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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL 
ESPECIALIZAÇÃO NO ENSINO E PRÁTICAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E 
MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
ROCHELE SILVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS DIDÁTICOS COMO FERRAMENTAS 
PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA COM FOCO NA 
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE/RS 
2017 
 
 
ROCHELE SILVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS DIDÁTICOS COMO FERRAMENTAS 
PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA COM FOCO NA 
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado à Universidade Estadual 
do Rio Grande do Sul como requisito parcial para 
obtenção do título de Especialista em Ensino e Práticas 
de Ciências da Natureza e Matemática. 
 
Orientadora: Prof.ª Drª Priscilla Mena Zamberlan 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE/RS 
2017 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 
2 PROBLEMA DA PESQUISA ............................................................................................. 6 
3 HIPÓTESE ............................................................................................................................ 6 
4 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 7 
4.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 7 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 7 
5 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 7 
6 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 8 
7. METODOLOGIA ............................................................................................................... 13 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS DIDÁTICOS COMO FERRAMENTAS 
PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA COM FOCO NA 
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Os jogos como ferramentas pedagógicas para o ensino de matemática há muito vêm 
despertando o interesse dos professores e, atualmente, é quase impossível se discutir o ensino 
de Matemática sem fazer alusão a esse recurso. No entanto, a despeito de sua função para o 
trabalho em sala de aula, seu uso idealizado a mais de um século não pode ser aceito hoje de 
forma irrefletida, ou seja, deve-se ter um planejamento pedagógico onde o mesmo seja utilizado 
como ferramenta pedagógica auxiliadora no processo de ensino-aprendizagem tendo em vista 
a promoção de uma aprendizagem significativa. 
 Antigamente, dizia-se que os jogos facilitariam a aprendizagem por estarem próximos 
da realidade da criança. Atualmente, uma das justificativas comumente usadas para o trabalho 
com materiais didáticos nas aulas de matemática é a de que tal recurso torna o processo de 
aprendizagem significativa. 
 Ao considerar sobre o que seja aprendizagem significa, Coll (1995) afirma que ao 
utilizar os jogos não basta somente a exploração dos mesmos, deve-se juntamente com o uso 
dessas metodologias, construir conhecimentos e conceitos, compartilhando seus significados, 
dessa forma o aluno torna-se autor de sua própria aprendizagem, tendo na figura do professor 
o mediador e facilitador desse projeto. Importante destacar que de nada valem o uso de material 
concreto em sala de aula se estes não estiverem atrelados a objetivos bem explícitos e ainda, se 
seu uso ficar restrito apenas à manipulação pelo aluno. 
 Um outro fator a ser considerado é que não é algo tão simples ensinar matemática, sendo 
assim então pode-se afirmar que compreender e aprender muito menos. Torna-se então 
necessário a necessidade de se usar práticas que auxiliem no trabalho pedagógico do professor. 
Diante dessa perspectiva, entra em questão o uso consciente dos jogos matemáticos, pois 
permitem transformar a sala de aula num ambiente diferenciado e divertido auxiliando na 
assimilação dos conteúdos propostos sendo um facilitador do processo ensino aprendizagem 
pois foge-se da rotina diária da sala de aula e trabalha-se com o raciocínio lógico. 
 Compactuando com essa perspectiva Borin (1996) afirma que: 
5 
 
Por intermédio do jogo educativo que caracteriza o aprender pensado e não 
mecanizado, pode-se observar uma maior interação dos alunos envolvidos, uma 
melhor concentração, uma maior rapidez e precisão no raciocínio, desenvolvimento 
do caráter social de ajuda mútua e cooperação e um nível menor de stress relacionado 
à rotina escolar. (p.25) 
 
 
 
