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DeVRY/UNIFAVIP CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL Túlio Roberto de Souza Costa AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DO CONCRETO COM ADIÇÃO DE RESÍDUOS DE PET CARUARU 2017 Túlio Roberto de Souza Costa AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DO CONCRETO COM ADIÇÃO DE RESÍDUOS DE PET Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário do Vale do Ipojuca - UNIFAVIP como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil Orientador: Profº. Msc. Anderson Laursen CARUARU 2017 Túlio Roberto de Souza Costa AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DO CONCRETO COM ADIÇÃO DE RESÍDUOS DE PET Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário do Vale do Ipojuca, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil Orientador: Profº. Msc. Anderson Laursen Aprovado em: 22/12/2017 __________________________________________ Orientador: Profº. MsC. Anderson Laursen __________________________________________ Avaliador: Profº. MsC. Emerson José da Silva __________________________________________ Avaliador: Profº. MsC. Geovani Almeida da Silva CARUARU 2017 Dedico esse trabalho ao meus Pais. Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por ter me proporcionado mais que o necessário. Obrigado Meu Deus. Agradeço a meus Pais, Oselita Farias e Julino Silva, por me ajudar com boas palavras de animo nas horas que mais precisava e apoiar minhas decisões. Amo vocês! Agradeço a minha Família que de forma indireta, sempre foi uma inspiração para continuar. Agradeço a minha namorada Andriele Rayane, por estar presente nos momentos bons e ruins, até mesmo para ser a primeira namorada a ir para o laboratório de engenharia civil fazer concreto. Nunca esquecerei, te amo. Agradeço ao meu primo Igor Souza por se disponibilizar a me ajudar e não medir esforços. Meu primo irmão. Agradeço ao professor Anderson Laursen, pela confiança, pelos ensinamentos e por me ajudar a desenvolver esse trabalho. Agradeço ao técnico de laboratório Verinaldo, por ter me auxiliado na prática a desenvolver os ensaios. Resumo Diante do consumismo desenfreado e pouca reutilização dos produtos de PET, gerando consequências a sociedade como ilhas de lixo nos mares, e saturação em aterros sanitários, exigindo elevado tempo para decomposição. Diante deste contexto, esse trabalho tem o objetivo de substituir parcialmente a areia do concreto, por resíduos de garrafas PET, adicionados após a trituração, para avaliar o comportamento mecânico no estado fresco e endurecido, para isto foi utilizado porcentagens de 5% e 10% substituídos em volume. Observando as propriedades como trabalhabilidade, massa específica, resistência a compressão axial e resistência a tração por compressão diametral, analisando através de traços de concreto pelo método IPT/EPUSP, utilizando dois tipos de cimentos diferentes. Observou-se que o traço rico de concreto com uso de cimento CP V – ARI adicionado de 5% de resíduo, obteve 50,99 MPA após 28 dias da moldagem, obtendo redução de apenas 2,71 MPa comparado ao concreto sem resíduo. Com aumento da proporção de resíduo PET, houve a perda de trabalhabilidade, perda de resistência e diminuição da massa específica, obtendo melhores resultados para o concreto com cimento CP V – ARI em relação ao CP II – Z, apresentando possibilidade de uso na construção civil referente as propriedades estudadas. Palavras-Chave: PET, Concreto, Comportamento Mecânico. ABSTRACT Faced with unbridled consumerism and little reuse of PET products, resulting in society as islands of litter in the seas, and saturation in landfills, requiring a high time for decomposition. In this context, the objective of this work is to partially replace the sand of the concrete, by residues of PET bottles, added after grinding, to evaluate the mechanical behavior in the fresh and hardened state, for this was used percentages of 5% and 10% substituted by volume. It was observed the properties as workability, specific mass, axial compressive strength and tensile strength by diametrical compression, analyzing through traces of concrete using the IPT / EPUSP method, using two different types of cements. It was observed that the rich concrete trait using CP V-ARI cement added with 5% of residue obtained 50.99 MPA after 28 days of molding, obtaining a reduction of only 2.71 MPa compared to concrete without residue. With increasing proportion of PET residue, there was loss of workability, loss of strength and decrease of the specific mass, obtaining better results for the concrete with cement CP V - ARI in relation to the CP II - Z, presenting possibility of use in the civil construction referring to the properties studied. Keywords: PET, Concrete, Mechanical Behavior. Lista de Figuras Figura 1 - Consumo de PET no Brasil ............................................................ 21 Figura 2 - Resíduo de PET ............................................................................. 27 Figura 3 - Agregados Utilizados ...................................................................... 30 Figura 4 - Detalhe das amostras produzidas para o estudo ........................... 30 Figura 5 - Prensa-servo-hidráulica .................................................................. 31 Figura 6 - Gráfico CP II - Z .............................................................................. 35 Figura 7 - Gráfico CP II - Z 5% ....................................................................... 36 Figura 8 - Gráfico CP II - Z 10% ..................................................................... 36 Figura 9 - Gráfico CP V - ARI ......................................................................... 37 Figura 10 - Gráfico CP V - ARI 5% ................................................................. 37 Figura 11 - Gráfico CP V - ARI 10% ............................................................... 38 Lista de Tabelas Tabela 1 - Traços – Método IPT/EPUSP ........................................................ 28 Tabela 2 - Traços dos Concretos .................................................................... 29 Tabela 3 - Resultados - CP II – Z ................................................................... 32 Tabela 4 - Resultados - CP V - ARI ................................................................ 32 Tabela 5 – FCK – CP II – Z ............................................................................. 34 Tabela 6 - FCK - CP V - ARI ........................................................................... 34 Tabela 7 – Resultados - Tração por Compressão Diametral .......................... 41 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11 1.1 PROBLEMA ........................................................................................................ 13 1.2 HIPÓTESES ........................................................................................................ 