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cap19 - Configurações de jumpers

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Capítulo 19 
Configurações e
jumpers
À medida em que os anos passam, jumpers e dip switches são cada vez
menos usados. Há poucos anos atrás era preciso configurar diversos jumpers
para instalar uma simples placa de expansão. Atualmente as placas de CPU
ainda utilizam alguns jumpers, bem como discos rígidos e drives de CD-
ROM. Muitas das opções de configurações de hardware existentes nas placas
de CPU, que antes eram programadas através de jumpers, hoje são definidas
no CMOS Setup. Não pense entretanto que um bom técnico pode passar
sem conhecer jumpers. Os conceitos técnicos envolvidos na configuração de
jumpers e dip switches são os mesmos utilizados em configurações do CMOS
Setup. 
*** 75%
***
Figura
19.1
Jumpers e dip
switches
Nem sempre as placas e drives vêm prontos para serem usados. Na maioria
das vezes é preciso configurar seus jumpers. Isto ocorre particularmente com
placas de CPU, discos rígidos e demais dispositivos IDE. Placas de expansão
modernas não utilizam jumpers (com raríssimas exceções), bastará encaixá-
las no slot, e estarão prontas para funcionar. Neste capítulo veremos como
19-2 Hardware Total
programar os jumpers que definem os clocks e a voltagem de operação dos
processadores, além de outros jumpers das placas de CPU. Veremos ainda
como configurar jumpers de dispositivos IDE e de diversos tipos de placas de
expansão. 
Formas de configurar um jumper
Antes de colocar em funcionamento uma placa de CPU, é preciso instalar o
processador e configurar seus jumpers. Esses jumpers definem várias opções
de funcionamento. Por exemplo:
 Clock interno do processador
 Clock externo do processador
 Voltagem do processador
 Tipo do processador
Note que na maioria dos casos, sobretudo com placas de CPU e
processdores modernos, a maioria dessas configurações é automática, não
sendo necessário programar jumpers, nem mesmo o CMOS Setup. Por
exemplo, processadores AMD K6-2, K6-III e modelos mais antigos,
necessitam que seja programada a sua voltagem de operação. Processadores
Pentium II e superiores, bem como o Athlon e o Duron, não precisam de
programação de voltagem. Eles indicam automaticamente para a placa de
CPU a voltagem necessária. A programação do clock interno pode ser feita
por jumpers em vários casos, mas a maioria dos processadores modernos
não permite que seja definida esta configuração. Dizemos que são
processadores “travados”. Isto evita que vendedores inescrupulosos instalem,
por exemplo, um Pentium III/800 e o coloquem para funcionar a 1000 MHz. 
Processadores diferentes exigem voltagens de operação diferentes,
configurações de jumpers diferentes, e clocks diferentes. Se um processador
for instalado com uma configuração de jumpers errada, podemos até mesmo
danificá-lo, na pior das hipóteses. Na melhor das hipóteses, o erro na
configuração pode não danificá-lo mas deixá-lo em funcionamento errático,
apresentando travamentos e outras anomalias.
O manual da placa de CPU sempre trará as instruções para a correta
configuração dos seus jumpers. Em certos casos, algumas das configurações
não são feitas por jumpers, mas por itens do CMOS Setup. Seja qual for o
caso, o manual da placa de CPU sempre trará as instruções apropriadas.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-3
Podemos encontrar nas placas de CPU, jumpers que se encaixam em um par
de pinos, e jumpers que se encaixam em dois pinos, escolhidos dentro de
um grupo de 3 ou mais pinos. Quando existem apenas dois pinos, temos
duas configurações possíveis:
ON ou CLOSED: quando o jumper está instalado
OFF ou OPEN: quando o jumper está removido
É comum encontrar jumpers com apenas um dos seus contatos encaixados.
Esta opção é eletricamente equivalente a OFF, pois quando apenas um dos
pinos está encaixado, não existe o contato elétrico. É usado desta forma
apenas para que o jumper não seja perdido.
Figura 19.2
Formas de configurar um jumper.
Quando temos grupos com 3 ou mais pinos, estes são numerados. As
instruções existentes nos manuais dizem para encaixarmos um jumper entre
1-2, 2-3, etc, de acordo com a finalidade. É comum também encontrar a
opção OPEN, ou seja, sem jumper.
Configurando a voltagem do processador
Todos os processadores modernos, com raríssimas exceções, operam com
duas voltagens: Interna e externa, também chamadas de CORE e I/O.
Voltagem interna: usada na maior parte dos circuitos, inclusive no núcleo
do processador.
Voltagem externa: usada nos circuitos que fazem comunicação com a
memória, chipset e com circuitos externos em geral. 
Por questões de compatibilidade, os processadores operam quase sempre
com a voltagem externa fixa em 3,3 volts. Internamente utilizam voltagens
menores, trazendo como principal benefício, a menor geração de calor. Um
dos primeiros processadores a utilizar este sistema foi o Pentium MMX,
operando externamente com 3,3 volts e internamente com 2,8 volts.
19-4 Hardware Total
Atualmente a maioria dos processadores novos opera com voltagem interna
inferior a 2 volts. 
Existem processadores nos quais a configuração de voltagem é automática.
Esses processadores informam à placa de CPU o valor da voltagem interna
que necessitam. O usuário não precisa se preocupar com esta configuração, e
normalmente nem existem nas suas placas de CPU, opções de configuração
dessas voltagens. A tabela abaixo mostra quais são os processadores que têm
configuração de voltagem manual e quais têm configuração automática. 
Processador Configuração de voltagem
Pentium 4 Automática
Pentium III Automática
Pentium II Automática
Celeron Automática
Athlon Automática
Duron Automática
K6-III Manual
K6-2 Manual
K6 Manual
Cyrix M III Manual
Cyrix M II Manual
Cyrix 6x86MX, 6x86 Manual
WinChip Manual
Pentium MMX Manual
Pentium Manual
Observe entretanto que o fato de usarmos um processador com configuração
automática, não quer dizer necessariamente que não precisamos nos
preocupar com jumpers. Existem placas de CPU que podem ser
configuradas para ignorar a programação automática de voltagem definida
pelo processador, e utilizar uma voltagem definida pelo usuário. Este
procedimento é usado quando usuários mais ousados obrigam o processador
a operar acima das suas especificações. Isto é uma espécie de
“envenenamento”, conhecido como overclock. Como todo tipo de
envenenamento, é arriscado e nem sempre funciona. Neste livro não
ensinaremos a fazer overclock, pois consideramos uma prática não
recomendável. Aqueles interessados no assunto podem encontrar
informações detalhadas em www.tomshardware.com.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-5
Figura 19.3
Exemplo de programação da voltagem
interna para o processador Athlon em
uma placa de CPU. Observe a opção CPU
DEFAULT, que é a recomendada. 
A figura 3 mostra um exemplo de configuração de voltagem interna do
processador Athlon, em uma placa de CPU Asus K7V. A opção
recomendada é a CPU Default, que resulta na voltagem correta, informada
pelo próprio processador. As outras opções são usadas pelos adeptos do
overclock, e permitem utilizar voltagens entre 1.3 volts e 2.0 volts. Antes de
instalar um processador devemos verificar se a placa de CPU possui
configuração de voltagem interna para o processador, e caso tenha, esta
configuração deve ser deixada na opção automática. 
Enquanto algumas placas de CPU oferecem a opção de descartar a
configuração automática de voltagem para os processadores que possuem
esta capacidade, todas as placas de CPU para processadores mais antigos
que não fazem configuração automática de voltagem apresentam jumpers ou
dip switches para esta configuração, queé obrigatória. No manual da placa
de CPU existirão instruções para esta programação. A figura 4 mostra o
exemplo de programação de voltagem interna do processador, em uma certa
placa de CPU com Socket 7. As placas para Socket 7 produzidas a partir de
1998 normalmente permitem escolher voltagens entre 2.0 volts e 3.5 volts, o
que garante a compatibilidade com maior número de processadores. Placas
de CPU mais antigas podem oferecer apenas duas ou três opções de
voltagem, compatíveis com os processadores da sua época, e as ainda mais
antigas podem operar com voltagem fixa. 
19-6 Hardware Total
Figura 19.4
Programação de voltagem interna do
processador em uma placa de CPU com
Socket 7.
Ao programar a voltagem interna de um processador que necessite deste tipo
de programação, podemos sempre consultar as especificações indicadas na
face superior deste processador. A figura 5 mostra como exemplo o
processador AMD K6, no qual está indicado que a voltagem interna é 3.2
volts (CORE).
Figura 19.5
Informações de configuração indicadas na
face superior de um processador.
A maioria dos processadores possui esta indicação. Nos raros casos em que
não possui, é possível descobrir esta informação por outros métodos.
Considere por exemplo um processador AMD K6-2/550 AGR. Através do
seu manual podemos entender o significado das letras “AGR” usadas como
sufixo. A figura 6 foi extraída do manual do K6-2, e nela vemos que a letra
“G” indica que a voltagem do núcleo deve ser de 2,3 volts (a média da faixa
2,2V-2,4V). 
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-7
Figura 19.6
Nos manuais dos fabricantes existem
indicações de voltagem, baseadas no
sufixo do processador.
Em certos processadores antigos, descobrir a voltagem correta pode ser
difícil pelo fato de não existirem indicações. Um exemplo é o Pentium P54C
(modelos anteriores ao Pentium MMX). Este processador era produzido em
duas versões: STD e VRE. A versão VRE era programada com 3,4 volts, e a
versão STD com 3,3 volts. É possível descobrir a versão através da
numeração do chip, como mostra a figura 7. Basta verificar a letra existente
após a “/”. Se for “S”, trata-se de uma versão STD, e se for “V”, trata-se de
uma versão VRE. Em caso de dúvida, para ambos os casos pode ser usada a
tensão de 3,4 volts, já que atende aos requisitos da versão VRE, e também
da versão STD, que funciona com voltagens entre 3,1 e 3.6 volts. 
*** 35% ***
Figura 19.7
Identificando o Pentium P54C.