 O ensino de Matemática tem inúmeros objetivos, mas o que dentre todos prevalece é: 
ensinar o aluno a solucionar situações problema, e os jogos consistem numa excelente situação 
conflituosa. Sendo assim o professor deve mediar essas situações e por intermédio de sua 
observação avaliar os alunos e também propor outras questões, potencializando a capacidade 
de compreensão dos fatos e conceitos matemáticos. 
Importante salientar que os jogos proporcionam situações problemas que requerem 
soluções imediatas e auxiliam no desenvolvimento do raciocínio acelerado. Tal hipótese facilita 
o planejamento na elaboração de intervenções positivas perante os erros, podendo explorar o 
intelecto questionador dos discentes expondo que os jogos matemáticos, poderão auxiliá-lo na 
elucidação de problemas do cotidiano e também das atividades propostas pelo professor, 
provocando a investigação científica e desta forma exercendo o papel de um instrumento 
valioso para percepção do mundo. Vale destacar ainda que a utilização dos jogos matemáticos 
permite ao aluno uma conquista cognitiva, emocional, moral e social; e ainda um fator 
fundamental a ser considerado é que o docente poderá por intermédio da observação, ao 
permitir que o estudante solucione uma situação problema com utilização do lúdico este poderá 
conhecer o seu aluno e suas formas diferenciadas de pensar a construção de conceitos 
matemáticos. 
Deve-se considerar ainda ao se propor o ensino de Matemática para crianças do Ensino 
Fundamental I deve-se atentar para o fato de que o planejamento pedagógico esteja voltado para 
a formação do cidadão que reflete para fazer suas escolhas, que propõe, que dialoga, que sabe 
expressar suas ideias e ouvir as dos demais. Nesse sentido, o planejamento de atividades a serem 
executadas com o uso de jogos matemáticos devem ser instigantes que envolvam a observação, 
a exploração da semelhança, diferenças e regularidades; a formulação de conjecturas; a 
produção de registros próprios e sua socialização. Nestes momentos de interação e descobertas, 
o professor pode identificar o modo de pensar dos estudantes para criar novas situações para 
que todos avancem em suas compreensões construindo conceitos. Atuando dessa forma o 
professor compreenderá as dimensões do “fazer matemática” e assim propiciará uma 
aprendizagem significativa aos seus alunos. 
6 
 
A escolha do tema: A utilização dos Jogos Didáticos como Ferramentas Pedagógicas 
para o ensino de Matemática com foco na Aprendizagem Significativa partiu da 
necessidade da pesquisadora em compreender sob a ótica de estudiosos da área, a importância 
dessa metodologia como facilitadorado processo de ensino aprendizagem, tendo em vista que 
em muitas salas de aula ainda se observa um processo de ensino aprendizagem de Matemática 
voltado para um modelo tradicional, onde ocorre somente a transmissão do conhecimento pelo 
docente, sendo o aluno um mero receptador das informações repassadas. 
 Com base nos aspectos mencionados é possível afirmar que esta pesquisa poderá 
contribuir para mudanças de paradigmas em relação ao ensino de Matemática, pois possibilitará 
o conhecimento e, por conseguinte uma reflexão acerca dos trabalhos de autores que destacam 
o uso de jogos como uma intervenção positiva no processo de construção do conhecimento 
matemático e o quanto esse material pode ser eficaz quando usado de forma planejada no 
cotidiano escolar. 
 
 
2. PROBLEMA DA PESQUISA 
 
 Sabendo-se da grande importância funcional dos jogos matemáticos na aquisição ou 
aprimoramento do desenvolvimento psicomotor das crianças, como brincadeiras saudáveis do 
cotidiano das mesmas, como os jogos matemáticos inseridos no contexto escolar de forma 
sistematizada podem auxiliar no processo de assimilação dos conteúdos e, por conseguinte na 
promoção da aprendizagem significativa? Como as pesquisas abordam e compreendem o uso 
do jogo no processo de ensino e aprendizagem de Matemática especificamente para crianças 
dos anos iniciais do Ensino Fundamental? 
 
 
3. HIPÓTESE 
 
 Como os professores de Matemática constantemente necessitam retornar ao processo de 
memorização de conceitos e fórmulas matemáticos para assegurar-se de que de que os alunos 
solucionem as situações problema com maior rapidez, é necessário que os docentes elaborem e 
empreguem metodologias que possibilitem ao educando a memorização de forma agradável e 
significativa, sendo que normalmente teriam maior dificuldade em assimilar o conhecimento 
ao se utilizar metodologias tradicionais de ensino. 
7 
 
 Na prática em sala de aula, habitualmente, a atividade com a utilização de jogos envolve 
uma disposição e disposição natural do aluno, ou seja, a situação de competitividade gera 
motivação. Quando sugere-se a utilização de jogos nas aulas de matemática, desenvolve-se a 
hipótese de que estes podem contribuir em todos os níveis de ensino, considerando que para o 
sucesso dessa metodologia como facilitadora do trabalho pedagógico deve se observar o 
planejamento norteado pela delimitação de objetivos educacionais. 
 
