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1 RESUMO PARA AVALIAÇÃO MENSAL AV1 DIAGNÓSTICO E PATOLOGIA ORAL AULA1 1 – EXAME CLÍNICO: É constituído por anamnese, exame físico (intra oral e extra oral) e sinais vitais. 1.1 ANAMNESE Queixa principal História da doença atual História da doença pregressa Histórica médica atual (paciente como um todo) Histórico familiar Hábitos 1.2 EXAME FÍSICO EXTRA ORAL: Avaliar condições gerais do paciente Simetria facial ATM Linfonodos: O paciente sempre terá linfonodos presentes. O aluno deve escrever apenas de eles são palpáveis ou não. Esses linfonodos podem ser inflamatórios (doloridos, móveis e lisos), ou neoplásicos (também chamados de metastáticos, são indolores, fixos e firmes e rugosos. Linfonodos normais apresentam-se do tamanho de uma ervilha e não é palpável no exame. INTRA ORAL: Avaliar qualquer variação de normalidade na 2- FORMULAR HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Descrição das lesões Exames complementares (radiografias, histopatológico) Chegar no diagnóstico final 3- PLANO DE TRATAMENTO Avaliar prognóstico da doença e planejar condutas mediadoras 4-TRATAMENTO 5- ACOMPANHAMENTO 2 LESÕES FUNDAMENTAIS Placa: mancha com elevação Mancha: sem elevação Nódulo: crescimento solido de tecido conjuntivo e epitélio. Pode ter base séssil ou pediculada. Maior que 5mm Pápula: crescimento sólido menor que 5mm Bolha: crescimento liquido maior que 5mm. Pode ser sangue, saliva Vesícula: crescimento liquido menor que 5mm Ulcera: expõe tecido conjuntivo Erosão: não expõe tecido conjuntivo BIÓPSIAS Excecional: remove toda a lesão, utilizar para lesões de característica benigna. Incisional: remove parte da lesão, utilizar para lesões com malignidade a ser confirmada. HEMOGRAMA Série vermelha: se estiver em menor quantidade significa anemia, e se estiver em maior quantidade significa policitemia.(Mede a quantidade de hemoglobinas) Serie branca: se estiver em menor quantidade significa leucopenia, e se estiver em maior quantidade significa leucocitose. (Mede as células de defesa no sangue = leucócitos) Plaquetas: se estiver em menor quantidade significa plaquetopenia, e se estiver em maior quantidade significa plaquetose. (Mede a capacidade de coagulação do paciente). Anemias: Normocrômica ou Hipocrômica (denomina o tamanho das células da série vermelha). Anemia Falciforme: este tipo de anemia é genética e causa a destruição das células vermelhas do sangue. Tratamento é transfusão de sangue, penicilina ou boa alimentação. Anemia Ferropriva: este tipo de anemia é causada pelo baixo consumo de alimentos ricos em ferro ou hemorragias. Tratamento é suplementação de ferro. Leucócitos Célula de defesa. É um grupo de células (neutrófilos, macrófagos, etc) Desvios no hemograma Á esquerda: células jovens (leucemia) Á direita: células velhas (gripes = resposta rápida das células de defesa). 3 AULA2 TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA VOLTADA PARA A ESTOMATOLOGIA: TRATAMENTOS PROTOCOLOS DE TRATAMENTO PARA ALGUMAS DOENÇAS 1. ANTIMICÓTICOS OU ANTIFÚNGICOS 1.1 CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA (que são placas brancas causadas pela baixa imunidade). Trat. Sistêmico: cetoconazol (nizoral) =via oral, 1 comprimido de 12 em 12 horas nas refeições por 4 a 8 semanas. Trat. Tópico: nistatina (micostatin) = bochechar 3 a 4 vezes ao dia por 5 minutos e cuspir por 15 dias e retornar ao dentista. 1.2 CANDIDÍASE ATRÓFICA CRÔNICA (máculas em palato duro) Causada por uso de dentadura contaminada com fungos Micanozol (daktarin gel) = aplicar sobre a lesão 3 a 4 vezes ao dia e aplicar na base da dentadura durante 15 dias e retonar ao dentista. Deixar prótese imersa em hipoclorito (água sanitária) 1.3 QUEILITE ANGULAR (máculas no ângulo da boca, espuma na comissura labial) Nistatina, daktarin (mesmo tratamento porque também é considerada uma candidíase). Lábio fissura e sangra. 