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Anais do SIAV 2013

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UBABEF
UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA
2011 x 2012
Relatório Anual
Annual Report
Anais 
UBABEF
UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA
2011 x 2012
Relatório Anual
Annual Report
UBABEF União Brasileira de Avicultura
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.912, conj. 20-L, 20º andar
Jardim Paulistano – CEP 01452-922 – São Paulo – SP
Tel.: 11 3031-4115
 www.ubabef.com.br / ubabef@ubabef.com.br
Ministério da
Agricultura, Pecuária 
e Abastecimento
Anais 
As cooperativas agropecuárias formam, hoje, um dos segmentos mais fortes do 
cooperativismo brasileiro. É um dos ramos com maior número de cooperativas e 
cooperados no Brasil. Por meio da OCB, Sescoop e CNCoop atendemos às demandas 
dos cooperados de todo o Brasil, zelando pela representação política, formação 
profi ssional e representação sindical patronal. Conheça o trabalho desenvolvido pelo 
Sistema OCB e descubra a diferença que ele pode trazer a sua cooperativa.
Sistema OCB e você, 
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Parceria é isso.
Onde todos 
veem números, 
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Só quem está por perto 
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soluções para você.
Banco do Brasil, o maior 
parceiro do produtor rural.
Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 
Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Defi ciente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088
 @bancodobrasil bb.com.br/agronegocios /bancodobrasil
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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP trabalha 
pelo desenvolvimento do Brasil. A entidade defende a construção de 
uma sociedade mais democrática e igualitária por meio da prosperidade 
econômica, da inclusão social e do respeito ao meio ambiente.
FIESP
PRESENTE NO SALÃO 
INTERNACIONAL DA AVICULTURA,
PROMOVENDO 
A AGROINDÚSTRIA NACIONAL
www.fi esp.com.br
Prezado leitor,
Com grande satisfação, anunciamos a realização do Salão Internacional da Avicul-
tura (SIAV), maior e mais importante evento do setor avícola do Brasil, realizado entre os 
dias 27 e 29 de agosto de 2013, no Anhembi Parque, em São Paulo (SP).
Durante os três dias do SIAV, milhares de visitantes do Brasil e de dezenas de 
países produtores e importadores de produtos avícolas estiveram reunidos no grandioso 
espaço destinado à realização do evento. Empresas de todo o mundo marcaram presen-
ça, fizeram negócios, trocaram experiências e contribuíram para o desenvolvimento da 
cadeia produtiva.
Realizado dentro do SIAV, a 23° edição do Congresso Brasileiro de Avicultura 
trouxe para o Anhembi mais de 60 palestrantes brasileiros e de outros países. A conjun-
tura política, assuntos relacionados a mercado, bem como as mais variadas questões da 
pauta da avicultura internacional - sanidade, qualidade, genética, produtividade e outros 
- estiveram em discussão. A difusão do conhecimento na avicultura nacional em 2013 teve 
um de seus auges durante os três dias do SIAV.
Nesta mesma linha, o estímulo à pesquisa acadêmica voltada para o dia a dia da 
cadeia produtiva também se destacou, com a realização do Prêmio UBABEF de Pesquisa 
Avícola Aplicável. Dezenas de trabalhos de pesquisa destacaram os rumos da ciência e 
da tecnologia na avicultura, nos quais a grande protagonista foi a inovação.
Estas atrações somaram-se a outras, resultando no mais importante encontro do 
setor avícola em 2013. Você, leitor, terá a oportunidade de acompanhar nas páginas a 
seguir alguns dos assuntos destacados no evento e as pesquisas apresentadas durante 
o Prêmio UBABEF. Boa leitura!
Francisco Turra
Presidente Executivo
UBABEF – União Brasileira de Avicultura
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP trabalha 
pelo desenvolvimento do Brasil. A entidade defende a construção de 
uma sociedade mais democrática e igualitária por meio da prosperidade 
econômica, da inclusão social e do respeito ao meio ambiente.
FIESP
PRESENTE NO SALÃO 
INTERNACIONAL DA AVICULTURA,
PROMOVENDO 
A AGROINDÚSTRIA NACIONAL
www.fi esp.com.br
1.	Influenza	aviária	–	Um	foco	de	Influenza	Aviária	tipo	A/H7N3	de	alta	
patogenicidade	e	exótica	em	Jalisco,	2012,	e	Guanajuato-Puebla,		
2013	–	México	
• Miguel A. Márquez – Professor da Universidade Nacional Autônoma do 
México, Guadalajara, México................................................................................16
2.	Bronquite	infecciosa	das	galinhas	
• Iara Maria Trevisol – Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC..............................22
3.	Quantificação	de	Salmonella		relacionada	à	intoxicação	alimentar	
• John Cason – Retired, formerly Research Physiologist, USDA, ARS – 
Russel Rese arch Center, Athens, Geórgia – EUA...............................................29
Técnico	científico
Sumário
30	palestras
• Técnico científico
• Regulatórios
• Projeto Produtor
• Temário empresarial
• Produção e mercado de ovos
• Técnico científico
• Nutrição
• Produção
• Processamento
• Sustentabilidade
53	artigos
Palestras
4.	Critérios	microbiológicos	baseados	em	risco	para	campylobacter 
em	aves	
• Jens Kirk Andersen, Maarten Nauta e Hanne Rosenquist – Instituto Nacional 
de Alimentos, Universidade Técnica da Dinamarca
• Birgit Nørrung – Faculdade de Saúde e Ciências Médicas da 
Universidade de Copenhaguen, Dinamarca...........................................................31
5.	Análise	de	risco	para	uso	prudente	de	antimicrobianos		 	 	
na	alimentação	animal	
• Scott Hurd – Médico Veterinário da Universidade Estadual de Iowa – EUA............35
6. Os	desafios	dos	nutricionistas	face	às	restrições	ao	uso	de	aditivos
• Henk Enting – Diretor Global de Tecnologia Aviária (Cargill Animal Nutrition).......42
7.	O	progresso	na	implementação	das	regulamentações		 	 	 				
de	bem-estar	animal	para	aves
• Andrea Gavinelli – Diretor da Unidade de Bem-Estar Animal 
da DGSanco, Comissão Europeia, Bruxelas – Bélgica..........................................52
8. Desafios	de	adaptação	aos	requisitos	de	bem-estar	animal	para	as		
indústrias do setor de avicultura
• Caspar Diederich von der Crone – EPEGA – Alemanha.....................................56
9.	Situação	atual	da	avicultura	do	México	em	relação	a	enfermidades		
exóticas	e	análise	comparativa	da	situação	de	risco	com	Brasil
• Bernardo Bocchese Gallo – Diretor Avícola de Tyson Foods – México..................61
10.	Matrizes	pesadas:	estratégias	para	maximizar	resultados
• Roberto Carlos de Freitas – Zootecnista, Aviagen / Marfrei, Uberlândia – MG.....66
11.	Qualidade	da	carne	de	frango:	porque	não	se	utilizam	hormônios
• Fernando Rutz – Universidade Federal de Pelotas – RS
• Antônio Mário Penz Junior – Diretor de Contas Estratégicas, 
Cargill Animal Nutrition..........................................................................................7512.	Nutrição:	aplicações	da	nutrigenômica
• Fernando Rutz, Fernanda M. Gonçalves, Eduardo G. Xavier e 
Juliana K.Nunes Universidade Federal de Pelotas – RS
 • Marcos A. Anciuti e Fabiane P. Gentilini – Instituto Federal 
Sul-rio-grandense, campus Pelotas – Visconde da Graça – RS...........................84
13.	Tendências	atuais	na	tecnologia	e	manejo	de	aves	de	corte
• Michael Czarick – Athens, Universidade de Geórgia – EUA ...............................110
14.	Vacinas	recombinantes	e	de	complexo	antígeno-anticorpo
• Luiz Felipe Caron – Professor de microbiologia veterinária da Universidade 
Federal do Paraná, Curitiba – PR........................................................................113
15. Abate	e	processamento:	intervenções	para	maximizar	resultados		 	
no	abatedouro
• José Maurício França – Médico Veterinário / Universidade de Tuiuti 
do Paraná.............................................................................................................118
16.	Aspectos	regulatórios	em	países	produtores	e	importadores	de		 	
produtos	avícolas	–	visão	da	indústria	de	alimentação	animal
• Flávia Ferreira de Castro – Engenheira agrônoma, diretora executiva da 
Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina 
e Caribe e responsável pelo projeto Feedlatina/STDF........................................124
17.	Registro	de	produtos	veterinários	no	Brasil
• Marcelo Oliveira – Coordenador da Comissão Técnica de Registros 
do Sind. da Ind. de Produtos para Saúde Animal (Sindan).................................135
18. Legislação	sobre	autorização	para	produção,	marketinbg	e	uso	de		
produtos	veterinários	na	União	Europeia
• Martinus Nagtzaam – Comissão Europeia, DGSanco, Bruxelas – Bélgica..........139
Regulatórios
Projeto	Produtor
19. Equipamentos	para	granjas	avícolas
• Andrey Gava Citadin – Plassom / Anfeas............................................................149
20. Climatização	de	galpões	avícolas
• Marcel Weiss Hoffmann – Anfeas / Munters Brasil, Curitiba – PR..........................155
21. Rumo	a	2050:	fechando	o	gap	de	proteínas	–	Tornando	os		 	 	
alimentos	seguros,	acessíveis	e	abundantes	uma	realidade	global
• Claudia Garcia – Diretora Global de Assuntos Corporativos da Elanco...............160
22. Mercado	Global	de	Aves:	proteção	e	criação	de	valor	através	de		
embalagens,	exemplos	regionais
• Christophe Gottar – Diretor Executivo do Departamento Global de 
Aves da Sealed Air Cryovac.................................................................................163
23.	El	papel	de	las	organizaciones	internacionales	en	la	definición		 	
de	las	reglas	para	el	comercio	seguro	de	alimentos	–	El	rol	de		 	 							
la	OIE	en	la	sanidad	animal	mundial
• Luís Osvaldo Barcos – Representante Regional de la OIE para las Américas....166
24. Papel	das	organizações	internacionais	na	definição		 	 	 						
de	regras	para	o	comércio	seguro	de	alimentos		 	 	 	
A	Organização	Mundial	do	Comércio	–	OMC
• Guilherme Antônio da Costa Júnior – Adido Agrícola da Delegação do Brasil 
junto à OMC e outras Organizações Econômicas em Genebra – Suíça.............176
25. Regras	para	um	comércio	seguro:	a	visão	da	União	Europeia
• José Manuel Silva Rodriguez – Consultor e diretor geral de agricultura e 
desenvolvimento rural..........................................................................................180
Temário	Empresarial
Produção	e	mercado	de	ovos
26.	Tendências	no	comércio	internacional
• David Nelson – Rabobank....................................................................................183
27. Atualidades	da	produção	mundial	de	ovos
• Antonio Paraguassu – Hy-Line International, Des Moines, lowa – EUA..............186
28. Agregação	de	valor	na	produção	de	ovos
• Sérgio Rami – Consultor.......................................................................................192
29. Integração	por	cooperação:	consórcio	de	cooperativas
• Eduardo Mello Mazzoleni – Denacoop – Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento (MAPA) – DF.............................................................194
30. O	ovo	no	autoserviço:	como	atrair	cada	vez	mais	o	consumidor
• Rogério Belzer – Presidente do Instituto Ovos Brasil, São Paulo – SP...............203
2°	Seminário	Internacional	de	Sustentabilidade
 Dias 28 e 29 de agosto.........................................................................................206
Ambiência
1. Patologias	locomotoras	e	gait	score	em	frangos	de	corte	 	
• MCF Alves, GAA Baldo, ICL Almeida Paz, GR Nascimento, FR Caldara, 
RG Garcia, EA Garcia, IA Nääs, AB Molino, TA Santos.......................................211
2.	Avaliação	dos	perfis	térmicos	de	caminhões	transportadores		 	 				
de	ovos	férteis	e	pintos	de	um	dia:	eficiência	e/ou	climatização?