 
4 OBJETIVOS 
 
4.1 OBJETIVO GERAL 
 
• Investigar e compreender a importância da utilização de Jogos Matemáticos como 
ferramentas pedagógicas para o ensino de Matemática com foco na aprendizagem 
significativa. 
 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Discutir e refletir a importância dos jogos didáticos como metodologia de ensino; 
• Identificar os múltiplos enfoques e perspectivas nas produções existentes sobre o uso 
dos jogos no processo de ensino e aprendizagem de Matemática; 
• Revelar as tendências das pesquisas que focalizam o uso de jogos no processo de ensino 
e aprendizagem de Matemática de crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental. 
 
 
5 JUSTIFICATIVA 
 
 Esta proposta de trabalho respalda-se em algumas concepções da relação ensino 
aprendizagem que permitem uma nova perspectiva e como são compreendidos os processos 
que levam a esta interação, levando-se em consideração quais papéis são desempenhados por 
professores e alunos e os resultados a serem alcançados. 
 Tal pesquisa se justifica pela necessidade de compreender por intermédio de uma 
pesquisa bibliográfica quais os problemas oriundos do ensino da matemática permitindo o 
8 
 
emprego de novas abordagens teóricas e metodológicas para a transmissão dos conteúdos 
programáticos desta disciplina, visando a melhoria do desempenho acadêmico dos alunos. 
 Pressupõe-se que associar a teoria com à utilização de jogos educacionais para sanar 
dificuldades e intensificar habilidades, constitui-se numa maneira muitíssimo positiva para 
obtenção de resultados que favoreçam a relação de ensino-aprendizagem da Matemática, tanto 
para alunos quanto professores. Pode-se assim desvelar um novo caminho no ensino-
aprendizagem dessa disciplina fundamental na construção do saber, colaborando para 
desconstruir com os mitos e medos sobre o tema. 
 
 
6 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 É de conhecimento geral que a matemática encontra-se presente na vida da maioria das 
pessoas de direta ou indiretamente. Cumpre lembrar que em quase todos os instantes do 
cotidiano, exercita-se os conhecimentos matemáticos. Apesar de ser empregada praticamente 
em todas as áreas do conhecimento, nem sempre é fácil demonstrar aos alunos, aplicabilidades 
que agucem seu interesse ou que possam motivá-los através de problemas contextualizados. 
De acordo com as Diretrizes para o Ensino da Matemática (MEC, 2006), um dos 
desafios do ensino da matemática é a abordagem de conteúdos para resolução de problemas. 
Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos 
matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a solucionar as questões propostas. 
Pesquisas educacionais realizadas nos últimos 30 anos, tanto no Brasil como em outros 
países, revelaram que as metodologias implicadas no ensino e na aprendizagem de 
demasiadamente mais complexas do que se supõe, diante disso é possível concluir que a 
matemática está ligada à compreensão e não apenas a conteúdos fixados na memória. Ou seja, 
não se trata apenas de se aprender e decorar um conteúdo, mas sim absorver o que lhe foi 
ministrado e, por conseguinte fazer a utilização de tais conhecimentos de forma prática. Assim 
sendo, a ideia preliminar apresentada pela expressão “ensino da matemática”, onde o professor 
deve transmitir, ensinar para o aluno a “matemática” este se apropriará de tais conhecimentos 
caso os conteúdos sejam bem ministrados não condiz com a realidade. 
Salienta-se que a Educação Matemática deve responder aos objetivos do ensino 
fundamental especificados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997): utilizar a linguagem 
matemática como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias e saber utilizar 
diferentes recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. Deste modo a 
9 
 