13 1.3 OBJETIVO .......................................................................................................... 14 1.3.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................... 14 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 14 1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15 2.1 CONCRETO CONVENCIONAL .......................................................................... 15 2.2 CIMENTO PORTLAND ....................................................................................... 16 2.3 AGREGADO ....................................................................................................... 16 2.5 ADIÇÕES ............................................................................................................ 17 2.6 ADITIVOS............................................................................................................ 18 2.7 RESÍDUOS .......................................................................................................... 19 2.8 POLITEREFTALATO DE ETILENO - PET .......................................................... 20 2.8.1 HISTÓRIA DO PET .......................................................................................... 20 2.8.2 PROPRIEDADES DO PET .............................................................................. 21 2.8.3 USO DE RESÍDUO DE PET NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................. 22 2.8.3.1 MELHORAMENTO DE SOLO ....................................................................... 22 2.8.3.2 ARGAMASSA ................................................................................................ 23 2.8.3.3 CONCRETO .................................................................................................. 23 3 METODOLOGIA .................................................................................................... 25 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ..................................................................... 25 3.2 UNIVERSO E AMOSTRA ................................................................................... 25 3.3 COLETA, ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ...................................... 25 3.4 PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL .................................................................. 26 3.4.1 MATERIAIS EMPREGADOS ............................................................................ 26 3.4.2 AGREGADO MIÚDO ........................................................................................ 26 3.4.3 AGREGADO GRAÚDO .................................................................................... 26 3.4.4 CIMENTO TIPO CP II - Z ................................................................................. 26 3.4.5 CIMENTO TIPO CP V-ARI ............................................................................... 26 3.4.6 RESÍDUOS DE PET ......................................................................................... 27 3.4.7 ÁGUA ............................................................................................................... 28 3.4.8 ADITIVO ........................................................................................................... 28 3.4.9 FAMÍLIAS PRODUZIDAS PARA O ESTUDO ................................................... 28 3.5 PRODUÇÃO DAS MISTURAS ............................................................................ 30 3.5.1 ENSAIOS PROGRAMADOS ............................................................................ 31 3.5.2 RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO SIMPLES .................................................... 31 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................ 32 4.1 PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO .................................................... 32 4.2 PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO ........................................... 34 4.3 RESISTÊNCIA A TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL ......................... 41 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 44 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45 11 1 INTRODUÇÃO A Engenharia Civil está interligada com a sociedade trazendo benefícios das mais variadas formas, envolvendo moradias, estradas, abastecimento de água, tornando-se indispensável para a sociedade. O concreto é um dos materiais mais utilizados na construção civil até os dias de hoje por sua relação custo benefício, facilidade para manuseio obtendo as mais variadas formas e alta disponibilidade no mercado. Os materiais que compõem o concreto têm sido substituídos por materiais alternativos com objeto de encontrar benefícios para a sociedade e para melhoramento das características do concreto, como uso de plásticos, borrachas, vidros e etc. Atualmente tem sido alvo de estudo o uso de materiais recicláveis como os produtos PET, que demoram cerca de 100 a 150 anos para serem degradados no meio ambiente e é um dos materiais mais utilizados para fabricação de produtos pelo homem, principalmente na fabricação de embalagens e de produtos de uso descartáveis, provocando uma enorme quantidade de resíduos plásticos no meio ambiente, gerando uma preocupação global pela falta de gerenciamento do lixo e carência de sua reciclagem. Os plásticos podem ser classificados como termoplásticos e termoendurecíveis, os termoplásticos são denominados de polietileno (PE), poliestireno (PS), polipropileno (PP), tereftalato de polietileno (PET) e polietileno de alta densidade (HDPE). O PET é um polímero semi-cristalino com alta resistência mecânica e química, amplamente utilizado nas industrias farmacêuticas e de alimentos. A utilização do PET no concreto já vem sendo estudada, que por sua vez já existem muitos trabalhos com êxito. De acordo com Rahmani et al., (2013) em um estudo do concreto no estado fresco e endurecido, houve uma diminuição da massa específica do concreto. De acordo com Islam et al., (2016) o concreto obteve redução da trabalhabilidade e resistência a compressão, no entanto com resultado satisfatório para utilização em elementos estruturais. O objetivo desse trabalho é avaliar e comparar as propriedades do concreto no estado fresco e endurecido como 12 trabalhabilidade, massa específica, resistência a compressão e resistência a tração por compressão diametral, adicionando resíduos de PET no concreto em substituição parcial da areia, em porcentagens de 5% e 10% em volume. 13 1.1 Problema Devido a grande poluição gerada a biodiversidade marinha, aumento de poluição das ruas e a todo meio ambiente. 