• C Nazareno, IJO Silva, FMC Vieira, RS Falcão...................................................217
3. Avaliação	e	quantificação	de	hematomas	e	contusões		 	 	 				
em	carcaças	de	frango	em	um	abatedouro	frigorífico
• S Metz e DC Francisco........................................................................................223
4. Avaliação	do	equilíbrio	em	frangos	de	corte	e	caipira
• MCF Alves, ICL Almeida Paz, IA Nääs, GAA Baldo, RG Garcia, 
Caldara FR, LO Seno........................................................................................................227
5. Estresse	por	calor	previne	dano	a	mucosa	intestinal		 	 	 	
em	infecção	por	c. perfringens
• AS Calefi, BTB Honda, A Siqueira, JGS Fonseca, C Costola de Souza, 
LB Namazu, WM Quinteiro Filho, AJ Piantino Ferreira, J Palermo Neto..............232
6. Melhoria	do	bem-estar	e	da	qualidade	da	casca	dos	ovos	de		 	 	
poedeiras	comerciais	durante	o	período	de	descanso	produtivo
• AB Molino, EA Garcia, GC Santos, AT Montenegro, 
JA Vieira Filho, TA Santos, K Pelicia, GAA Baldo..................................................239
7. Níveis	de	glutamina	em	rações	para	frangos	de	corte	mantidos			 				
em	termoneutralidade	dos	21	aos	42	dias	de	idade
• ER Figueiredo, CPF Azevedo, AD Silva, EM Balbino, EF Cardoso, 
T Tizziani, RFMO Donzele, JL Donzele...............................................................245
Artigos
8. Efeito	do	sistema	dark	house	sobre	a	ambiência,		 	 	
bem-estar	animal	e	desempenho	de	frangos	de	corte
• RH Carvalho, AL Soares, M Grespan, FAG Coró, 
A Oba, RS Spurio, M Shimokomaki.....................................................................251
9. Avaliação	do	conforto	térmico	em	galpões	comerciais		 	 	 				
de	frango	de	corte	no	estado	do	Acre
 • MB Cordeiro e HJ Freitas....................................................................................256
10. Índice	de	conforto	térmico	em	abrigos	para	aves	criadas	em	sistema	
semi	intensivo	no	semiárido	mineiro
• AN Dias, MP Maciel, CCS Carvalho, MB Costa Júnior, 
 LFM Souza, DB Silva, VHS Moura.....................................................................262
11. Estímulos	térmicos	durante	a	incubação	de	ovos	em	escala	comercial
• F Flores, IA Nääs, RG Garcia, M Baracho, T Calil, L Souza, M Boerjan.............268
12. Efeito	da	utilização	de	emulsificante	em	rações	com	diferentes			 						
concentrações	energéticas	sobre	o	desempenho	de	frango	de	corte1
• DCO Pereira, LC Demattê Filho, LP Centenaro, E Possamai.............................275
13. Desempenho	de	frangos	de	corte	fêmeas	alimentados	com		 	 	
dietas	pré-iniciais	formuladas	com	níveis	crescentes
• RMAD Castro, LM Oliveira, JS Moreira, 
EM Oliveira, FB Carvalho, JH Stringhini..............................................................280
14. O	efeito	da	idade	da	matriz	sobre	a	morfologia	de		 	 	 	
órgãos	digestórios	de	frangos	de	corte	alimentadoscom	ração	pré-inicial	micropeletizada	e	triturada
• RMAD Castro, FB Carvalho, JH Stringhini, EM Oliveira, MM Jardim, JS Moreira.....285
Nutrição
15. Desempenho	zootécnico	e	perfil	bioquímico	de	frangos		 	 	
de	corte	suplementados	com	sementes	secas	de	“pimenta		 	 	
de	java”	(piper cubeba)	no	período	de	1	a	42	dias
• MS Rubio, DN Vivas, ST Sobrane Filho, CD Silva Junior, ES Mello, 
RM Domingues, AC Laurentiz, RS Laurentiz.......................................................290
16. Eficiência	da	utilização	de	adsorventes	de	micotoxinas	no		 	 	
desempenho	zootécnico	e	perfil	bioquímico	de	frangos		 	 	
de	corte	na	fase	22	a	42	dias
• ST Sobrane Filho, OM Junqueira, MS Rubio, RM Domingues, 
FA Neves, RS Filardi, AR de Santana, AC Laurentiz...........................................296
17. Determinação	do	melhor	tempo	de	mistura	para	um	misturador	em	“Y”
• L Novelini, PO Moraes, M Lopes, JK Nunes, DA Hoffmann, 
FP Gentilini, MA Anciuti, F Rutz...........................................................................302
18. Níveis	de	valina	em	dietas	de	baixo	nível	protéico		 	 	 	
para	codornas	japonesas	em	postura
• EA Garcia, GC Santos AB Molino, JA Vieira Filho, K Pelícia, ESF Murakami, 
AT Montenegro, TA Santos, GAA Baldo...............................................................308
 19. Efeito	promotor	de	desempenho	do	óleo	de	copaíba		 	 	 						
(Copaifera	sp.)	em	frangos¹
• FV Castejon, BM Santos, EM Oliveira, RO Santana, 
M Guidotti, CBGS Tanure, ICS Araújo, JH Stringhini...........................................314
20. Desempenho	de	frangos	com	dietas	contendo	óleo	de	sucupira	branca
• FV Castejon, BM Santos, EM Oliveira, RO Santana, M Guidotti, 
CBGS Tanure, RMAD Castro, LM Oliveira, JH Stringhini....................................319
21. Qualidade	da	carne	de	frangos	submetidos	à	dieta	com		 	 	
níveis	crescentes	de	farelo	de	canola
• PO Moraes, L Novelini, JN Klug, JS Lemes, 
LB Mackmill, EG Xavier, MA Anciuti.....................................................................324
22. Efeito	da	utilização	de	níveis	de	protease	na	alimentação		 	 	
de	frangos	de	corte	sobre	o	desempenho
• BR Viana, PAP Ribeiro, GV Polycarpo, R Albuquerque.......................................330
23. Uso	de	nutrição	ótima	vitamínica	para	o	desempenho	produtivo		 	
de	frangos	de	corte	desafiados	por	micotoxinas
• MM Motta, R Hermes, I Bittar, CSS Araujo, LF Araujo.........................................334
24. Arroz	em	substituição	ao	milho	em	dietas	de	codornas			 	 						
de	postura	sobre	o	desempenho	produtivo
• AAS Catalan, E Gopinger, PO Moraes, 
C Bavaresco, J Schafhauser Jr., EG Xavier.............................................................339
25. Qualidade	externa	dos	ovos	de	codornas	japonesas		 	 	 						
alimentadas	com	arroz	integral
• BCK Gomes, AAS Catalan, E Gopinger, C Bavaresco, 
PO Moraes, TH Kivel, J Schafhauser Jr., EG Xavier...........................................344
26. Qualidade	interna	de	ovos	de	codornas	de	postura		 	 	 	
alimentadas	com	arroz	integral
 • C Tonini, AAS Catalan, VG Dias, E Gopinger, PO Moraes, 
T Garlet, J Schafhauser Jr., EG Xavier...............................................................349
27. Dietas	à	base	de	sorgo	ou	milho	com	ou	sem	adição		 	 	
de	cantaxantina	em	matrizes	de	corte	e	sua	influência		 	 	 						
na	taxa	de	postura	e	qualidade	de	ovos
• CV Bonilla*, AP Rosa, CB Santos, A Londero, C Orso, GD Schirmann, 
HM de Freitas, CS da Rocha...............................................................................354
28. Influência	de	dietas	suplementadas	com	glutamina,	ácido	glutâmico		 	
e	sua	associação	sobre	a	mucosa	entérica	de	frangos	de	corte
• GS Prado, MRFB Martins, EF Aguiar, AA Mendes, 
BB Martins, MF Nazzaro, B Ciavarelli..................................................................360
29.	Desempenho	de	poedeiras	submetidas	à	debicagem		 	 	
por	radiação	infravermelha	e	lâmina	quente	em	fase	de	cria
 • TA Santos, EA Garcia, K Pelícia, JA Vieira Filho, AP Silva, 
GC Santos, AB Molino, GAA Baldo, H Jay...........................................................367