expressão Educação Matemática, que deriva da expressão em inglês mathematics education, 
revela a concepção de uma educação por meio da matemática. 
Nesta lógica, o professor de matemática é apontado como um educador proposital, 
devendo realizar pesquisas, tanto relacionadas ao conteúdo, como também em relação às 
metodologias a serem adotadas para a transmissão dos mesmos. Deve preocupar-se em 
conhecer a realidade de seus alunos, detectando seus interesses, necessidades e expectativas em 
relação ao ensino, à instituição escolar e à vida. Entretanto, o ensino da matemática, ainda que 
esteja sendo concebido, está centrado na prática pedagógica, de forma a envolver-se com as 
relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Sendo assim, os 
objetivos básicos da educação matemática buscam propagá-la como campo de investigação e 
de produção de conhecimento. 
Rêgo e Rêgo (2000) destacam que é emergencial a introdução de novas metodologias 
de ensino, onde o aluno seja sujeito de sua aprendizagem, respeitando-se o seu contexto e 
levando-se em consideração os aspectos recreativos e lúdicos das motivações próprias de sua 
idade, sua imensa curiosidade e desejo de realizar atividades em grupo. 
 Incorporada as resoluções de problemas, a inserção de jogos como estratégias 
metodológicas de ensino-aprendizagem no contexto de sala de aula são recursos pedagógicos 
que apresentam melhores resultados,pois oportunizam situações que possibilitam ao aluno o 
desenvolvimento de técnicas para resolução de problemas; incentivam a sua criatividade num 
ambiente desafiador e ao mesmo tempo indutor de motivação, este sendo um dos maiores 
desafios enfrentados pelo docente que busca atribuir sentido aos conteúdos desenvolvidos. 
Corroborando com essa ideia Gandro (2000) afirma que o jogo favorece o 
desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas visto que possibilita a investigação, 
ou seja, a exploração do conceito por intermédio da estrutura matemática subjacente ao jogo e 
que pode ser vivenciada pelo aluno quando ele joga, elaborando estratégias e testando-as a fim 
de vencer o jogo. 
Tais habilidades desenvolvem-se porque ao jogar, o aluno tem a oportunidade de 
resolver problemas, investigar e descobrir a melhor jogada, refletir e analisar as regras, 
estabelecendo relações entre os elementos do jogo e os conceitos matemáticos. Pode-se dizer 
que o jogo possibilita uma situação de prazer e aprendizagem significativa nas aulas de 
matemática (SMOLE et al, 2007). 
Conforme afirma Smole et al (2007), o trabalho com jogos é um dos recursos que 
favorece o desenvolvimento da linguagem, de diferentes processos de raciocínio e de interação 
entre os alunos, uma vez que durante um jogo, cada jogador tem a possibilidade de acompanhar 
10 
 
o trabalho de todos os outros, defender pontos de vista e aprender a ser crítico e confiante em 
si mesmo. 
Nesse sentido, Borin (1998) em conformidade com os autores citados anteriormente, 
considera que dentro da situação de jogo, é impossível uma atitude passiva e a motivação é 
intensa. Nota-se que, ao mesmo tempo em que estes alunos discutem sobre matemática, 
demonstram também um melhor desempenho e atitudes mais positivas perante os seus 
processos de aprendizagem. A introdução dos jogos nas aulas de matemática é a possibilidade 
de diminuição dos bloqueios apresentados por inúmeros alunos os quais temem a matemática e 
sentem-se incapacitados para assimilá-la. 
Ainda sob a ótica de Borin (1998), na proporção que os alunos vão jogando, estes notam 
que o jogo não tem apenas o caráter lúdico, que este deve ser tratado com seriedade e não 
considerado como brincadeira. Ao examinar as regras do jogo, certas habilidades são 
potencializadas e as reflexões levam o estudante a relacionar aspectos desse jogo com 
determinados conceitos matemáticos. Também é fundamental que o jogo tenha regras pré-
estabelecidas, as quais que não devem ser modificadas durante uma partida. Caso exista a 
necessidade de serem feitas alterações, as regras podem ser debatidas entre uma partida e outra. 
A negociação entre os alunos também contribui para o aprendizado significativo. 
Starepravo (1999) também defende essa perspectiva, afirmando que os desafios dos 
jogos vão além do âmbito cognitivo, pois, ao trabalhar com jogos, os alunos deparam-se com 
regras e envolvem-se em conflitos, uma vez que não estão sozinhos, mas em um grupo ou 
equipe de jogadores. Tais conflitos são excelentes oportunidades para alcançar conquistas 
sociais e desenvolver autonomia. 
Os jogos, na educação matemática, são tratados pelos documentos oficiais de formas 
distintas, como relacionado a seguir. De acordo com as Diretrizes para o Ensino da Matemática 
(MEC, 2006), os jogos são eficientes para a memorização e sugerem que existem diversos tipos 
de jogos que podem ser utilizados para instigar a memorização. Os Parâmetros Curriculares 
Nacionais (MEC, 1997) enfatizam que os jogos são uma referência que leva a criança a se 
interessar, se estimular, e a se desenvolver para solucionar dificuldades ou problemas. 
Informam ainda que, além de ser um objeto sociocultural em que a matemática está presente, o 
jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos e supõe 
um “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande exigências, normas e controle. 
No jogo, mediante a articulação entre o conhecido e o imaginado, desenvolve-se o 
autoconhecimento e o conhecimento dos outros. 
11 
 
