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Economia Brasileira I

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Economia Brasileira I
Introdução:
- Desde o início da colonização Economia "voltada pra fora" e Primário-Exportadora Organizada na produção de mercadorias que serão exportadas. Dinâmica da Economia dada pelo exterior.
- Ciclo do Açúcar e Ciclo do Ouro.
- Decadência da mineração = Decadência da Economia Brasileira Não foi encontrado produto que reinseriria o Brasil no comércio internacional.
+ Café como alternativa
- Apesar de OF de L e K da desintegração da mineração, principal fator abundante era a terra Novo produto deveria ser intensivo em terra
- Permitirá volta ao mercado internacional.
- Ciclo do Café não foi homogêneo RJ escravista e Oeste Paulista imigrante.
+ Ruptura política, mas continuidade econõmica
-A Proclamação da República muda o regime político, mas a base econômica continua a mesma Ec. Brasileira continua baseada nas exportações de café.
+ Agroexportadores x Países Centrais
a) Agroexportadores
- Exportações: Variável quase que exclusiva na determinação da renda nacional.
- Pauta de exportações estreita
- Importações atendem grande parte da demanda interna
- Grande diferença entre a base produtiva e a estrutura de consumo
b) Países Centrais
- Investimentos tinham uma parcela relevante.
- Pauta de exportações mais ampla
- Importações atendem apenas uma parte da DD interna.
- Proximidade entre base produtiva e estrutura de consumo
Ciclo do Café:
- O desempenho da Economia Brasileira estava fortemente atrelado ao comportamento do preço internacional do café.
+ O preço do café dependia da DD e da OF do produto.
- DD Dependia das condições da economia mundial. Inelástica ao preço(Se o preço cair, pessoas não vão consumir mto mais café)
- OF Dependia de condições meteorológicas e de investimentos em novos cafezais.
- Grande período de maturação para um investimento em novos cafezais(4-5 anos) representava um grande risco, pois a rentabilidade dependia das condições da economia mundial ; vulnerabilidade externa e instabilidade, aumentando possibilidades de descompasso entre OF e DD.
++ Problemas asociados à dependência das exportações de café
+ Vulnerabilidade externa Pelas suas características, produção de café poderia sofrer grandes descompassos entre OF e DD 
- Diferença entre estrutura produtiva do país, concentrada na produção de café e a estrutura de consumo, com produtos predominantemente importados.
- Divisas para importação viriam do mercado de café, que era sujeito à momentos de descompasso Crises no setor de café afetam a economia como um todo.
- Concentração de renda Pauta exclusiva.
+ Efeitos provocados pelos ciclos de alta e baixa do preço internacional do café
- Ciclos de alta: Aumento da lucratividade Aumento de reinvestimentos Aumento do emprego. 
- Ciclos de baixa: Diminuição da lucratividade Diminuição do emprego.
- Não há mudanças no salário. Ajuste no mercado de trabalho é via quantidade.
- Salário na economia cafeeira era superior ao de outras lavouras, de nível de subsistência.
- Brasil não controlava absolutamente a oferta.
+ Políticas do Governo(anti-cíclicas) para proteger o setor cafeeiro nos momentos de baixa do preço
- Dado que nos ciclos de baixa, havia diminuição do emprego, governo fez políticas para proteger o setor.
a) Desvalorização cambial 
- Forma de Funcionamento: Sustenta em moeda nacional a renda do setor cafeeiro, logo o nível de emprego.
Problemas:
- Efeito Inflacionário Encarecimento de produtos importados. (Brasil importava mto). Socialização das Perdas Inflação afetava a todos. Prejuízo da política de sustentação da renda era partilhada por toda a sociedade.
- Tendência à superprodução Distorções na sinalização do mercado de que havia um excesso de OF. Cafeicultores não sentiam efeitos da baixa do preço. Logo, não tinham desincentivo a produzir. 
- Efeitos Patrimoniais Encarecimento das dividas públicas e privadas em moedas estrangeiras
b) Política de Valorização do Café
- Convênio de Taubaté(1906)
- Forma de funcionamento: Retenção de parte da OF de café sob a forma de estoques para sustentar o preço do café
Problemas:
- Tendência à superprodução Minimizava risco e estímulo ao plantio. Aumento contínuo da oferta. DD não acompanhando, dificultava realização dos estoques.
