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METODOLOGIA DE PESQUISA PARA AS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Aula 04

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Metodologia de pesquisa para as
Ciências Humanas e Sociais-
Título da Aula: Análise de documentos
Nesta aula...
+ Análise de documentos através do texto de Jacques Le Goff “Documento Monumento”
Jacques Le Goff
Jacques Le Goff, destacado historiador medievalista ligado a Escola dos Annales, autor de vasta produção historiográfica, foi responsável pela Escola dos Annales em sua terceira geração na década de 1970.
Os materiais da Memória Coletiva e da História
“A memória coletiva e a sua forma científica, a história, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos. De fato, o que sobrevive não é o conjunto daquilo que existiu no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas forças que operam no desenvolvimento temporal do mundo e da humanidade, quer pelos que se dedicam à ciência do passado e do tempo que passa, os historiadores. Estes materiais da memória podem apresentar-se sob duas formas principais: os monumentos, herança do passado, e os documentos, escolha do historiador.” (LE GOFF, 1996)
Os Monumentos
Os monumentos, herança do passado, tem como características o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária, das sociedades históricas (é um legado à memória coletiva) e o reenviar a testemunhos que só numa parcela mínima são testemunhos escritos.
Originalmente o documento se opunha ao monumento.
Os Documentos
Termo latino Documentum, derivado de docere, “ensinar”, evoluiu para o significado de “prova”.
Com a escola positivista, o documento triunfa. A partir de então, todo historiador recordará que é indispensável o recurso do documento.
“Não há história sem documentos”. (LE GOFF, 1996)
Os Documentos
“Há que tomar a palavra documento no sentido mais amplo, documento escrito, ilustrado, transmitido pelo som, a imagem, ou de qualquer outra maneira”. 
(LE GOFF, 1996)
A Crítica ao documento
O dever do historiador é a crítica ao documento – qualquer que seja ele – enquanto monumento;
O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que aí detinham o poder;
Só a análise do documento/monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e o historiador usá-lo cientificamente, isto é, com conhecimento de causa.
A Crítica ao documento
“O documento não é inócuo. É, antes de mais nada, o resultado de uma montagem, consciente ou inconsciente, da história da época, da sociedade que o produziram, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a viver, talvez esquecido, durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que pelo silencia”. (LE GOFF, 1996)
A Crítica ao documento
Todo documento é intencional!
“...não existe um documento-verdade. Todo o documento é mentira... Falso, porque um monumento é em primeiro lugar uma roupagem, uma aparência enganadora, uma montagem”. (LE GOFF, 1996)
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