Configurando o clock
externo do processador
Cada processador foi projetado para operar com um determinado clock
externo. Em praticamente todas as placas de CPU, este clock não é
configurado automaticamente. Cabe ao montador do PC fazer esta
programação. Isto é válido tanto nas placas de CPU antigas para Pentium e
19-8 Hardware Total
Pentium MMX, como nas placas para processadores mais modernos como
Pentium III, Pentium 4 e Athlon. A figura 8 mostra a programação do clock
externo em uma placa de CPU para Pentium 4. Através de dip switches
podem ser escolhidos valores entre 100 e 133 MHz. O valor correto para este
processador é 100 MHz, mas os adeptos do overclock podem utilizar valores
mais elevados. Note que não existe configuração default ou automática para
este clock. Sempre será preciso indicá-lo corretamente. 
Figura 19.8
Programação de clock externo em uma
placa de CPU para Pentium 4.
Quanto ao Pentium 4, você encontrará muitas informações sobre o seu
“clock de 400 MHz”. Na verdade é utilizado um clock externo de 100 MHz,
e são feitas 4 transferências a cada clock, o que dá um resultado similar ao
de um clock de 400 MHz. Entretanto para efeito de programação de clock
externo da placa de CPU, o valor que vigora é mesmo 100 MHz. 
Todas as placas de CPU possuem configurações de clock externo. A figura 9
mostra o exemplo de outra placa de CPU, a K7V, para processadores
Athlon. Note que são oferecidas as opções de 100 MHz (o normal para este
processador), e ainda os valores de 103, 105 e 110 MHz. 
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-9
Figura 19.9
Programação de clock externo em uma
placa de CPU para Athlon.
Da mesma forma como os “400 MHz” do Pentium 4, você encontrará
indicações sobre um clock de 200 ou 266 MHz do Athlon e do Duron. Na
verdade os clocks utilizados são 100 e 133 MHz, respectivamente. Como são
feitas duas transferências a cada clock, tudo se passa como se fossem mesmo
clocks de 200 e 266 MHz, mas para efeito de programação dos clocks
externos das suas placas de CPU, os valores que vigoram são 100 e 133
MHz, respectivamente. Note ainda que não estamos afirmando que o Duron
usa 100 MHz e o Athlon usa 133 MHz. Ambos os processadores são
produzidos com clocks de 100 MHz. As versões mais novas do Athlon
operam com 133 MHz externos (266 MHz com DDR). Novas versões do
Duron também utilizarão os 133 MHz externos. 
A figura 10 mostra um outro exemplo de programação de clock externo, o
da placa P3V4X. Dependendo do processador instalado, clocks diferentes
devem ser usados. Para os processadores Celeron o clock externo é de 66
MHz. Para processadores Pentium III são usados 100 MHz ou 133 MHz,
dependendo da versão. Note que além desses valores, são oferecidas várias
opções para overclock. Com 68, 75, 80 e 83 MHz é feito overclock no
Celeron. Com 103, 105, 110, 112, 115, 120 e 124 MHz é feito overclock nos
processadores Pentium III que operam externamente com 100 MHz. Com
140 e 150 MHz é feito overclock nas versões do Pentium III que exigem 133
MHz.
19-10 Hardware Total
Figura 19.10
Configuração de clock externo em uma
placa para Pentium II / Pentium III /
Celeron.
Note nas figuras 8, 9 e 10 que quando programamos o clock externo do
processador, estamos também programando o clock da memória DRAM e o
clock do barramento PCI. O clock PCI padrão é de 33 MHz, desde que o
processador esteja operando com seu clock correto. Quando é usado
overclock, o clock PCI aumenta proporcionalmente. Também o clock da
DRAM é vinculado ao clock externo do processador, tanto é que nas figuras
anteriores temos indicações de clock para “CPU/DRAM”. Existem entretanto
placas de CPU com chipsets que permitem utilizar clocks diferentes para o
processador e para a DRAM. O processador pode usar clock externo de 100
MHz e a DRAM operar com 133 MHz, por exemplo. A figura 11 mostra um
exemplo de configuração de clock externo em uma placa de CPU com
Socket 7, na qual vemos que é permitida a operação da memória de forma
assíncrona, ou seja, usando um clock diferente do usado pelo processador. 
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-11
Figura 19.11
Configurando o clock externo em uma
placa de CPU com Socket 7.
Note que nem todas as placas são tão flexíveis no que diz respeito à
programação do clock externo. Placas de CPU mais antigas podem suportar
no máximo 100 MHz. Placas ainda mais antigas podem chegar até 66 MHz
apenas. Lembramos que os barramentos dos processadores só evoluíram de
66 para 100 MHz no início de 1998, um avanço relativamente recente. 
Configurando o clock interno do processador
Esta é uma configuração que nem sempre está disponível, sobretudo quando
são usados processadores modernos. O clock interno é formado pela
composição entre o clock externo e um multiplicador. Por exemplo, com
clock externo de 100 MHz e multiplicador 5x, chegamos ao clock interno de
500 MHz. Nos processadores antigos, o multiplicador era sempre definido
através de jumpers ou dip switches. Em alguns casos o multiplicador era
escolhido pelo CMOS Setup. O correto é escolher o multiplicador de acordo
com o clock do processador. Por exemplo, em um K6-2/450, o correto é usar
o clock externode 100 MHz e o multiplicador 4,5x. Se fosse usado o
multiplicador 4x, este processador iria operar a 400 MHz. Se fosse usado 5x,
ele iria operar a 500 MHz. O uso de um clock mais baixo sempre funciona,
mas não é de interesse. Para que fazer o processador ficar mais lento?
Raramente isso é necessário. Já a operação com clock mais elevado nem
sempre funciona. Para falar a verdade, normalmente não funciona. É uma
19-12 Hardware Total
questão de sorte. Quando funciona, o processador perde confiabilidade,
esquenta demais e pode ter sua vida útil extremamente reduzida. 
Infelizmente muitos vendedores desonestos passaram a fazer overclock nos
processadores dos PCs que vendiam. Pior ainda, muitos distribuidores
passaram a falsificar os processadores através de remarcação. Um
processador podia ter indicado o clock de 233 MHz, que era apagado e
substituído por 266 ou 300. A Intel foi o primeiro fabricante a “travar” seus
processadores. Eles passaram a utilizar um multiplicador fixo e correto,
ignorando a programação feita pela placa de CPU. Um processador Pentium
III/500, por exemplo, deve ser programado com 100 MHz externos. Seu
multiplicador é fixo em 5x, e mesmo que a placa de CPU seja programada
para usar outros valores, serão ignorados e substituídos por 5x. 
Dizemos que um processador é “travado” quando utiliza sua própria
configuração de multiplicador, ignorando a configuração da placa de CPU.
Dizemos que o processador é “destravado” quando aceita configurações de
multiplicador pela placa de CPU, através de jumpers ou do CMOS Setup.
Os processadores “destravados” são:
 AMD K6, K6-2, K6-III
 Cyrix M II, 6x86, 6x86MX
 WinChip
 Pentium, Pentium MMX
 Primeiras versões do Pentium II
Os processadores “travados” são:
 Pentium II, Pentium III, Pentium 4
 Celeron
 Athlon e Duron
OBS: Existem algumas versões do Athlon e do Duron que são destravadas. Existem ainda
métodos para destravar processadores, mas deixamos isso para os sites e publicações que
incentivam o overclock. 
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-13
Figura 19.12
Programação de multiplicadores.
A figura 12 mostra um exemplo de programação de multiplicadores,
extraído do manual de uma placa de CPU. Trata-se de uma placa para
Socket 7, cujos processadores aceitam todos a programação manual do
multiplicador. Podemos observar que existem configurações para:
1.5x / 2x / 2,5x / 3x / 4,5x / 5x / 5,5x
Devemos sempre programar o multiplicador de acordo com o processador a
ser instalado. Por exemplo, para um K6-2/550, usamos o multiplicador 5,5x,
bem como o clock externo de 100 MHz. 
Figura 19.13
Programação de multiplicadores em uma
placa de CPU para Athlon.
Mesmo quando uma placa de CPU é específica para processadores
“travados”, sempre estarão disponíveis as configurações para definir o
multiplicador, mesmo que o processador as ignore. A figura 13 mostra as
configurações em uma placa de CPU para processadores Athlon e Duron.
Esses processadores operam com clocks externo de 100 MHz. Seus “200
MHz” são obtidos pelo uso das duas transições de cada período de clock
19-14 Hardware Total
(Double Data Rate). Portanto a forma correta de programar um Athlon/900,
por exemplo, é usar o clock externo de 100 MHz e o multiplicador 9x. 
Versões mais novas do Athlon e do Duron usam o “clock externo de 266
MHz”. Na verdade este clock deve ser programado na placa de CPU como
133 MHz. Os multiplicadores atuam sobre este valor para obter o clock
interno. 
Outros jumpers de placas de CPU
Além dos jumpers que definem a voltagem de operação e os clocks, existem
outros menos importantes, mas que também precisam ser revisados.
Jumper para descarga do CMOS
Todas as placas de CPU possuem um jumper que é usado para habilitar o
fornecimento de corrente da bateria para o chip CMOS. Muitas vezes, para
não gastar a bateria enquanto a placa ainda está sendo vendida, os
fabricantes deixam este jumper desabilitado. Antes de montar o seu PC,
verifique qual é este jumper, e programe-o na opção Normal, para que o
chip CMOS receba corrente da bateria. A figura 14 mostra um exemplo
desta configuração.
*** 35% ***
Figura 19.14
Jumper para descarga do CMOS.
Flash BIOS
As placas de CPU modernas possuem seu BIOS armazenado em um tipo
especial de ROM, chamado Flash ROM. Sua principal característica é que,
ao contrário das ROMs comuns, podem ser reprogramadas pelo usuário,
utilizando softwares apropriados, fornecidos pelo fabricante da placa de
CPU. Este recurso é usado para permitir atualizações do BIOS, que muitos
fabricantes de placas de CPU oferecem através da Internet. Existem Flash
ROMs com voltagens de programação de 5 volts, e outras mais antigas, com
voltagens de programação de 12 volts. Modelos mais novos nem necessitam
de voltagens especiais: são programadas apenas com um comando de
gravação, habilitado pelo chipset. Não altere este jumper, deixe-o como veio
de fábrica. Ele não deve ser programado pelo usuário, e sim pelo fabricante.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-15
É o fabricante quem escolhe qual tipo de Flash ROM será instalada (5 volts
ou 12 volts), e programa este jumper de acordo. A figura 15 mostra um
exemplo desta programação.