- Aumento da Concorrência Internacional Com ausência de grandes flutuações de preço, há estímulo a entrada de novos concorrentes.
- A Questão do Financiamento Governo tinha que se financiar no exterior para bancar estoques.
A primeira década Republicana (1890)
- Importantes transformações "estruturais" na economia brasileira
+ Reordenamento da inserção do país na economia mundial
- Aumento da razão exportações/PIB
- Aumento da entrada de IDEs --> Ec. Bras. mais aberta
- A conta de K passa a ter importância crescente no contexto das contas externas do país Possibilidade de compensar a instabilidade da Receita Comercial(por conta do café - descompasso de oferta e de maiores níveis de absorção)ou taxas de investimento=
- Entrada de capitais Aumento de divisas Possibilidade de financiar déficit em conta corrente através da entrada de divisas.
- Variação do preço internacional do café Ec. Bras. estruturalmente frágil ; vulnerável a economia mundial.
- Tx. de Investimento = I/Y
a) Visão convencional: I = Sp + Sg + Sext
- Sext = -cc ; cc = superávit em conta corrente.
b) Abordagem da Absorção
Y = C+I+G+X-M
A=C+I+G = Absorção doméstica = Tudo que é consumido domesticamente
(Xnf - Mnf) = Y-A --> Se Y>A -> Superavit
- Com maiores níveis de Capitais -> Maiores as absorções.
- Problemas: Volatilidade de Capitais e Risco de fuga de capitais
+ Disseminação do trabalho assalariado
- Problema da "Inelasticidade do meio-circulante" Escassez de moeda e crédito
Razões:
- Baixa propensão do público a reter moeda sob a forma de depósitos bancários Menor multiplicador bancário
- Problemas de sazonalidade
- A difusão do trabalho assalariado agravou este quadro.
+Período Final do Império
- Forte crescimento da DD por moeda Aumento do problema da escassez
+ Debate: Metalistas x Papelistas (Pol. Monet.)
- Emissão provocaria inflação e tx. de cambio real se apreciaria.
obs: e = EP*/P
a) Metalistas = Padrão metálico.
- Emissão fiduciária pode ser descontrolada e provocar inflação e desvalorização da tx. cambio. 
- Inflação é um fenômeno monetário
- Padrão-ouro -> Cambio-fixo e controle da inflação(Pol. Mon. passiva)
b)Papelistas = Emissões sem lastro a posses metálicas = Padrão fiduciário
- Moeda fiduciária poder potencializar possibilidades de investimento do país.
+ Reforma Monetária de 1888
- Fundamentalmente metalista
- Emissão conversível
- Tx. de câmbio atingiu nível desejado de 27 pence por mil réis por causa do preço alto(bom momento) do café Visconde de Ouro Preto pretendia preservar a estabilidade cambial.
- Criação de Banco Responsável pela criação/emissão de moeda Banco Nacional do Brasil (BNB) formado a partir de uma associação entre o Banco Internacional(brasileiro) e o Banque de Paris et de Pays-Bas
- Nova emissão seria conversível à paridade de 1846 exceto em casos de guerra, Revolução Política ou Financeira
- Proclamação da República leva ao fim da emissão conversível. Foi entendida como uma Rev. Pol. Problema de escassez de moeda agravou-se. Clima de incerteza levou a fuga de ouro, que, num contexto de padrão-ouro, leva a contração monetária. 
 República começa numa experiência fracassada de Padrão Ouro e num contexto de escassez de moeda.
++ Lei Bancária (17 de Janeiro de 1890) - Rompimento do padrão-ouro.
- Emissões bancárias sobre um lastro constituído por títulos públicos
- Três regiões seriam formadas, cada qual com seu banco emissor. Objetivo: Evitar problema de escassez de moeda regionalmente, por sazonalidade. (RJ, BA, POA)
- Emissões seriam inconversíveis(equivalente era titulos publico e nao ouro) e o total autorizado era de 450 mil contos.
- Bancos ganhavam duplamenteJuros dos titulos do tesouro e dos emprestimos a partir das emissões.
+ Problemas:
a) Após pressões políticas. é criado um banco emissor em SP.