Outro fator existente e que por meio dos jogos, as crianças não apenas vivenciam 
situações que se reprisam, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos 
simbólicos): os significados e sentidos das coisas passam a ser imaginados por elas. Vale 
destacar que em período mais evoluído, as crianças aprendem a lidar com situações mais 
complexas, compreendem que as regras podem ser absolutistas e que os jogadores se apercebem 
que só podem jogar se estiver com outro companheiro. Importante frisar que, a participação em 
jogos de grupo também representa conquistas cognitivas, emocionais, morais e sociais para a 
criança e um estímulo para o desenvolvimento do seu raciocínio lógico. 
Também segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1997), para as crianças 
o jogo é muito prazeroso, instigante e genuíno, pois provoca interesse e satisfação. Por isso, é 
importante que os jogos façam parte da educação e do convívio escolar. 
Inúmeros autores aquiescem sobre a importância do ensino de matemática. Na visão de 
Smole et al (2007, p.12), “a resolução de problemas (...) permite uma forma de organizar o 
ensino envolvendo mais que aspectos puramente metodológicos, pois inclui toda uma postura 
frente ao que é ensinar e, consequentemente, sobre o que é aprender”. Esta metodologia se 
coloca como o “fio condutor” no progresso das aulas de matemática, pois, através dela, o aluno 
se apropria de conhecimentos obtidos pela observação e vivência dos fatos, adquirindo as 
competências e habilidades esperadas (SMOLE et al, 2007). 
De acordo com Borin (1998), a resolução de problemas é a maneira mais conveniente 
para o desenvolvimento de uma postura crítica perante qualquer situação que exija resposta. 
Cada hipótese formulada ou cada jogada desencadeia uma série de questionamentos, como por 
exemplo, aquela seria a única jogada possível? Se houver outras alternativas, qual escolher e 
por que escolher entre esta ou aquela? Terminado o problema, quais os erros e por que foram 
cometidos? Ainda é possível resolver o problema ou vencer o jogo, se forem mudadas as regras? 
 
 
Essa metodologia representa, em sua essência, uma mudança de postura em relação 
ao que é ensinar matemática, ou seja, ao adota-la, o professor será um espectador do 
processo de construção do saber pelo seu aluno, e só irá interferir ao final do mesmo, 
quando isso se fizer necessário através de questionamentos, por exemplo, que levem 
os alunos a mudanças de hipóteses, apresentando situações que forcem a reflexão ou 
para a socialização das descobertas dos grupos, mas nunca para dar a resposta certa. 
Ao aluno, de acordo com essa visão, caberá o papel daquele que busca e constrói o 
seu saber através da análise das situações que se apresentam no decorrer do processo 
(BORIN, 1998, p.10-11). 
 
 
 
Outro fator a ser considerado é que algumas técnicas ou formas de resolução de 
problemas aparecem naturalmente durante os jogos, dentre elas, Borin (1998, p.11) destaca, “a 
12 
 
tentativa e erro; redução a um problema mais simples; resolução de um problema de trás para 
a frente; representação do problema através de desenhos, gráficos ou tabelas, analogia a 
problemas semelhantes”. 
Tendo em vista os aspectos mencionados anteriormente, cabe ao professor, quando 
prepara suas aulas com a utilização de jogos escolher técnicas e metodologias que permitam 
uma exploração de todo o potencial do jogo; também deve estabelecer objetivos com vistas a 
alcança-os após a execução das atividades; organizar os grupos e a selecionar os jogos que 
estejam adequados a sua proposta de trabalho. As aulasministradas com a utilização de jogos 
requerem do docente determinadas atitudes que o conduzam a ponderar de que maneira uma 
atividade possa ser realizada durante todo o ano letivo, e não de modo esporádico, relacionando 
o jogo como uma estratégia aliada à construção do conhecimento, devendo planejar 
cuidadosamente sua execução (STAREPRAVO, 1999). 
Segundo Borin (1998) para que se possa construir um ambiente onde haja reflexão a 
partir da observação e da análise cuidadosa, é imprescindível que ocorra troca de opiniões e 
oportunidades de argumentação com o outro de modo organizado. Isto indica a importância 
fundamental do pré-requisito de tal metodologia de trabalho: para se alcançar um bom resultado 
com jogos é necessário que os alunos saibam trabalhar coletivamente. 
Um aspecto importante a ser observado, refere-se ao fato ao se trabalhar com jogos 
visualiza-se a oportunidade de se trabalhar com os erros. Borin (1998) relata que, ao 
solucionarem problemas, os alunos não deveriam desconsiderar as soluções que julgassem 
erradas, pois estas iriam servir como subsídios para chegarem à uma resposta correta através da 
análise dos erros cometidos. Nesse caso, é importante que o professor peça a seus alunos que 
façam o registro das jogadas para uma posterior análise do jogo e também para evitar que se 
esqueçam dos lances efetuados. 
Assim, os registros matemáticos assumem um papel relevante na aprendizagem, pois 
permitem que o aluno relate o que aprendeu no momento do jogo e repasse aos demais essas 
ideias. Registrar suas impressões e seu percurso no desenvolvimento da atividade, pode auxiliá-
lo a aprimorar suas percepções e levá-lo a uma reflexão acerca dos conhecimentos adquiridos. 
“Temos observado que os registros sobre matemática ajudam a aprendizagem dos alunos de 
muitas formas, encorajando a reflexão, clareando as ideias e agindo como um catalisador para 
as discussões em grupo” (SMOLE et al, 2007, p.12). 
Smole et al (2007) ainda sugerem formas de utilização dos jogos como cita-se a seguir: 
realizar o mesmo jogo várias vezes, para que o aluno tenha tempo de assimilar as regras e obter 
conhecimentos matemáticos com esse jogo; incentivar os alunos na leitura, interpretação e 
13 
 