*** 35% ***
Figura 19.15
Programando a voltagem de programação da Flash ROM.
Voltagem da SDRAM
A maioria das memórias SDRAM opera com tensão de 3,3 volts, mas
existem alguns modelos antigos de 5 volts. A maioria das placas de CPU
aceita apenas SDRAMs de 3,3 volts, mas existem algumas que possuem
jumpers através dos quais podemos selecionar entre as duas tensões
possíveis. A figura 16 mostra um exemplo desta programação.
Figura 19.16
Exemplo de programação da voltagem
de operação da SDRAM.
A figura 17 mostra um típico módulo SDRAM com encapsulamento
DIMM/168. O chanfro indicado com uma seta serve para impedir que um
módulo seja encaixado em um soquete com voltagem errada. Quando o
chanfro está centralizado, trata-se de um módulo de 3,3 volts. Módulos de 5
volts possuem o chanfro deslocado para a esquerda. Pelo menos você não
precisa ficar preocupado em danificar um módulo, ou ter problemas de mau
funcionamento devido ao encaixe do módulo errado. Este sistema de
chanfros garante que apenas o módulo apropriado pode ser encaixado.
Figura 19.17
Módulo SDRAM DIMM/168 e seu
chanfro indicador de voltagem.
Tipo e voltagem da DDR SDRAM
Também as memórias DDR SDRAM podem ser encontradas em versões
diferentes. Quanto às voltagens, a maioria delas é de 2,5 volts, mas existe a
19-16 Hardware Total
previsão do lançamento de novos módulos de 1.8 volts. Esses módulos
utilizam soquetes diferentes, assim como ocorre com a SDRAM. Da mesma
forma, encontramos dois tipos de módulos: Unbuffered DDR (os mais
comuns) e Registered DDR. Placas de CPU que suportam DDR em geral
possuem um jumper para a indicação do tipo de módulo DDR, como mostra
a figura 18. 
Figura 19.18
Indicando o tipo de DDR SDRAM.
A figura 19 mostra a diferença entre os dois tipos de módulos DDR. A
versão registered possui além dos chips de memória, um grupo de chips
(registradores) próximos ao conector. A figura mostra também a posição do
chanfro em função da voltagem do módulo. 
Figura 19.19
Identificando o tipo de módulo DDR.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-17
A maioria dos jumpers mostrados até aqui dizem respeito às placas de CPU
de fabricação mais recente. Mais adiante neste capítulo voltaremos ao
assunto, mostrando inclusive jumpers de placas de CPU mais antigas. 
Jumpers de dispositivos IDE
Se você vai instalar umdisco rígido IDE, novinho em folha, como o único
dispositivo da interface IDE primária, então não precisa se preocupar com a
sua configuração de jumpers. A configuração de fábrica é adequada para
este tipo de instalação (Master, sem Slave). Já o mesmo não pode ser dito
quando você pretende instalar dois discos rígidos, ou então quando pretende
instalar outros dispositivos IDE, como drives de CD-ROM, drives LS-120 ou
ZIP Drive IDE. Nem sempre a configuração com a qual esses dispositivos
saem da fábrica é adequada à instalação direta, sem que o usuário precise
revisar os seus jumpers. Vamos então apresentar os jumpers dos dispositivos
IDE, e como devem ser programados para cada modo de instalação.
Um disco rígido IDE pode ter seus jumpers configurados de 3 formas:
Master Esta é a configuração com a qual os discos rígidos saem da fábrica.
O drive está preparado para operar como Master (ou seja, o
primeiro dispositivo de uma interface), sem Slave (ou seja, sem
estar acompanhado de um segundo dispositivo na mesma
interface). A princípio, o disco IDE ligado como Master na
interface IDE primária será acessado pelo sistema operacional
como drive C.
Slave O disco rígido é o Slave, ou seja, o segundo dispositivo IDE ligado
a uma interface. A princípio, um dispositivo IDE ligado como
Slave da interface IDE secundária, será acessado pelo sistema
operacional como drive D.
Drive is Master,
Slave Present
Nesta configuração, o disco rígido é o Master, ou seja, o primeiro
dispositivo de uma interface IDE, porém, existe um segundo
dispositivo IDE ligado na mesma interface. Como vemos, não basta
indicar para um disco rígido que ele opera como Master, é preciso
também avisar, através dos seus jumpers, que existe um Slave
ligado na mesma interface. A princípio, quando existem dois
dispositivos IDE ligados na interface IDE primária, o Master será
acessado pelo sistema operacional como drive C, e o Slave como
drive D.
Note que quando fizemos referência às letras recebidas pelos drives,
tomamos cuidado de dizer “a princípio”. A razão disso é que essas letras
podem mudar, através de configurações de software. Por exemplo, um drive
19-18 Hardware Total
de CD-ROM pode ter sua letra alterada para qualquer outra, ao gosto do
usuário. 
As configurações de outros dispositivos IDE (drive de CD-ROM, LS-120, ZIP
Drive IDE, etc) são parecidas, exceto pelo fato de não utilizarem a
configuração Slave Present. Portanto, as configurações válidas para esses
dispositivos são as seguintes:
Master Usada quando o drive é o primeiro dispositivo ligado a uma interface IDE.
No caso desses drives, não importa se existe ou não um segundo dispositivo
ligado na mesma interface. A configuração do Master será a mesma, com
ou sem Slave.
Slave Usada quando o drive é o segundo dispositivo ligado em uma interface
IDE.
Vejamos alguns exemplos de conexões de discos rígidos e dispositivos IDE e
suas respectivas configurações.
Exemplo 1
Suponha que existe um disco rígido ligado na interface IDE primária, e um
drive de CD-ROM ligado na interface IDE secundária. Os jumpers devem
ser configurados da seguinte forma:
Conexão Dispositivo Configuração
Primary Master Disco rígido One drive Only
Primary Slave - -
Secondary Master Drive de CD-ROM Master
Secondary Slave - -
Exemplo 2
Suponha agora dois discos rígidos IDE ligados na interface IDE primária, e
na secundária, um drive de CD-ROM IDE ligado como Master, e um ZIP
Drive IDE ligado como Slave. Os jumpers devem ser configurados da
seguinte forma:
Conexão Dispositivo Configuração
Primary Master Disco rígido Drive is Master,
Slave Present
Primary Slave Disco rígido Drive is Slave
Secondary Master Drive de CD-ROM Master
Secondary Slave ZIP Drive Slave
Exemplo 3
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-19
Nesta configuração, façamos a ligação de um disco rígido IDE e um drive de
CD-ROM ligados na interface IDE primária, e um segundo disco rígido IDE
ligado na interface secundária.
Conexão Dispositivo Configuração
Primary Master Disco rígido Drive is Master,
Slave Present
Primary Slave Drive de CD-ROM Slave
Secondary Master Disco rígido One drive Only
Secondary Slave -
Certas configurações devem ser evitadas, apesar de funcionarem. Por
exemplo, devemos evitar ligar um drive de CD-ROM ou outros dispositivos,
na mesma interface onde está o disco rígido. Este tipo de ligação pode
resultar na redução do desempenho do disco rígido. Se você vai ligar outros
dispositivos IDE além de discos rígidos, é melhor deixar a interface IDE
primária para discos rígidos, e a interface IDE secundária para os outros
dispositivos. 
Também não é recomendado ligar um disco rígido IDE como Slave, em
uma interface na qual o Master não é um disco rígido. Por exemplo, um
drive de CD-ROM como Master e um disco rígido como Slave. Este tipo de
configuração muitas vezes não funciona, e deve ser evitada.
Agora que você já sabe como os discos rígidos e dispositivos IDE devem ser
instalados, resta saber como configurar os seus jumpers. Todos os discos
rígidos possuem jumpers através dos quais pode ser escolhida uma entre as
três configurações possíveis (Master sem Slave, Slave e Master com Slave).
No manual do disco rígido você sempre encontrará as instruções para
configurar esses jumpers. 
19-20 Hardware Total
Figura 19.20
Jumpers de um disco rígido.
A figura 21 mostra um exemplo de tabela de configurações de jumpers, da
forma como é encontrada nos manuais dos discos rígidos. Considere esta
figura apenas como exemplo, pois discos rígidos diferentes normalmente
utilizam tabelas de configurações diferentes. Tome como base as instruções
de instalação existentes no manual do seu próprio disco rígido.
*** 75%
***
Figura
19.21
Tabela de
configurações de
jumpers para um
disco rígido.
No exemplo da figura 21, vemos que a configuração (1) é a que chamamos
de “Drive is Master” ou “One drive Only”. Na figura, esta configuração é
chamada de Single (sozinho). Se o drive está sozinho, significa que é Master,
e que não existe Slave instalado.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-21
A configuração (2), indicada na figura como Dual Master, é o que chamamos
aqui de “Drive is Master, Slave Present”. Se a configuração é Dual, significa
que existem Master e Slave instalados, portanto, podemos dizer que existe
um Slave presente.
A configuração (3), indicada como Dual Slave, é o que chamamos de “Drive
is Slave”. Obviamente, só configuramos drives como Slave quando existem
dois dispositivos instalados na mesma interface.
A tabela da figura 21 mostra ainda uma quarta opção, que é a Cable Select.
Esta configuração raramente é usada, e necessita de um cabo flat IDE
especial. Com esta opção, não é preciso alterar jumpers do disco rígido para
fazer a sua instalação. Basta ligá-lo na extremidade do cabo, e será
automaticamente reconhecido como Master, ou ligá-lo no conector do meio
do cabo, para que seja automaticamente reconhecido como Slave. Apesar de
praticamente não ser usada, é bom que você saiba da existência desta
configuração. Os fabricantes de discos rígidos estão propondo a sua adoção
como padrão. Desta forma, o disco rígido teria uma instalação Plug and Play,
ou seja, sem a necessidade de configurar jumpers. 