- Descaracterizou a lei bancária e impulsionou ainda mais a expansão monetária
b) A emissão monetária acabou sendo muito rápida: Em setembro de 1890, o papel-moeda emitido cresceu 40% em relação ao estoque de 17 de Janeiro
c) Em outubro de 1890, o governo preocupado com a especulação.
- Tentativa de patrocinar a consolidação bancária
- Tentativa de desenvolver mercado de capitais
- Valor real baixo necessário Encilhamento Várias empresas fantasmas criadas para emitir ações. Bancos criados das 3 regiões financiariam essas empresas fictícias ao invés do setor agrícola.
 Expansão monetária vai alimentar a especulação devido a regras frouxas
- Começo de 1891: Rui Barbosa deixa a Fazenda.
- 1891: Crise Cambial e aumento de 80% da OF de papel-moeda.
- Fatores exógenos Crise Argentina contribuiu para a fuga de capitais como contágio.
+ Governo Floriano Peixoto
a) Ministro Rodrigues Alvez: Plano ortodoxo deflacionista não encontrou respaldo no congresso.
b) Ministro Serzedelo Correia - mais próximo dos papelistas
- Tentativa de criar um estabelecimento bancário líder para sanear os excessos da especulação(especulação, expansão monetária e depreciação cambial) -> Nova fusão bancária(BRB). 
- Consolidar as empresas industriais viáveis surgidas durante o encilhamento.
1893: crise política(Revolta da Armada e RS), estimulando ainda mais a crise cambial, que ganha efeitos adicionais, provocando déficits orçamentários.
+ Governo Prudente de Moraes
- Esforço para conseguir empréstimos com os Rotschild
 - O empréstimo foi rapidamente consumido
1896/97 Situação cambial não melhora / enfraquecimento dos preços do café em função das grandes safras(causados por gdes investimentos no passado devido ao preço favorável - questão do descompasso entre oferta e DD) destes dois anos.
1890-98 --> A depreciação do mil-réis foi da ordem 68%
+ Funding Loan (1898)
- Moratória / Troca da dívida por outra com vencimento posterior.
- Exigências do credor: Medidas que tornem crível o pagamento, i.e, austeridade fiscal.
++ A Economia do Café
+ A Demanda
- Cafeína é droga que vicia.
- DD cresce vegetativamente, acompanhando aumento da população(2% a.a) e pesa 0,7% no gasto médio do consumidor.
- Produto sem substitutos.
- Saltos: Campanha pela Temperança e Lei Seca (proibição de bem substituto próximo)
- Inelástica a variações no preço
- Elástica apenas a fortes variações na renda(depressões)
+ A Oferta
- Investimento em plantações ocorre quando os preços aumentam.
- Planta leva 5 anos até atingir maturidade, então permanece no auge por 20 anos, depois decai.
- Grande variação da produtividade segundo idade da planta, variações climáticas e pragas.
 Alto risco: Aumento da produção pode ocorrer quando preço já tiver caído.
- Demanda irregular por mão-de-obra: Intensa apenas durante colheita
- No resto do mundo produzida em propriedades camponesas. Apenas no Brasil em grandes propriedades
++ Situação Brasileira
- Clima varia mais que o dos concorrentes.
- Determina oferta mundial 
+ Participação do Brasil na produção mundial de café
- 1890 a 1940: 60 a 80% do market share . domínio do mercado.
+ O crescimento exacerbado do excedente leva à intervenção estatal para administrar o estoque: os Programas de Defesa
- Colocar o estoque no mercado em doses homeopáticas 
- Escassez artificial para elevar preço.
+ Mecanismo
- Estocagem
- Administração das vendas em doses homeopáticas e imperceptíveis
- Financiamento (geralmente externo= com administração da taxa de câmbio.
+ Consequencias benéficas da defesa do café
+ Consequencias indesejaveis da defesa do café
- Incentivo ao plantio exagerado
- Incentivo à expansão de concorrentes externos
- Conflitos com os EUA.
- Estocagem nas grandes safras a preços baixos para desova nas pequenas safras.