30. Técnica	radiográfica	com	e	sem	alumínio	em	lesão	discondroplásica		 						
em	frangos	de	corte
• K Pelicia, EA Garcia, AB Molino, JA Vieira Filho, 
TA Santos, GC dos Santos, L Spuri, RG Lima.....................................................373
31. Sistemas	de	criação	para	codornas	japonesas
• K Pelicia, EA Garcia, AB Molino, GC dos Santos, 
TA Santos, JA Vieira Filho, L Spuri, RG Lima.....................................................378
32. Extrato	de	flor	de	seda	no	tratamento	in	vitro	de		 	 	 	
helmintoses	gastrointestinais	de	codornas	japonesas
• PA Brandão, GG Diniz, DRP Silva, VRL Vilela, AV Carvalho...............................383
33. Influência	de	dietas	com	diferentes	níveis	de	arroz	integral	sem	casca	 						
sobre	o	volume	e	concentração	espermática	de	galos
• S Lorandi, T. B. Beck, CO de Oliveira, AT Tavares, 
G Farina, VL Santos, J Shafhauser Jr, DC Bongalhardo.....................................389
34.	Influência	de	dietas	com	diferentes	níveis	de	arroz	integral	sem		
casca	sobre	o	teste	de	penetração	espermática
• TB Beck, CO de Oliveira, AT Tavares, G Farina, CL Contreiras, 
MA Anciuti, J Shafhaüser, DC Bongalhardo.........................................................394
35.	Potencial	de	associação	dos	escores	de	cloaca	e	de	crista	com	a		
morfometria	testicular	de	galos	de	matriz	pesada	adultos	de	três		
categorias	de	peso	corporal	
• CA Rezende, NC Baião, LEA Ruiz, PR Xavier, AP Marques Junior.....................398
Produção
36. Avaliação	do	uso	de	tela	em	galpões	para	galinhas	poedeiras		 	 						
e	sua	influência	na	temperatura	interna	e	índices	zootécnicos	
• D Lourençoni, T Yanagi Junior, DD Oliveira, RR Lima, 
BL Oliveira, AT Campos, MRS Pena...................................................................404
37.	Natural	peeling:	biotecnologia	na	desinfecção	de	ovos 
• LP Fornari e J Rodem..........................................................................................410
38. Avaliação	hepática	de	frangos	de	corte	no	período	inicial	de	criação		 	
submetidos	a	dietas	suplementas	com	glutamina,	ácido	glutâmico		 	
e	sua	associação	
• BB Martins, MRFB Martins, EF Aguiar, AA Mendes, GS Prado, 
B Ciavarelli, MF Nazzaro.....................................................................................415
39. Avaliação	da	integridade	intestinal	de	frangos	de	corte			 	 						
suplementados	com	glutamina	e	ácido	glutamínico	na	dieta
• EF Aguiar, MRFB Martins, C Bresne, C Sanfelice, BB Martins, 
AA Mendes, BCS Fernandes, GS Prado, DM Rodrigues.....................................420
40. Elaboração	e	análise	físico-química	de	kafta	de	frango	e	resíduo	de	caju
• EC Monção, PB Sousa, SCN Reges, ATF Cruz, ALS Monte, MN Damaceno, 
EL Coelho, PA Souza............................................................................................427
41.	Caracterização	físico-química	de	mortadela	de	frango	adicionada	de	
soro de leite
• ATF Cruz, SCN Reges, EC Monção, ALS Monte, EL Coelho, 
ABD Cavalcante, MN Damaceno........................................................................434
42.	Análise	microbiológica	de	coxas	de	frango	comercializadas	nos		
supermercados	da	cidade	de	São	José	dos	Campos,	Brasil
• TD Paula, SKG Silva, PMF Truits, J Moura Alvarez.............................................441
Processamento
43. Efeito	da	higiene	operacional	sobre	a	contaminação	por	micro-organismos	
indicadores	em	esteiras	condutoras	de	frango	em	sala	de	corte
• VM Soares, C Viana, JG Pereira, LS Bersot, JPAN Pinto....................................44644. Análise	de	esfregaço	fecal	para	diagnóstico	de	megabactéria		 	
(Macrorhabdus	ornithogaster)	em	aves
• TS Queiros, P Lourenço, MCG Pita.....................................................................452
45. Método	rápido	indireto	de	detecção	em	ambiente	avícola	de		 	
Salmonella	spp.	utilizando-se	bacterifagos	líticos
• GA Marietto Gonçalves, RL Andreatti Filho..........................................................457
46. Histomorfometria	da	mucosa	intestinal	de	frangos	de	corte		 	
alimentados	com	aditivo	fitogênico	e	inoculados	com	Salmonella		
enterica sorovar enteritidis
• ACS Barnabé, TD Matias, PM Rezende, M Lima Júnior, 
E Souza-Santana, MA Andrade............................................................................462
47.	Uso	de	tela	em	galpões	para	galinhas	poedeiras	e	sua	influência		
no	fluxo	de	ar
• D Lourençoni, T Yanagi Junior, DD Oliveira, AT Campos, RR Lima, 
BL Oliveira, MRS Pena.......................................................................................466
48. Estresse	por	calor	modula	o	perfil	de	linfócitos	no	sangue	periférico		
de	frangos	de	corte	vacinados
• BTB Honda, AS Calefi, WM Quinteiro Filho, V Ferraz de Paula, 
C Costola de Souza, JGS Fonseca, J Palermo Neto..........................................472
49. Identificação	do	adenovirus	aviário	sorotipo1	em	casos	de	erosão	da	
moela	em	frangos	de	corte
• E Mettifogo e KC Médici.......................................................................................477
Sanidade
50.	Salmonella	sp.	em	amostras	de	ovos	brancos	e	vermelhos		 	
provenientes	de	uma	granja	de	postura	comercial
• TD Matias, GC Abdalla, MA Andrade, DMC Moraes, 
MEL Paniago, CLR Gonçalves.............................................................................482
51. Primeiros	passos	da	produção	recombinante	de	imunoestimulantes	
inespecíficos	para	aves:	seleção,	caracterização	e	clonagem	de		
agonistas	dos	receptores	de	reconhecimento	de	padrão	do	sistema	
imune	inato	das	aves
• BA Soares, SA Ságio, AP Peconick, PR Barrios, AC Júnior, 
RH Piccoli, GM Costa, NRS Martins....................................................................487
52. Estudo	de	viabilidade	econômica	para	sustentabilidade	energética	e	
ambiental	de	plantas	de	biogás:	desenvolvimento	tecnológico
• AM Aires, J Lucas Júnior, JCB Moraes, GPM Fonseca, D Lorasqui...................494
53.	Fatores	críticos	da	competitividade	da	cadeia	produtiva	do	ovo	no		
Estado de São Paulo
• SK Kakimoto, HM de Souza Filho, CC Pizzolante, JE de Moraes......................500
Sustentabilidade
Palestras
Técnico	científico
16 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
INFLUENZA	AVIÁRIA	
Um foco de Influenza Aviária tipo A/H7N3 de Alta Patogenicidade e 
exótica em Jalisco, 2012, e Guanajuato-Puebla, 2013 – México 
Início	inesperado
No sábado 9 de junho de 2012, elevadas mortalidades começaram a ser reporta-
das em várias granjas de postura num local com uma alta densidade populacional de aves 
em Acatic-Tepatitlan-Pegueros, na região de Altos de Jalisco (montanhas) no centro-oeste 
do México. Essa área geográfica possui uma população fixa de 70 milhões de poedeiras 
em um corredor com mais de 160 km de comprimento entre Tepatitlán e San Juan de Los 
Lagos. Jalisco fornece 55% de toda a produção de ovos no país. Se Jalisco fosse um país, 
ele seria o 8o maior produtor de ovos do mundo.