Observe que nem sempre é preciso indicar para um disco rígido se existe
um Slave presente. Alguns modelos utilizam a mesma configuração para o
Master, não importando se está sozinho ou acompanhado de um Slave. A
figura 22 mostra a configuração de jumpers de um disco rígido que tem esta
característica. Observe que a configuração para Master está descrita como
“Master Drive in dual drive system or Only Drive,in single drive system”.
*** 35% ***
Figura 19.22
Outro exemplo de tabela de configuração de jumpers de um
disco rígido.
19-22 Hardware Total
Na maioria dos discos rígidos, você encontrará instruções para configurar os
jumpers nas 4 modalidades:
 Drive is Master, no Slave
 Drive is Slave
 Drive is Master, Slave Present
 Cable Selected
Entretanto, é possível que você se depare com algum disco rígido com um
manual dotado de instruções menos claras. Essas instruções abreviadas
dizem respeito a dois jumpers que devem ser usados para configurar o disco:
MS (Master/Slave): Indica se o disco irá operar como Master ou Slave
SP (Slave Present): Indica ao Master se existe um Slave instalado
Você encontrará modelos em que o jumper MS encaixado faz o drive operar
como Master, e desencaixado faz o drive operar como Slave. Pode encontrar
ainda drives que fazem o inverso, ou seja, o jumper MS encaixado deixa o
drive operar como Slave, e desencaixado operar como Master. Da mesma
forma, o jumper SP poderá indicar que existe Slave, mas em certos, modelos,
este jumper pode precisar ser desencaixado para indicar que existe Slave. De
um modo geral, o jumper MS poderá estar na posição Master (que poderá
ser encaixada ou desencaixada) ou Slave. O jumper SP poderá também estar
na posição Present ou Absent (ou seja, sem slave). As configurações desses
jumpers serão então as seguintes:
Configuração Jumper MS Jumper SP
Master sem Slave Master Absent
Master com Slave Master Present
Slave Slave Absent
Se o manual do seu disco rígido for mal explicado e simplesmente mostrar
quais são os jumpers MS e SP, sem explicitar quais configurações devem ser
usadas para cada caso, tome como referência a tabela acima. Não esqueça
que a configuração de fábrica é Master sem Slave. Observe ainda que no
Slave, não faz sentido usar o jumper Slave Present, pois só é levado em conta
pelo Master. A tabela recomenda usar neste caso, a opção Absent, mas
Present também deverá funcionar.
Jumpers em drives de CD-ROM
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-23
A figura 23 mostra os jumpers de um drive de CD-ROM IDE. Observe que
não existe o jumper Slave Present, apenas jumpers que o definem como
Master ou Slave. Existe também a opção Cable Select, comum em vários
dispositivos IDE, mas ainda pouco usada. Muitos drives de CD-ROM são
configurados como Slave na fábrica, e portanto não funcionam ao serem
instalados sozinhos, sem um Master. É preciso fazer uma revisão nos seus
jumpers, programando-os corretamente. 
Figura 19.23
Jumpers de um drive de CD-ROM IDE.
A figura 24 mostra as configurações de jumpers de um drive LS-120. Assim
como ocorre em qualquer dispositivo IDE, temos as configurações Master,
Slave e Cable Select. 
Figura 19.24
Jumpers de um drive LS-120.
Na figura 25 vemos os jumpers para um ZIP Drive IDE. Observe que a
configuração de fábrica é Slave. Por isso, nem sempre podemos instalar
diretamente um dispositivo IDE sem revisar os seus jumpers. A configuração
de fábrica não funcionaria se este drive fosse instalado como Master. Assim
como ocorre com todos os dispositivos IDE, as configurações possíveis são
Master, Slave e Cable Select.
19-24 Hardware Total
Figura 19.25
Jumpers de um ZIP Drive IDE.
Todos os dispositivos IDE, até os menos populares, possuem jumpers para
selecionamento Master/Slave. A figura 26 mostra as configurações de uma
unidade de fita IDE, modelo DI30 (30 GB), fabricada pela Onstream.
Figura 19.26
Jumpers de uma unidade de fita Onstream
DI30.
Gravadores de CDs, drives de DVD, discos rígidos, drives de CD-ROM,
unidades de discos removíveis, enfim, diversos tipos de dispositivos IDE, são
todos configurados da mesma forma. Todos possuem jumpers Master/Slave,
e cada interface IDE pode controlar um (Master) ou dois (Master e Slave)
desses dispositivos.
Outros jumpers de placas de CPU
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-25
Placas de expansão modernas normalmente não possuem jumpers, com
raríssimas exceções. Uma dessas poucas exceções é a placa Sound Blaster
PCI 128. Esta placa possui duas saídas sonoras, e cada uma permite ligar um
par de caixas de som. A placa possui dois jumpers através do qual podemos
escolher se essas saídas irão operar com baixa potência (Line OUT) ou alta
potência (Speaker Out). Usando a opção de baixa potência, podemos ligar
as saídas sonoras em um amplificador, ou então em caixas de som com
amplificação própria. Usando a opção de alta potência, podemos ligar essas
saídas diretamente em caixas de som passivas, ou seja, sem amplificação. Isto
irá ligar os amplificadores de potência existentes na placa. Várias outras
placas de expansão também podem apresentar alguns jumpers, mas sua
configuração é normalmente muito fácil. 
Se em placas de expansão modernas é difícil encontrar jumpers, em placas
de CPU é bastante comum encontrar vários outros tipos de jumpers além
dos já descritos neste capítulo. Sobre toda esta miscelânea de jumpers
diferentes que podem ser encontrados nas centenas ou milhares de modelos
de placas de CPU, saiba o seguinte:
1) Normalmente a configuração de fábrica é a indicada
2) Antes de alterar um jumper, leia atentamente o manual
Seria muito difícil detalhar todos os jumpers de todas as placas de CPU. Por
maior que seja a sua experiência, você sempre encontrará novidades. Para
ilustrar e facilitar o seu trabalho, vamos apresentar alguns exemplos de
jumpers encontrados em algumas placas de CPU.
Keyboard power on
Muitos teclados possuem uma tecla Power, que pode ser usada para ligar ou
desligar o computador. Quando esta tecla está presente, ela pode desligar o
computador, mas não funcionará para ligá-lo. Se o computador estiver
totalmente desligado, o teclado não poderá enviar à placa de CPU o código
da tecla, e não poderá comandar a função Power on. Várias placas de CPU
possuem entretanto um jumper que pode ser usado para manter o teclado
ligado, mesmo com o computador desligado, fazendo com que a sua tecla
Power possa ser usada para ligar o computador. 
19-26 Hardware Total
*** 35% ***
Figura 19.27
Exemplo de jumper para habilitar a tecla Power do teclado.
BIOS write protect
Todas as placas de CPU modernas podem ter seu BIOS reprogramado, o
que é muito útil para atualizações. Existem entretanto vírus de computador
que acessam as funções de gravação do BIOS e apagam todo o seu
conteúdo. Milhares de computadores já foram atacados por este tipo de
vírus. Felizmente vários fabricantes de placas de CPU adicionaram jumpers
para habilitar e desabilitar a gravação do BIOS. Quando retiramos o jumper,
o comando de gravação não chega à Flash ROM, ficando assim protegida.
Devemos instalar este jumper apenas quando fizermos a atualização do
BIOS. 
*** 35% ***
Figura 19.28
Habilitando e desabilitando a gravação do BIOS.
Internal buzzer
Todas as placas de CPU possuem uma conexão (PC Speaker) para o alto
falante existente no gabinete. Muitas placas entretanto possuem um pequeno
alto falante (buzzer) que substitui o existente no gabinete. Essas placas
podem ter um jumper para habilitar ou desabilitar este alto falante. 
*** 35% ***
Figura 19.29
Habilitando o alto falante da placa de CPU.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-27
AC ’97 Enable/Disable
Muitas placas de CPU possuem circuitos de áudio integrados, dispensando o
uso de uma placa de som. Normalmente essas placas permitem desabilitar os
seus circuitos de áudio, permitindo a instalação de uma placa de som avulsa.
*** 35% ***
Figura 19.30
Habilitando e desabilitando os circuitos de áudio onboard.
CPU Voltage Setting
Algumas placas de CPU possuem jumpers ou chaves adicionais para
aumentar a voltagem parao núcleo do processador, e para aumentar a
voltagem de funcionamento do chipset, memórias e barramentos. O
aumento de voltagem é usado quando é feito overclock. Deixe esses jumpers
ou chaves nas suas opções default. Os leitores que querem arriscar o uso do
overclock, ensinado em www.tomshardware.com, verão que uma das
providências a serem tomadas é o aumento das voltagens. Isto significa, por
exemplo, usar 3,4 volts onde deveria ser 3,3 volts. Algumas placas de CPU
permitem adicionar 0,1 ou 0,2 volts às tensões normais, como no exemplo da
figura 31. Outras placas possuem opções de 3,3 volts, 3,4 volts e 3,5 volts
para a voltagem externa, enquanto a interna deve ser aumentada
manualmente. 
Figura 19.31
CPU Voltage Setting, usado para
overclock.
Vídeo onboard
19-28 Hardware Total
Existem placas nas quais o vídeo onboard nunca pode ser desabilitado.
Existem outras nas quais ele é desabilitado automaticamente quando uma
placa de vídeo é instalada. Existem outras onde, ao ser instalada uma placa
de vídeo, podemos selecionar através do CMOS Setup, qual dos dois
“vídeos” é o primário e qual é o secundário. Finalmente, encontramos placas
onde o vídeo onboard pode ser totalmente desatilitado, através de um
jumper (figura 32) ou do CMOS Setup.
Figura 19.32
Habilitando e desabilitando o vídeo
onboard.
VGA frame buffer
A maioria das placas de CPU com vídeo onboard utiliza parte da memória
principal como memória de vídeo. É a chamada memória de vídeo
compartilhada. Uma parte da memória DRAM que seria destinada ao
processador é utilizada como memória de vídeo. Algumas dessas placas de
CPU podem opcionalmente utilizar chips de memória independentes para
formar a memória de vídeo. Essas placas possuem um jumper para indicar se
a memória de vídeo é independente ou compartilhada. 
Figura 19.33
Indicando a memória de vídeo
compartilhada.
