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INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SANT’ANA PSICOLOGIA JUSSARA PRADO ACONSELHAMENTO GENÉTICO PONTA GROSSA 2014 INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SANT’ANA PSICOLOGIA JUSSARA PRADO ACONSELHAMENTO GENÉTICO Trabalho elaborado com o objetivo de obtenção de nota parcial do 2º bimestre da disciplina de Genética Aplicada à Psicologia do 1º período do curso de Psicologia da Instituição de Ensino Superior Sant’Ana. Orientador: Profª. Márcia Rezende PONTA GROSSA 2014 ACONSELHAMENTO GENÉTICO O aconselhamento genético surgiu através da iniciativa pioneira do médico Sheldon Reed, por volta de 1947, que passou a oferecer atendimentos à familiares de indivíduos com doenças genéticas, oferecendo informações médicas sobre as características genéticas de determinadas doenças. O aconselhamento genético é um processo de auxílio às pessoas para uma melhor compreensão e adaptação à implicações médicas, psicológicas e familiares ocasionadas por uma determinada doença ou síndrome genética. No aconselhamento genético, os indivíduos são informados sobre os riscos de ocorrência de determinada anomalia genética, envolvendo profissionais treinados e capacitados para exercer tal função. Após a definição do diagnóstico etiológico, o sujeito portador de determinada doença precisa ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, constituída por: pediatra, neurologista, endocrinologista, cardiologista, ortopedista, psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo. O aconselhamento pode ocorrer em diversos momentos da vida de um sujeito, como por exemplo, ou para planejar a reprodução, ou após o nascimento de um filho com diagnóstico de alguma doença genética. Para que tal procedimento seja desenvolvido de maneira plena, ele deve alcançar três objetivos básicos: 1. A descrição biológica da gravidade da anomalia genética que afeta o indivíduo, seus efeitos morfológicos e funcionais, sua letalidade e possível prognóstico; 2. A análise e o atendimento das implicações psicossociais que determinada anomalia pode oferecer ao paciente, como transtornos mentais, comportamentos, sentimentos, entre outros; 3. Fazer com que os familiares do indivíduo compreendam os conflitos psicológicos envolvidos, e a assistência psicológica indicada que devem buscar. A participação do psicólogo no aconselhamento genético passou a ser essencial diante dos relatórios técnicos providenciados pelos médicos, onde a família e o indivíduo portador da doença, não sabiam o que fazer a partir dali, como agir, o que esperar, o que fazer, quem procurar, entre outros. O trabalho do profissional da Psicologia veio então para auxiliar a família emocionalmente, orientando-a psicologicamente quanto às decisões a serem tomadas diante do diagnóstico. O objetivo principal do aconselhamento genético é o de evitar que a família e o indivíduo venham a sofrer diante de determinada situação, logo, a contribuição do psicólogo no aconselhamento é essencial, pois ele irá auxiliar os indivíduos envolvidos a se ajustarem com a doença do seu familiar, ou própria, com os riscos a serem enfrentados, as experiências prévias com a doença, a personalidade, motivação, valores e a dinâmica interpessoal da família. A proposta do aconselhamento genético não é a modificação de comportamentos, mas o aumento de informações para as tomadas de decisões ao redor do indivíduo e da própria enfermidade, além dos riscos, benefícios e limitações que o indivíduo e os familiares irão enfrentar. Tal procedimento e o seu nível de qualidade influenciam na compreensão dos indivíduos a respeito das doenças genéticas, nas tomadas de decisões sobre o tratamento e reprodutibilidade. Logo, o aconselhamento genético torna-se indispensável no auxílio da compreensão dos pacientes em relação às doenças genéticas. REFERÊNCIAS BERTOLLO, E. M. G. et al. O Processo de Aconselhamento Genético. Arq Ciênc Saúde jan- mar 20 (1): 30-6, 2013. Disponível em: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/vol-20- 1/ID_535_(Volume_20(1)_2013_jan-mar.pdf Acesso em 27 de maio de 2014. COSTA Jr. A. L. Genética e Psicologia: O Psicólogo que Trabalha com Aconselhamento Genético. Universidade de Brasília. Editora CopyMarket.com, 2000. GUEDES, C., DINI, D. A Ética na História do Aconselhamento Genético: um Desafio à Educação Médica. Revista Brasileira de Educação Médica 33 (2): 247-252, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n2/12.pdf Acesso em 27 de maio de 2014. KIM, C. A. O Pediatra e o Aconselhamento Genético. Pediatria 27 (1): 25-7, São Paulo, 2005. Disponível em: http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1093.pdf Acesso em 27 de maio de 2014. PINA-NETO, J, M. Aconselhamento Genético. J Pediatr 84 (4): 20-26, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v84n4s0/v84n4s0a04.pdf Acesso em 27 de maio de 2014.
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