O foco de Influenza Aviária pegou de surpresa os veterinários de campo e os produto-
res. No início, o foco foi diagnosticado por alguns dias como Cólera Aviária, depois como Do-
ença de Newcastle, por fim, ficou óbvio que se tratava de um caso severo de Ortomixovirose.
A SENASICA, a autoridade veterinária sanitária mexicana, reportou a presença 
deste vírus tipo A/H7N3 de alta patogenicidade e exótico à OIE em 21 de junho de 2103, 
e implementou imediatamente o Plano Nacional de Emergência de Sanidade Animal (DI-
NESA). Rapidamente foi estabelecida uma zona de quarentena ao redor das granjas afe-
tadas com ações de sacrifício compulsório das aves infectadas e não infectadas. Também 
foi estabelecida uma área focal de 9.531 m², uma área perifocal de 11.147 km quadrados 
e uma zona de mitigação de 11.795 km. Além disso, um enorme esforço de vigilância 
epidemiológica ativa foi implementado no estado de Jalisco, nos seis estados vizinhos e 
no restante do país.
Miguel	A.	Márquez
Professor da Universidade Nacional 
Autônoma do México, Guadalajara – México
17Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
O exército mexicano assumiu o controle de todas as principais rodovia e estradas 
secundárias para cessar a movimentação de qualquer tipo ave viva ou morta ou produto 
de carne de ave.
O	grande	dilema:	vacinar	ou	não	vacinar!
A despeito dos enormes esforços, infelizmente o vírus continuou sua agressiva 
expansão durante os dias e semanas seguintes. Devido a essa situação desesperadora, 
os produtores, veterinários de aves e os funcionários do SENASICA tiveram de tomar uma 
decisão amarga e indesejada de considerar a possibilidade de vacinar todas as aves das 
áreas afetadas, como um procedimento temporário de contenção.
Uma vacina oleosa emulsificada inativada foi produzida com o vírus da Influenza 
Aviária de baixa patogenicidade A/H7N3, isolado em 2006 dos patos dos mangues do Rio 
Lerma sob uma intensa pressão de tempo.
A	campanha	de	vacinação	começou	em	26	de	julho.	
Na quarta-feira 24 de outubro, o Presidente Felipe Calderon anunciou que estava 
sob controle a emergência veterinária sanitária provocada pelo vírus da influenza aviária 
de alta patogenicidade A/H7N3. 
Até então, 22.3 milhões de aves haviam morrido ou sido sacrificadas a um custo 
de 760 milhões de dólares, 160 milhões de doses de vacina foram injetadas e 7.688 em-
pregos foram perdidos.
Vírus	difíceis	e	nefastos
Achávamos que tínhamos ganho a batalha, porém chegou o inverno no México, 
com baixas temperaturas e fortes ventos gelados soprando do norte. Em 3 de janeiro 
de 2013, tivemos um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (HPAI) nas duas 
granjas de postura não vacinadas do estado de Aguascalientes, que entraram em qua-
rentena imediatamente. As aves foram sacrificadas e o caso foi encerrado. Porém, mais 
uma vez, algumas semanas depois, na noite de quarta-feira 23 de fevereiro, começaram a 
18 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
surgir novamente os relatos de altas mortalidades, porém agora surpreendentemente nos 
plantéis de matrizes de corte no estado de Guanajuato, localizada a sudeste de Jalisco. 
A	segunda	onda
Até o final de março de 2013, 3,7 milhões de aves foram sacrificadas, entre elas 
847.000 matrizes de corte, 1.984 milhões de frangos de corte e 918.000 poedeiras. Para 
conter essa nova onda, 131 milhões de doses de vacina foram administradas.
A terceira onda
Na quarta-feira 8 de maio, foi relatada a presença do vírus de Influenza Aviária de 
Alta Patogenicidade A/H7N3 numa granja com 55.000 poedeiras em Palmar de Bravo, 
localizada a cerca de 45 km de Tehuacán, Puebla. O estado de Puebla é o segundo maior 
produtor de ovos do México com uma população aproximada de 30 milhões de poedeiras, 
além da população de aves de corte.
Esse fato é visto como uma situação extremamente perigosa, uma vez que Tehua-
cán é a porta de entrada para o sul do México, embora 900 km separem Puebla da fron-
teira com a Guatemala, a possibilidade de infecção do Setor de Avicultura de Guatemala 
é muito elevada durante os próximos meses. 
Todas as ações sanitárias, de biossegurança, mobilização, desinfecção e contin-
genciais foram tomadas para evitar a contaminação do Setor Avícola da América Central. 
RECOMENDAÇÕES
O que os outros países devem aprender com a dolorosa e difícil experiência mexicana?
Todos os países e todas as indústriasavícolas do planeta devem levar em séria 
consideração os conceitos e ações descritos abaixo. 
As experiências mais traumáticas e dolorosas sempre deixam muito conhecimen-
to, com lições enriquecedoras que, no final, são extremamente difíceis de esquecer.
19Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Ações	para	prevenir	e	evitar	a	presença	de	um	foco	de	Influenza	Aviária
Voltando ao básico!
Ações simples muitas vezes esquecidas como:
1. As medidas de limpeza e higiene são constantemente esquecidas, devido ao excesso 
de trabalho ou porque os médicos veterinários, o gestor ou o produtor tentam econo-
mizar dinheiro e reduzir custos.
a) Palavras mágicas tais como muita “água e sabão”.
b) Uso racional dos desinfetantes e métodos de desinfecção adequados. 
c) Com disciplina e bom planejamento, respeitar o vazio sanitário entre lotes de aves de 
corte e aves de reposição.
2. Aplicar as Boas Práticas de Produção:
a) Planejamento
b) Organização
c) Boa ordem
d) Disciplina
e) Controle e acompanhamento (follow up)
3. Implementar o “Sistema Todos Dentro, Todos Fora”!
Se possível, somente aves com a mesma idade em cada granja, principalmente 
nas granjas de corte. Tente fazer o mesmo nas granjas de postura, mesmo que, devido às 
características desta atividade, isso seja difícil de atingir.
4. BIOSSEGURANÇA. Deve ser considerado um investimento, não uma despesa. Haverá 
um grande retorno.
5. Desenvolvimento de um Manual Operacional de Biossegurança, adaptado para o uso 
interno em cada granja ou empresa de aves que possa ser usado para medir e classifi-
car o NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA de cada aviário de uma granja (aves de corte, po-
edeiras e matrizes de reprodução), incubatórios, fábricas de ração, abatedouros, etc.
6. Nos estabelecimentos de aves, controle de todas as movimentações de entrada e saída 
de pessoas e de todos os tipos de carros, caminhões, matérias-primas e produtos. 
Deve-se prestar especial atenção ao controle de rações, ovos férteis, caminhões de 
esterco e gás, e também motoristas.
7. Uma grama de esterco de aves de corte ou postura contém milhões de partículas vivas 
do vírus da Influenza Aviária. Evite movimentações de esterco e sua comercialização, 
20 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
exceto se ele tenha passado por um tratamento térmico antes de ser comercializado e 
transportado como um fertilizante agrícola ou enviado para confinamentos de bovinos.
8. Pessoas são as principais fontes de movimentação que transmitem patógenos e doen-
ças infecciosas: funcionários, trabalhadores, equipes de vacinação, etc.
9. Evite a presença de vendedores promovendo seus produtos nos portões das granjas. 
10. Controle e evite a construção de novas granjas ou de qualquer tipo de estabelecimen-
to relacionado à produção animal (mínimo 5 km de distância).
11. Siga o Manual de Boas Práticas de Produção Avícola durante o trabalho diário em 
todo o ano.
12. Evite um número excessivo de concentração de granjas e pare de construir novas 
unidades de produção em uma determinada zona geográfica.
13. Desenvolva um mapa (road map) detalhado da área onde a(s) granja(s) de aves estão 
localizadas e implemente ações de controle de movimentação de veículos.
14. Controle da população de aves silvestres através de swabs de cloaca e amos-
tras de sangue, no caso de presença de corpos de água fechados ou próximos 
às granjas onde as aves silvestres migratórias chegam e permanecem por al-
guns meses. 
15. Desenvolva uma relação de trabalho harmônica e confiável com as autoridades vete-
rinárias sanitárias do governo.
16. Em colaboração com as autoridades oficiais sanitárias veterinárias de cada país, pla-
neje e execute ações obrigatórias e compulsórias de vigilância epidemiológica passiva 
e ativa por meio de amostras de traqueia e cloaca para estudos de RT-PCR e de 
isolamento viral.
17. ANÁLISE DE RISCOS. Estabeleça e implemente um Programa de Análise de Riscos 
com pessoal treinado. 
18. COMUNICAÇÃO. Comunique-se e lide com a imprensa de forma adequada. No caso 
de TV, rádio e jornais, é necessário indicar dois porta-vozes oficiais para comunicados 
à imprensa uma vez ao dia. Uma pessoa qualificada representando a autoridade do 
governo e outra do setor privado (Associação Nacional de Avicultura). 
19. SALA DE SITUAÇÃO. Criar um quartel general central em uma casa ou prédio como 
um Centro para Emergências. 
20. Todos os países, pobres e ricos, devem desenvolver e criar uma POLÍTICA DE IN-
DENIZAÇÃO. Um fundo contingencial econômico privado com dinheiro e recursos 
significativos para incentivar que os produtores de aves e de outros animais para a 
produção de alimentos reconheçam e entrem em contato com as autoridades sanitá-
21Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
rias veterinárias, no caso de sintomatologia clínica anormal e/ou alta mortalidade em 
seus lotes de aves, ou de outros tipos de animais para a produção de alimentos.