Freqüência do barramento AGP
Sem utilizar overclock, o barramento AGP deve operar com 66 MHz. Os
modos AGP 2x, AGP 4x e AGP 8x utilizam, respectivamente, 2 4 e 8
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-29
transferências a cada clock, mas a freqüência é sempre 66 MHz. Muitas
placas de CPU ajustam automaticamente a freqüência do barramento AGP
para 66 MHz, outras precisam que isto seja ajustado manualmente. Existem
placas nas quais este ajuste é feito através de uma fração do clock do
barramento externo do processador. Para barramentos de 66 MHz, a relação
é de 1:1. Para barramentos de 100 MHz, a relação é de 2:3, e para
barramentos de 133 MHz, a relação é de 1:2. 
Figura 19.34
Indicando a freqüência do barramento
AGP.
Modo de segurança
Algumas placas de CPU possuem um jumper chamado safe mode (modo de
segurança). Quando o processador é destravado, ou seja, aceita programação
do clock interno, uma programação indevida dos multiplicadores através do
CMOS Septup pode impedir o computador de funcionar, e desta forma nem
mesmo o CMOS Setup pode ser utilizado. Ao ativarmos o modo de
segurança, o processador irá operar com um clock baixo, e desta forma
podemos ter acesso ao CMOS Setup para corrigir a programação errada.
Feita a correção, desativamos o modo de segurança para que o computador
volte a funcionar com a velocidade correta. 
19-30 Hardware Total
Figura 19.35
Modo de segurança.
Não esqueça do CMOS Setup
Muitos dos tópicos apresentados neste capítulo dizem respeito a jumpers e
chaves de configuração, mas lembre-se que a maioria das configurações de
hardware também podem ser definidas pelo CMOS Setup. Ao montar um
computador, utilize sempre a configuração default para o CMOS Setup.
Sempre existirá um comando para o carregamento dessas opções default.
Posteriormente os itens do CMOS Setup podem ser revisados para obter
mais eficiência, segurança e desempenho. 
Iremos a seguir apresentar mais exemplos de jumpers, abordando
principalmente as placas mais antigas, o que é importante para quem
trabalha com manutenção.
Jumpers para técnicos de manutenção
Até agora mostramos neste capítulo, configurações de jumpers de placas de
CPU de fabricação recente. Um técnico de manutenção precisa entretanto
estar apto a lidar com equipamentos antigos. Uma placa de CPU Pentium II,
de 1998, é um exemplo. Uma placa de Pentium de 1996, ou uma placa de
486 de 1994 são outros exemplos. Vamos então apresentar novamente o
assunto, porém com enfoque concentrado nos modelos mais antigos. 
Configurações do Pentium II
As versões antigas do Pentium II tinham algumas características que o
diferenciam de modelos mais novos. Além de operar com clock externo de
66 MHz, não tinha seus multiplicadores travados, portanto era necessário
configurar na placa de CPU, os jumpers que definiam o multiplicador, e em
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-31
conseqüêcia, o clock interno. Esta característica era encontrada nos modelos
até 333 MHz. 
Clocks do Pentium II
Estamos portanto falando dos processadores Pentium II com clock interno de
233, 266, 300, e 333 MHz. O clock externo usado nesses casos é de 66 MHz.
Posteriormente foram lançadas versões do Pentium II que operam com este
clock externo, e também operam com clocks internos de 350, 400 e 450
MHz, entretanto essas versões usavam os multiplicadores “travados”. 
As placas de CPU Pentium II equipadas com os chipsets i440FX e i440LX
suportam o clock externo de 66 MHz, apesar de normalmente poderem ser
configuradas para outros valores diferentes, como 75 MHz (overclock). Já as
placas de CPU equipadas com o chipset i440BX suportam as novas versões
do Pentium II, com clock externo de 100 MHz. É preciso saber o tipo de
placa e o tipo de processador que você vai utilizar. Não adianta instalar um
Pentium II que pode operar com 100 MHz externos em uma placa de CPU
que não suporta este clock. 
Também é possível que a sua placa tenha sido lançada na época em que o
Pentium II mais veloz era, digamos, o de 300 MHz, e você agora quer
instalar um processador Pentium II com um clock mais elevado, a princípio
não suportado pela placa. Clocks mais elevados podem ser usados, bastando
programar corretamente o multiplicador de clock através dos jumpers BF0,
BF1, BF2 e BF3. Mais adiante neste capítulo veremos como descobrir as
configurações de clocks mais elevados que não são especificadas no manual
da placa de CPU. Por exemplo, a placa cujas informações são apresentadas
na figura 36 permitem chegar até o máximo de 300 MHz, mas com a técnica
que veremos, poderemos saber como configurar a placa para processadores
mais velozes, à medida em que forem lançados, mesmo que o manual da
placa de CPU não faça referência a essas configurações, e mesmo que não se
trate de um modelo que opere com multiplicadores travados. 
19-32 Hardware Total
*** 35% ***
Figura 19.36
Tabela de configuração de jumpers para os clocks interno e
externo em uma placa de CPU Pentium II.
A figura 36 mostra o trecho do manual de uma placa de CPU Pentium II,
preparada para operar com clocks internos de até 300 MHz. Seu clock
externo padrão é 66 MHz, podendo utilizar (o que nem sempre funciona) o
clock de 75 MHz, e opcionalmente, os valores mais baixos de 60 e 50 MHz
(totalmente desnecessários). Algumas placas de CPU são preparadas para
chegar o clock externo máximo de 83 MHz. A chance de uma placa operar
com este clock externo é pequena, a menos que utilize o chipset i440BX,
projetado para operar a até 100 MHz, ou então um chipset mais moderno.
Voltagens do Pentium II
Você não precisa programar a voltagem de operação do Pentium II. Ao
contrário dos processadores que usam o Socket 7, o Pentium II possui 5 dos
seus pinos dedicados a informar à placade CPU, qual é a sua voltagem de
operação. Os circuitos reguladores de voltagem da placa de CPU irão gerar a
tensão apropriada e enviá-la para o Pentium II, de acordo com esses pinos
de identificação. Ainda assim, podemos encontrar algumas placas para
Pentium II que possuem jumpers para sua configuração de voltagem. Se esta
tensão for programada no modo manual, temos que saber qual é a voltagem
interna utilizada pelo Pentium II. A tabela abaixo indica essas tensões:
Clock Voltagem
233 MHz 2,8 volts
333, 350, 400, 450 MHz 2,0 volts
266 e 300 MHz Existem modelos de 2,8 e 2,0 volts
Apenas os modelos de 266 e 300 MHz nos levam à dúvida. Para ambos os
clocks, existem versões de 2,8 (CPUID=63) e 2,0 volts (CPUID=65). O
Pentium II e os processadores modernos não possuem indicação externa do
seu clock, já que a configuração é automática. Neste caso, é melhor usar a
configuração automática da placa de CPU e verificar no CMOS Setup, a
voltagem que foi configurada automaticamente. Mesmo primeiras placas
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-33
para Pentium II possuem um monitor de voltagens que pode ser consultado
no CMOS Setup. Sabendo a voltagem correta, poderemos usar a
configuração manual, se for necessário. 
Configurações para o Socket 7
Vejamos agora as configurações de jumpers para clock interno, clock externo
e voltagens dos processadores que usam o Socket 7, como o Pentium
comum, Pentium MMX, AMD K5, AMD K6, Cyrix 6x86, Cyrix 6x86MX e
IDT C6.
Clocks e voltagens do Pentium (P54C)
Este processador pode ser dividido em duas categorias:
VRE: Utiliza tensões de 3,4 a 3,6 V. Normalmente é programado para 3,5 V.
STD (Standard): Utiliza tensões de 3,1 a 3,6 V. Normalmente usamos 3,3 V.
*** 35% ***
Figura 19.37
Distinguindo entre o P54C VRE e o P54C STD. A primeira letra
após a / identifica o tipo de processador:
S=STD=3,3 volts
V=VRE=3,5 volts
A figura 37 mostra como distinguir a diferença entre o Pentium P54C VRE e
o P54C STD. Basta checar a sua parte inferior. Na quarta linha temos uma
indicação como xxxxx/Sxx. A letra depois do “/” faz a distinção entre as ver-
sões. Se a letra for “S”, trata-se de uma versão STD, se a letra for “V”, trata-se
de uma versão VRE.
19-34 Hardware Total
*** 35% ***
Figura 19.38
Exemplo de tabela de configurações para o Pentium P54C
VRE.
A figura 38 mostra as instruções para programação de clock e voltagem para
um Pentium P54C VRE, em uma certa placa de CPU. Não siga essas ins-
truções ao pé da letra, pois na sua placa, os jumpers provavelmente serão
diferentes. Um grupo de chaves (SW1) programa a voltagem do processador,
e outro (SW2) programa o clock interno e o clock externo. Como vemos, a
chave SW1 está programada para 3,5 volts. A programação do clock em
SW2 não depende do processador utilizado, e sim, dos valores dos clocks.
Caso seja utilizado um Pentium P54C STD, a programação de jumpers para
o clock é exatamente a mesma. A única diferença é na voltagem do
processador, que deve ser programada para 3,3 volts. 
Clocks e voltagens do Pentium MMX (P55C)
Também no caso do Pentium MMX, são idênticas as programações relativas
ao clock, como mostra a figura 39. A diferença está na voltagem de
operação, que é de 2,8 volts. Como sabemos, o Pentium MMX utiliza duas
tensões: 3,3 volts externos, e 2,8 volts internos. Os 3,3 volts são usados para
gerar os sinais digitais que ligam o Pentium MMX com os circuitos externos,
como memórias, chipset e interfaces. Os 2,8 volts são usados apenas
internamente. Desta forma, o seu aquecimento é menor. Esta é a razão pela
qual não podemos instalar um Pentium MMX em uma placa de CPU mais
antiga. Provavelmente as tensões permitidas são de 3,5 ou 3,3 volts, não
sendo oferecida a opção de 2,8 volts que o Pentium MMX exige.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-35
Figura 19.39
Programação de voltagem e clocks para o
Pentium MMX.
A programação de clock para um Pentium, seja ele P54C ou P55C, é
baseada na escolha de um clock externo e um multiplicador. Este multipli-
cador é aplicado sobre o clock externo, para a obtenção do clock interno.
