A Situação do Saneamento Básico no Bairro Vila Marinha

Prévia do material em texto

Universidade CEUMA
Curso de Engenharia Civil
Juliana da Silva Rodrigues – CPD 971674
Raul Ferreira Paixão – CPD 12185
Felipe Tairo Pereira Sales Neves – CPD 14792
Gentilberth Moraes Silva Júnior – CPD 12912
Pedro Gabriel Santos Chaves – CPD 012188
Warverson Silva Santos – CPD 14462
A Situação do Saneamento Básico no Bairro Vila Marinha
São Luís- MA
2015
Juliana da Silva Rodrigues - CPD 971674
Raul Ferreira Paixão - CPD 12185
Felipe Tairo Pereira Sales Neves - CPD 14792
Gentilberth Moraes Silva Júnior - CPD 121912
Pedro Gabriel Santos Chaves – CPD 012188
Warverson Silva Santos – CPD 14462
A situação do Saneamento Básico no bairro Vila Marinha
Trabalho apresentado para obtenção de nota na disciplina Saneamento Básico, no curso de Engenharia Civil, na Universidade CEUMA.
Prof. Esp. Lúcio Macedo
São Luís- MA
2015
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO........................................................................................................... 1
2. CONTEXTO HISTÓRICO....................................................................................... 2
2.1 Companhias de saneamento de São Luís................................................................ 2
2.2 Esgoto de São Luís.................................................................................................... 3
3. DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 4
3.1 Situação...................................................................................................................... 4
3.2 Sistema de Tratamento e Destinação de Resíduos................................................. 4
4. CONCLUSÃO............................................................................................................. 7
Anexos:............................................................................................................................ 8
REFERÊNCIA.............................................................................................................. 10
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a definição, saneamento básico é um conjunto de procedimentos adotados numa determinada região que visa proporcionar uma situação higiênica saudável para os habitantes.
A questão do saneamento básico no Brasil nos últimos 30 anos teve um avanço considerável, porém insuficiente para a maior parte das regiões, principalmente o norte e o nordeste do país.
Nos dias atuais, saúde está ligada ao conceito de saneamento básico. Saneamento é a maneira direta e/ou indireta de melhorar condições de vida de uma comunidade, através de serviços públicos essenciais, como limpeza, abastecimento de água e rede de esgoto. A implantação desses sistemas tem por consequência a melhoria imediata de qualidade de vida à população e ambiental.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que tem por objetivo alcançar nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. De outra forma, pode-se dizer que salubridade ambiental.
O Maranhão tem um dos piores serviços de saneamento básico do país. Relatório apresentado pelo IBGE indica que o Maranhão tem 95,8% de domicílios sem acesso a serviços de saneamento básico adequados.
2. CONTEXTO HISTÓRICO
2.1 Companhias de saneamento de São Luís
Em 1958 o governo promoveu nova reestruturação dos serviços criando o Departamento de Águas e Esgotos Sanitários (DAES), esse departamento funcionou até 1969 quando foi criada em 7 de Julho de 1968 através da lei 2.078 a Companhia de Saneamento de São Luís a SANEL, incorporando os bens e direitos do DAES.
Em 1966 foi criada a Compania de Água e Esgotos do Maranhão (CAEMA), através da Lei 2.653 de 06 de Junho de 1966 com a responsabilidade de fornecer água encanada de boa qualidade e afastar os esgotos a todos os municipios do Maranhão que lhe autorizasse a concessão. Tempos depois em 1971, viria a se adequar ao Plano Nacional de Saneamento (PLANASA). No final da década de 70, o abastecimento de água e os serviços de esgotamento sanitário em áreas urbanas se traduziam em um nível de atendimento muito baixo, ocasionando uma qualidade de vida abaixo da linha do suportável. Essa situação era generalizada e, todo o Brasil e notadamente o Estado do Maranhão que apresentava um quadro muito grave de carência no atendimento à sua população. Para dar maior atenção aos problemas que afetavam o setor do saneamento, o governo resolveu criar um órgão do governo federal responsável pelo saneamento no país, o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA), que daria avanços consideráveis ao setor.
Em 1985 o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente cria uma comissão para reorganizar a PLANASA. O documento final da comissão ampliou o saneamento básico para coleta e destinação dos resíduos sólidos, drenagem urbana, controle de cheias, poluição atmosféricas e proteção dos manciais e meio ambiente. 
Figura 1. Primeira diretoria da CAEMA (Mochel,Artur Bastos e Francisco Batista).
Com a designação do Ministério da Saúde em 1988 como responsável pela coordenação da política nacional de saneamento básico, todos os recursos foram centralizados. Em 1989 houve a criação, pelas associações e entidades de classe, do programa de valorização do saneamento.
Dentro da política do PLANASA foram criados objetivos permanentes e metas que dariam suporte ao programa, no periodo de 1989 a 1993. Podemos destacar como principais as metas de atender a pelo menos 90% da população urbana com serviços de abastecimento de água, e 65% da população urbana com serviços adequados de esgotos sanitários.
2.2 Esgoto de São Luís
O plano de esgotos previa o aproveitamento das galerias existentes e seriam construídas duas estações de bombeamento para o mar, hoje chamandas de elevatórias, uma estação de bombeamento seria construída no Desterro e lançaria o esgoto na foz do Bacanga e a outra na Avenida Beira Mar, na Montanha Russa com o lançamento na foz do Anil.
Figura 2. Localização do Estado do Maranhão no Brasil e a Ilha de São Luís no Estado.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Situação
Bairro em questão: Vila Marinha, São Luís, Maranhão, Brasil.