1.2 Hipóteses Os polímeros são materiais de baixa densidade, possuindo cerca da metade do peso da areia, podendo diminuir o peso das peças fabricadas com concreto, assim como o peso da estrutura final. Nas peças pré-fabricadas de concreto com resíduos de PET, a quantidade de materialtransportado para as obras poderá ser maior, devido a limitação das cargas designadas aos meios de transportes. O uso de resíduos de polímeros podem ser uma alternativa para diminuição do consumo das areias e consequentemente a redução da poluição ao meio ambiente. 14 1.3 OBJETIVO 1.3.1 Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo a comparação das propriedades do concreto convencional com o concreto com resíduo de PET, substituindo parcialmente o agregado miúdo (areia) por resíduos de garrafas PET’s. 1.3.2 Objetivos Específicos Analisar a trabalhabilidade tanto do concreto convencional, quanto do concreto com resíduo de PET, no seu estado fresco através do slump test. Determinar da massa específica do concreto convencional e do concreto com resíduo de PET, no seu estado fresco. Avaliar o comportamento mecânico dos corpos de provas de concreto a partir do ensaio de compressão em 3, 7, 28 dias e tração por compressão diametral aos 28 dias. Comparar as propriedades dos concretos produzidos com dois tipos de cimentos, com e sem adição de resíduo de PET. 1.4 Justificativa Nos estudos feitos sobre o concreto substituído parcialmente por resíduo de PET, foram constatados resultados para uso na construção civil, desde que não sejam utilizados como concreto estrutural, sendo possível para aplicação em alvenaria de vedação, capas de lajes nervuradas, capas para lajes pré-moldadas, material de enchimento (escada, rebaixos de nível, base para enchimentos de pisos térreos para edificações) (MODRO, OLIVEIRA, 2009). A inclusão de polímeros em concretos deve ser utilizada para concretos especiais, como calçamentos e pisos de estacionamento, não devendo ser aplicado como concretos de caráter estrutural, devido a redução da resistência a compressão (SCHETTINO, 2015). 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Concreto Convencional O concreto de cimento Portland é um dos materiais mais usados no setor da construção civil, isso se deve pelo fato da facilidade que seus componentes são produzidos, além da sua vasta aplicabilidade e adaptação às diversas condições do ambiente, sua composição consiste, essencialmente, de um meio aglomerante no qual estão aglutinadas partículas ou fragmentos de agregado, em que no concreto de cimento hidráulico, o aglomerante é formado de uma mistura de cimento hidráulico e água. O concreto de cimento Portland é o material resultante de uma mistura homogênea de cimento, agregados miúdos e graúdos, com ou sem incorporação de aditivos químicos e adições, que desenvolve suas propriedades através do endurecimento da pasta de cimento. Em sua microestrutura o concreto é composto de três fases constituintes, sendo: pasta de cimento hidratada, agregado e zona de transição. As propriedades do concreto podem ser modificadas fazendo-se alterações na microestrutura material. Ademais, apresenta algumas complexidades em sua microestrutura, uma delas é sua heterogeneidade. A matriz cimentícia é formada por duas fases distintas, uma fase é semelhante ao agregado graúdo, aparentando ter a mesma densidade e enquanto a outra fase é altamente porosa (MEHTA, MONTEIRO, 2008). 16 2.2 Cimento Portland O cimento Portland é um aglomerante hidráulico utilizado na construção civil, que ao misturar-se com água e agregados resulta no concreto. O cimento é formado por clínquer, que é composto por dois ou mais tipos de rochas, que contém em sua composição química os principais óxidos, CaO (óxido de cálcio), SiO2 (dióxido de Silício), AL2O3 (óxido de Alumínio) e Fe2O3 (óxido de Ferro) (ISAIA, 2005). Sendo os clínqueres nódulos de 5 a 25 mm de diâmetro de material sinterizado, que é produzido quando uma mistura de matérias-primas de composição pré- determinada é aquecida em altas temperaturas (MEHTA, MONTEIRO, 2008). Sua composição química é formada de uma maneira geral por C3S, C2S, C3A e C4AF. Através desses sulfatos e aluminatos acontecem a formação de cristais, que provocam a aderência entre as partículas e o endurecimento do concreto (ISAIA, 2005). O CP V ARI é um tipo de cimento com uma dosagem diferente de calcário e argila na produção de clínquer, é indicado para pequenas construções até edifícios de maior porte, tendo como característica principal alta resistência inicial e desforma rápida (ISAIA, 2005). 2.3 Agregado Entende-se por agregado o material granular, sem forma e volume definidos, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia (PETRUCCI, 2005). São relativamente baratos e não entram em complexas reações químicas com a água, por isso, têm sido comumente tratados como material de enchimento inerte do concreto. Os agregados têm características importantes para composição do concreto, sendo: composição e distribuição granulométrica, absorção de água, forma e textura superficial, resistência a compressão, módulo de elasticidade, porosidade e tipo de substâncias deletérias. O agregado ocupa cerca de 60 a 80% do volume do concreto, influenciando na resistência, estabilidade dimensional e durabilidade do 17 concreto no seu estado endurecido. No seu estado fresco, o agregado influi na trabalhabilidade e no custo do concreto (MEHTA, MONTEIRO, 2008). De acordo com Petrucci (2005) a classificação dos agregados é identificada de acordo com a dimensão das partículas, a massa específica e quanto a origem dos agregados sendo naturais ou artificiais. O termo dado a agregado graúdo é utilizado para partículas maiores que 4,75 mm, partículas retidas na peneira nº 4, e para o termo agregado miúdo são para partículas menores que 4,75 mm. Os agregados naturais e artificiais são aqueles encontrados na natureza, mas os agregados artificiais são modificados pelo homem, produzindo um melhoramento para ser utilizado como agregado. Os agregados considerados leves geralmente possuem massa unitária menor que 1120 kg/m³, os agregados considerados normais possuem massa unitária entre 1520 a 1680 kg/m³ e os agregados considerados pesados pesam mais que 2080 kg/m³ (MEHTA, MONTEIRO, 2008). As características necessárias dos agregados para definição das dosagens do concreto, sendo a massa específica, composição granulométrica e teor de umidade. A porosidade, a composição granulométrica, forma e textura superficial determinam as propriedades do concreto no estado fresco. A resistência, dureza, módulo de elasticidade e sanidade, são propriedades do concreto no estado endurecido que são influenciados pela porosidade e composição granulométrica (MEHTA, MONTEIRO, 2008). 2.5 ADIÇÕES De acordo com Isaia (2005), o uso de adições começou no período de 1500 a.C. na Grécia, utilizavam um material de origem vulcânica decorrido de erupções na Ilha Santorini, sendo assim, os aditivos são utilizados antes da invenção do cimento. As adições minerais podem ser classificadas como materiais pozolânicos, cimentantes e fílers. O uso de adições minerais tem proporcionado concretos mais resistentes e duráveis, reduzindo o consumo de energia e poluição de ar gerados para fabricação de cimento, trazendo benefícios para a sociedade (FURQUIM, 2012). 