Por exemplo, para programar o Pentium-200, usamos o clock externo de 66
MHz (na verdade são 66,6 MHz) e o multiplicador 3x, o que resulta em
aproximadamente, 200 MHz.
OBS: Alguns usuários instalam indevidamente o Pentium MMX em placas
de CPU que não o suportam. Passam então a operar com 3,3 ou 3,5 volts
internos, valores que são bem altos em comparação com os 2,8 volts que o
Pentium MMX exige. Em alguns casos o PC nem chega a executar o boot.
Outras vezes o PC para durante o carregamento do Windows, outras vezes
para aleatoriamente durante a sua operação. 
Clocks e voltagens dos processadores Cyrix
Os processadores Cyrix 6x86 utilizam voltagens de 2,8 volts, 2,9 volts ou 3,5
volts, dependendo do modelo. Os primeiros modelos utilizavam 3,5 volts. A
figura 40 mostra a tabela de programação para o Cyrix 6x86L, nas versões
PR150+, PR166+ e PR200+. Esses chips utilizam uma voltagem de 2,8 volts.
O curioso nos processadores Cyrix é o seu sistema de clock. Por exemplo, o
6x86 PR200+ não utiliza um clock de 200 MHz, como ocorre no Pentium, K5
e K6. Ao invés disso, utiliza um clock externo de 75 MHz (nem todas as
placas de CPU o suportam), e o multiplicador 2x, o que resulta no clock
interno de 150 MHz. Entretanto, operando com apenas 150 MHz, o 6x86
possui um desempenho ligeiramente superior ao de um Pentium-200. Por isto
é chamado de 6x86 PR200+. A sigla “PR” significa Pentium Rating, e é usada
19-36 Hardware Total
para comparar processadores com o Pentium, mesmo que utilizem clocks
diferentes. Esta comparação é feita na base do desempenho, e não do clock.
Figura 19.40
Programação do Cyrix 6x86L.
Antes de instalar um 6x86, é preciso saber se trata-se de uma versão comum
(que usa 3,5 volts) ou uma versão “L” (que usa 2,8 volts). Para conferir, basta
checar as inscrições existentes na sua face superior, como mostra a figura 7.
Figura 19.41
Inscrições em um 6x86L.
O 6x86 foi substituído pelo 6x86MX, dotado de tecnologia MMX. Esta
versão opera com 2,9 volts, como mostra a figura 42. O Cyrix 6x86MX
PR150 usa um clock externo de 60 MHz, e um multiplicador 2, resultando
no clock interno de 120 MHz, o que equivale a um Pentium-150 em termos
de desempenho. O Cyrix 6x86MX PR166 pode ser programado de duas
formas: clock externo de 66 MHz e multiplicador 2 (resultando no clock
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-37
interno de 133 MHz), ou clock externo de 60 MHz e multiplicador 2,5
(resultando no clock interno de 150 MHz).
*** 35% ***
Figura 19.42
Programação de voltagem e clocks para um Cyrix 6x86MX.
O Cyrix 6x86MX PR200 é encontrado em duas versões: clock externo de 66
MHz e multiplicador 2,5 (resultando no clock interno de 166 MHz) ou clock
externo de 75 MHz e multiplicador 2 (resultando no clock interno de 150
MHz). Ambos apresentam desempenho ligeiramente superior ao de um
Pentium-200 MMX. Note que essas são duas versões diferentes de
processadores Cyrix que possuem desempenho comparável ao de um
Pentium-200 MMX. Se você utilizar uma versão “75 x 2”, precisará de uma
placa de CPU que suporte o clock externo de 75 MHz.
A figura 42 não traz as configurações, mas podemos ainda encontrar o Cyrix
6x86MX nas versões PR233 e PR266. O Cyrix 6x86MX PR233 foi produzido
em duas versões: 75 MHz x 2,5 (clock interno de 188 MHz) e 66 MHz x 3
(clock interno de 200 MHz). Você pode conferir o tipo de clock, indicada na
face superior do chip, por exemplo:
6x86MX-PR233
75 MHz Bus 2.5x
O Cyrix 6x86 MX PR266 também é produzido em duas versões, uma com
clock externo de 75 MHz e multiplicador 3 (clock interno de 225 MHz) e
outra comclock externo de 66 MHz e multiplicador 3,5 (clock interno de
233 MHz). Ambos possuem desempenho equivalente a um “Pentium-266
19-38 Hardware Total
MMX”. A tabela abaixo tem as configurações de clock para seus pro-
cessadores 6x86MX, até PR266.
Modelo Clock
interno
Clock
externo
Multiplicador
6x86MX-PR166 133 MHz 66 MHz 2x
6x86MX-PR166 150 MHz 60 MHz 2,5x
6x86MX-PR200 166 MHz 66 MHz 2,5x
6x86MX-PR233 188 MHz 75 MHz 2,5x
6x86MX-PR233 200 MHz 66 MHz 3x
6x86MX-PR266 225 MHz 75 MHz 3x
6x86MX-PR266 233 MHz 66 MHz 3,5x
Os processadores Cyrix 6x86MX operam com a tensão externa de 3,3 volts,
e interna de 2,9 volts, mas você poderá encontrar versões com voltagem
interna diferente. Acostume-se a sempre consultar a tensão interna (CORE)
que está indicada no próprio chip. A tensão externa é sempre de 3,3 volts e
a interna é a que poderá variar.
A tabela que se segue mostra as configurações de clocks para os
processadores Cyrix M-II. Existem versões capazes de operar com clocks
externos de 66, 75 e 100 MHz (as de 100 MHz não chegaram a ser
fabricadas, apesar de estarem previstas nos planos da Cyrix na época). Assim
como ocorre com os demais processadores Cyrix, a indicação de
performance (PR) não coincide com o clock interno. Por exemplo, o modelo
M-II / 333 opera com clock interno de 250 MHz. Os processadores Cyrix M-
II também utilizam um duplo sistema de voltagem, assim como ocorre com
quase todos os processadores modernos. Externamente opera com 3,3 volts,
e internamente utiliza 2,9 volts. Entretanto, convém conferir a voltagem
indicada na sua parte frontal, pois novas versões com diferentes voltagens de
operação podem ser encontradas. 
Modelo Clock
interno
Clock
externo
Multiplicador
M II / 300 225 MHz 75 MHz 3x
M II / 300 233 MHz 66 MHz 3,5x
M II / 333 250 MHz 83 MHz 3x
M II / 333 250 MHz 100 MHz 2,5x
M II / 350 300 MHz 100 MHz 3,5x
Defeito: O erro mais comum na configuração de processadores Cyrix é a confusão que muitos
fazem entre o clock e o índice PR. Como vimos, PR233, por exemplo, não significa que o
clock é 233 MHz. É preciso configurar o clock correto para cada modelo de processador,
usando as tabelas apresentadas. 
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-39
Configurações dos processadroes AMD K6, K6-2 e K6-III
Os processadores AMD K6 são disponíveis com os clocks de 166, 200, 233,
266, 300 e 333 MHz. Diferentes voltagens de operação podem ser
encontradas. De um modo geral, a voltagem pode ser checada na face
superior do chip, como mostra a figura 43. Vemos que se trata de um K6 de
233 MHz, de versão ANR, que opera internamente com 3,2 volts (CORE) e
externamente com 3,3 volts (I/O).
*** 35% ***
Figura 19.43
Este AMD K6 opera internamente com 3,2
volts.
De posse dos valores de clock e voltagem do processador, podemos configu-
rar os jumpers. A figura 13 mostra as configurações para o K6 de 233 MHz,
com voltagem de 3,2 volts.
*** 35% ***
Figura 19.44
Configurando um AMD K6 de 3,2 volts.
Não utilize informações como “processador X utiliza Y volts...”. Os
processadores sofrem alterações no seu projeto durante o seu ciclo de des-
envolvimento. Quando a placa de CPU deste exemplo foi lançada, as únicas
19-40 Hardware Total
voltagens usadas pelo K6 eram 2,9 volts (ALR) e 3,2 volts (ANR). Logo
depois, a AMD lançou a versão APR, de 3,3 volts. A regra geral é sempre
consultar a inscrição de voltagem estampada no próprio chip. Pouco tempo
depois os processadores K6 de 266 e 300 MHz passaram a usar a tensão de
2,2 volts. Por isso, muitos fabricantes de placas de CPU prepararam seus
circuitos reguladores de voltagem para fornecerem valores programáveis, de
2,0 volts a 3,5 volts.
A tabela que se segue resume os valores de clock interno e externo, bem
como os multiplicadores para todas as versões do K6.
Processador Clock externo Clock interno Multiplicador
AMD K6 PR 166 66 MHz 166 MHz 2,5x
AMD K6 PR 200 66 MHz 200 MHz 3x
AMD K6 PR 233 66 MHz 233 MHz 3,5 x
AMD K6 PR 266 66 MHz 266 MHz 4x
AMD K6 PR 300 66 MHz 300 MHz 4,5x
AMD K6 PR 333 66 MHz 333 MHz 5x
O AMD-K6-2, na versão de clock externo de 66 MHz, utiliza as mesmas
tabelas de clock já apresentadas para o AMD-K6. A versão de clock externo
de 100 MHz utiliza as mesmas tabelas usadas para o Pentium II com clock
externo de 100 MHz. Por exemplo, para clock interno de 350 MHz, usamos
o clock externo de 100 MHz e o multiplicador 3,5x. Já a voltagem interna do
K6-2 deve ser sempre configurada de acordo com as informações indicadas
na sua face superior. 
O K6-III foi produzido apenas nas versões de 400 e 450 MHz (100 MHz
externos, multiplicadores 4x e 4,5x). As voltatens variam entre 2,2 e 2,4 volts.
Consulte a indicação de voltagem inscrita na parte superior do chip. 
Configuração genérica de voltagem
Como vimos até agora, uma das principais diferenças entre os diversos
processadores é a sua voltagem de operação. A figura 45 mostra as diversas
voltagens de operação para os processadores citados aqui.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-41
Figura 19.45
Configurações de voltagem para diversos
processadores.
