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Segurança do Trabalho e Prevenção de Acidentes

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Rio de Janeiro
PROCESSOS E PRÁTICAS EM GESTÃO DE PESSOAS 
PROFESSOR RICARDO FERREIRA 
SEGURANÇA DO TRABALHO
1 - Compreender a importância da preservação da integridade física dos trabalhadores.
2 - Entender as principais estratégias de prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais.
3 - Reconhecer o papel do RH e dos gestores na segurança dos trabalhadores.
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Estima-se que o país gaste aproximadamente 6 bilhões de dólares, por ano, para custear as despesas decorrentes dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais: tratamentos, multas, afastamentos, indenizações, etc.
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Até bem pouco tempo atrás, o Brasil era o pior país em termos de Segurança do Trabalho, registrando o maior número de acidentes de trabalho. Agora, ocupa a 14ª posição no ranking mundial, segundo dados da OIT.
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Passado Recente:
1.500.000  acidentes de trabalho, por ano, com 5.000 mortes.
Consequências:
 Custo Brasil.
Legião de trabalhadores mortos e incapacitados temporária ou definitivamente para o trabalho.
Danos para o bem-estar social e para a produtividade.
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Atualmente:
400.000 acidentes de trabalho, por ano, com 4.000 mortes.
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Segurança do trabalho
É o estudo e a execução de medidas que visam à remoção das condições inseguras, dos atos inseguros e dos riscos de trabalho, a fim de eliminar ou reduzir o número e/ou a gravidade dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais.
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Acidente do trabalho
 É o acidente que decorre no exercício do trabalho, a serviço do empregador ou no trajeto de ida e volta do emprego, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte,a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
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Doença do trabalho
Equipara-se ao acidente de trabalho para fins legais. Elas são classificadas  como: doenças do trabalho típicas e atípicas.
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 RISCOS FÍSICOS
Ruído – Temperatura – Vibração – Radiação – Pressão
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 RISCOS QUÍMICOS
Elementos gasosos, líquidos ou sólidos que se absorvidos pelas vias respiratórias, cutâneas ou digestivas provocam reações tóxicas.
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 RISCOS BIOLÓGICOS
São os micro-organismos (bactérias, fungos, vírus, bacilos, parasitas, entre outros) presentes nos ambientes de trabalho.
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 RISCOS ERGONÔMICOS:
A Ergonomia estuda a interação homem-ambiente de trabalho. Procura adaptar o trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, assegurando-lhes conforto, segurança e desempenho eficiente e evitando o desgaste prematuro de suas potencialidades profissionais.
A Ergonomia dedica-se aos seguintes aspectos das condições de trabalho: levantamento, transporte e descarga de materiais, mobiliário, equipamentos, condições ambientais do posto de trabalho, organização do trabalho.
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 RISCOS DE ACIDENTES
Arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, armazenamento inadequado, outras situações que possam gerar acidentes.
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As causas básicas do acidente de trabalho são:
ATO INSEGURO:É o comportamento do trabalhador contrário às normas de segurança, que coloca em risco a sua saúde ou a sua integridade física, ou a de terceiros. O próprio funcionário é quem causa o acidente de trabalho.
Correria, não uso de EPIs, preconceito, gosto pelo risco, desrespeito às normas de segurança, imprudência, negligência, imperícia, distração, pressa, indisciplina, etc.
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As causas básicas do acidente de trabalho são:
CONDIÇÃO INSEGURA:São irregularidades nas instalações, máquinas ou equipamentos de trabalho que causam acidentes. A empresa é a responsável pelo acidente de trabalho.
Ferramentas defeituosas, pisos escorregadios, exalação de gases tóxicos, falta de EPIs, instalações inadequadas (construção improvisada, ventilação e iluminação inadequada, falta de limpeza e sanitários deficientes), horário excessivo de trabalho, máquinas mal protegidas e mal mantidas.
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NORMAS
REGULAMENTADORAS
(NRs):
São normas que regulamentam as condições de trabalho, no tocante à segurança e medicina do trabalho.
Responsabilidade: a criação e a fiscalização das normas, que competem ao Ministério do Trabalho.
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1. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE (CIPA):
É uma comissão formada por representantes dos funcionários (eleitos por eles) e da empresa (indicados por ela), que tem por objetivos:
- Observar e relatar as condições de risco.
- Recomendar medidas para eliminar, reduzir ou neutralizar os riscos.
- Investigar as causas dos acidentes.
- Discutir os acidentes.
- Inspecionar as instalações da empresa.
- Orientar funcionários quanto à prevenção de acidentes.
- Divulgar normas de prevenção de acidentes.
Mandato:
	Os membros da CIPA têm um ano de mandato, sendo permitida uma reeleição.
Estabilidade:
	Os representantes dos funcionários têm estabilidade de emprego até um ano após o término do mandato.
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2. SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT):
Objetivos:
 Aplicar conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho, a fim de eliminar ou reduzir os riscos do ambiente de trabalho.
Equipe:
- Médico do Trabalho.
- Enfermeiro do Trabalho.
- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
- Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Técnico de Segurança do Trabalho.
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3. SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO (SIPAT):
Objetivos:
 Promover e divulgar as questões relativas à segurança do trabalho, a fim de conscientizar os trabalhadores.
A programação pode ter:  
- palestras;
- exibição de filmes; 
- exibição e demonstração dos EPIs;
- debates sobre os acidentes ocorridos.
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4.  PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA):
Objetivos:
 Preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais.
Obrigatoriedade:
 O PPRA é obrigatório em todo e qualquer tipo de empresa, independente do porte e do grau de risco, e deve ser renovado anualmente.
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5. PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO) :
Objetivos:
Promover e preservar a saúde dos trabalhadores.
Obrigatoriedade:
O PCMSO é obrigatório em todo e qualquer tipo de empresa, independente do porte e do grau de de risco, e renovado anualmente. 
Exames Obrigatórios:
Admissional;
De retorno ao trabalho;
Demissional;
Periódico;
De mudança de função.
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6.  MAPA DE RISCOS:
Objetivos:
Reunir informações necessárias para diagnosticar a situação de segurança e saúde no trabalho.
Permitir a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores sobre os riscos a que estão sujeitos no ambiente de trabalho.
Estimular a participação dos trabalhadores nas atividades de prevenção.
Responsabilidade pela elaboração do Mapa de Riscos:  CIPA
Obrigatoriedade:
O Mapa de Riscos deve ser visível, de fácil acesso e afixado em cada setor de trabalho.
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7. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI):
	É todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
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8. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC):
É todo dispositivo de segurança que tem por objetivo proteger coletivamente os trabalhadores de um determinado setor ou empresa.
 
Observação:
A empresa deve oferecer, prioritariamente, Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). 
INSALUBRIDADE:
São consideradas insalubres as atividades que por sua natureza, condição ou métodos de trabalho exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites da tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
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8. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC):
Ônus::
As empresas com ambientes insalubres ficam obrigadas ao pagamento do adicional
de insalubridade para aqueles funcionários que trabalham nessas condições.
Deve-se pagar: 
- 10% do salário mínimo, quando em grau mínimo;
- 20% do salário mínimo, quando em grau médio;
- 40% do salário mínimo, quando em grau máximo.
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8. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC):
PERICULOSIDADE:
 São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natureza ou método de trabalho, acarretem contato permanente com inflamáveis, explosivos e energia elétrica, em condições de risco acentuado.
Ônus:
 Pagamento do adicional de periculosidade no valor de 30% do salário nominal de cada trabalhador exposto à periculosidade.
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