticos na granja. Se nós, como sociedade, podemos aceitar uma quantidade negligenciável do risco envolvido, deve haver algum benefício. Somente animais sadios devem entrar na cadeia de alimen- tos. Entretanto, não são apenas os animais visivelmente enfermos que criam problemas de saúde pública, porém os animais com efeitos residuais subclínicos apresentam maior probabilidade de causar doenças transmitidas por alimentos a humanos. Quando abate- mos animais com alguns efeitos residuais ou restantes de uma enfermidade, aumentamos o risco à saúde pública por bactérias suscetíveis. Esta conexão entre a saúde animal subclínica e a contaminação de carcaças com patógenos transmitidos por alimentos foi demonstrada em alguns estudos. Pesquisas demonstraram que os lotes de aves que chegam para abate com le- sões de aerossaculite apresentavam um menor peso médio das aves, níveis mais eleva- dos de contaminação fecal nas carcaças, e cargas de Campylobacter maiores em compa- ração com os lotes que não apresentaram aerossaculite Este autor, entre outros, avaliou o impacto geral na saúde pública medido por dias de doença transmitida por alimentos. Demonstramos que pequenas mudanças na sanidade das aves resultam em grandes mudanças nas doenças em humanos com Campylobacter suscetível. Atualmente, estou estudando a mesma questão na produção de suínos. Constatei que alguns do suínos saudáveis que foram aprovados na inspeção ante mortem do USDA apresentavam aderências internas (cerca de 7%) resultantes de infecções anteriores. Essas carcaças de suínos tinham 90% mais probabilidade de serem positivas para Salmonella do que as carcaças livres de lesões. E uma car- caça positiva apresenta uma probabilidade muito maior de causar doenças trans- mitidas por alimentos. E para onde estamos caminhando? A zootecnia está trabalhando para reduzir sua participação no problema de re- sistência a antibióticos. Os produtores e médicos veterinários utilizam vários métodos 39Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura para prevenir doenças antes de fazer uso de antibióticos caros. Esses métodos incluem o alojamento, a ventilação cuidadosamente controlada, a prevenção da superlotação de animais, boa nutrição e vacinação. Atualmente, apenas uma pequena parcela (13%) de todos os antibióticos vendidos é utilizada para a promoção de crescimento, e esse número está caindo devido a uma orientação do FDA. O problema de controlar a resistência a antibióticos é complexo. Ele não sucumbi- rá a soluções fáceis ou legislações amplas e generalizadas. As bactérias são apartidárias e não são intimidadas por leis e regulamentações criadas pelo homem. Entretanto, elas obedecem as leis da natureza. Nosso desafio é entender melhor essas leis, gerencian- do este ecossistema para nosso benefício. Todas as ciências da microbiologia, ecologia, epidemiologia e avaliação de risco devem ser empregadas em colaboração para superar esse desafio. Figure 1. FDA described causal pathway for public health risk of on-farm antibiotic use Uso de antibióticos Desenvolve-se resistência Patógeno na carne Doença em humanos Tratamento com antibióticos Mais dias de doença devido à resistência 40 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Tabela 1: Risco de Saúde Pública devido aos Efeitos Residuais da Enfermidade Animal Tabela 2: Avaliações de Risco Quantitativo Reportam Risco Negligenciável Risco (de Alto para Baixo) Probabilidade Anual Comentários sobre o Resultado Uso de enrofloxacina para tratar doenças em aves 1 em 30.000 (baixo) Tratamento comprometido – Pelo FDA, superestimado fração atribuível Uso de enrofloxacina para tratar doenças em aves A remoção é mais perigosa à saúde Todos os usos de macrolídeos (1) (2) (bovinos, suínos, aves) 1 em 10 milhões Tratamento comprometido Uso de estreptogramina/virginiamicina (pelo FDA, ainda em minuta) ~ 100 em 100 milhões Tratamento comprometido Penicilina como promotor de crescimento ~4 em 1 bilhão Uso de fluoroquinolona em novilhas de leite ~1 em 61 bilhões Tratamento comprometido Referências FDA Guidance for Industry #152. http://www.fda.gov/downloads/AnimalVeterinary/GuidanceCompliance- Enforcement/GuidanceforIndustry/ucm052519.pdf FDA Guidance for Industry #209. http://www.fda.gov/downloads/animalveterinary/guidancecompliance- enforcement/guidanceforindustry/ucm216936.pdf Doença transmitida por alimentos/ condições animais estudadas Resultados quantitativos Campylobacter, aerossaculite em aves de corte Uso de enrofloxacina para tratar doenças em aves A remoção é mais perigosa à saúde Campylobacter em carcaças de suínos 1% de aumento em “peelouts” resulta em um aumento de 5% de contaminação Salmonella em carcaças de suínos As carcaças com “peelout” tem 90% mais probabilidade de estarem contaminadas 41Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Hurd, H. Scott, et al. Public Health Consequences of Macrolide Use in Food Animals: A Deterministic Risk Assessment. 2004 Journal of Food Protection 67: 980-992. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pub- med/15151237 Hurd, H. Scott et al. Swine Health Impact on Carcass Contamination and Human Foodborne Risk. 2008 May-June Public Health Reports 123: 343-351. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19006976 Infectious Disease Society: “Bad Bugs, No Drugs: As Antibiotic Discovery Stagnates…a Public Health Crisis Brews.” http://www.idsociety.org/uploadedfiles/idsa/policy_and_advocacy/current_topics_and_is- sues/antimicrobial_resistance/10x20/images/bad%20bugs%20no%20drugs.pdf Russell, S. M. The Effect of Airsacculitis on Bird Weights, Uniformity, Fecal Contamination, Processing Errors, and Populations of Campylobacter spp. and Escherichia coli. 2003 Poultry Science 82: 1326- 1331. http://www.poultryscience.org/ps/paperpdfs/03/p0381326.pdf Singer, Randall S. and Charles L. Hofacre. Potential Impacts of Antibiotic Use in Poultry Production. 2006 Avian Diseases 50: 161-172. http://www.aaapjournals.info/doi/abs/10.1637/7569-033106R.1 USDA FSIS: Celebrating 100 Years of the Federal Meat Inspection Act (FIMA). http://www.fsis.usda.gov/ about_fsis/100_years_fmia/index.asp 42 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura Os desafios dos nutricionistas face às restrições ao uso de aditivos Durante a última década, houve um aumento nas
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