4 2. ANTIVIRAIS 2.1 HERPES LABIAL RECORRENTE Tópico: aciclovir creme: aplicar 3 a 4x ao dia até formar crosta (cicatrização da ulcera, onde não há mais vírus ativo como na fase de vesícula). Não tem cura Sistêmico: aciclovir liquido: 200mg 5x dia/400mg 3x dia/800mg 2x dia por 5 dias. Baixa imunidade, hiv+quimio, exposição solar, depressão e fatores hormonais. 3. ANALGÉSICOS DE AÇÃO PERIFÉRICA NÃO HORMONAIS São fármacos que impedem a ação dos mediadores locais, mas não estimulam o processo de inflamação. Também tem efeito antitérmico. 3.1 GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA Tratar sintomas com paracetamol (tylenol) gotas 1 por kg de 6 em 6 horas por 4 dias. Podem ser usados também outros analgésicos como dipirona e ibuprofeno. 3.2 CONTROLE DE DOR PÓS CIRÚRGICA Prescrever quando há tecido mole lesionado Paracetamol 1 comprimido 6 em 6 horas por 3 dias, dipirona Anti-inflamatórios: diclofenato sódico (voltarem) e diclofenato potássio (cataflan). 4. ANTI-INFLAMATÓRIOS HORMONAIS (ESTEROIDAIS) - CORTICOIDES Diminuem permeabilidade capilar Agem no inicio da inflamação e controlam edema Reduz a produção de anticorpos. É um medicamento que prejudica e retarda o desenvolvimento de crianças. É usado para doenças autoimunes (pênfigo vulgar, penfigoide benigno da mucosa, liquen plano e aftas maiores que 1.5 cm) OMCILOM: aplicar 4 vezes ao dia na lesão. CELESTONE ELIXIR: bochechar 1 colher diluído em 1 copo de água. 4x ao dia. Cuspir. 5 5. ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS Tratamento de ulceras traumáticas , mucosite, aftas por alimentos ácidos. ADMUC (extrato de camomila) pomada, aplicar sobre a lesão 4 a 5 dia até o fim da lesão. Auxilia muito na cicatrização. 6. PROTETORES ESTOMACAIS Usado em pacientes com problemas gástricos Omeprazol: 1 capsula 30 min antes café da manhã e jantar. 1 caixa 7. ANTIBIÓTICOS Tratamentos de infecções bacterianas Amoxicilina 1 cap 8 em 8 horas por 7 dias. AULA3 NEOPLASIAS BENIGNAS DE TECISO MOLE QUADRO COMPARATIVO Ação Benignas Malignas Crescimento Lento Rápido Diferenciação Bem diferenciada Discreta ou ausente Invasão local Presente Ausente Recidiva Ausente Frequente Metástase (se espalhar) Ausente Presente As lesões benignas se encapsulam e não invadem tecidos adjacentes. Não crescem novamente após a remoção caso haja fragmentos, aspectos clínicos quase sempre muito parecidos, assintomáticas, não se tornam malignas e a biópsia excisonal acaba sendo o tratamento dessas lesões. 1. PAPILOMA Causado por papiloma vírus humano Origem epitelial Bastante comum Auto limitante nos homens (passa sozinho) Lesão única comum em língua e palato mole. Branca ou rosa. Aspecto de couve flor Diag. Diferencial: condiloma e verruga vulgar Tratamento: biopsia ou laser 6 2. FIBROMA Tumor mais comum Ligada a algum trauma, porém não regride após a remoção do mesmo Comum em mucosa jugal, labial, língua e gengiva Assintomático Tratamento: retirar causa e biópsia excisional. 3. LIPOMA Proliferação de adipócitos – células de gordura Raro Assintomático Amarelo ou rosa (depende da profundidade) Mucosa jugal, vestíbulo lábio língua e soalho. Tratamento: remoção cirúrgica. Diagnostico diferencial: fibroma. 4. NEURILEMOMA OU SCHWANNOMA Células de schwann Origem no tecido nervoso, é encapsulada,debaixo da musoca Assintomáticas Mucosa integra que reveste não se pode remover. Na biópsia é necessário evulsionar e tirar apenas a cápsula. 7 5. LINFANGIOMA Má formação de vasos linfáticos Presentes desde o nascimento É comum recidiva após tratamentos pois restam vasos Tratamento: remoção cirúrgica e laser 6. HEMANGIOMA Má formação de vasos sanguíneos Comuns na infância Tratamento com laser: isquemia dos vasos, clareia porem tem pouca duração) Diagnostico: clareia a vitropressão (placa de vidro pressionando lesão) 7.NEUROFIBROMA Comum em pele, lesões múltiplas Indolores Não tem cura Tratamento: em caso da lesão ser solitária, remoção cirúrgica. Origem de nervos periféricos. 