18 As adições minerais proporcionam aumento de trabalhabilidade e redução de custo no concreto em seu estado fresco, eleva a resistência a fissuração térmica, a expansão causada pela reação álcali-agregado e ao ataque de sulfato(MEHTA, MONTEIRO, 2008). 2.6 ADITIVOS Os aditivos são definidos como materiais adicionados em uma fração não superior a 5%, na pasta de cimento do concreto, para modificar as propriedades do concreto no estado fresco ou endurecido. Os aditivos adicionados ao concreto permitem alterações no seu comportamento, podendo modificar ou melhorar, ampliar o campo de aplicação, diminuir o custo e obter regularidade na fabricação. Os efeitos dos aditivos dependem de várias variáveis sendo por parte do cimento, agregado, aditivo e outros (ISAIA, 2005). A definição de aditivo/adição de acordo com ASTM C 125 (2010), como qualquer material que não seja água, agregados, cimentos hidráulicos ou fibras, aplicados na produção do concreto, tanto no estado fresco como no estado endurecido. De acordo com Petrucci (2005), os principais objetivos que se deseja alcançar com o uso de aditivos: • Aumento de compacidade; • Acréscimo de resistência aos esforços mecânicos; • Melhora da trabalhabilidade; • Diminuição da higroscopicidade; • Melhora na impermeabilidade; • Diminuição da retração; • Aumento da durabilidade; • Melhora do endurecimento nas concretagens em tempo frio; • Aptidão para ser injetado (argamassa tixotrópica); • Possibilidade de retirada dos cimbres e formas em curto prazo; • Preparo de concreto leves; 19 • Diminuição de calor de hidratação; • Retardamento ou aceleração da pega. 2.7 RESÍDUOS O uso de concreto com resíduos é formado por materiais de concreto convencional, substituindo totalmente ou parcialmente os agregados pelos resíduos, sendo normatizado atualmente para utilização de construções de pavimentações e concretos sem função estrutural. De acordo com a NBR 15116 - ABNT (2004) é definido uma classificação de resíduos para uso em construção civil. • Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento e outros), argamassa e concreto; resíduos de processo de preparo e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios e outros) produzidos nos canteiros de obras. • Classe B: resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e outros. • Classe C: resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou sua recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso. • Classe D: resíduos perigosos oriundos do processo de construção (tintas, solventes, óleos e outros) ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos (clínicas radiológicas, instalações industriais e outros). Materiais alternativos como fibras de aço, vidro, borracha, RCC, RCD e resíduos de PET, tem sido alvo de estudos como solução para a escassez dos materiais constituintes do concreto atual. 20 O PET apresenta um retardamento e decréscimo na aparição de fissuras, sendo uma possibilidade para utilização em uso de traços para pisos, substituindo as telas metálicas pelos polímeros diminuindo o custo para a produção (SIPP et al., 2013). 2.8 POLITEREFTALATO DE ETILENO - PET O PET é um polímero termoplástico e um dos plásticos mais resistente para fabricação de embalagens plásticas. O politereftalato de etileno é produzido pela reação entre monômeros etileno glicol (glicol etilenico) e o ácido dicarboxílico (tereftálico ou o tereftalato de dimetila). As indústrias de tecidos utilizam o PET com massa molar média de 12 kg/mol a 20 kg/mol, que é adequado para a produção de fibras têxteis e filme, enquanto que as indústrias de embalagens utilizam o PET com massa molar média entre 30 kg/mol e 35 kg/mol que é ideal para a fabricação de embalagens sopradas (garrafas) (PEREIRA et al., 2002). 2.8.1 História do PET Em 1930 Wallace H. Carothers sintetizou o primeiro poliéster linear, que originou a primeira fibra sintética. Entretanto sua baixa temperatura de fusão e baixa estabilidade hidrolítica comprometiam a qualidade do produto final. Em 1964, Whinfield e Dickson descobriram o poli(tereftalato de etileno) (PET), que apresenta alta temperatura de fusão (~265ºC) e alta estabilidade hidrolítica. (ROMÃO et al., 2009) Sendo o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas, frascos e embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas e entre vários outros, o consumo de PET no Brasil tem aumentado a cada ano, em 2014 seu montante de consumo chegou a 720 Kt, em 2016 840 Kt. (ABIPET, 2014) 21 Figura 1 - Consumo de PET no Brasil Fonte: ABIPET (2014) 2.8.2 Propriedades do PET O PET apresenta algumas propriedades físicas como: leveza, alta flexibilidade, alta resistência mecânica e baixa porosidade. A leveza é um dos fatores principais para utilização do polímero atualmente, pela baixa densidade que possui variando entre 1,38g/mL e 1,41g/mL (PEREIRA et al., 2002). Os polímeros cristalinos possuem alta resistência mecânica, mas pouca resistência a impacto assemelhando-se ao vidro, no caso do politereftalato de etileno ser um polímero semicristalino, ou seja, sendo formado por cristais lamelares e polímeros amorfos que fazem a ligação entre os cristais, apresentam alta flexibilidade e resistência mecânica. (DENARDIN, 2004) O PET bi-orientado tem capacidade de formar uma barreira contra os gases. Essa baixa permeabilidade deve-se ao fato de ter ligações fortes entre as cadeias 22 macromoleculares que dificulta a difusão dos gases, pois a orientação das cadeias favorece a um maior empacotamento das mesmas. (PEREIRA et al., 2002) A transparência do polímero PET é uma característica importante, que reflete a cristalinidade do produto, quanto mais transparente o produto menos cristalino é o PET. (PEREIRA et al., 2002) 2.8.3 Uso de Resíduo de PET na Construção Civil O PET tem sido estudado de várias formas na construção civil, devido ao aspecto ecológico e das melhorias alcançadas com a inclusão do resíduo nos materiais utilizados, sendo: blocos de concreto, melhoramento do solo, asfalto, concreto, argamassa, lajotas e telhas. Atualmente o PET tem sido pouco aplicado na construção civil, seja na forma de “flakes” e areia de PET. Hoje o plástico tem sido mais aplicado na forma de garrafa, na substituição de blocos de alvenaria e preenchimento de lajes, o plástico triturado tem sido utilizado na fabricação de telhas. 