- Alta liquidez para estoques
+ Características do mercado do café
a) Concorrencial nas pontas (entre os produtores) - Muitos produtores, varejistas e consumidores 
b) Oligopolista no meio da cadeia produtiva Poucos exportadores(alguns independentes) e torrefadores/atacadistas(economias de escala)
c) Da ótica do fazendeiro, café só é bom negócio se vender mto.
d) Nível de estoques e expectativas de desova determinam preços
- Preços rígidos no varejo Valorização era uma luta dos brasileiros para abocanhar maior fatia da margem de comercialização
- Exportadores e torrefadores, que especulavam com estoques, não se opunham a planos de estabilização de preços que valorizavam seus próprios estoques.
- Fazendeiros incapazes de estabilizar sozinhos, por falta de organização e recursos.
- Demais oligarquias do café se opôem a valorização do café e controlam metade das exportações.
- Mito da "República dos Fazendeiros"
- Peso do café nas exportações aumenta com crise da borracha e programas de defesa. Ainda assim, seu peso no PIB diminui. 
- Produção para mercado interno avançava: país era auto-suficiente em tecidos, roupas e calçados em 1929
 Coordenação estatal era pré requisito para apoio externo aos programas de valorização: garantia de disciplina e pagamentos em dia.
++ Funding Loan (1898) - "Troca de Dívida"
- Rolar Compromissos externos do governo(serviços da dívida pública externa): Ao longo de um período de 3 anos, o governo saldaria seus compromissos relativos a juros dos empréstimos federais anteriores ao "funding" com títulos de um novo empréstimo. Pagar dívida, emitindo nova dívida.
- As amortizações dos empréstimos incluídos na operação seriam suspensas por 13 anos.
+ Garantias
- Hipoteca sobre as receitas em moeda forte da alfandega do Rio de Janeiro.
+ Condicionalidades
- Em troca da ajuda, o governo deveria adotar severas medidas de saneamento fiscal e monetário.
+ Gestão Joaquim Murtinho: Execução do "Funding Scheme" 
- Objetivo: Redução do Papel-Moeda em circulação e Promover a apreciação cambial.
+ Resultados:
- Recursos obtidos foram rapidamente consumidos e o problema persistiu.
- Contração monetária
- Revitalização da entrada de capitais estrangeiros.
- Apreciação cambial	
- Exógenos: Recuperação das exportações de borracha.
- Efeito recessivo: falências.
++ Governo Rodrigues Alves (1902-1906)
-"Boom" de exportações de borracha e de investimentos europeus.
- O arrocho monetário prejudicava a recuperação do nível de atividade doméstica.
- A tx. de cambio estava se apreciando Se cambio fosse fixo(padrao-ouro), teria de haver emissão monetária, o que estimularia a atividade doméstica.
- 1906: Os produtores de café estavam sendo duplamente prejudicados pela valorização cambial e pela queda dos preços do café.
Convênio de Taubaté(1906) - DD dos cafeicultores Adoção de esquema de valorização/proteção do preço do café e entrada do Brasil no padrão-ouro para estancar a valorização da tx de cambio e emissão monetária para recuperar a atividade doméstica.
++ Programas de Defesa
+ Antecedentes da Intervenção
- Encilhamento é a chave pro aumento da produção(financiar vinda de imigrantes) e queda dos preços. Expansão do crédito, desvalorização cambial e aumento do plantio.
1893: queda Pext -> Desvalorização cambial sustenta Pint.
1895: Pint em queda
primeira proposta de monopólio exportação
1898: Funding Loan Valorização Cambial Queda acentuada Pint
primeira proposta de queima de estoques
oposição de Murtinho à valorização --> Destruição de produtores menos eficientes e transferências de propriedade e Luta por redução tarifária no exterior e esforço de propaganda.
1902: Proibição do Plantio em SP por 5 anos
-Verticalização: torrefadores absorvem exportações
- Nesse momento fazendeiros e comissários já dependiam do crédito dos exportadores, via venda antecipada da safra.
1906: Prenúncio de supersafra.
+ Primeiro Programa de Valorização(Impedimento da continuação da desvalorização)
- Fevereirode 1906: Encontro dos presidentes estaduais antes de se saber da supersafra.
- Fixação de preços mínimos para (defender) cafés de boa qualidade.
