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Inseticidas organoclorados em alimentos de origem vegetal por cromatografia em camada delgada

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS 
 
 
Relatório de Ecotoxicologia 
 
Experimento VI 
Inseticidas organoclorados em alimentos de origem 
vegetal por cromatografia em camada delgada 
 
 
 
 
Alunos: Matrícula: 
Jussara Ferreira Mesquita 2015.1.13.041 
Levy Bueno Alves 2015.1.13.031 
Rosângela Gonçalves 2015.1.13.034 
 
Profª. Eduardo Costa Figueiredo 
 
 
 
 
Alfenas, 21 de Novembro de 2017 
 
Introdução 
O aumento considerável no volume de agrotóxicos aplicados tem trazido uma 
série de transtornos e modificações para o ambiente, tanto pela contaminação das 
comunidades de seres vivos que o compõe, quanto pela sua acumulação nos segmentos 
bióticos e abióticos do ecossistema (biota, água, ar, solo, etc.). 
Segundo Javaroni (1991), embora o controle químico de pragas tenha reduzido o 
índice de doenças para homens e animais e incrementado a produção agrícola, agentes 
químicos podem permanecer ativos no meio ambiente por longos períodos, afetando os 
ecossistemas. Os efeitos desses agentes ao longo do tempo representam um grande risco 
para a saúde pública, sendo necessários o monitoramento e a vigilância desses produtos 
em águas, solos, alimentos e ar. 
Os agrotóxicos são produzidos a partir de diferentes substâncias químicas, 
desenvolvidos para matar, exterminar, combater ou impedir o desenvolvimento (já que 
alguns atuam sobre processos específicos) de diferentes organismos considerados 
prejudiciais às culturas implantadas no sistema agrícola mundial. Assim, por sua forma 
de ação, por atuarem sobre processos vitais, esses produtos têm ação sobre a constituição 
física e saúde do ser humano. 
Os efeitos sobre a saúde podem ser de dois tipos: 1) efeitos agudos, ou aqueles 
que resultam da exposição a concentrações de um ou mais agentes tóxicos, capazes de 
causar dano efetivo aparente em um período de 24 horas; 2) efeitos crônicos, ou aqueles 
que resultam de uma exposição continuada a doses relativamente baixas de um ou mais 
produtos. 
Apesar da grande importância das atividades agrícolas, há pouco interesse no 
estudo de aspectos da saúde e segurança na agricultura. Há um interesse maior em 
desenvolver tecnologias para aumento da produção na agropecuária, geralmente sem 
levar em consideração os impactos à saúde e à segurança do trabalhador (FRANK et al., 
2004). 
De acordo com a ação, os agrotóxicos podem ser classificados como herbicidas, 
fungicidas e inseticidas. Os herbicidas são substâncias que interferem com os 
constituintes morfológicos ou sistemas bioquímicos de plantas, provocando efeitos 
morfológicos ou fisiológicos, podendo levá-las à morte parcial ou total (CAMARGO, 
1986). Os fungicidas são produtos utilizados no controle de fungos fitopatogênicos, e 
podem ser classificados em inorgânicos e orgânicos; os inseticidas são compostos 
químicos ou biológicos, letais aos insetos, em baixas concentrações e podem ser 
classificados em inorgânicos, orgânicos sintéticos, orgânicos naturais e biológicos. 
 
Metodologia: 
Aula prática 31/10/2017 
 Foi triturado, em um liquidificador, 500 g da amostra de feijão. Transferiu-se 10 
gramas desse triturado para um Erlenmeyer de 125 mL e acrescentou 50 mL de hexano, 
um solvente apolar que possui afinidade com os organoclorados. Agitou-se o Erlenmeyer 
fortemente por 5 minutos, e este foi deixado em aberto em banho maria sob 40ºC por 15 
minutos e agitado periodicamente, sendo assim, o Erlenmeyer não foi tampado pois o 
aumento da pressão interna, causado pelo aquecimento, pode levar à explosão do sistema. 
 A amostra foi filtrada sob sulfato de sódio anidro e o filtrado foi recolhido em um 
béquer de 50 mL. O sulfato de sódio de anidro vai atrair as moléculas de água do meio, 
retendo a água a modo de ficar menos disponível no filtrado. E, para a evaporação do 
solvente, o extrato foi concentrado em temperatura de 60-70ºC numa chapa aquecedora 
sob a capela. Após isso, esperou-se o sistema esfriar e este foi tampado com papel 
alumínio para ser utilizado na próxima aula prática. 
 