2.8.3.1 Melhoramento de Solo Em busca de novas soluções para melhoramento do solo, que satisfaçam as exigências da engenharia geotécnica, o uso de fibras se mostrou uma técnica eficaz e ecológica para melhoria das características de resistência e rigidez. Em um estudo de melhoramento do solo argiloso com pó de PET, realizado por Rocha, (2015) as misturas do solo com o resíduo superaram a capacidade de carga do solo puro quando aplicado uma tensão confinante em 150 Kpa. Para uma aplicação de 50 Kpa, o solo puro obteve resultado superior ao solo da mistura, devido aos grãos não entrarem em contato com os outros e assim permitindoa existência de vazios, sendo funcional para altas tensões confinantes. Em outro estudo de melhoramento de solo (Bentonita) com resíduos de PET triturado, segundo Ghazi, (2015) fez-se a comparação do solo puro com o solo misturado com resíduos de PET na proporção de 3% a 5%, aplicando-se forças de 50 Kpa e 100Kpa, concluindo-se que obteve-se melhorias das misturas quanto a de 3% 23 como a de 5%, sendo a de 5% teve um melhoramento significativo quando aplicado 100 Kpa, aumentando a capacidade de carga do solo, parâmetros de resistência e coesão. 2.8.3.2 Argamassa De acordo com Canellas (2005) observou-se que quanto maior a porcentagem de substituição de areia natural por flocos de PET, menor é o abatimento do tronco de cone, devido aos ângulos dos grãos que dificultam a movimentação. Em relação a resistência axial, os percentuais acima de 30%, apresentaram perdas significativas de capacidade aos 28 dias em relação aos convencionais. Na densidade houve uma redução à medida que aumentava a proporção de resíduo de PET, concluindo que a substituição da areia natural por resíduos de PET demonstrou ser possível para substituições de até 30% em relação ao volume (Canellas, 2005). De acordo com Jucá et al. (2015) em um estudo sobre a resistência a tração das argamassas, o uso de fibras tratadas com hidróxido de sódio de politereftalato de etileno teve um melhor comportamento da absorção de energia de deformação, ou seja, aumento da tenacidade. Visto que as fibras evitam a separação das metades no rompimento da argamassa, evitando que a argamassa se rompa sem aviso prévio. 2.8.3.3 Concreto Segundo Schettino (2015) a adição de fibras de PET ao concreto reduziu drasticamente a resistência a compressão quando substituído parcialmente na proporção de 5%, 10%, 15%, sendo menos adequada a proporção de 15%, pois nas idades entre 7 e 28 dias não obteve aumento considerável de resistênciaSegundo o mesmo autor, analisando na mesma proporção de polímeros como utilizada no ensaio de compressão, obteve aumento considerável da tração do concreto, chegando à conclusão que a proporção mais equilibrada é a de 10% de politereflato de etileno. Em relação ao uso de resíduos de PET em blocos de concreto, um estudo feito por Sousa (2014), analisou a utilização de 15% de pó de PET em blocos de concreto obtendo resultados satisfatórios com aumento de resistência a compressão, 24 diminuição da porosidade e maior resistência a impactos, classificando os blocos como Classe C, com função estrutural. Em conformidade com Islam et al. (2016) em um estudo sobre o uso da adição de PET em concreto, em que o objetivo principal do trabalho foi a resistência a compressão, a massa unitária e a trabalhabilidade do concreto, constatou-se que o concreto pode ser utilizado como elemento estrutural, através de resultados satisfatórios para resistência a compressão e trabalhabilidade. Segundo Saikia & Brito (2014) em um estudo sobre concreto com adição de resíduo de PET, com três tamanhos e formas diferentes de resíduos, avaliando o concreto em seu estado fresco e endurecido, foi constatado que ao aumentar a proporção do uso do resíduo no concreto ocorreu uma diminuição da resistência a compressão, do módulo de elasticidade e resistência a flexão. Segundo o mesmo autor, ocorreu uma diminuição do slump do concreto com resíduo de PET em forma de flake, ou seja, a forma, o tamanho e a texturas dos resíduos alteram a relação água cimento. De acordo com Rahmani et al. (2013) em um estudo com uso de resíduos de PET no concreto, foi avaliado o concreto no estado fresco e endurecido, constatando- se que ao adicionar partículas de PET no concreto houve uma diminuição na trabalhabilidade e na densidade. 25 3 METODOLOGIA Neste capítulo será abordado a metodologia científica adotada para realização do estudo, sendo definido após a revisão bibliográfica e a identificação dos instrumentos utilizados, para obtenção dos dados que irão atingir o objetivo da pesquisa. Então, será abordado a classificação da pesquisa, instrumento de coleta de dados, o universo e as amostras desse estudo e a organização e análise de dados. 3.1 Classificação da Pesquisa Este estudo tem por objetivo fazer uma análise comparativa da resistência mecânica, entre o concreto convencional e o concreto parcialmente substituído por resíduos de PET. Para tal propósito, o presente estudo foi desenvolvido seguindo os preceitos da pesquisa explicativa com procedimentos experimentais, uma vez que buscou reunir informações detalhadas e sistemáticas sobre resíduos de PET. Quanto à natureza, a presente pesquisa visa gerar conhecimentos comparativos quanto a eficiência, podendo tornar uma alternativa para uso na construção civil, sendo então classificada como pesquisa experimental. Por fim, em relação a abordagem do problema, ela ainda pode ser classificada como quantitativa, devido ao fato de que todos os dados coletados serão traduzidos em números para análise e comparação das amostras. 3.2 Universo e Amostra O universo desta pesquisa são os concretos, tendo como amostras dois tipos de cimentos diferentes (CP II - Z e CP V - ARI) e um tipo de agregado de PET, porém com finalidade e características semelhantes. 3.3 Coleta, Organização e Análise dos Dados A estrutura no método de coleta, organização e análise dos dados foi proposta em 4 etapas: Etapa 1: Preparação do referencial teórico para conhecimento profundo do assunto. Etapa 2: Planejamento das moldagens Etapa 3: Realização dos ensaios para análise dos resultados. 26 Etapa 4: Análise dos resultados e considerações finais. 3.4 Planejamento Experimental 3.4.1 Materiais empregados 3.4.2 Agregado miúdo Como agregado miúdo foi utilizado uma areia natural de característica quartzosa, proveniente da Região de Caruaru do Agreste Pernambucano, fornecida pela UNIFAVIP. 3.4.3 Agregado graúdo Para este estudo foi utilizado um tipo de material como agregado graúdo. Sendo de origem granítica e amplamente encontrado na Região de Caruaru. 3.4.4 Cimento tipo CP II - Z Utilização de cimento Portland do tipo CP II Z - 32 (com adição de pozolana), encontrado na região de Caruaru, no estado de Pernambuco. Este cimento tem suas características normatizadas pela Norma ABNT NBR 11578:1991 – Cimento Portland Composto. 3.4.5 Cimento tipo CP V-ARI Utilização do cimento Portland do tipo CP V-ARI (alta resistência inicial), encontrado na região de Caruaru, no estado de Pernambuco. Este cimento tem suas características normatizadas pela Norma ABNT NBR 5733:1991 – Cimento Portland de Alta Resistência Inicial. A Tabela 1 apresenta a caracterização do cimento, quanto à resistência mecânica, caracterização física e química. 