- Financiamento por emissões lastreadas em empréstimo externo, operado pela Caixa de Conversão a câmbio fixo, sem o que a entrada de divisas valorizaria a moeda,(Evitar agravamento da desvalorização por causa do financiamento -> Reduzir Pint e anular ganho no Pext)
- Serviço da dívida coberto com taxação sobre exportações de café (repasse ao preço possível, pois DD era inelástica)
- Mistura dois problemas: Superprodução e o câmbio --> Pode naufragar por problemas em qqer um deles.
- Congresso aprova Convênio sem Caixa de Conversão.
- Banqueiros não aprovam(principalmente Rotschild)
- Agosto-Dez 1906: Governo de SP decide atuar sozinho. --> Empréstimo externo por 1 ano, obtido por negociante almeão de café. Compras feitas por casa exportadora estrangeira. Estoques consignados a grandes operadores externos, mas pertencia ao governo de SP. Proibição de plantio. Exclusão de café de tipo inferior, cujo preço caiu mto. Problema: Estoque teria que ser desovado rapidamente.
+ Outubro de 1907
- Governo Federal toma empréstimo aos Rotschild, que levantaram recursos juntos aos importadores de café que lutaram pelo sucesso do plano.
- Preços só subiram em 1910 qdo os novos acordos de remanejamento mostraram que o sindicato de banqueiros era sólido o bastante para segurar o plano.
- Preços dobraram entre 1910 e 1912 - até juiz nos EUA determinar venda dos estoques.
+Pontos positivos
-Bem sucedido: Preços não despencaram e acabaram subindo
- Em 1914 todas as dividas estavam pagas e ainda restavam 3M sacas(prazo era 1921)
- Comerciantes tiveram seus estoques valorizados e ganharam comissões
- Banqueiros ganharam 9% sobre o empréstimo.
- Grande aumento da entrada de divisas no país
- Incorporou empresários externos fornecendo financiamento e pressionando seus governos para não retaliarem.
+ Razões do sucesso
- Intervenção ocorreu qdo preços já tinham caído, punindo os ineficientes.
- Certeza de que o problema não se repetiria tão cedo (super safra em momento excepcional
- Participação de todos os capitais envolvidos no negócio do café, i.e, conluio realizado por sindicato de banqueiros, torrefadores e exportadores estrangeiros, com a responsabilidade financeira do governo brasileiro.
- Vendas controladas pelo sindicato
+ Problemas:
Incentivo à concorrência (free rider)
Alto custo de manutenção dos estoques no exterior.
+++ Apogeu e crise na República Velha (1900-30): Visão Geral
- A República Velha foi o período de apogeu do modelo primário-exportador.
+ O fim da República Velha significou uma dupla transição:
- Uma economia primário-exportadora baseada no café - com um regime cambial e comercial relativamente livre - para uma economia voltada para dentro com severos controles sobre as transações externas.
- Transição para um sistema político mais difuso em termos da distribuição regional do poder.
Observação importante:
- A política Ec. na República Velha não era movida apenas pelos interesses corporativos da cafeicultura.
- Credores internacionais foram ator importante.
++ A era de outro(1900-13)
- A adesão do Brasil ao padrão-ouro.
+ Razões
a) Estabilidade tx. de câmbio
b) Não havia mais necessidade para arroxo monetário e emissão monetária, portanto, contribuiria para recuperar a atividade econômica Grande entrada de moeda estrangeira no país, em um sistema de cambio fixo, equivale a uma emissão monetária. PM anterior era restritiva para combater a inflação e a apreciação da tx. de cambio, quadro depressivo não mais presente no momento. 
+ Regras para aderir ao padrão ouro
- Fixar o preço de sua moeda, i.e, a taxa de cambio, em ouro
- Conversibilidade da moeda em ouro e vice-versa. Necessário deter reservas internacionais 
- Reservas em ouro compatíveis com a participação do país no comércio internacional. Se volume de reserva em ouro(OF de ouro) não é suficiente para sustentar importações(DD por ouro), tx. de cambio não seria crível.
- Ausência de restrições à importação e à exportação de ouro.
+ Características Gerais
- A estabilidade monetária, i.e, a PM era vinculada ao comportamento do BPO.
- Mecanismo de Ajustamento Um país deficitário não seria deficitário para sempre
1) Keynesiano 
- Superavits sistematicos, equivalem a entrada de moeda.
- Como tx. de juros é definida no mercado monetário, entrada de moeda equivale a queda da tx de juros.