21. A epizootia Influenza Aviária deve ser considerada como uma catástrofe natural, à 
semelhança de um terremoto, inundação ou tsunami, a fim de haver acesso imediato 
aos recursos de emergência dos governos estaduais e federal. 
22. Através do sistema de cooperação e coordenação internacional entre as organizações 
da OIE, FAO e OMS, juntamente com os Ministérios Locais de Agricultura e Pecuária, 
criar um esforço sem precedentes para desenvolver uma reserva estratégica em um 
banco de vacinas oleosas emulsificadas e inativadas, preparadas com os principais 
subtipos do vírus de Influenza Aviária H5 e H7 e, eventualmente, H9, e uma Biblioteca 
Mundial de cepas de Vírus de Influenza Aviária.
23. Aumentar e ampliar a Rede de Laboratórios de Referência para Influenza Aviária da 
OIE no mundo, em países estratégicos, como o México, por exemplo, em colaboração 
com os governos locais em cinco continentes. 
 24. Periodicamente oferecer treinamentos e cursos básicos para funcionários de granjas 
e equipes veterinárias das principais áreas produtoras de aves de cada país.
25. Folhetos informativos sobre Influenza Aviária para proprietários de aves de fundo de 
quintal e galos de briga.
Reconhecimento
Eu gostaria de demonstrar meu reconhecimento aos extraordinários esforços 
envidados pelas autoridades veterinárias e sanitárias mexicanas, produtores de aves e 
Corpus Veterinarius de Jalisco, Aguascalientes, Guanajuato e Puebla. 
22 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Bronquite	infecciosa	das	galinhas
A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada 
no mundo todo. 
O vírus que causa a bronquite infecciosa (VBI) faz parte da família Coronaviridae, 
gênero Coronavírus. Três grupos compõem o gênero Coronavírus, o VBI está inserido no 
grupo 3 (Cavanagh e Naqi, 2003).
O VBI é um vírus envelopado, que contém um genoma de RNA não segmentado 
de 27,6 Kb, que codifica 3 proteínas estruturais: M, S e N. A glicoproteína S (“spikepro-
tein”) contém 1160 aminoácidos e é clivada em duas subunidades, S1 e S2, das quais S2 
é mais conservada em sua sequência de aminoácidos. A glicoproteína S1 é responsável 
pela infectividade viral e possui determinantes antigênicos que induzem a formação de 
anticorpos neutralizantes. A variação na sua composição aminoacídica é a principal estra-
tégia do VBI para “escapar” dos mecanismos de defesa do hospedeiro (Cavanagh et al., 
1992; Cavanagh et al., 1997; Cook et al., 1999). A S1 é a principal indutora da resposta 
imune protetora contra a infecção pelo VBI, sendo por isto, de fundamental importância na 
imunoprofilaxia da doença (Cook et al., 1996).
O VBI tem predileção pelas células epiteliais, sendo a mucosa do sistema res-
piratório seu alvo primário. Em aves nas primeiras semanas de vida, em decorrência 
da multiplicação no epitélio traqueal, é possível observar coriza, ouvir espirrose outros 
ruídos traqueais anormais. As lesões no sistema respiratório diminuem o consumo de 
ração e consequentemente o desempenho do lote. As complicações com infecções bac-
terianas secundárias aumentam as perdas econômicas, com maior consumo de insumos 
biológicos e condenação de carcaças, principalmente por aerossaculite, causada pela 
Iara	Maria	Trevisol
Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC
iara.trevisol@embrapa.br
23Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
associação do vírus com bactérias (Cavanagh e Naqi, 2003). Em frangos de corte e aves 
adultas, o VBI multiplica-se com maior afinidade ao epitélio ciliar renal, causando nefrite 
e nefrose, consequentemente, ocorre queda do ganho de peso, aumenta a conversão ali-
mentar e pode ocorrer aumento da mortalidade diária (10 a 30%). O vírus replica também 
nas células epiteliais do oviduto e em aves em produção causa queda na postura (10 a 
20%), e ovos defeituosos (casca molde, sem casca, casca rugosa). A qualidade interna do 
ovo também é afetada (albumina aquosa), mas nessa fase da vida da ave, praticamente 
não há mortalidade (Cavanagh e Naqi, 2003). 
Os sinais clínicos da BI são claros, mas não são específicos, portanto, são neces-
sárias ferramentas para identificar o agente e relacioná-lo aos problemas clínicos obser-
vados no campo (Wit, 2000).
De maneira geral, a infecção pelo VBI pode ser diagnosticada pela detecção do 
vírus ou parte dele e pela resposta específica de anticorpos. O ensaio mais utilizado é o 
isolamento viral. Embora laborioso, o método clássico para isolamento é a passagem do 
vírus em ovos embrionados ou em cultura de células (De Wit, 2000).
A detecção de anticorpos específicos também pode ser utilizada, e apresenta 
maior correlação com os problemas clínicos se for realizada a colheita pareada: duas 
colheitas de soro: uma no momento em que surgem os sinais clínicos e a outra, duas a 
quatro semanas mais tarde. O aumento de títulos de anticorpos de pelo menos quatro ve-
zes na segunda colheita comparado a primeira é considerado diagnóstico positivo. Testes 
como vírus neutralização (VN) e ELISA podem ser utilizados (De Wit, 2000, Cavanagh e 
Naqi, 2003).
A capacidade do VBI de incorporar freqüentes mutações e recombinações em 
seu genoma, resultam em ocorrência periódica de novos amostras de vírus. Essa varia-
bilidade confere ao vírus uma vantagem evolutiva considerável, uma vez que ele mantém 
a estabilidade genética e gera produtos com grande diversidade antigênica superficial, 
permitindo evadir-se das defesas do hospedeiro (Murphy et al., 1999). 
Para classificar os diferentes tipos de vírus, existem dois sitemas: testes funcio-
nais que consideram a função biológica do vírus e testes não funcionais que focam o 
genoma viral. A tipificação por testes funcionais resulta em imunotipos ou protectotipos e, 
24 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
tipos antigênicos (sorotipos). Testes para o genoma resultam em genotipos. A escolha do 
melhor sistema de classificação vai depender do objetivo da tipificação: se estudos epide-
miológicos, avaliação de técnicas, ou escolha de programs de vacinas, por exemplo (De 
Wit, 2000). A classificação em imunotipos ou protectotipos promove informações sobre 
a eficácia de vacinas e é obtida através de estudos de imunização cruzada realizadas in 
vivo e in vitro. Amostras virais que induzem proteção uma para outra pertencem ao mes-
mo imuno ou protectotipo (De Wit, 2000). O sistema clássico para tipificação funcional é a 
sorotipagem, que é baseada nas reações entre amostras do VBI e o aumento de anticor-
pos sorotipo-específico para esta amostra. Duas amostras de vírus (A e B) são conside-
radas do mesmo sorotipo quando títulos neutralizantes heterólogos (antisoro A com vírus 
B e antisoro B com vírus A) difere menos de 20 vezes dos títulos homólogos (antisoro A 
com vírus A e antisoro B com vírus B). Normalmente os testes para sorotipagem são con-
duzidos por VN (De Wit, 2000). O agrupamento de amostras em genotipos, inclui métodos 
de seqüenciamento, detecção de partes genótipo-específicas do genoma por RT-PCR or 
determinação da posição do sítio de clivagem de uma determinada enzima. A utilização 
da genotipagem não é um método recomendado como ferramenta exclusiva em estudos 
de campo. Testes convencionais de sorotipagem e especialmente os estudos in vitro são 
necessários para complementar diagnósticos e decisões (Jia et al., 1995; Hein et al., 
1998; Keeler et al., 1998; apud De Wit, 2000).
Paralelo aos avanços na utilização da biologia molecular no estudo da BI das 
aves, novas amostras do vírus estão continuamente sendo detectados. Em 1991, na In-
glaterra, começou a ser relatado em galinhas em produção vacinadas, sinais de doença 
com características incomuns a bronquite infecciosa. Estes surtos foram associados com 
um novo tipo de vírus, completamente diferente das amostras de VBI já descritas. O novo 
vírus foi denominado 793B por Gough et al., e amostra 4/91 por Parsons et al. A doença 
relatada, apresentava mortalidade elevada e uma miopatia do músculo peitoral profundo 
(Gough et al., 1992 e Parsons et al., 1992 apud Cook, 1996). Os isolados de VBI relacio-
nados a 4/91 apresentam uma ampla distribuição tecidual, que incluem os tratos respi-
ratório, digestório e urinário. Dhinakar Raj & Jones (1996) estudando a imunopatogenia 
da infecção por essa variante isolaram o vírus após infecção experimental nos seguintes 
órgãos: traqueia, rins, pulmões, bolsa de Fabrício, glândulas de Harder, tonsilas cecais e 
trato gastrointestinal. No entanto, o vírus não foi isolado do músculo peitoral.
25Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Entre 1990 e 1992 na região de Delmarva surtos de doença respiratória em gali-
nhas foram causadas por um vírus ainda não descrito nos Estados Unidos. Esta amostra 
foi denominada DE072 e logo após, foi relacionada à amostra vacinal holandesa D1466. 