27 Tabela 1-Características do Cimento CP V-ARI Fonte Cimento Mizu, 2017 3.4.6 Resíduos de PET Resíduo de PET adquirido através da empresa DEPET (Campina Grande-PB), empresa de coleta e reciclagem de embalagens plásticas. (SENA, 2016) O material utilizado não será selecionado e será aplicado da forma recebida pelo processo de trituração, conforme a Figura 2. Figura 2 - Resíduo de PET Fonte: Própria TIPO DE CIMENTO CP V-ARI 29,4 *NI 2,98 *NI Resíduo na peneira #200 (% 0,1 Resíduo na peneira #325 (%) *NI Início (min) 90 Fim (min)220 3 dias (MPa) 26,9 7 dias (MPa) 32 28 dias (MPa) 33,6 C3S *NI C2S *NI C3A *NI C4AF *NI 2,9 0,52 5,34 19,6 2,99 63,9 0,73 3,44 2,35 0,63C ar ac te riz aç ão Q uí m ic a (% ) Ca ra ct er iz aç ão F ís ic a DETERMINAÇÃO Finura Tempo de pega Composição potencial do Clínquer Perda ao fogo Resíduo insolúvel Equivalente alcalino em Na2O Resistência à compressão Água para consistência normal (%) Área específica Blaine (cm2/g) Massa Específica (g/cm3) Densidade Aparente (g/cm3) MgO SO3 CaO livre SiO2 Fe2O3 CaO Al2O3 28 3.4.7 Água A água utilizada foi proveniente da rede de abastecimento da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA), isenta de resíduos industriais e substâncias orgânicas. 3.4.8 Aditivo O aditivo utilizado foi do tipo super plastificante segunda geração. 3.4.9 Famílias produzidas para o estudo Para a realização deste estudo, foram desenvolvidas 2 (duas) famílias de concretos, sendo a primeira delas produzida com um concreto de referência e a segunda produzida com um concreto com resíduos de PET. O concreto de referência vai ser elaborado com os cimentos do tipo CP II - Z e do tipo CP V-ARI. A mistura de referência vai ser de acordo com a Tabela 2 que demonstra o traço unitário: Tabela 2 - Traços – Método IPT/EPUSP Traços Teor de Argamassa Traço Unitário (em massa) Cimento Areia Brita Base 0,54 1 2,24 2,76 Rico 0,54 1 1,43 2,07 Pobre 0,54 1 3,05 3,45 Fonte: Própria Os traços de referência foram aplicados sem qualquer alteração para produção de concreto de cimento Portland, realçando que nesta família os aglomerantes empregados foram os cimentos Portland CP II - Z e CP V ARI. A família de concreto de referência (concreto de cimento Portland CP II - Z) será tratada a partir deste ponto como família do traço A1 e (concreto de cimento Portland CP V ARI) será tratada a partir deste ponto como família do traço B1. Os traços de concreto com resíduo de PET, foram executados com adição de 5% e 10% de resíduo de PET em volume. Nesta família de concreto de resíduos de PET (concreto de cimento Portland CP II - Z com 5% de PET) será tratada a partir 29 deste ponto como família do traço A2, (concreto de cimento Portland CP II -Z com 10% de PET) será tratada a partir deste ponto como família do traço A3, (concreto de cimento Portland CP V ARI com 5% de PET) será tratada a partir deste ponto como família do traço B2, (concreto de cimento Portland CP V ARI com 10% de PET) será tratada a partir deste ponto como família do traço B3, conforme demonstrado na Tabela 3. O método de dosagem aplicado foi o IPT/EPUSP, considerando o teor de argamassa (α) de 54(cinquenta e quatro) porcento e abatimento de 80(oitenta) mm ± 10(dez) mm, para os traços base, rico e pobre. Para o ensaio de resistência a compressão será elaborado 162(cento e sessenta e dois) corpos de prova para rompimento em 3(três) dias, 7(sete) dias e 28(vinte e oito) dias e para o ensaio de tração por compressão diametral será elaborado 54(cinquenta e quatro) corpos de provas para rompimento aos 28(vinte e oito) dias. Os ensaios de slump test e massa específica será desenvolvido em seu estado fresco. Tabela 3 - Traços dos Concretos Traços de Concreto CIMENTO (KG) AREIA (KG) AREIA - PET BRITA (KG) ADITIVO (ML) RESÍDUO (KG) CP II Z (A1) BASE 10,87 24,35 24,35 30 86,96 - RICO 14,49 20,72 20,72 30 115,94 - POBRE 8,70 26,52 26,52 30 69,57 - CP II Z 5 % (A2) BASE 10,87 24,35 23,74 30 86,96 0,61 RICO 14,49 20,72 20,21 30 115,94 0,52 POBRE 8,70 26,52 25,86 30 69,57 0,66 CP II Z 10% (A3) BASE 10,87 24,35 23,13 30 86,96 1,22 RICO 14,49 20,72 19,69 30 115,94 1,04 POBRE 8,70 26,52 25,20 30 69,57 1,33 CP V ARI (B1) BASE 10,87 24,35 24,35 30 86,96 - RICO 14,49 20,72 20,72 30 115,94 - POBRE 8,70 26,52 26,52 30 69,57 - CP V ARI 5% (B2) BASE 10,87 24,35 23,74 30 86,96 0,61 RICO 14,49 20,72 20,21 30 115,94 0,52 POBRE 8,70 26,52 25,86 30 69,57 0,66 CP V ARI 10% (B3) BASE 10,87 24,35 23,13 30 86,96 1,22 RICO 14,49 20,72 19,69 30 115,94 1,04 POBRE 8,70 26,52 25,20 30 69,57 1,33 Fonte: Própria 30 3.5 Produção das Misturas Os concretos foram elaborados com auxílio de uma betoneira e o controle da dosagem com auxílio de uma balança eletrônica da marca Digimed modelo KN 15, com precisão de 0,01g. Figura 3 - Agregados Utilizados Fonte: Própria O molde utilizado contém dimensões de 10cm de diâmetro e 20cm de comprimento, utilizando antes da moldagem óleo desmoldante. O concreto foi moldado com auxílio de uma haste de aço para adensamento manual conforme diz a NBR 5738:2003, realizando em duas camadas, sendo cada camada 12 golpes, para cada corpo de prova. Figura 4 - Detalhe das amostras produzidas para o estudo Fonte: Própria 31 Os concretos produzidos com CP II Z – 32 e CP V – ARI, foram desmoldados após 24 h e em seguida imersos em cura úmida para a realização dos ensaios para as datas programadas. 3.5.1 Ensaios Programados 3.5.2 Resistência a Compressão Simples Através da prensa-servo-hidráulica da marca EMIC modelo PC 200CS mostrado na Figura 5, foi realizado o ensaio de compressão axial e de tração por compressão diametral. Figura 5 - Prensa-servo-hidráulica Fonte: Própria Dos 216(duzentos e dezesseis) corpos de prova, 54(cinquenta e quatro) foram utilizados para demonstração de desempenho após 3(três) dias da moldagem, outros 54(cinquenta e quatro) para a mesma avaliação após 7(sete) dias da moldagem e 108(cento e oito) após 28(vinte e oito) dias após a moldagem. 32 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Propriedades do concreto fresco Na Tabela 4 e 5 consta os resultados de relação água cimento e peso específico, obtidos na elaboração dos concretos. Tabela 4 - Resultados - CP II – Z TIPO TRAÇO Massa Específica (g/cm³) A/C CP II Z (A1) RICO 2,3520 0,32 BASE 2,3300 0,42 POBRE 2,3150 0,60 CP II Z 5 % (A2) RICO 2,3300 0,36 BASE 2,3143 0,48 POBRE 2,2379 0,62 CP II Z 10% (A3) RICO 2,3360 0,36 BASE 2,2500 0,56 POBRE 2,1437 0,74 Fonte: Própria Tabela 5 - Resultados - CP V - ARI TIPO TRAÇO Massa Específica (g/cm³) A/C CP V ARI (B1) RICO 2,3590 0,38 BASE 2,3490 0,44 POBRE 2,3200 0,66 CP V ARI 5 % (B2) RICO 2,3522 0,40 BASE 2,3156 0,54 POBRE 2,2381 0,68 CP V ARI 10% (B3) RICO 2,3300 0,46 BASE 2,2470 0,60 POBRE 2,1820 0,76 Fonte: Própria 33 Na Tabela 4 verificou-se que no concreto A1, houve um aumento da relação água cimento e diminuição da massa específica, entre os traços Rico, Base e Pobre. Houve um aumento da relação água cimento e uma diminuição da massa específica, para os traços Rico, Base e Pobre, nos concretos A2, em comparação com o traço A1. Ainda na Tabela 4, o concreto A3 obteve um aumento da relação água cimento maior e massa específica menor que o concreto A2. Diante