- Qto menor a tx. de juros, menor a atratividade de capitais, o que provoca uma diminuição do saldo do BPO.
2) Monetarista 
- Superávits sistemáticos, equivalem a entrada de moeda. 
- Expansão monetária, leva a aumento dos preços. 
- Com o aumento dos preços domésticos(queda da tx. de cambio real), há queda das exportações, menos atrativas e aumento das importações, logo diminuição do saldo do BPO. 
 Os fluxos de capitais e a vulnerabilidade das economias periféricas. Dependência dos preços de café. Capitais potencializam os ciclos. Fase boa com padrão-ouro dura enquanto ambiente externo está bom.
++ As regras de funcionamento da caixa de conversão
- Estabelecida por decreto de dezembro de 1906
- Tx. de câmbio estabelecida garantida pelo governo para compra e venda de ouro e de moedas estrangeiras conversíveis em ouro.
+ Problema:
- Regra era aplicável apenas para notas da caixa de conversão, que representavaam uma pequena parcela do total em circulação. Assim, surgiu um mercado livre de câmbio e operações de arbitragem
+ As operações de arbitragem
- As autoridades monetárias podem intervir no mercado livre para forçar as cotações
- Operações eram feitas via carteira de câmbio do BB
++ O Brasil no padrão-ouro
+ Expansão monetária devido à:
- 1906-12: Entrada de Kais, tirando uma fase rápida entre 1907-08.
- Aumentos das receitas de exportação em função do grande crescimento dos preços da borracha 
+ Problema
- " A era do ouro" de uma ec exportadora pode durar somente enquanto persistam na escala apropriada, os influxos de K. Fluxos de Ks são pró-cíclicos e instáveis
- 1908: Crescentes déficits orçamentários
- 1912: Dificuldade para levantar novos empréstimos(Preços da borracha e do café caem) Aumento da OF/Concorrência e pelo mecanismo do padrão-ouro, contração de liquidez.
- Com 1ªGM, situação ainda mais dramática e Brasil abandona o padrão-ouro.
++ O Impacto da Grande Guerra (1914-18)
- 1ª reação do governo Fechar a caixa de conversão
- Emissão de notas inconversíveis, não atreladas a OF de ouro, para tentar fazer frente a escassez de liquidez.
+ Depreciação cambial Deterioração da posição orçamentária
- Estoque da dívida Parte da dívida pública era externa 
-Diminuição do fluxo das importações, principal fonte de arrecadação do governo
- "Funding Loan" (1914) Ajudou a aliviar o BP e a estabilizar a taxa de câmbio.
+ Problemas persistentes
a) Aperto de liquidez. Contração monetária na fase final do padrão-ouro
b) Desequilíbrio fiscal do Gov. Federal A questão das importações - imposto sobre as importações é a principal fonte de arrecadação do governo
obs: Ajuste no cambio flutuante é via preço(tx. cambio) e no cambio fixo é via qdade(divisas internacionais)
obs: Exportações não são afetadas inicialmente. Até a necessidade de bens de K atravancar o crescimento
+ Percebendo que a Guerra seria longa, o governo toma medidas
a) Para obter o equilíbrio financeiro do setor público.
- Ampliar a base de produtos sujeitos a imposto de consumo.
- Austeridade fiscal.
b) Para reverter o substancial aperto de liquidez então vigente.
- Via BB e regionalização, suprindo problema de escassez de moeda em determinadas regiões.
 A crise de liquidez foi superada e o déficit orçamentário caiu substancialmente em termos reais.
++1916-17: Novos Problemas no BP
+ Causas:
- Elevação do valor das importações.
- Retorno dos pagamentos de juros(da div. pub. externa) em 1917.
- Requisições dos aliados às importaçõesde café(esforço de guerra) + guerra submarina.
++ Segunda Operação valorizada do café 
- 1917: Grandes estoques nos portos nacionais. Safra 1917/18 se apresentava volumosa.
- Estado de SP conseguiu com o Governo Federal 110 mil contos de Réis em emissões de papel-moeda.
+ 3 fatores contribuiram para elevar os preços do café a partir de setembro de 1918
- Violenta geada em 1918
- Fim da 1ª GM 
- Perspectiva de uma oferta menor de café nos próximos 2 anos.