Os surtos foram controlados com uma vacina viva atenuada contendo a DE072 até 1996, 
quando novos relatos surgiram (Trevisol e Jaenisch, 2010).
Na China em 1996, surtos apresentando edema e úlceras hemorrágicas no pró-
-ventrículo e mortalidade de 15 a 89% das aves, caracterizou o envolvimento da amostra 
de VBI denominada “tipo pró-ventricular”. Ainda na China em 1998, pintinhos adoeceram 
com aparente depressão, os olhos inchados, lacrimejamento e diarreia, seguidos de si-
nais respiratórios. A morbidade foi de 100% e a mortalidade de 20%. Os exames pós 
mortem mostraram intensa inflamação no pró-ventrículo, e um único agente foi isolado e 
denominado VBI amostra QX. Quadros de nefrite e falsas poedeiras também estão sendo 
associadas à amostra QX na Holanda, na Bélgica, Alemanha e França desde 2004. Em 
2008 a Inglaterra também relatou o isolamento da amostra QX (Trevisol e Jaenisch, 2010).
No Brasil a presença de amostras “variantes” do VBI também ocorre. Desde1973 
e 1979 ficou comprovada a presença de amostras nefropatogênicas (Lamas et al, 1979 e 
July e Hipólito, 1973, apud Silva 2010). A partir destes estudos pioneiros, a necessidade 
de uitilizar uma vacina para BI ficou comprovada e foi aprovada em 1978. A utilização 
da vacina sempre apresentou resultados satisfatórios e ainda hoje, esse fato precisa ser 
considerado com cuidado.
A presença do sorotipo Arkansas foi descrita em 1985 por Brandem. Em 1987 por 
Di Fabio e em 1992 por Wentz, amostras com baixa relação antigênica com a amostra 
Massachusetts foram isoladas no país. Porém, são ainda muito escassos os estudos de 
variantes no Brasil que comprovem a baixa relação antigênica com a vacina disponível. 
Um dos dados científicos mais recentes é de 2000, onde Di Fábio e colaboradores, 
pesquisaram amostras de VBI em frangos e poedeiras e encontraram quatro diferentes 
sorotipos. Estes sorotipos foram diferentes entre si e entre outros isolados de outros paí-ses. Neste estudo, comprovou-se que sob condições experimentais, a vacina do sorotipo 
Massachusetts, quando administrada isoladamente no primeiro dia de idade, protege mui-
to bem contra o desafio com 3 de 4 isolados brasileiros selecionados para representar os 
diferentes tipos antigênicos de VBI isolados. 
26 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Em 2006, novas amostras variantes foram descritas causando surtos da doença 
em frangos de corte e poedeiras no estado de Minas Gerais, e em 2007 as variantes 
aparecem associadas a casos de enterite e infertilidade de machos (Trevisol e Jaenisch, 
2010).
A partir de 2003/2004, lesões atípicas de degeneração e necrose da musculatura 
peitoral superficial e profunda foram também relatada. Brentano et al. (2005) estudaram 
3 lotes de matrizes pesadas com suspeita de BI atípica, os quais estavam apresentan-
do mortalidade aumentada, apatia, dispneia, queda da produção e qualidade dos ovos, 
lesões renais e miopatia peitoral. A partir de materiais obtidos dessas aves, os autores 
conseguiram isolar o VBI. Além disso, eles detectaram o genoma viral através da técnica 
de RT-PCR. Esses pesquisadores conseguiram reproduzir um quadro de doença respira-
tória e renal in vivo. Contudo, não se obteve sucesso na reprodução da miopatia peitoral 
em aves SPF, indicando a necessidade de mais estudos para elucidar a patogenia dessa 
apresentação atípica da BIG (Brentano et al., 2005).
Testes de proteção cruzada realizados em 2009 e 2010 com amostras consideradas 
“variantes” do ponto de vista da biologa molecular, mostraram que aves SPF vacinadas com 
Mass H120, apresentaram proteção para quatro variantes analisadas (Trevisol et al, 2010).
Segundo Villegas (1997), a variabilidade de sorotipos de VBI em diferentes países 
é um dos fatores mais importantes no controle da doença. Embora cada área geográfica 
possa ter os seus próprios sorotipos, mais de um sorotipo pode ser predominante em 
cada área ao mesmo tempo, enquanto que o sorotipo predominante em cada área, 
em particular, muda com o tempo. Novos sorotipos de VBI continuam a serem descritos 
em todas as partes do mundo, inclusive no Brasil. Entretanto, o sorotipo Massachusetts 
continua a ser importante e é o tipo predominante em muitas áreas (Cook, 1997).
O Brasil tem controlado a bronquite infecciosa das galinhas com vacinação desde 
1979, quando a primeira vacina foi licenciada (Silva, 2010). Falhas de proteção têm sido 
relatadas e a ocorrência de manifestações clínicas diversas, é associada às variações do 
vírus e o surgimento de amostras variantes (Back, 2009). Especula-se que essas varian-
tes resultam em proteção cruzada “pobre” frente à amostra vacinal disponível. A identifi-
cação de variantes e a avaliação frente à vacina viva pretendem auxiliar o entendimento 
desses casos clínicos e a adequação dos procedimentos de controle. 
27Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Na Embrapa Suínos e Aves, a consolidação da metodologia de ensaios de pro-
teção in vivo esta acontecendo paralelamente a implementação de um teste molecular 
quantitativo que complementará as leituras das traquéias. Além disso, estudos com mar-
cadores moleculares de indução de resposta imune e um melhor entendimento dos meca-
nismos de ciliostase, estão também sendo investigados. Esses parâmetros, medidos por 
PCR em tempo real e as análises histopatológicas correspondentes, certamente darão 
maior robustez aos ensaios in vivo, e, portanto, uma melhor resposta a respeito da eficá-
cia da vacina sorotipo Massachusetts frente às variantes brasileiras.
Bibiografia	
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29Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Quantificação	de	Salmonella 
	relacionada	à	intoxicação	alimentar
A presença de Salmonella em alimentos crus constitui um sério problema de saú-
de pública. Os governos e indústrias em todo o mundo estão dedicando uma quantidade 
considerável de recursos para reduzir o risco da salmonelose de origem alimentar. En-
tretanto, apesar de mais de cinquenta anos de trabalhos científicos concentrados, ainda 
não existe uma maneira econômica para enumerar Salmonella em amostras microbioló-
gicas. Várias outras bactérias compartilham os requisitos nutricionais e de crescimento 
da Salmonella, e diferentes cepas de Salmonella apresentam características bioquímicas 
variadas, de forma que não há meios laboratoriais para reconhecer e contar colônias de 
Salmonella com alto grau de confiança. Todas as Salmonellas são consideradas pato-
gênicas em alguma dosagem, portanto não reconhecer algumas colônias é geralmente 
inaceitável. O método do Número Mais Provável (NMP) pode ser utilizado para estimar a 
quantidade de células de Salmonella em amostras, porém os testes NMP são muito mais 
caros do que os testes de presença/ausência e as estimativas de NMP são menos preci-
sas do que as contagens de placas que podem ser feitas com bactérias como E. coli por 
exemplo. Consequentemente, a literatura científica sobre Salmonella geralmente reporta 
a porcentagem de amostras positivas para Salmonella, com provavelmente menos de 1% 
de trabalhos que reportam estimativas de NMP com o número de células presentes nas 
amostras. O número de células em uma amostra é um fator-chave para calcular o risco de 
enfermidadesassociadas àquela amostra. Apesar da tendência quanto à porcentagem de 
prevalência de Salmonella na literatura, vários estudos de linha de base foram realizados 
incluindo estimativas de NMP para grandes quantidades de carcaças resfriadas de aves. 
Estudos de linha de base incluíram mais de 5.000 carcaças de frango e mais de 1.700 
John	Cason
Retired, formerly Research Physiologist, 
USDA, ARS – Russel Research Center, 
Athens, Geórgia – EUA
30 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
carcaças de peru, porém as informações desses estudos não foram totalmente analisa-
das para determinar a distribuição das células de Salmonella em amostras de carne de 
ave. Este trabalho reportará a análise de probabilidade binomial na análise de prevalência 
da água de enxágue de carcaças inteiras e a análise de NMP a fim de determinar a dis-
tribuição das células de Salmonella necessárias para produzir os resultados que foram 
reportados nos estudos de linha de base. O cálculo resultante está em concordância com 
alguns modelos de análise de risco anteriores que indicam que algumas carcaças com 
grandes quantidades de células de Salmonella apresentam um risco maior de causar 
enfermidades em humanos do que várias carcaças com baixas quantidades de células de 
Salmonella. Ter mais conhecimento sobre a distribuição numérica de Salmonella em car-
caças pode auxiliar a indústria a aprovar requisitos regulatórios com base na prevalência 
de Salmonella. 
31Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Critérios	microbiológicos	baseados	em	risco	
para	campylobacter em	aves
A campilobacteriose é a zoonose gastrointestinal mais comumente reportada na 
União Europeia desde 2005. Em um relatório científico da EFSA (2013), estima-se que 
o número real de casos em humanos seja de aproximadamente nove milhões e que a 
carne de frango pode representar entre 20% e 30% desses casos, enquanto 50% a 80% 
podem ser atribuídos ao reservatório em aves como um todo (frangos de corte e galinhas 
poedeiras).