dos resultados, verificou- se que nos concretos, quanto menor a quantidade de cimento no concreto, maior a quantidade de água para atingir o abatimento especificado e para os concretos A2 e A3 a quantidadede água necessária foi maior do que nos concretos A1, e A3 necessitou de mais água que A2. Na Tabela 5 foi observado que tanto a relação água cimento quanto a massa específica do concreto B1e B2 foram maiores em comparação com o concreto com cimento A1 e A2, exceto para o traço B3 que obteve massa específica menor que A3 para o traço Rico e Base. No B1 houve um aumento da relação água cimento e diminuição da massa específica entre os traços Rico, Base e Pobre, traço rico obteve menor relação água cimento e maior massa específica e o traço pobre maior relação água cimento e menor massa específica. Para o concreto B2 houve um aumento da relação água cimento, para os traços Rico, Base e Pobre, em comparação tanto para o concreto B1 quanto para o concreto A2 e uma diminuição da massa específica em relação ao concreto B1. Para o concreto B3, houve um aumento da relação água cimento, para os traços Rico, Base e Pobre, tanto em comparação com o concreto B1 quanto para o concreto A3 e uma diminuição da massa específica em relação aos concretos B2 e B3. A massa específica dos concretos com PET foi menor que a dos concretos convencionais, porém, não pode ser classificado como concreto leve, pois de acordo com (Rossignolo, 2009) de modo geral o concreto para ser classificado como leve deve apresentar massa específica aparente abaixo de 2000 kg/m³. De acordo com (Mehta, Monteiro, 2008), partículas de textura áspera, angulosas e alongadas necessitam de mais pasta de cimento para produzir misturas de concretos mais trabalháveis. Nos concretos com PET, para atingir ao slump requerido, foi necessário a adição de mais água, ocorrendo então uma relação de água cimento maior e, portanto, enfraquecendo o concreto. 34 4.2 Propriedades do Concreto Endurecido Os ensaios para verificação da resistência a compressão foram executados em 3, 7 e 28 dias. O ensaio de tração por compressão diametral foi realizado aos 28 dias. Os ensaios foram realizados no laboratório do Centro do Vale do Ipojuca em Caruaru- PE. Para os ensaios de compressão obtivemos os resultados: Tabela 6 – FCK – CP II – Z TIPO TRAÇOS 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS A/C CP II Z (A1) RICO 26,17 41,15 50,82 0,32 BASE 17,68 27,27 37,66 0,42 POBRE 12,61 17,67 22,90 0,60 CP II Z 5 % (A2) RICO 25,38 36,15 38,97 0,36 BASE 18,18 24,19 33,19 0,48 POBRE 11,01 14,33 20,06 0,62 CP II Z 10% (A3) RICO 24,11 31,72 37,22 0,36 BASE 10,81 17,64 22,88 0,56 POBRE 7,95 11,80 13,87 0,74 Fonte: Própria Tabela 7 - FCK - CP V - ARI TIPO TRAÇO 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS A/C CP V ARI (B1) RICO 32,09 36,15 53,70 0,38 BASE 25,79 29,34 45,56 0,44 POBRE 21,27 28,56 40,56 0,66 CP V ARI 5 % (B2) RICO 33,13 41,85 50,99 0,40 BASE 22,80 28,96 37,39 0,54 POBRE 15,83 19,90 28,41 0,68 CP V ARI 10% (B3) RICO 26,49 33,66 40,87 0,46 BASE 15,53 20,91 26,78 0,60 POBRE 8,44 12,18 17,98 0,76 Fonte: Própria Nos resultados a compressão axial, os concretos com resíduo de PET obtiveram uma resistência menor em relação ao concreto convencional. 35 Nos concretos com resíduos de PET, sua resistência foi comprometida pelo fato do resíduo de PET não obter a mesma resistência a compressão que os agregados, devido a disparidade da resistência a compressão entre o resíduo de PET e os agregados, o concreto se comporta como se houvesse mais vazios no interior da pasta. (SIPP et al.,2013) Pelos resultados obtidos, foram desenvolvidos os gráficos correlacionando o FCK (resistência característica do concreto) com a A/C (relação água/cimento em massa) com M (relação de agregados secos/cimento em massa) e com o C (consumo de cimento por metro cúbico de concreto adensado). Figura 6 - Gráfico CP II - Z Fonte: Própria 36 Figura 7 - Gráfico CP II - Z 5% Fonte: Própria Figura 8 - Gráfico CP II - Z 10% Fonte: Própria 37 Figura 9 - Gráfico CP V - ARI Fonte: Própria Figura 10 - Gráfico CP V - ARI 5% Fonte: Própria 38 Figura 11 - Gráfico CP V - ARI 10% Fonte: Própria Em comparação dos traços sem resíduo de PET entre a Figura 6 traço A1 e a Figura 9 traço B1, o traço rico da Figura 9 obteve melhor resistência a compressão sendo de 32,09 MPa para 3 dias, 36,15 MPa para 7 dias e 53,70 MPa para 28 dias, enquanto que o traço rico da Figura 6, obteve resistência a compressão de 26,17 MPa em 3 dias, 41,15 MPa em 7 dias e 50,82 MPa em 28 dias após moldado e o consumo de cimento do traço rico da Figura 6 foi maior que o traço rico da Figura 9, sendo 487,97 Kg/m³ para o traço rico da Figura 6 e 483,4 Kg/m³ para o traço rico da Figura 9. Ainda na Figura 9 o traço base obteve resistência a compressão de 25,79 MPa para 3 dias, 29,34 MPa para 7 dias e 45,56 MPa para 28 dias, enquanto que o traço base a resistência a compressão obteve 17,68 MPa em 3 dias, 27,27 MPa em 7 dias e 37,66 MPa em 28 dias após moldado e o consumo de cimento do traço base da Figura 6 foi menor que o do traço base da Figura 9, sendo 362,93 Kg/m³ para o traço base para Figura 6 e 364,75 Kg/m³ para o traço base da Figura 9. Sobre o traço pobre da Figura 9 a resistência a compressão foi de 21,27 MPa para 3 dias, 28,56 MPa para 7 dias e 40,56 MPa para 28 dias, enquanto que o traço 39 pobre da Figura 6 a resistência a compressão foi de 12,61 MPa em 3 dias, 17,67 MPa em 7 dias e 22,90 MPa em 28 dias após moldado e o consumo de cimento do traço pobre da Figura 6 foi maior que o traço pobre da Figura 9, sendo 285,8 Kg/m³ para a Figura 6 e 284,31 Kg/m³ para a Figura 9. Na Figura 7 a resistência a compressão para o traço rico foi de 25,38 MPa em 3 dias, 36,15 MPa em 7 dias e 38,97 em 28 dias, obtendo resistência aproximada aos 28 dias do traço base da Figura 6, em relação ao consumo obteve 479,42 Kg/m³, sendo maior que o traço base da Figura 6. Na Figura 10 o traço rico obteve resistência a compressão de 33,13 em 3 dias, 41,85 em 7 dias e 50,99 em 28 dias, obtendo resistência a compressão aos 28 dias superior ao traço rico da Figura 6, obtendo consumo de cimento inferior ao traço rico da Figura 6, sendo de 480,04 Kg/m³. Para o traço Base da Figura 7 a resistência a compressão foi de 18,18 MPa em 3 dias, 24,19 MPa em 7 dias e 33,19 MPa em 28 dias, obtendo resistência inferior ao traço base da Figura 6, mas por apenas uma diferença de 4,47 MPa aos 28 dias, o consumo foi menor que o traço base de Figura 6 sendo de 357,15 Kg/m³. Na Figura 10 o traço Base obteve resistência a compressão de 22,80 MPa em 3 dias, 28,96 MPa em 7 dias e 37,39 MPa em 28 dias , obtendo resistência superior ao traço base da Figura 7 e resistência aproximada do traço base da Figura 6. O consumo foi inferior ao traço base da Figura 6 e da Figura 7 sendo de 354,07 Kg/m³. Para o traço Pobre da Figura 7 a resistência a compressão foi de 11,01 MPa em 3 dias, 14,33 MPa em 7 dias e 20,06 MPa em 28 