++ Boom e Depressão no pós-guerra
+1º Momento: "Boom internacional"
- Aumento da DD internacional e consequentemente dos preços dos produtos primários(café entre eles) Aumento das exportações ; e importações não aumentam(reconversão dos países centrais) Aumento do saldo comercial do Brasil, impulsionando crescimento econômico
- Valorização do cambio real inicialmente Entrada de recursos das exportações(tx. nominal) e pressão inflacionária interna tb. Estimulo as importações e desincentivo as exportações, contribuindo para a futura reversão do superávit comercial.
 
+ 2º Momento: Políticas Monetárias Restritivas nos países centrais (em função da inflação)
- Pressões de preços reforçadas pela Guerra e pelo Boom são combatidas com PM restritivas, contraindo a atividade economica e revertendo a situação favorável do 1º momento.
- Abandono do padrão-ouro internacionalmente.
 Queda do preço do café(reversão do crescimento nas economias centrais), apreciação cambial e recuperação das importações brasileiras, revertem quadro favorável da balança comercial Efeito depressivo na economia e consequente depreciação cambial.
- Efeitos negativos da desvalorização cambial Efeitos patrimonial(encarecimento das dívidas em moeda estrangeira) e inflacionário
- Safra 1919-20 de café foi muito volumosa.
- 1921: Desequilíbrio comercial persistia, apesar da desvalorização cambial Percepção de que a intervenção direta no mercado de café era condição indispensável para restaurar o equilíbrio do BP.
++ Terceira Operação Valorizadora do café (1921-24)
- Carteira de Redesconto no BB financia a operação
- Depois, obteve-se empréstimo externo de 9mi de libras esterlinas. Sem grandes objeções dos bancos internacionais, devido ao sucesso das outras operações
- As safras de 1921-22 e 1922-23 foram muito pequenas.
- Novamente, operação foi bem sucedida.
- "Consagrou-se a doutrina que a defesa dos preços do café era um problema nacional" (Fritsch,p.96) Política de Defesa permanente do preço do café.
obs: Todavia, após a operação, a posição fiscal do governo era crítica.
Governo Artur Bernardes
- Herança de um BP vulnerável e uma posição fiscal frágil.
- 3º pol. de valorização havia atenuado o impacto negativo da recessão internacional.
+ Propostas
- Criar um BC, retirando do tesouro poderes de emissão monetária. Não surgirá instituição BC, mas BB fica com monopólio da emissão monetária ; emprestador de última instância.
- Tornar o esquema de defesa do café em um esquema permanente.
- Drástica redução do déficit público
- Apreciação Cambial via recuperação da confiança/fundamentos macroeconômicos.
obs: PF e PM expansionistas causam déficits comerciais.
+ Defesa Permanente do Café
- Antes, implementada em situações de gde desequilíbrio(esporádica) 
- Controle contínuo e sistemático da OF brasileira no mercado mundial. Não é controle sobre o cultivo e sim daquela levada efetivamente como OF ao mercado mundial do produto.
- Café colhido seria estocado em armazéns reguladores, construídos em entroncamentos relevantes de estrada de ferro.
- A questão do financiamento Era necessária uma fonte de recursos que agisse como emprestador de última instância intervindo em apoio ao sistema bancário.
++ Dilema de Política Econômica
- Defesa do café e redução do déficit público.
- A sustentação dos preços poderia tornar necessário o abandono da política monetária restritiva.
- 1923: O BB lança mão de sua faculdade de emissão Depreciação cambial.
1924: Tentativa frustrada de obter um grande empréstimo de estabilização
- Quadro da época: Tx. de Câmbio Depreciada + Aceleração Inflacionária
 Governo convenceu-se de que a política monetária restritiva era prioritária, ficando a política de defesa a cargo do governo de SP.
- Governo adota um choque extremamente recessivo na economia.
+ Todavia, o programa foi bem sucedido no que tange aos seus objetivos:
- A inflação cedeu.
- A Taxa de câmbio se apreciou.
O "Boom" e a depressão após o retorno ao padrão-ouro
1925-26: Política Monetária altamente contracionista Recessão + Queda da inflação + Apreciação Cambial
- Elementos que justificavam PM contracionista(inflação e desv. cambial + recessão) não estavam mais presentes . Com recuperação econômica mundial, e entrada dos recursos/fluxos de capitais, no padrão-ouro, se traduz em expansão monetária, impedindo que a tx. de câmbio continue a se apreciar.