Além disso, as avaliações de risco quantitativas demonstraram que o risco de 
campilobacteriose se eleva quando aumenta o número de Campylobacter na carne de 
frango. Desta forma, com base nos dados de quatro países, a EFSA (2011) concluiu que 
reduzir o número de Campylobacter nas carcaças de frango em 1 log10-unidade, reduziria 
o risco à saúde pública entre 50 e 90%. 
Os critérios microbiológicos (CM) são úteis para a validação e a verificação de 
processos e procedimentos baseados em HACCP, além de outras medidas de controle 
de higiene. Além disso, critérios microbiológicos são usados para avaliar a aceitabilidade 
de um lote de alimento. O estabelecimento de critérios microbiológicos não significa que 
todos os lotes de alimentos devam ser analisados, porém esclarece como os resultados 
das análises de um alimento devem ser interpretados, e quais são as consequências de 
Jens	Kirk	Andersen,	Maarten	Nauta	e	
Hanne	Rosenquist 
Instituto Nacional de Alimentos, Universidade 
Técnica da Dinamarca
	Birgit	Nørrung
Faculdade de Saúde e Ciências Médicas da 
Universidade de Copenhaguen, Dinamarca
32 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
gestão de riscos. Além disso, um MC é uma ferramenta útil para comunicar ao estabeleci-
mento qual é o nível de controle de perigo que deverá ser atingido.
Até o momento, nenhum CM foi estabelecido para Campylobacter em carne de 
frango. Portanto, desenvolvemos um CM baseado em risco para patógenos neste alimen-
to, o qual será apresentado abaixo.
Princípio
O princípio do CM baseado em risco apresentado consiste em um conjunto de 
amostras de um lote de alimento, o qual é analisado quantitativamente e os resultados 
são processados em um modelo de avaliação de risco para produzir uma estimativa do 
risco do lote do alimento. O cálculo é um risco relativo, o qual é calculado como o risco 
do lote de alimento analisado dividido pelo risco da linha de base, que é a média do 
risco de um conjunto relevante de lotes de alimentos, por exemplo, a produção anual 
de um país.
O requisito deste procedimento é que um modelo de avaliação de risco quantitati-
vo esteja disponível. O modelo de avaliação de risco deve ser capaz de relacionar a ocor-
rência de Campylobacter em carne de frango in natura ao nível de risco apresentado pela 
refeição pronta no momento do consumo. Foram publicados vários modelos quantitativos 
de avaliação de risco para Campylobacter em aves. Utilizamos um modelo de avaliação 
de risco desenvolvido por Rosenquist et al. (2003). 
Outro requisito é que o conhecimento sobre a ocorrência quantitativa de Campylo-
bacter em carne de frango precisa ser estabelecido para que se possa modelar o nível 
do risco da linha de base. O risco da linha de base será usado para a comparação com o 
risco estimado para os lotes que são amostrados e analisados
O	método	na	prática
São coletadas 12 amostras individuais de pescoço-pele ou carne da superfície. Deve-
-se coletar pelo menos 10 gramas de pescoço-pele. As amostras homogeneizadas e diluídas 
em 10 partes são preparadas e analisadas quantitativamente para Campylobacter spp. (con-
33Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
forme a ISO 10272-2: 2006. Microbiology of food and animal feeding stuffs -- Horizontal method 
for detection and enumeration of Campylobacter spp. -- Part 2: Colony-count technique).
Os resultados da análise são agrupados em número de amostras <100 UFC/g 
(N<100), número de amostras >100 e <1000 UFC/g (N100-1000) e número de amostras >1000 
UFC/g (N>1000).
O risco relativo (RR) do lote pode ser calculado por: 
 
 Risco do loteRR= ----------------------------------
 
 Risco da linha de base
 o qual pode ser simplificado para
 RR = fator a*N100-1000 + fator b*N>1000, conforme descrito por Christensen et al. (2013).
Na equação, os parâmetros “a” e “b” referem-se ao risco relativo da carne de 
frango contendo entre 100 e 1000 UFC/g, e acima de 1000 UFC/g no ponto da amostra-
gem. Eles foram determinados por uma avaliação de risco quantitativa que combina um 
modelo de avaliação de exposição de carcaças processadas até o consumo e um modelo 
de dose-resposta (Rosenquist et al., 2003), com base em dados de uma pesquisa com 
varejistas de carnes em 2005 (os “dados de linha de base”, Christensen et al 2013).
Os gestores de risco são responsáveis por decidir quais riscos relativos são acei-
táveis. Os gestores de risco podem ser governos federais ou empresas de alimentos que 
desejem cumprir os requisitos de um consumidor ou atender a uma referência (benchmark) 
interna. Conforme o Acordo SPS (Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitos-
sanitárias, OMS 2010), os governos têm permissão para manter uma adequada proteção 
sanitária e são incentivados a fazê-lo conforme os padrões internacionais. Isso significa que 
um governo federal pode estabelecer medidas de controle que manterão o nível atual de 
proteção à saúde em seu país. A abordagem apresentada é adequada especialmente para 
esta finalidade; ela calcula o risco previsto de saúde pública de um lote de alimento especí-
fico em comparação com o risco causado pela linha de base (risco médio de um conjunto 
relevante de lotes de alimentos, por exemplo, a produção anual de um país) permitindo que 
sejam tomadas decisões com base científica sobre a aceitação ou a rejeição de lotes que 
estima-se causar um risco maior. Para adotar a abordagem descrita, idealmente, uma ava-
34 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
liação de risco quantitativa deve ser realizada conforme as condições locais, hábitos alimen-
tares, modos típicos de preparo, etc. Além disso, idealmente, um risco de linha de base deve 
ser estabelecido para comparações com os lotes submetidos ao teste. Entretanto, quando 
as condições ideais não estiverem implementadas,é possível usar uma avaliação de risco 
existente e uma linha de base estabelecida para uma região diferente. Essa abordagem 
pode até mesmo ser usada com os mesmos fatores apresentados na equação acima. A 
abordagem permitirá que os lotes de alimentos com riscos relativamente altos possam ser 
direcionados para tratamentos que reduzam o risco, como por exemplo tratamento térmico, 
descontaminação ou destruição. Mais importante ainda é que o MC baseado em risco é um 
incentivo às indústrias de alimentos (em toda a cadeia de alimentos) para encontrar estraté-
gias para reduzir o nível de Campylobacter em frangos de corte.
Uma ferramenta fácil de usar com a finalidade de melhorar a aplicação desta abor-
dagem está sendo desenvolvida no momento e será postada no website do National Food 
Institute, Technical University of Denmark (Instituto Nacional de Alimentos, Universidade 
Técnica da Dinamarca).
O Codex Alimentarius a reconheceu como uma abordagem única quanto ao uso 
de critérios microbiológicos. Uma abordagem semelhante vem sendo praticada com su-
cesso na Dinamarca desde 2007. (Christensen et al. 2013).
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35Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Análise	de	risco	para	uso	prudente	de	
antimicrobianos	na	alimentação	animal
Muitas pessoas estão preocupadas com os crescentes níveis de resistência an-
timicrobiana em patógenos humanos porque uma infecção com um patógeno resistente 
pode resultar em uma doença mais prolongada e severa. A ciência básica sobre as bac-
térias nos diz que o uso de antibióticos geralmente aumenta a proporção de bactérias 
resistentes que ocorrem nessas populações ou ecossistemas bacterianos. À medida que 
a resistência aumenta, também pode aumentar o risco de resultados adversos de trata-
mentos em humanos e animais. Portanto, todo o uso de antibióticos deve ser avaliado e 
cuidadosamente controlado de modo a preservar os antibióticos como uma ferramenta de 
tratamento de saúde para pessoas e animais.
A fim de mitigar o risco, o uso de antibióticos em humanos e animais está sendo 
examinado por médicos, médicos veterinários, grupos de consumidores, legisladores e 
agências governamentais. Em relação ao risco do uso de antibióticos em animais de 
produção, houve muito alarde sobre a proporção (ex: 60-80%) do total de antibióticos pro-
duzidos que é utilizada em animais de produção nos Estados Unidos. Com base nesses 
números, muitos sugerem que o uso em animais é um grande fator que contribui para o 
problema da resistência. Muitas pessoas sugerem que deveríamos criar animais livres 
de antibióticos, porém esta solução traz muito mais problemas do que pode parecer. No 
caminho entre sair da granja e prejudicar a saúde humana, há várias etapas que devem 
ser cumpridas para que um caminho causal seja criado (essa questão será discutida em 
detalhes no Fato 1 abaixo).
A resistência parece uma palavra do mal, porém é uma característica normal da 
maioria das bactérias. Está documentado que a resistência a antibióticos já existia há 
milhões de anos. A maioria dos cientistas acredita que a resistência é um mecanismo de 
Scott	Hurd	
Médico Veterinário da Universidade Estadual 
de Iowa – EUA
36 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
sobrevivência das bactérias. A resistência antimicrobiana foi encontrada em vários locais 
onde os antibióticos nunca foram utilizados como em focas árticas, trincheiras profundas 
nos oceanos e cavernas intocadas por mamíferos durante quatro milhões de anos. Por-
tanto, claramente, a resistência não se desenvolveu apenas devido ao uso de antibióticos 
por humanos. Contudo, a porção de bactérias resistentes em um hospital ou numa granja 
pode aumentar quando os humanos utilizam antibióticos para salvar vidas. Como resulta-
do da crescente resistência, muitas pessoas tem a impressão de que o uso de antibióticos 
é “ruim” e que a melhor solução é restringir severamente seu uso, especificamente nos 
animais de produção. Entretanto, os antibióticos são necessários para a saúde animal, o 
que afeta a segurança alimentar indiretamente. Portanto, as sugestões para o não-uso de 
antibióticos poderá ter significativas consequências negativas.