Você poderá precisar instalar processadores que exigem uma voltagem
interna que não está indicada no seu manual. Uma forma de viabilizar a
instalação é consultar informações atualizadas no site do fabricante da placa
de CPU. Entretanto, mesmo que você não consiga confirmar se um novo
processador funciona na sua placa de CPU, existe uma grande chance de
que funcione. Basta que você descubra qual é a voltagem de operação
interna do processador, e quais os seus valores de clock interno e externo.
Tome como exemplo a tabela da figura 45. Observe que existem
configurações para 2,8 volts, 2,9 volts, 3,2 volts, 3,3 volts e 3,5 volts. Como
fazer agora para instalar um processador que exija, digamos, 2,5 volts?
Felizmente muitas placas de CPU modernas estão preparadas para gerar
várias voltagens diferentes. Em geral, o valor da voltagem é proporcional a
uma combinação binária dos jumpers que a definem. Observe por exemplo
os valores e as posições dos jumpers da figura 45. Vamos associar a cada
chave para cima, o dígito 1, e para cada chave para baixo, o dígito 0.
Podemos então construir a seguinte tabela:
Chave
s
Tensã
o
Chave
s
Tensã
o
Chave
s
Tensã
o
Chave
s
Tensão
0000 0100 1000 2,8 v 1100 3,2 v
0001 0101 1001 2,9 v 1101 3,3 v
0010 0110 1010 1110
0011 0111 1011 1111 3,5 v
Os números binários formados pelas posições das chaves formam uma
seqüência crescente, assim como também é crescente a tensão por elas
geradas. Observe ainda que em todas as configurações da figura 45, a chave
19-42 Hardware Total
1 está para cima, ou seja com o valor 1. Se esta chave está sempre para cima,
para que é usada? A resposta é simples. Ela permite gerar valores de
voltagem ainda menores, ao ser colocada para baixo. Observe ainda na
tabela acima que existem lacunas cujas voltagens não foram definidas pelo
fabricante, mas é lógico supor que essas posições geram tensões de 3,0 volts
(1010), 3,1 volts (1011) e 3,4 volts (1110). Podemos então completar a tabela
com esses valores, e veremos que é possível obter todos os valores de 2,8 a
3,5 volts, em intervalos iguais a 0,1 volt. Supondo ainda que a chave 1 deste
grupo realmente serve para obter tensões menores, podemos completar a
tabela com os valores 2,7 volts, 2,6 volts, e assim por diante. Teríamos então
a tabela completa. É possível confirmar essas tensões, medindo-as com um
multímetro, na placa de CPU sem o processador instalado. 
Chave
s
Tensã
o
Chave
s
Tensã
o
Chave
s
Tensã
o
Chave
s
Tensão
00002,0 v 0100 2,4 v 1000 2,8 v 1100 3,2 v
0001 2,1 v 0101 2,5 v 1001 2,9 v 1101 3,3 v
0010 2,2 v 0110 2,6 v 1010 3,0 v 1110 3,4 v
0011 2,3 v 0111 2,7 v 1011 3,1 v 1111 3,5 v
Antes do Pentium MMX, as placas geravam apenas as tensões de 3,3 e 3,5
volts. Com o Pentium MMX, tornou-se necessário o uso de 2,8 volts. A
AMD passou a usar 2,9 e 3,2 volts para o K6, e a Cyrix usa 2,8 e 2,9 para os
seus processadores. Devido a esta grande diversidade de voltagens, os
fabricantes passaram a incluir nas suas placas de CPU, circuitos que geram
uma grande variedade de voltagens, de acordo com as posições das suas
chaves ou jumpers. Infelizmente, nem sempre uma tabela com todos os
valores possíveis é apresentada. Você terá que completá-la, caso deseje obter
voltagens diferentes, como no exemplo que mostramos acima. 
Em certos casos, você nem precisará ter o trabalho de construir esta tabela.
Alguns manuais já a apresentam, como no exemplo da figura 46.
Normalmente essas placas utilizam 4 jumpers ou microchaves para
selecionamento da voltagem interna do processador, e os valores gerados
vão de 2.0 a 3,5 volts.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-43
*** 35% ***
Figura 19.46
Tabela de configurações de voltagem interna do processador,
extraída do manual de uma placa de CPU.
Voltagens e clocks para o IDT C6
A maioria das placas de CPU não faz menção a este processador. Utiliza o
mesmo sistema de clock que os chips da Intel. Por exemplo, para configurar
o IDT C6 de 200 MHz, usamos o clock externo de 66 MHz e o multiplicador
3x. Sua voltagem de operação é 3,3 volts. Basta então programar a voltagem
da placa como se fosse para um Pentium P54C STD. Também como regra
geral, devemos sempre conferir a voltagem indicada na face superior do
chip. As configurações de clocks para o IDT C6 são as mesmas do AMD-K6
e do Pentium MMX. 
Configuração de BF0, BF1 e BF2
Placas de CPU para Socket 7 utilizam jumpers BF0, BF1 e BF2 para
determinar os multiplicadores que definem o clock interno em função do
externo. Modelos mais antigos usam apenas BF0 e BF1, podendo assim gerar
multiplicadores até 3,5x. Modelos mais novos utilizam ainda o BF2, e podem
assim gerar multiplicadores até 6x. Se a sua placa indicar explicitamente
quais são os jumpers BF0, BF1 e BF2, você poderá usar a tabela abaixo para
gerar multiplicadores até 6x. Na tabela vemos ainda os clocks internos que
são obtidos para cada valor de clock externo. 
Fator Jumpers Clocks internos e externos
X BF2 BF1 BF0 50 MHz 60 MHz 66 MHz 75 MHz 83 MHz 100 MHz
1,5x OFF OFF OFF 75 MHz 90 MHz 100 MHz 112 MHz 125 MHz 150 MHz
2x OFF OFF ON 100 MHz 120 MHz 133 MHz 150 MHz 166 MHz 200 MHz
2,5x OFF ON ON 125 MHz 150 MHz 166 MHz 187 MHz 208 MHz 250 MHz
3x OFF ON OFF 150 MHz 180 MHz 200 MHz 225 MHz 250 MHz 300 MHz
3,5x OFF OFF OFF 175 MHz 210 MHz 233 MHz 262 MHz 291 MHz 350 MHz
4x ON OFF ON 200 MHz 240 MHz 266 MHz 300 MHz 333 MHz 400 MHz
4,5x ON ON ON 225 MHz 270 MHz 300 MHz 337 MHz 375 MHz 450 MHz
5x ON ON OFF 250 MHz 300 MHz 333 MHz 375 MHz 416 MHz 500 MHz
5,5x ON OFF OFF 275 MHz 330 MHz 366 MHz 412 MHz 458 MHz 550 MHz
19-44 Hardware Total
6x OFF OFF ON 300 MHz 360 MHz 400 MHz 450 MHz 500 MHz 600 MHz
Os jumpers representam BF2, BF1 e BF0 podem aparecer com esses nomes,
mas também podem apresentar nomes diferentes, como J40, J36, J34, por
exemplo. Em geral ON significa com jumper, e OFF significa sem jumper,
mas você também poderá encontrar configurações inversas, ou seja,
ON=sem jumper e OFF=com jumper. Em certas placas, as ligações poderão
usar jumpers de 3 pinos, e as opções ON e OFF significarão 1-2 e 2-3, ou
vice-versa. Uma forma fácil de decifrar o que é ON e o que é OFF, é
olhando para a configuração que resulta no multiplicador 2,5. Nesta
configuração, um sinal está em OFF, e os outros dois estão em ON. Compa-
rando a tabela seguinte com a tabela de configurações do manual da placa,
descobrimos o que significa ON e OFF. Também descobrimos qual é o sinal
correspondente ao BF2, já que na configuração 2,5x um sinal é diferente dos
outros dois. Para descobrir qual é o jumper que corresponde ao BF1, basta
comparar as configurações 2x e 2,5x. A diferença entre essas duas
configurações está exatamente no BF1. Sabendo qual é o BF2 e o BF1, o
terceiro jumper será o BF0.
Note que as placas de CPU mais modernas possuem jumpers
correspondentes a BF2, BF1 e BF0. As placas um pouco mais antigas não
possuem BF2. Como não podem colocar o BF2 na posição ON essas placas
não podem utilizar multiplicadores 4x e superiores. Desta forma não podem
utilizar chips de 266 MHz e superiores. Observe ainda que nem todos esses
multiplicadores estão disponíveis. Por exemplo, observe que as configurações
para 1,5x e 3,5x são idênticas. Se você programar OFF/OFF/OFF em um
Pentium-100, será adotado o multiplicador 1,5, resultando no clock de 100
MHz a partir do clock externo de 66 MHz. Esta mesma programação em um
Pentium MMX resultará no clock interno de 233 MHz, ou seja, será tomado
como 3,5x. Da mesma forma, não adianta, por exemplo, tentar configurar
um Pentium MMX-233 com o multiplicador 5x, tentando obter o clock de
333 MHz. Este fator será ignorado por este processador.
Configuração de BF0-BF3
Processadores para Slot 1 têm quatro dos seus pinos (BF3, BF2, BF1 e BF0)
para formar multiplicadores até 9x. A tabela que se segue mostra as
configurações desses sinais de controle para obter os diversos multiplicadores
possíveis. Mostra também os clocks internos que são obtidos em cada caso,
usando clocks externos de 66, 75, 83 e 100 MHz.