- O Brasil volta ao padrão-ouro para se beneficiar da entrada de capitais Caixa de estabilização e nova paridade cambial.
+ Fundo de Defesa Permanente
- Instituto do café do Estado de SP
- Novas bases de operação da política de valorização: Entrada de novo Banco Inglês.(Aporte de K) --> BB não precisa ser emprestador de última instância na pol. valorização do café
- 1927-28: Recuperação exuberante da Ec. Brasileira.
- Todavia, a recuperação se deu em bases frágeis Fluxos de K pró-cíclicos. Assim que o preço do café baixasse,i.e, esgotamento de recursos do Inst. do Café, situação se reverteria.
1927: Super Safra
- 1929: Nova Super Safra e Contração de Capitais.
+ A Capacidade de financiamento do Instituto de Café de SP dependia de:
- Tamanho da Safra
- Demanda Mundial 
- Condições de Crédito
 Em 1929, os 3 elementos eram adversos. Problema de Superoferta, pois houve 2 supersafras seguidas e , devido a recessão, demanda mundial estava em aguda contração e condições de crédito mto limitadas. 
+ 11 de Outubro de 1929, esgotam-se os recursos do Instituto e os preços do café se colapsam.
- Café é o produto que tem maior queda de preço na Gde Depressão.
- Desequilíbrio do BP No contexto de Padrão-ouro, equivale a contração monetária
- O Governo resiste, no curto prazo, a abandonar o padrão-ouro, na esperança de, superada a contração mundial, conseguir um empréstimo internacional.
- No campo político, Rev. de 30 traz a chegada ao poder de outras oligarquias, anteriormente excluídas.
+ Conclusão
Não havia no Brasil um viés de políticas ortodoxas. 
- Só foram adotadas em situações extremas, de grande crise Foram mais exceções do que regra.
Ex. Funding Scheme no Funding Loan e em meados dos anos 20. 
Políticas econômicas do Gov. Federal não eram sempre as desejadas pelos cafeicultores, apesar do seu poder político.
- Não controlavam completamente as decisões do governo federal.
- Houve momentos, inclusive, em que as decisões do Gov. contrariavam as decisões dos cafeicultores Resistência a implantar primeira política de valorização de café(Convênio de Taubaté) e no começo dos anos 20, o não atendimento do desejo de criar um Instituto Federal do Café. 
- Governo atendia interesse dos cafeícultores somente em decisões mais extremas, onde se percebia que defender o setor cafeeiro, de grande importância para o país, era defender o interesse nacional.
- Outros grupos de interesse eram fortes como os credores internacionais. 
 Houve uma grande tendência de depreciação cambial na Rep. Velha, mas essa depreciação não foi originada de decisões do governo de depreciar a tx. de câmbio, mas de choques externos. 
c.1) Câmbio Flutuante Qdo havia uma deterioração das condições externas, depreciação cambial provocava desequilíbrios fiscais, patrimoniais e inflação. 
- Nesse contexto de desequilíbrios, governo tinha que recorrer a empréstimos externos e fundings-loans(moratória)
- Governo adotava medidas restritivas, para atender os credores internacionais, que davam cobertura ao Brasil nos momentos de crise.
- Em função dos efeitosrecessivos dessas políticas, nos momentos em que o quadro macroeconômico se tornava mais favorável(contas favoráveis), surgia o interesse em aderir ao padrão-ouro. 
c.2) Padrão Ouro Não era de interesse único dos cafeicultores
-Nos momentos em que foi adotado era bem visto pelos credores internacionais e por outros setores da sociedade, como os cafeicultores(estabilidade cambial) e setores ligados a DD interna como os industriais(entrada de recursos se reverteria em expansão monetária, que iria aquecer a atividade econômica, criando DD para o produto desses setores).
- Uma vez no padrão-ouro, havia fase crescimento, mas qdo a conjuntura internacional mudava, tinha-se uma fase recessiva, associada a contração monetária, que por sua vez, estava ligada a uma fuga de capitais e reversão das exportações
- Com essa recessão e efeitos adjacentes, governo acabava abandonando o padrão-ouro.

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