Esta apresentação destacará três fatos importantes que devem ser considerados ao 
tomar decisões sobre políticas e restrições do uso de antibióticos para animais de produção. 
Fato	1:	O	risco	de	danos	à	saúde	humana	pelo	uso	da	maioria	dos	antibióticos	
em	granjas	parece	ser	negligenciável
O risco é negligenciável porque “há uma longa distância desde a granja até o 
dano”. Existem muitas barreiras e filtros atuando em toda a cadeia, desde a granja até a 
mesa, para prevenir e reduzir a transmissão bacteriana. Tais barreiras incluem a Análise 
de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP) na planta, a devida preparação e co-
zimento dos alimentos, e uma imunidade humana adequada. Para que um dano ocorra, 
vários eventos devem ocorrer consecutivamente. 
Além disso, preocupação não é igual a risco. Para que um perigo se transforme 
em risco, é necessária uma via causal, conforme ilustrado na Figura 1. Cada uma das 
etapas deve acontecer e passar para a próxima etapa: se um ponto (dominó) for retirado 
ou severamente restringido, toda a cadeia causal será interrompida ou restringida.
A ciência sobre esse tópico também afirma que o risco é negligenciável. Foram fei-
tas muitas avaliações de risco quantitativas para examinar o risco de bactérias resistentes 
a antimicrobianos que causam doenças transmitidas por alimentos Até a data, nenhuma 
das avaliações de risco quantitativas científicas revisadas por pares publicadas demons-
37Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
trou qualquer risco significativo de falha de tratamento em humanos causada pelos atuais 
usos de antibióticos em animais (Veja as Tabelas 1 e 2). 
A avaliação de risco, uma forma especializada de análise decisória, é um método 
útil para entender uma decisão política tão complexa e multifatorial como essa. Esta é a 
abordagem que o FDA vem utilizando para avaliar qualquer antibiótico para animais antes 
de sua aprovação para uso. Uma forma muito simplista de avaliação de risco é fornecida 
pela Infectious Disease Society (Sociedade de Doenças Infecciosas) e pelo CDC. Ela 
fornece uma lista de bactérias que preocupam em termos de doenças infecciosas huma-
nas e resistência. A maioria das bactérias da lista não tem relação com granjas e animais 
de produção. Essas bactérias ou não são transmitidas pelo consumo de carnes, ou são 
tratadas por antimicrobianos que não são usados em animais de produção (e portanto a 
resistência não pode derivar do uso na granja), ou são patógenos estritamente humanos, 
ou não possuem conexão conhecida entre humanos e animais de produção. 
Fato	2:	Não	prevenir	ou	tratar	doençascausam	um	desnecessário	sofrimento	e	
morte	do	animal.
Cada granja com animais atua como um hospital-maternidade e/ou como uma 
creche. Os animais precisam de medicamentos, igualmente às crianças. Uma infecção 
pode se espalhar rapidamente em um aviário ou galpão, igualmente ao que ocorre em 
uma creche para crianças. Essa é uma questão moral e ética. Em qual momento negare-
mos o tratamento? Não é correto deixar de dar um tratamento veterinário para os animais 
somente por motivos econômicos. 
As granjas orgânicas ou livre de antibióticos lidam com um desafio constante: 
Quanto tempo o produtor espera antes de tratar os animais? A maioria dos programas 
de marketing das granjas livres de antibióticos requer que um animal tratado com antibi-
ótico não pode ser vendido como livre de antibióticos ou orgânico. O tratamento de um 
animal resulta em uma perda financeira significativa para o produtor. Por exemplo, se um 
produtor tiver um galpão cheio de suínos tossindo e morrendo, o melhor tratamento seria 
administrar medicação via água para todo o lote, o que impediria a rápida disseminação 
da infecção. Infelizmente, nesta situação, o tratamento com antibiótico causaria a “perda” 
de todo o lote. Todos esses suínos tratados deveriam ser vendidos com desconto.
38 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Fato	3:	Os	animais	com	efeitos	residuais	de	doenças	estão	mais	propensos	a	
causar	doenças	transmitidas	por	alimentos	a	humanos.
Não estou dizendo que existe zero risco no uso de antibióticos na granja. Se nós, 
como sociedade, podemos aceitar uma quantidade negligenciável do risco envolvido, 
deve haver algum benefício. Somente animais sadios devem entrar na cadeia de alimen-
tos. Entretanto, não são apenas os animais visivelmente enfermos que criam problemas 
de saúde pública, porém os animais com efeitos residuais subclínicos apresentam maior 
probabilidade de causar doenças transmitidas por alimentos a humanos. Quando abate-
mos animais com alguns efeitos residuais ou restantes de uma enfermidade, aumentamos 
o risco à saúde pública por bactérias suscetíveis. Esta conexão entre a saúde animal 
subclínica e a contaminação de carcaças com patógenos transmitidos por alimentos foi 
demonstrada em alguns estudos.
Pesquisas demonstraram que os lotes de aves que chegam para abate com le-
sões de aerossaculite apresentavam um menor peso médio das aves, níveis mais eleva-
dos de contaminação fecal nas carcaças, e cargas de Campylobacter maiores em compa-
ração com os lotes que não apresentaram aerossaculite Este autor, entre outros, avaliou 
o impacto geral na saúde pública medido por dias de doença transmitida por alimentos. 
Demonstramos que pequenas mudanças na sanidade das aves resultam em grandes 
mudanças nas doenças em humanos com Campylobacter suscetível.
Atualmente, estou estudando a mesma questão na produção de suínos. 
Constatei que alguns do suínos saudáveis que foram aprovados na inspeção ante 
mortem do USDA apresentavam aderências internas (cerca de 7%) resultantes de 
infecções anteriores. Essas carcaças de suínos tinham 90% mais probabilidade de 
serem positivas para Salmonella do que as carcaças livres de lesões. E uma car-
caça positiva apresenta uma probabilidade muito maior de causar doenças trans-
mitidas por alimentos.
E	para	onde	estamos	caminhando?
A zootecnia está trabalhando para reduzir sua participação no problema de re-
sistência a antibióticos. Os produtores e médicos veterinários utilizam vários métodos 
39Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
para prevenir doenças antes de fazer uso de antibióticos caros. Esses métodos incluem 
o alojamento, a ventilação cuidadosamente controlada, a prevenção da superlotação de 
animais, boa nutrição e vacinação. Atualmente, apenas uma pequena parcela (13%) de 
todos os antibióticos vendidos é utilizada para a promoção de crescimento, e esse número 
está caindo devido a uma orientação do FDA.
O problema de controlar a resistência a antibióticos é complexo. Ele não sucumbi-
rá a soluções fáceis ou legislações amplas e generalizadas. As bactérias são apartidárias 
e não são intimidadas por leis e regulamentações criadas pelo homem. Entretanto, elas 
obedecem as leis da natureza. Nosso desafio é entender melhor essas leis, gerencian-
do este ecossistema para nosso benefício. Todas as ciências da microbiologia, ecologia, 
epidemiologia e avaliação de risco devem ser empregadas em colaboração para superar 
esse desafio.
Figure	1.	FDA	described	causal	pathway	for	public	health	risk	of	 
on-farm	antibiotic	use
Uso de antibióticos Desenvolve-se resistência
Patógeno na 
carne Doença em humanos
Tratamento 
com antibióticos
Mais dias de 
doença devido 
à resistência
40 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Tabela	1:	Risco	de	Saúde	Pública	devido	aos	Efeitos	Residuais	 
da	Enfermidade	Animal
Tabela	2:	Avaliações	de	Risco	Quantitativo	Reportam	Risco	Negligenciável
Risco (de Alto para Baixo) Probabilidade Anual Comentários sobre o Resultado
Uso de enrofloxacina para tratar 
doenças em aves 1 em 30.000 (baixo)
Tratamento comprometido – Pelo 
FDA, superestimado fração atribuível
Uso de enrofloxacina para tratar 
doenças em aves A remoção é mais perigosa à saúde
Todos os usos de macrolídeos (1) (2) 
(bovinos, suínos, aves) 1 em 10 milhões Tratamento comprometido
Uso de estreptogramina/virginiamicina 
(pelo FDA, ainda em minuta) ~ 100 em 100 milhões Tratamento comprometido
Penicilina como promotor de 
crescimento ~4 em 1 bilhão
Uso de fluoroquinolona em novilhas 
de leite ~1 em 61 bilhões Tratamento comprometido
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Doença transmitida por alimentos/ condições animais 
estudadas Resultados quantitativos
Campylobacter, aerossaculite em aves de corte
Uso de enrofloxacina para tratar doenças em aves A remoção é mais perigosa à saúde
Campylobacter em carcaças de suínos 1% de aumento em “peelouts” resulta em um aumento de 5% de contaminação
Salmonella em carcaças de suínos As carcaças com “peelout” tem 90% mais probabilidade de estarem contaminadas
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42 Anais do 23º Congresso Brasileiro de Avicultura
Os	desafios	dos	nutricionistas	face	às	 
restrições	ao	uso	de	aditivos
Durante a última década, houve um aumento nas

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