Vila Marinha compõe um dos 15 bairros da microrregião do Vinhais. O bairro existente há um pouco mais de 35 anos e conta com mais ou menos 350 residências, não há nenhum tipo de sistema de drenagem de água, coleta e principalmente tratamento de esgoto, com essa situação, as pessoas que ali vivem, desenvolveram alguns meios para drenagem, entre eles a fossa séptica, porém, alguns que não possuem as fossas, lançam o esgoto no manguezal que há em volta da comunidade. Com essas condições, são graves os problemas de saúde e ambiental da região com a poluição causada pela falta de serviço adequado que seria uma implantação de sistema que concedesse um destino e tratamento adequado para a disposição final de lixo e esgoto urbano. 
Figura 3. Localização do Bairro Vila Marinha
3.2 Sistema de Tratamento e Destinação de Resíduos
Para que um sistema de esgotamento não degrade o ambiente e que favoreça condições de salubridade é necessário a implantação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), onde é feito de forma correta o tratamento de destinação final.
Figura 4. Esquema de tratamento de esgoto.
Pelas pesquisas feitas a comunidade, a Vila Marinha será atendida pelo Sistema Vinhais que está entre uma das criações de implantação de rede de tratamento de esgoto da capital, que o Governo Federal, através do PAC I (Programa de Aceleração do Crescimento), tendo como órgão executor a CAEMA, desenvolve, desde 2010, favorecendo também outros bairros ali próximos, beneficiando um pouco mais de 240 mil habitantes. 
Em visita ao bairro da Vila marinha, constatamos de perto, a realidade daquela população com base nas atuaiscondições de saneamento básico ali presente. A visita foi programada no dia 21 de setembro.
No dia da visita, constatou-se logo na chegada, a falta de infraestrutura. A população convive com esgoto e lixo a céu aberto, na porta de suas casas, sem nenhum tipo de tratamento. Nessas condições, a proliferação de doenças é inevitável, assim como a contaminação dessas pessoas.
Figura 5. Esgoto e lixo a ‘céu aberto’ próximos as casas
Em ‘entrevista’ realizada pelos próprios integrantes da equipe, moradores da região como a dona Antonieta, relataram que é feito uma espécie de rodízio no abastecimento de água. Após o corte, quando o serviço é restabelecido, a água só chega aos imóveis mais altos depois que a rede e as caixas d’água nos pontos mais baixos estão cheias, isso ocorre devido à baixa pressão com que água é levada até o bairro, gerando um ônus de desigualdade para os consumidores, pois a água não vem de forma simultânea para todos.
O abastecimento de água chega através de dois reservatórios do Italuís que trabalham de forma ordenada: o R9 e o R10. O primeiro abastece o bairro entre as 4h da manhã até as 18h e o segundo ciclo abastece entre as 11h e as 18h, ficando sem água no intervalo de 17h e 10h.Quando o sistema funciona e os reservatórios começam a distribuir, ela vai primeiro para as áreas mais baixas, gradativamente ao longo do tempo ela vai ganhando pressão e recalcando para atender as casas localizadas nas partes mais altas.
Figura 6- Esquema do abastecimento d’água nos reservatórios em diferentes pontos
4. CONCLUSÃO
Dessa forma, vemos que a situação no bairro Vila Marinha é de extremo descaso com seus moradores, que estão vivendo em um local com grande precariedade do saneamento básico e abandonado pelo poder público municipal.
“Para solucionar esse problema de acesso a água, como não é possível a criação de poções devido ao alto teor de cloreto de sódio por se encontrar próximo ao mangue, a CAEMA aguarda melhorias no abastecimento ou a conclusão da obra que vai substituir a antiga adutora por uma nova de 1200 mm do sistema Italuís nos 17 km do Campo de Perizes. Se tratando da rede coletora de esgoto, a CAEMA em parceria com a prefeitura e as Obras do PAC, pretendem criar um projeto para a implantação de uma rede coletora de esgoto”, afirmou o Técnico de saneamento e coordenador de operação e manutenção de sistema distribuidor do bairro vinhais, Raimundo Ferreira.
O quadro atual justifica um investimento por parte da prefeitura, através de suas secretarias e da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, para melhorar o índice de vida da população daquela localidade, o quem também economizaria, há longo prazo, os gastos da cidade com a saúde e o combate a organismos transmissores de doenças, como o mosquito da dengue, por exemplo.
Figura 5. Moradora do bairro
Só quando os serviços fundamentais do saneamento básico estiverem de acordo com o que se é esperado e considerado digno de todo ser humano, ou pelo menos o mínimo aceitável, é que a população do bairro Vila Marinha ficará mais satisfeita e poderá lutar por outros direitos básicos.
Anexos:
Figura7 – vala de esgoto na calçada de casa – Vila Marinha
Figura 8 – Esgoto a Céu aberto na Vila Marinha
Figura 9 – Esgoto próximo a casa na Vila Marinha
Figura 10 – Caema Setor Vinhais
REFERÊNCIA
MEDEIROS, RAIMUNDO. Companhia da Água e Esgotos do Maranhão. Água de Beber: Das Fontes Públicas a Caema, 2004.
MACEDO, LÚCIO. Gestão das Águas no Maranhão. Um Estudo Prospectivo, 2005
Plano municipal integrado de saneamento básico PMISB de São Luís – MA. Disponível em: <http://www2.saoluis.ma.gov.br/custom_files/File/Arquivos%20Pref%2003_06_2013/Produto_II_Diagnostico.pdf> Acesso em 22 de setembro de 2015.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Saneamento Básico no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/brasil/saneamento-basico-no-brasil.htm>. Acesso em 19 de setembro de 2015.
Prefeitura municipal de São Luís, Fundação municipal de cultura – FUNC. Anexo 3. Disponível em: <https://funcsl.files.wordpress.com/2010/08/anexos-microrregionais.pdf> Acesso em 22 de setembro de 2015.