8 7. LEIOMIOMA Rara Origem no tecido muscular liso Comum em útero Nódulo firme, coloração semelhante a mucosa, comum em língua e lábio Assintomático Tratamento: remoção cirúrgica AULA5 LESOES POTENCIALMENTE MALIGNAS Toda lesão maligna quer evoluir para câncer. Esse câncer é o carcinoma epidermoide. Carcinoma epidermóide – relacionado a atipias 1. LEUCOPLASIA Placa ou mancha branca. Não pode ser diagnosticada como qualquer outra doença. SO TEM DIAGNOSTIVO CLÍNICO E PROVISORIO* Provocada por vírus hpv, cigarro e álcool Pode ser homogênea (sem alteração se superfície) e não homogênea (áreas diferenciadas.) Essas não homogêneas podem ser granulares, verrucosa e eritoleucoplásica que é clinicamente mais grave que as outras. Condutas: remoção dos agentes causadores, diag provisório, biopsia incisional, exame histológico, remoção cirúrgica com laser ou bisturi e acompanhamento. 9 2. ERITROPLASIA Também não tem diagnostico Superfície aveludada e macia Tabaco Soalho, língua, palato mole Assintomática, bem delimitada, evolui rapidamente para o carcinoma. 3. QUEILITE ACTÍNICA Somente em lábio inferior Exposição excessiva ao sol e fumo– na pele chama-se queratose actínia Agride epitélio e tecido conjuntivo – depende da profundidade Atrófico: vermelho/ acantose: branco Pode se confundir com ressecamento ou rachadura Diag diferencial: hiperqueratose (mordiscamento) e lesões de herpes quando estão regredindo muito difícil ulcerar 4. FIBROSE SUBMUCOSA BUCAL Duro na submucosa Dificuldade de abrir a boca (dor) Aparecem petequias, melanose, xerostomia, queimação, mucosa pálida, ulceração. 10 5. LIQUEN PLANO Não se tem certeza de malignidade Autoimune inflamatória (lesão de placa branca) Parecem estrias Ulceração e descamação gengival. AULA5 NEOPLASIAS MALIGNAS DA CAVIDADE ORAL Metástase: migração de células da lesão para outras partes do corpo A lesão maligna tem grande probabilidade de recidiva no mesmo lugar após seu tratamento. São agressivos por não ter função especifica. Características Benigna Maligna Função Especifica Não especifica Origem Tecido neoplásico Tecido diferente do normal Infiltração Não Sim Exceção: ameloblastoma é uma lesão benigna com infiltração local e tem metástase NEOPLASIAS MALIGNAS MAIS COMUNS* A. Carcinoma epidermóide B. Carcinoma de glândulas salivares C. Linfoma D. Melanoma E. Sarcoma Tecidos mesenquimais: TUDO QUE NÃO É TECIDO EPITELIAL. O que não for carcinoma é sarcoma Carcinoma: neoplasia de tecido epitelial Sarcoma: neoplasia de tecido mesenquimal (muito agressivo) 1. FIBROSSARCOMA – RARO Tumor de fibroblastos. Massa de crescimento lento e duro a palpação. Nariz e seios paranasais Tratamento: remoção cirúrgica com margem. 11 2. RABDOMIOSSARCOMA -RARO Origem na musculatura estriada esquelética (ligado ao osso) Crescimento rápido Massa infiltrativa, indolor. Causa dor se tiver envolvimento com maxila e mandíbula. Infiltração no periósteo Tratamento: terapia multimodal: cirurgia+quimio+radio 3. LEIOMIOSSARCOMA –MUITO RARO Origem musculatura lisa Massa expansiva, dolorosa ou assintomática, com ulceração secundaria Tratamento: remoção cirúrgica e quimio e radio adjuvantes Muita recidiva e metástase 4. SCHWANNOMA MALIGNO –SUPER RARO Vários locais da boca por predileção em mandíbula, lábios e mucosa jugal Massa expansiva de crescimento rápido Dor ou não Mesma cor da mucosa normal Tratamento: remoção cirúrgica, radio e quimio 5. SARCOMA DE KAPOSI- MUITISSIMO RARO Neoplasia vascular, comum a partir da aids Múltiplas lesões na pele e mucosa oral (palato duro e gengiva) Dor e sangramento Tratamento: remoção cirúrgica, quimio e radio Pode se disseminar pelos linfonodos e órgãos 6. MELANOMA – RARO E AGRESSIVO Acomete adultos brancos Muito rápido e muita metástase. 12 Crescimento radial (pela extensão do epitélio) ou vertical (invasão do tecido conjuntivo) Palato duro e gengiva Tratamento: excisão cirúrgica com margem Muito comum em pele Diagnostico diferencial: lesões que causam pigmentação (nevus, tatuagem por amalgama, pigmentação racial, macula melanótica) * Fatores de risco: genética, exposição ao sol. AVALIAÇÃO* Assimetrica Bordas irregulares Coloração em matizes Diâmetro maior que 6mm
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