discussão das regras do jogo; propor o registro das jogadas ou estratégias utilizadas no jogo; 
propor que os alunos criem novos jogos, utilizando os conteúdos estudados nos jogos que ele 
participou. 
Ao se propor os jogos matemáticos como instrumentos para se alcançar à resolução de 
problemas, destaca-se o uso e as aplicações das técnicas matemáticas adquiridas pelos alunos, 
na busca do desenvolvimento e aprimoramento das habilidades que constituem o seu raciocínio 
lógico. Além disto, o professor tem a oportunidade de criar um ambiente na sala de aula em que 
os recursos da comunicação estejam presentes, propiciando momentos como: apresentações, 
trocas de experiências, discussões, interações entre alunos e professor, com vistas a tornar as 
aulas mais interessantes e desafiadoras. 
 
 
7. METODOLOGIA 
 
 A partir dos problemas e objetivos traçados optou-se pela pesquisa qualitativa de cunho 
bibliográfico, sendo que para coleta de dados optou-se pela análise de documentos e diversas 
publicações as quais abordam o ensino de matemática com o uso de jogos para a promoção de 
uma aprendizagem significativa. 
 A opção por utilizar uma pesquisa documental e bibliográfica acerca do tema será com 
o intuito de aprofundar conhecimentos teóricos e confrontar ideias acerca das seguintes 
categorias: o ensino de Matemática, sua história e desafios atuais; os jogos matemáticos, seu 
histórico, principais tipos, suas aplicações e seus pontos positivos e negativos; o resultado do 
uso de jogos apresentados nas literaturas consultadas; as tendências pedagógicas relatadas na 
pesquisa bibliográfica e documental e por fim a perspectivas pessoais sobre a temática 
abordada. 
 A revisão de literatura será realizada de forma crítica e articulada, interelacionando 
informações com a finalidade de contribuir para a formação dos docentes e com base para 
demais pesquisas que possam surgir. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
COLL, César (org.). Desenvolvimento Psicológico e Educação. Porto Alegre: Artmed, 1995. 
Vol. 01. 
 
BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. 3.ed. 
São Paulo: IME/USP, 1998. 
 
GANDRO, R.C. O conhecimento matemático e o uso de jogos na sala de aula. Tese. 
Doutorado. Universidade de Campinas. Campinas: Unicamp, 2000. 
 
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª série): Matemática. Secretaria de 
Educação. Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF,1997. 
 
_____. Diretrizes Curriculares Para a Educação Básica da Disciplina de Matemática. 
Secretaria de Estado de Educação do Paraná, 2008. 
 
RÊGO, R.G.; RÊGO, R.M. Matemática ativa. João Pessoa: Universitária/UFPB, INEP, 
Comped: 2000. 
 
STAREPRAVO, A.R. Jogos, desafios e descobertas: o jogo e a matemática no ensino 
fundamental – séries iniciais. Curitiba: Renascer, 1999. 
 
SMOLE, K.S.; DINIZ, M.I.; MILANI, E. Jogos de matemática do 6° ao 9° ano. Cadernos 
do Mathema. Porto Alegre: Artmed 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15

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