dias, obtendo uma diferença de apenas 2,84 MPa em relação ao traço Pobre da Figura 6, obtendo um consumo de 275,60 Kg/m³ sendo inferior ao traço Pobre da Figura 6. Para o traço Pobre da Figura 10 a resistência a compressão foi de 15,83 MPa em 3 dias, 19,90 MPa em 7 dias e 28,41 MPa em 28 dias, obtendo resistência superior ao traço pobre da Figura 6 e resistência aproximada ao traço base da Figura 7 com diferença de 4,78 MPa, o consumo na Figura 10 foi de 273,58 Kg/m³ sendo inferior ao traço pobre e base da Figura 6. Para a Figura 8 aresistência a compressão do traço rico foi de 24,11 MPa em 3 dias, 31,72 MPa em 7 dias e 37,22 MPa em 28 dias, obtendo resistência aproximada do traço rico da Figura 7, com diferença de 1,75 MPa, para o consumo a obteve 480,66 40 Kg/m³ na Figura 8 sendo superior ao da Figura 7. Para a Figura 11 a resistência a compressão do traço rico foi de 26,49 MPa em 3 dias, 33,6 em 7 dias e 40,87 MPa em 28 dias, obtendo resistência superior aos 28 dias dos traços rico, base e pobre das Figuras 6, 7 e 8, exceto o traço rico da Figura 6 e obteve resistência aproximada ao traço pobre da Figura 9. O consumo da Figura 11 foi de 469,76 Kg/m³ sendo inferior aos traços ricos das Figuras 7 e 8, aos quais obteve maior resistência. Para o traço base da Figura 9 a resistência a compressão foi de 10,81 MPa em 3 dias, 17,64 MPa em 7 dias e 22,88 MPa em 28 dias, obtendo resistência aproximada ao traço pobre da Figura 6, enquanto ao consumo foi de 342,99 Kg/m³ sendo maior que o consumo do traço pobre da Figura 6. Para o traço base da Figura 11 a resistência a compressão foi de 15,53 MPa em 3 dias, 20,91 MPa em 7 dias e 26,78 MPa em 28 dias, obtendo resistência superior ao traço pobre da Figura 6, dos traços base e pobre das Figuras 7 e 8, o consumo foi de 340,45 MPa sendo inferior ao consumo dos traços bases da Figura 7 e 8. Para o traço pobre da Figura 9 a resistência a compressão foi de 7,95 MPa em 3 dias, 11,80 MPa em 7 dias e 13,87 MPa em 28 dias. Para o traço pobre da Figura 11 a resistência a compressão foi de 8,44 MPa em 3 dias, 12,18 em 7 dias e 17,98 MPa em 28 dias. Não obtendo resistência suficiente, tanto para o traço pobre da Figura 9 quanto para o da Figura 11, para elementos estruturais de acordo com a NBR – 6118:2014, que exige resistência a compressão mínima do concreto superior a 20 MPa. 41 4.3 Resistência a Tração por Compressão Diametral Tabela 8 – Resultados - Tração por Compressão Diametral TIPO TRAÇO FCTK TIPO TRAÇO FCTK CP II – Z (A1) Rico 4,15 CP V – ARI (B1) Rico 4,25 Base 3,37 Base 3,83 Pobre 2,42 Pobre 3,54 CP II - Z 5% (A2) Rico 3,45 CP V - ARI 5% (B2) Rico 4,13 Base 3,10 Base 3,35 Pobre 2,21 Pobre 2,79 CP II - Z 10% (A3) Rico 3,34 CP V - ARI 10% (B3) Rico 3,56 Base 2,42 Base 2,69 Pobre 1,73 Pobre 2,06 Fonte: Própria Pelos resultados obtidos na Tabela 8, obteve-se uma redução da resistência do concreto ao substituir parcialmente a areia por resíduo de PET, no concreto B2 e B3, o traço rico a redução foi de 0,86 MPa ao adicionar 5% de resíduo de PET, para 10% de resíduo de PET a redução foi de 2,8 MPa, no traço base a redução da resistência ao adicionar 5% foi de 0,06 MPa, para 10% a redução foi de 1,54 MPa e para o traço pobre a redução da resistência ao adicionar 5% de resíduo de PET foi de 0,78 MPa e para 10% a redução foi de 1,71 MPa. Gráfico 1 - FCTK - CP V - ARI Fonte: Própria 6 ,3 4 5 ,1 0 3 ,9 9 5 ,4 8 5 ,0 4 3 ,2 1 3 ,5 4 3 ,5 0 2 ,2 8 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 R I C O B A S E P O B R E R I C O B A S E P O B R E R I C O B A S E P O B R E FCTK CP V ARI CP V ARI 5 % CP V ARI 10% 42 No concreto com cimento CP II – Z, o traço rico a redução ao adicionar o 5% de resíduo de PET foi de 1,09 MPa, para 10% de resíduo de PET 1,16 MPa, para o traço base a redução da resistência ao adicionar 5% foi de 0,85 MPa, para 10% a redução foi de 2,17 MPa e para o traço pobre a redução da resistência ao adicionar 5% de resíduo de PET foi de 0,37 MPa e para 10% a redução foi de 1,87 MPa. Gráfico 2 - FCTK - CP II - Z Fonte: Própria Em conformidade com Araújo (2001), utilizando equações para estimar a resistência a tração por compressão diametral do concreto, através dos resultados a compressão axial. Os resultados obtidos em laboratório foram superiores em todos os traços, podendo ser estimado através do cálculo para obtenção dos valores da tração do concreto, de acordo com o Gráfico 3. 6 ,0 5 5 ,1 5 3 ,9 4 4 ,9 6 4 ,3 0 3 ,5 7 4 ,8 9 2 ,9 8 2 ,0 7 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 R I C O B A S E P O B R E R I C O B A S E P O B R E R I C O B A S E P O B R E FCTK CP II Z CP II Z 5 % CP II Z 10% 43 Gráfico 3 - CÁLCULO ESTIMADO Fonte: Própria 0 1 2 3 4 5 6 R ic o B as e P o b re R ic o B as e P o b re R ic o B as e P o b re R ic o B as e P o b re R ic o B as e P o b re R ic o B as e P o b re CP II - Z CP II - Z 5% CP II - Z 10% CP V - ARI CP V - ARI 5% CP V - ARI 10% FCTK 44 5 CONCLUSÃO Nesse estudo foi avaliado o uso de resíduo de PET em concretos com cimento CP V – ARI e CP II – Z, utilizando agregados da região de Caruaru – PE, avaliando e comparando sua resistência a compressão, a tração por compressão diametral, trabalhabilidade e massa específica. Os ensaios de compressão axial apresentaram resistência satisfatória para os elementos estruturais em todos os traços, exceto para os traços pobres com 10% de resíduo com os dois tipos de cimento. Para a massa específica do concreto, todo traço com adição de resíduo de PET se mostrou inferior aos traços sem resíduo, diminuindo sua massa específica ao aumentar a proporção de resíduo de PET. Para a trabalhabilidade do concreto, em todos os traços, a relação água cimento aumentou ao acrescentar o resíduo de PET e também ao diminuir a proporção de cimento no traço. Para o ensaio de tração por compressão diametral, os traços de concreto do cimento CP II – Z e cimento CP V – ARI reduziram a resistência a tração ao acrescentar o resíduo de PET, obtendo uma diferença muito pequena entre os traços. Através dos resultados obtidos o concreto se mostrou capaz de ser utilizável para elementos estruturais tanto na característica de sua trabalhabilidade quanto na característica de sua resistência a compressão. O concreto com 5% apresentou ter viabilidade em todos os traços tanto para o concreto com cimento CP II – Z quanto para o cimento CP V – ARI. Os concretos com 10% de resíduo de PET obtiveram resistência insuficiente para o traço pobre nos dois tipos de cimento. Devido aos resultados satisfatórios, o concreto com 5% mostrou viabilidade quanto a resistência e a redução da massa específica para elementos pré moldados, diminuindo o peso desses obtendo vantagem no seu transporte. 45 REFERÊNCIAS ABIPET- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE EMBALAGENS PET, 2014 Disponível em: ˂http://www.abipet.org.br˃ Acesso em: 25 mar. 2017. ____ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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