Aula prática 07/11/2017 
 O resíduo do sistema foi ressuspendido com 0,5 de solvente de extração e 1 
centímetro do capilar foi transferido para uma cromatoplaca de sílicagel G-0,30 mm de 
espessura ativada a 110º C durante uma hora. A placa foi colocada em uma cuba contendo 
n-hexano e depois foi retirada e secada a temperatura ambiente. 
 Na cromatoplaca de nossa bancada aplicamos 4 amostras diferentes “W, R, E e 
M” e sete soluções padrões, sendo elas: aldrin, lindano, DDT, DDE, dieldrin, endrin e 
heptacloro. 
 E, para revelação dos inseticidas na placa, esta foi nebuluzada com solução de 
rondamina B 0,25%, formando um complexo rosa com haletos, e a seguir, nebuluzada 
com com solução Na2CO3 10%. E, por último, medimos os valores de Rf e comparamos 
com os obtidos pelos padrões. 
 
Resultados e discussões: 
 Após a realização dos procedimentos, obtivemos os seguintes resultados: 
 
Imagem 1: Cromatoplaca de sílicagel contendo os padrões: I (aldrin); II (lindano); III (DDT); IV (DDE); 
V (dieldrin) VI (eldrin) e VII (heptacloro). E as amostras W, R, E, e M. 
 Através da técnica de cromatografia em camada delgada foi possível fazer uma 
triagem, para que fosse possível identificar a contaminação nas amostras de feijão. 
 Calculamos os fatores de retenção (Rf) das 11 marcações realizadas na 
cromatoplaca através da seguinte fórmula: 
𝑅𝑓 = 
𝑑 (𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
𝑑 (𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑚ó𝑣𝑒𝑙)
 
 
Sendo o valor da fase móvel igual a 10, obtivemos os seguintes resultados: 
Padrões: 
▪ 𝑅𝑓 (𝑎𝑙𝑑𝑟𝑖𝑛) = 
9,4
10
= 0,94 
▪ 𝑅𝑓 (𝑙𝑖𝑛𝑑𝑎𝑛𝑜) = 
3,8
10
= 0,38 
▪ 𝑅𝑓 (𝐷𝐷𝑇) = 
7,8
10
= 0,78 
▪ 𝑅𝑓 (𝐷𝐷𝐸) = 
9
10
= 0,9 
▪ 𝑅𝑓 (𝐷𝑖𝑒𝑙𝑑𝑟𝑖𝑛) = 
1,4
10
= 0,14 
▪ 𝑅𝑓 (𝐸𝑛𝑑𝑟𝑖𝑛) = 
1,6
10
= 0,16 
▪ 𝑅𝑓 (𝐻𝑒𝑝𝑡𝑎𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜) = 
8,7
10
= 0,87 
Amostras: 
▪ 𝑅𝑓 (𝑊) = 
9
10
= 0,9 
▪ 𝑅𝑓 (𝑅) = 
7,5
10
= 0,75 e 
8,5
10
= 0,85 
▪ 𝑅𝑓 (𝐸) = 
9,5
10
= 0,95 
▪ 𝑅𝑓 (𝑀) = 
7,5
10
= 0,75 
Multiplicamos os resultados de Rf por cem e obtivemos os seguintes valores: 
Padrão Resultado 
Aldrin 94 
Lindano 38 
DDT 78 
DDE 90 
Dieldrin 14 
Endrin 16 
Heptacloro 87 
 
Amostra Resultado (s) 
W 90 
R 75 e 85 
E 95 
M 75 
 
 
Diante desses resultados, podemos observar que todas as amostras apresentarem 
índices de presença de organoclorados. 
Interpretação: 
 Com os resultados das amostras e dos padrões de pesticidas foi possível observar 
que todas as amostras indicaram presença de organoclorados. A amostra W possivelmente 
indica a presença de aldrin. DDT e heptacloro; a amostra R, possivelmente indica a 
presença de DDT e heptacloro; a amostra E, possivelmente indica a presença de aldrin e 
DDE; enquanto a amostra M, DDT. 
 
Conclusão: 
 Com os resultados, podemos afirmar que há presença de inseticidas 
organoclorados nas amostras de feijão, entretanto o método de cromatografia em camada 
delgada não nos permite quantifica-las, já que é um método utilizado para triagem, ou 
seja, apenas para caracterizar se há presença ou não dessas substâncias nas amostras. 
Sendo assim, como foi possível constatar a presença de pesticidas organoclorados nas 
amostras, é necessário a utilização de técnicas mais refinadas para análise, que visam a 
quantificação da presença desses inseticidas, pois estes, quando consumidos, podem levarindivíduos a sérios problemas de saúde, inclusive, transtornos para o meio ambiente. 
 
Referências: 
RIBAS P. Priscila; Matsumara T. S. Aida. A química dos agrotóxicos: impacto sobre a 
saúde e meio ambiente. Revista Liberato , Novo Hamburgo, v. 10, n. 14, p. 149-158, 
jul./dez. 2009 
DOMINGUES R. Mara et al. Agrotóxicos: Risco à saúde do trabalhador rural. 45Semina: 
Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 25, p. 45-54, jan./dez. 2004 
MOREAU, Regina Lúcia de Morais; SIQUEIRA, Maria Elisa Pereira Bastos. 
Toxicologia analítica: ciências farmacêuticas, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008, 
318p.

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