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Motivação: os fatores organizacionais que influenciam positiva e negativamente o empregado

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Motivação: os fatores organizacionais que influenciam positiva e negativamente o empregado
Adão Wesley Freire Leandro[1: Graduando em Administração, Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina. E-mail: adao.leandro@facape.br]
A motivação leva uma pessoa a agir em direção a um objetivo e a responder à pergunta: por quê?
	Nós devemos sempre nos questionar em relação a tudo, como; por que eu escolhi esta faculdade? Por que escolhi este trabalho? Por que continuo com esses mesmos comportamentos?
	Essas perguntas levam você a perceber qual a direção que foi tomada ao realizar ema ação. As respostas a tais perguntas, dizem respeito à persistência da ação.
	“Ao estudar os motivos humanos, verificamos que é através da conduta do indivíduo, de forma direta ou não, de forma verbal ou não verbal, que poderemos entender os motivos do indivíduo, isto é, as condutas que o levam a agir.’ (MINICUCCI, 1995, p. 214).
	Se alguém estiver motivado, tal motivação pode te levar a um caminho que você esteja determinado em conseguir. A motivação é a força propulsora de um indivíduo para um objetivo. Essa força faz com que o indivíduo corra atrás de seus objetivos, ou de alguma coisa que lhe seja satisfatória.
	A motivação está presente em todos os momentos e lugares possíveis, e onde o homem necessita mais da motivação é no trabalho. A motivação é um dos inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho no trabalho.
	A razão pelo qual se dá importante ênfase a motivação é que esta é facilmente influenciável do que as outras características pessoais.
Para Chiavenato (1994, p. 165), 
Há muita literatura escrita sobre as características comportamentais típicas do funcionário motivado e mais ainda sobre a enorme pesquisa sobre a motivação. Mas, não existem ainda conclusões cientificamente corretas sobre o assunto. As ciências humanas carecem do rigor e do determinismo das ciências físicas.
Funcionários motivados são ambiciosamente procurados pelas organizações, mas ainda são raras as pessoas que estão motivadas, pois, com a escassez de trabalho, eles não acham o trabalho ou a situação que lhes motive. As organizações raramente criam situações motivacionais suficientes para melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e que traga um interesse e satisfação no trabalho.
Ainda não se sabe ao certo distinguir quais as causas e efeitos do comportamento de um motivado, e também, não se descobriu se tal comportamento é efeito de fatores internos ou externos ao indivíduo e ao grupo.
Os primeiros que criaram hipóteses sobre a motivação foram os filósofos gregos, em suas discussões sobre a felicidade.
“As mais sofisticadas teorias continuaram a se inspirar nestas antigas ideias, que reconhecem três tipos principais de motivos: a motivação do ganho material, a motivação do reconhecimento social e a motivação interior da realização pessoal”. (SOARES, 2011, p. 23)
O psicólogo americano Abraham Maslow, um dos grandes influenciadores da administração, criou a Hierarquia das Necessidades de Maslow, pois para ele as necessidades do ser se desenvolvem em função da satisfação das carências pelo indivíduo.
	Na hierarquia das necessidades, estão os principais tipos de motivação citadas por Soares, e exemplifica a teoria de que sempre que o indivíduo alcança um determinado patamar, ele já não se motiva com algo que antes o motivava, como por exemplo uma pessoa que ao entrar em uma organização, o principal fato gerador de sua motivação, era influenciado por sua situação monetária, e logo após a obtenção de uma satisfação monetária, ele busca outros tipos de motivo, como o reconhecimento social.
	Essas necessidades, que geram motivação, são diferentes em relação a variados tipos de pessoas, e em várias situações diferentes, por essa causa se torna difícil mensurar quais as causas motivacionais.
	Uma das hipóteses importantes relacionada a motivação institui que a felicidade tem como fato gerador a posse de bens materiais, associado a perspectiva de ganho.
	O reconhecimento social também é uma transliteração da ideia de felicidade, pois algumas pessoas não dão muita importância aos bens matérias, talvez até por já ter alcançado essa satisfação, e o que realmente lhe importa é o gosto pela notoriedade, ser reconhecido, gostar de ser visto e cortejado. Talvez por uma necessidade de aceitação, ou até por medo de rejeição, sendo as pessoas seres sociais, e que necessitam de convivência.
“O desejo de pertencer a um grupo parece ser uma característica humana elementar; as pessoas de interesses e de necessidades semelhantes formam grupos, e, quando o fazem, seus objetivos de tornam mais definidos e intensos.” (MINICUCCI, 1995, p. 124)
	De acordo com essa hipótese de reconhecimento social, o relacionamento em grupo é algo essencial, tanto dentro quanto fora da organização, onde o indivíduo deve se sentir bem com o grupo em que vive. E uma medida contraria a isso, cometida por vário chefes é o de não permitir o relacionamento interpessoal dentro da empresa, o que causa algo negativo em relação a motivação.
	Outro fator que pode gerar um aumento da motivação no trabalho é o papel do líder, que influencia e afeta o papel de seu seguidor ou liderado, porém, é necessário um tipo adequado de líder.
	O líder autocrático é aquele que toma as decisões em nome do grupo, e que não permite a participação de outros nas decisões, que é responsável por prêmios e castigos, e que depois de certo tempo, cria indivíduos imaturos, tornando seus liderados inseguros, sendo a segurança essencial para a motivação.
	O líder paternalista é também autocrático, porém ele se torna uma figura paternal e cordial, que ouve seus liderados, mas decide por tomar a decisão em nome do grupo. Um defeito desse tipo de líder é o crescimento e desenvolvimento apenas dos líderes, que é o único que aprende com seus erros. Apesar de se sentiram felizes, falta motivação pelo fato de que os liderados sempre continuarão no mesmo patamar, sem a expectativa de se tornar um líder, pois considera que não há outro líder melhor que ele.
	O líder democrático é o que mais pode trazer motivação ao grupo, pois ele atua com a participação de todos os membros, sendo que não existe um líder de fato, por tal liderança estar distribuída entre os demais.
	No entanto, existem situações na liderança democrática que não satisfazem alguns membros do grupo, pois numa situação de tensão e de dificuldade, os participantes desse grupo podem preferir um tipo de liderança autocrática, que tome as decisões por eles.
	Pode-se perceber então que a motivação é questão de situacional, de momento, a motivação é uma variável interveniente porque não pode ser vista, ouvida ou tocada, somente pode ser deduzida com base no comportamento humano.
	Da mesma maneira que alguns afirmam que é necessário aprender a motivar outra pessoa, outros creem que ninguém pode motivar outrem, que a motivação devem vir de dentro, que somente o indivíduo sabe o que realmente lhe motiva, e onde encontrar essa motivação. O sucesso somente é grande quando, dentro de si, você se sente realizado.
	O funcionário deve ser diariamente incitado a fazer ou não alguma coisa, de modo que se sinta sempre estimulado a avançar e a atingir suas necessidades. Essa motivação vem com base em seu convívio, e no que realizam no seu trabalho.
	A motivação é um tema de interesse tanto da psicologia como da administração, pois ambas pretendem ajudar as pessoas a alcançar suas necessidades, e a supera-las, proporcionando um estado de satisfação, onde surgem novas necessidades, que devem ser alcançadas e superadas novamente, como uma constante e incessante busca pela felicidade.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. 5ª Ed. – São Paulo: Atlas, 1995.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Compacta, 3ª Ed. – São Paulo: Atlas, 1994.
SOARES, C. da Silva. Motivação no Trabalho. – Rio de Janeiro, 2011.

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