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Aula estudo de caso, série de caso e transversal 04 12

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1 
Estudo de caso – Série de caso 
Estudo Transversal 
Universidade Federal de Ouro Preto 
Escola de Farmácia 
Disciplina: Epidemiologia – FAR602 
Dezembro, 2017 
Objetivo: 
- Descrever casos pouco conhecidos 
 
Características: 
- Não fazem associações 
- Um indivíduo (Estudo de caso) x grupo pequeno de indivíduo (Série de caso) 
- Costumam ser usados para descrever assuntos ainda não bem conhecidos 
- Importantes para doenças novas ou não corriqueiras, manifestações raras ou 
associações de doenças 
- Fontes de hipóteses sobre apresentação, risco, prognóstico e tratamento de 
doenças 
Estudo de caso e Série de caso 
Talidomida – 1961 
Estudo de caso e Série de caso 
1956 - Entrou 
no mercado - 
Contergan® 
1959 – 
Relatos de 
bebês com 
malformação 
de membros 
1961 – Especulações 
sobre a correlação 
da Talidomida e 
malformações 
congênitas – Foi 
retirada do mercado 
- 5 casos de homossexuais masculinos jovens com pneumonia por 
Pneumocystis Carini 
Estudo de caso e Série de caso 
AIDS – Junho/1981 
•Todos – infecção atual ou prévia por CMV e Candida albicans 
•Dois – grande número de parceiros 
•Não se conheciam 
•Todos – uso de drogas inalantes, um I.V. 
•Três – linfócitos T 
Limitações: 
 
- Falta de controle 
- Número pequeno de indivíduos sob observação (leva a se ter cuidado ao 
generalizar conclusões) 
- Viés do pesquisador 
 
 
Estudo de caso e Série de caso 
2 
Estudo Transversal 
Estudo Transversal 
Exposição 
(causa) 
Doença 
(efeito) 
Estudo Transversal 
Estudo epidemiológico analítico transversal se caracteriza pela observação 
direta de determinada quantidade de indivíduos em uma única 
oportunidade. 
 
Denominações: seccional, corte, corte-transversal, vertical, pontual ou de 
prevalência. 
Estudo clínico 
Estudo coorte 
Estudo de caso-controle 
Objetivo: conhecer a maneira pela qual uma ou mais 
características, individuais ou coletivas, se distribuem na 
população. 
 
Características: 
- Forma mais simples de pesquisa populacional 
- Avaliação simultânea da exposição e doença 
- Não infere causalidade 
- Estabelece associação entre dois eventos 
 
Estudo Transversal 
Histórico 
 
-Ciências sociais: área de economia, política e sociologia 
 
Ex.: Karl Max (1880) enviou pelo correio, a cerca de 25 mil 
trabalhadores franceses, um questionário sobre condições e 
relações de trabalho. 
 
Estudo Transversal 
Aplicações: 
- Medir a frequência de doenças: 
Ex.: Prevalência de diabetes em adultos de Ouro Preto 
- Descrever a distribuição das doenças conforme fatores de risco conhecidos 
Ex.: Desnutrição infantil conforme classe social 
- Medir a frequência e características de fatores de risco conhecidos 
Ex.: Prevalência de sedentarismo em criança 
- Identificar novos fatores de risco 
Ex.: Chimarrão e angina 
Estudo Transversal 
3 
Aplicações: 
- Planejar serviços e programas de saúde 
Ex.: Número absoluto de pessoas atendidas pela Faculdade de Medicina em 
Belo Horizonte 
-Avaliar serviços e programas de saúde 
Ex.: Cobertura da vacina da gripe em idosos 
-Monitorar tendências temporais em doenças ou fatores de risco 
Ex.: Evolução da frequência de inatividade física em Belo Horizonte 
Estudo Transversal Estudo Transversal 
N
ca 
ba
a

dc
c

Exposição 
ao fator 
sim 
não 
total 
sim não 
Doença 
total 
a 
c 
b 
d 
a + b 
c + d 
a + c b + d N 
Fornece a prevalência: da doença, dos expostos e dos não expostos: 
P da doença = 
P de expostos = 
P de não expostos = 
Razão de prevalência: expressa quantas vezes mais os expostos 
adoecem, quanto comparados aos não expostos. 
RP = 
ba
a

dc
c

=1 inexistência de associação 
>1 prevalência maior nos expostos do que 
nos não expostos 
<1 prevalência maior nos expostos do que 
nos não expostos 
Estudo Transversal 
Estudo transversal com o objetivo de determinar a prevalência de distúrbios 
psiquiátricos (DP) e verificar os fatores associados (p. ex: renda). 
- Prevalência: (a+c)/n = 95+74/559= 0,302 = 30,2% 
- Prevalência nos expostos: a/(a+b) = 95/239 = 39,7% 
- Prevalência nos não expostos: c/(c+d) = 74/320=23,1% 
- Razão de prevalências = Pexp/Pnexp = 39,7% / 23,1% = 1,72 
A prevalência de DP nos indivíduos de menor renda é 72% maior 
a b 
c d 
Vantagens: 
 
- Simplicidade e baixo custo 
- Rapidez (único momento) 
- Objetividade na coleta dos dados 
- Não há necessidade de seguimento das pessoas 
- Facilidade de obter amostra representativa da população 
Estudo Transversal 
Limitações: 
 
- Condições de baixa prevalência exigem amostras grandes 
ou deve-se utilizar inquérito em duas etapas 
 
- Pacientes curados ou falecidos não aparecem na casuística 
 
- Doenças de curta duração ou sazonais aparecem menos 
Estudo Transversal 
Limitações: 
 
- Dados atuais não representarem o passado (Ex: obeso com 
baixo colesterol devido a dieta) 
 
- Pouca confiabilidade em dados retrospectivos 
 
- Relação cronológica entre os eventos não é facilmente 
detectada 
 
- Não determina risco absoluto (incidência) 
Estudo Transversal 
4 
Bibliografia 
- Bensenor, Isabela M. e Lotufo, Paulo A. (2005), Epidemiologia: abordagem 
prática. São Paulo, SARVIER. 
 
- Franco, Laércio Joel e Passos, Afonso D.C. (2005), Fundamentos de 
Epidemiologia. São Paulo, Manole. 
 
- Gordis, Leon (2000) Epidemiologia. Rio de Janeiro, Revinter. 
 
- Medronho, Roberto A. (2004), Epidemiologia. São Paulo, Atheneu. 
 
- Pereira, Mauricio Gomes (1995), Epidemiologia Teoria e Prática. Rio de 
Janeiro, Guanabara Koogan.

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