Fator Jumpers Clocks internos e externos
X BF3 BF2 BF1 BF0 66 MHz 75 MHz 83 MHz 100 MHz
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-45
2x ON ON ON ON 133 MHz 150 MHz 166 MHz 200 MHz
2,5x ON ON ON OFF 166 MHz 187 MHz 208 MHz 250 MHz
3x ON ON OFF ON 200 MHz 225 MHz 250 MHz 300 MHz
3,5x ON ON OFF OFF 233 MHz 262 MHz 291 MHz 350 MHz
4x ON OFF ON ON 266 MHz 300 MHz 333 MHz 400 MHz
4,5x ON OFF ON OFF 300 MHz 337 MHz 375 MHz 450 MHz
5x ON OFF OFF ON 333 MHz 375 MHz 416 MHz 500 MHz
5,5x ON OFF OFF OFF 366 MHz 412 MHz 458 MHz 550 MHz
6x OFF ON ON ON 400 MHz 450 MHz 500 MHz 600 MHz
6,5x OFF ON ON OFF 433 MHz 487 MHz 541 MHz 650 MHz
7x OFF ON OFF ON 466 MHz 525 MHz 583 MHz 700 MHz
7,5x OFF ON OFF OFF 500 MHz 562 MHz 625 MHz 750 MHz
8x OFF OFF ON ON 533 MHz 600 MHz 666 MHz 800 MHz
8,5x OFF OFF ON OFF 566 MHz 637 MHz 708 MHz 850 MHz
9x OFF OFF OFF ON 600 MHz 675 MHz 750 MHz 900 MHz
Note que nem todos os processadores obedecem a esta tabela. Por exemplo,
um Pentium III/1000 com clock externo de 1000 MHz usa multiplicador 10x,
que não é indicado pela tabela. Normalmente o que o fabricante faz nesses
casos é trocar valores obsoletos (2x, 2,5x, etc.) por novos valores maiores.
Lembre ainda que os processadores modernos, em sua maioria, são travados
e ignoram a programação dos multiplicadores. 
Configurações para 486 e 586
Ao trabalhar com manutenção você poderá encontrar processadores ainda
mais antigos. Pode encontrar placas equipadas com chips 486/586, e até mais
antigos. Vamos agora estudar a configuração de jumpers dessas antigas
placas de CPU, através de exemplos. Uma grande dificuldade com essas
placas é que naquela época os fabricantes não davam seus nomes às placas.
Eram em geral produzidas “sem nome”, mesmo tendo sido produzidas por
fabricantes famosos. Nesses casos torna-se mais importante ainda conseguir o
manual da placa de CPU para poder programar os jumpers. 
Placa de CPU 486/586 VIP
Este é um tipo de placa chamada VIP, já que possui slots VLB, ISA e PCI.
Trata-se de uma placa 486/586, descrita no seu manual como “PCI Bus and
ISA Bus and VL-Bus 486/5x86 Green Mainboard”. Placas assim foram muito
vendidas em 1996 e 1997. As figuras que se seguem sãopáginas do seu
manual. A figura 47 mostra o layout desta placa, que tem interfaces IDE,
interface para drives, seriais e paralela. Existem 3 slots PCI e 4 ISA, sendo
um deles ISA/VLB. Existem 3 bancos de memória, sendo um deles formado
por 4 soquetes para módulos SIMM de 30 pinos, e dois deles formados por
soquetes para módulos SIMM de 72 pinos. Esta placa apresenta uma grande
quantidade de jumpers, exatamente pelo fato de permitir o uso de
processadores de vários tipos, voltagens e velocidades.
19-46 Hardware Total
Figura 19.47
Parte do manual de uma placa de CPU
486/586.
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-47
*** 35% ***
Figura 19.48
Parte do manual de uma placa de CPU 486/586.
Na figura 48 temos a descrição de vários jumpers e conectores:
J3 - Power Supply Connectors. Estes nada mais são que os dois conectores
existentes na placa de CPU, próprios para a ligação na fonte de alimentação.
J12 - Turbo Switch Connector. Deve ser ligado ao botão Turbo, existente no
painel frontal do gabinete. Observe que de acordo com o manual, a placa
opera em modo “normal” (baixa velocidade) quando existe um jumper
instalado (Short), e opera em velocidade Turbo quando não existe jumper
instalado (Open). Desta forma, basta simplesmente que você não faça ligação
alguma, e a placa irá operar em Turbo, independentemente de como estiver
posicionado o Turbo Switch. A vantagem é que desta forma, evitamos que
alguém depressione acidentalmente o Turbo Switch, o que faria o PC operar
em baixa velocidade. Tome muito cuidado, pois este método de ignorar o
Turbo Switch nem sempre é usado desta forma. Existem placas de CPU que
operam em velocidade baixa quando não existe jumper ligando os dois
pinos da conexão para Turbo Switch. Consulte o manual da sua placa de
CPU para verificar qual é a forma correta de configurá-la permanentemente
como Turbo, se é com ou sem jumper instalado.
J11 - Reset Switch. Para o botão Reset do painel frontal do gabinete.
19-48 Hardware Total
J14 - Suspend Switch Connector. Nem todas as placas de CPU possuem este
recurso, e nem todos os gabinetes possuem o botão apropriado para esta
conexão. Cada vez que é feito um contato entre esses dois pinos (para isto
deveria ser usado um botão similar ao Reset), o computador entra ou sai do
modo suspend. Neste modo, são paralisadas as atividades da placa de CPU.
É usado com o objetivo de manter o computador ligado, sem excessivos
gastos de energia elétrica. Quando pressionamos novamente a chave, a placa
de CPU volta à operação normal, sem que para isto seja preciso realizar um
novo boot. Para que este recurso funcione corretamente é preciso suporte do
sistema operacional. 
J8 - Keylock & Power LED. Este conector de 5 pinos permite a ligação do
Keylock e Power LED, ambos localizados no Painel frontal do gabinete. 
J9 - Speaker. Ligamos aqui o PC Speaker, o pequeno alto-falante existente no
painel frontal do gabinete. 
J10 - Turbo LED Connector. Ligamos aqui o Turbo LED, ou então o display
digital existente no painel frontal do gabinete.
J13 - Hard Disk LED Connector. Ligamos aqui o LED indicador de acesso
ao disco rígido, existente no painel frontal do gabinete.
JP2 - Flash EPROM BIOS Jumper. Muito cuidado, pois ao contrário dos
demais jumpers e conexões mostrados até agora, este apresenta muitas
diferenças de uma placa para outra. As placas de CPU modernas possuem o
seu BIOS armazenado em Flash ROM. Sua principal característica é que
pode ser reprogramada. Vários fabricantes de placas de CPU oferecem,
através da Internet, versões novas para os BIOS de suas placas, além de um
programa próprio para fazer a transferência deste novo BIOS para a Flash
ROM. Ocorre que existem Flash ROMs que são reprogramadas mediante a
aplicação de uma voltagem de 12 volts, e outras mediante uma voltagem de
5 volts. Esta placa de CPU está preparada para operar com ambos os tipos, e
este jumper é configurado na fábrica, em função da tensão de programação
da Flash ROM instalada. Não altere este jumper, caso contrário você corre o
risco de danificar a Flash ROM.
Na figura 49 temos a descrição de outros jumpers desta placa:
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-49
*** 35% ***
Figura 19.49
Parte do manual de uma placa de CPU 486/586.
J4 - CMOS RAM Discharge jumper/External Battery Connector. Quase todas
as placas de CPU apresentam o mesmo tipo de configuração para este
jumper. Trata-se de um grupo de 4 pinos, através dos quais podemos
selecionar entre o uso de uma bateria interna (o mais comum) ou externa, e
ainda fazer a operação “Clear CMOS”, que consiste em apagar toda a
configuração do Setup, recarregando os seus valores default. Esta operação
normalmente é feita quando o usuário ativa uma senha e a esquece. Quase
sempre este jumper é configurado na fábrica ligando os pinos 3 e 4. Desta
forma, o CMOS Setup estará apagado, e a bateria interna estará desligada.
Para ativar a bateria interna, devemos ligar o jumper entre os pinos 2 e 3.
Podemos ainda optar pelo uso de uma bateria externa, bastando ligá-la entre
os pinos 4 (negativo) e 1 (positivo).
CPU Type Jumpers. Esta placa possui uma série de jumpers usados para
configurar o tipo do processador e o clock utilizado. Existem ainda outras op-
ções de configuração, mostradas na figura 50. Você precisará identificar qual
é o processador a ser usado, bem como o seu fabricante. Observe que este
manual não explica a função de cada um desses jumpers, apenas mostra
como configurá-los em função do processador utilizado. 
19-50 Hardware Total
*** 35% ***
Figura 19.50
Parte do manual de uma placa de CPU 486/586.
Na figura 50 vemos outros jumpers bastante importantes:
JP3A, JP3B, JP3C - CPU Speed Jumpers. Esses jumpers definem o clock
externo do processador. As opções são 25, 33, 40 e 50 MHz. A escolha deve
ser feita em função do clock do processador utilizado. Processadores da
classe DX operam com valores iguais para o clock interno e externo.
Portanto, para esses processadores, basta obedecer o valor do clock es-
tampado na sua parte superior. Um 486DX-40 deve ser configurado com o
valor 40, um 486DX-33 deve ser configurado como 33, e assim por diante.
Processadores da classe DX2 possuem o clock interno igual ao dobro do seu
clock externo. Por exemplo, um 486DX2-80 deve ter o seu clock externo
programado com 40, para que o interno seja igual a 80. O 486DX4-100 pode
operar com clocks externos de 25, 33, 40 ou 50 MHz, sendo que a opção 33
MHz é a mais indicada. O 5x86-133 da AMD é em geral programado com o
clock externo de 33 MHz. Quanto ao 586 da Cyrix, a programação
dependerá do clock interno. Para o modelo de 100 MHz, o clock externo
poderá ser 25 ou 33 MHz (o fator multiplicador para o clock interno deverá
ser 4x e 3x, respectivamente). Para o modelo de 120 MHz, devemos usar o
clock externo de 40 MHz, e programar o fator multiplicador como 3x.
JP5A, JP5B, JP5C, JP5D, JP4 - CPU Voltage Jumpers. Observe que existe um
erro neste manual. Na figura 50 está indicado que esses jumpers dizem
respeito à velocidade do processador (CPU Speed Jumpers), mas na verdade
Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-51
aplicam-se à sua voltagem. Os processadores 586, assim como as versões
mais recentes do 486, operam com 3,3 volts. Nesse caso JP5A, JP5B, JP5C e
JP5D devem ter jumpers ligados entre seus respectivos pinos 1 e 2. Além
disso, JP4 deve ter um jumper conectado. Processadores mais antigos, como
por exemplo o 486DX-33 da Intel, operavam com 5 volts. De qualquer
forma, você sempre encontrará estampado na parte superior ou inferior do
processador, a sua voltagem de operação. Lembre-se ainda que os modelos
mais recentes, com 75 MHz ou mais, operam com 3,3 volts. Os

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