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Apostila de Desenho Arquitetônico IFRN

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN
CAMPUS CENTRAL
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS
		
DESENHO ARQUITETÔNICO
Noções de leitura e interpretação
NATAL
2009
INTRODUÇÃO
A palavra projeto significa intento, desígnio, empreendimento, plano geral de edificação.
Na construção civil, para alcançar o objetivo, que é a edificação em pleno estado de uso e funcionalidade, se faz a utilização de vários tipos de projetos:
Projeto Arquitetônico;
Projetos Complementares:
Hidráulico;
Estrutural;
Elétrico;
Prevenção Contra Incêndios;
Projeto Topográfico.
Além dos projetos citados, é de grande importância outros elementos utilizados para complementação destes projetos como o memorial descritivo, o orçamento, um cronograma fiscal/financeiro, um caderno de encargos e o diário da obra, por exemplo.
Estes conjuntos de elementos citados, juntamente com o projeto de produção, que também se utiliza destes elementos, formam o projeto da edificação. 
Abordaremos, neste trabalho, a leitura e interpretação do Projeto Arquitetônico, o ponto de partida para qualquer projeto de edificação.
 Passaremos a identificar com maior prontidão os meios de representação (tipos de plantas, cortes, linhas, cotas, etc.), conheceremos as etapas do estudo preliminar (avaliação do terreno, orientação, etc.), o anteprojeto (etapas do desenho) e por fim, o projeto definitivo juntamente com as normas específicas que regem o desenho do Projeto Arquitetônico em estudo.
O DESENHO ARQUITETÔNICO
A Construção de uma obra idealizada pelo arquiteto ou engenheiro deverá atender às solicitações das especialidades em que o profissional atuar e responder às necessidades do solicitante do projeto, isto é, do cliente. 
Esse projeto compreende as fases de: Estudo Preliminar, Anteprojeto e Projeto de Execução, as quais se caracterizam como blocos sucessivos e crescentes de informações, permitindo, após a conclusão de cada um deles avaliar a compatibilidade com as necessidades do solicitante; Estimar o custo e previsões de investimento; Providenciar, em tempo hábil, as reformulações necessárias, evitando posteriores modificações que venham onerar o projeto e/ou a construção.
Caso seja um projeto de grande magnitude ou complexidade, inclui-se, previamente, às fases acima mencionadas, o Estudo de Utilização do Terreno, que visa proporcionar uma verificação inicial, em nível físico-funcional e econômico-financeiro, da viabilidade do projeto com o terreno. 
Na conclusão de cada fase, o arquiteto ou engenheiro apresenta ao cliente, relatórios, desenhos, etc., que facilitem o entendimento do que será executado. Então, poderá estender-se a outras atividades entre as quais se destacam: a assistência a execução da obra (para análise e aprovação de desenhos e especificações de fabricantes, esclarecimentos relativos a eventuais dúvidas quanto à interpretação do projeto arquitetônico e para a complementação eventualmente necessária); Fiscalização, que consiste na inspeção detalhada da construção, visando rigoroso controle de qualidade e processos de construção, em fiel observância aos projetos arquitetônicos e complementares; Direção geral da execução da obra, que engloba o preparo das concorrências, para compras e contratações e controle de qualidade, quantidade e custos de materiais e serviços. 
Porém, o que se têm percebido nos últimos tempos é a indisposição dos arquitetos e engenheiros para acompanhar e gerir a execução do projeto, abrindo assim, uma brecha no mercado para o profissional de Tecnologia em Construção de Edifícios.
MEIOS DE REPRESENTAÇÃO
Normas de desenhos técnicos							As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação.	No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais para o desenho em estudo:
NBR-6492 - Representação de Projetos de Arquitetura.
NBR 5984 - Norma Geral de Desenho Técnico (antiga NB-8R), que trata de assuntos como: legendas, convenções de traços, sistema de representação, cotas, escalas.
O formato
É a dimensão do papel. Através do desenho arquitetônico o arquiteto ou o desenhista gera os documentos necessários para as construções. Esses são reproduzidos em "pranchas", isto é, folhas de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica, onde o espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens.
A série mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como: série DIN - A (Deutsch Industrien Normen - A), cuja base é o formato A0 (A zero), constituído por um retângulo de 841 mm x 1189 = 1 m², aproximadamente. Mediante uma sucessão de cortes, dividindo em duas partes iguais os formatos, a partir do A0 obtém-se os tamanhos menores da série.
 Figura 1.1
 A legenda
		 A legenda ou identificação, na gíria profissional chama-se carimbo, que tem a finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Recomenda-se que o carimbo seja usado junto à margem, no canto inferior direito. Esta colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos são arquivados. O carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a critério do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados:
Nome do escritório, companhia, etc.;
Título do projeto;
 Nome do arquiteto ou engenheiro;
Nome do desenhista e data;
Escalas;
Número de folhas e número da folha;
Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra;
Nome e assinatura do cliente;
Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho;
Conteúdo da prancha.
 
 Figura 1.2
 
 
 Figura 1.3
Escalas
Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de detalhe da informação. Normalmente, na etapa de projeto executivo, quando os elementos da construção estão sendo desenhados para serem executados, como, por exemplo, as esquadrias (portas, janelas, etc.), normalmente as desenhamos o mais próximo possível do tamanho real.
 Escalas recomendadas:
Escala de 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral;
 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos;
 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos;
1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra.
1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes;
 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra;
· 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano; 
1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia;
1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e zoneamento.
 As linhas
São os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas e etc., determinam as dimensões e informam as características de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão estar perfeitamente representadas dentro do desenho.Cotas
Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem, portanto, da escala em que o desenho foi executado. São os números que correspondem às medidas. 
Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são:
a) linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referencia).
b) linhas de cota (ou de medida).
 
1.5.1 Princípios gerais:
Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se desenham com traço contínuo fino. As linhas de chamada devem, em princípio, ser perpendiculares ao elemento a cotar, mas em casos excepcionais, pode haver conveniência em que sejam desenhadas obliquamente, preferindo-se nesses casos inclinações de 60° ou 75º;
As linhas de cota não devem ser escritas muito próximas das linhas de contorno, dependendo a distancia a que se colocam as dimensões do desenho e do tamanho do algarismo das cotas;
Os ângulos serão medidos em graus, exceto em coberturas e rampas que se indicam em porcentagem (%).
As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente;
Colocar as linhas de referência de preferência fora da figura;
Evitar repetições de cota;
Todas as cotas necessárias serão indicadas;
Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura;
As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas no desenho;
As cotas de um desenho devem ser expressas na mesma unidade;
A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral, usa-se 2.5 a 3mm;
No caso de divergência entre cotas de desenhos diferentes, prevalece a cota do desenho feito na escala maior;
As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção de medida.
O "tick" determina os limites dos trechos a serem dimensionados sempre a 45 graus à direita, cruza a interseção entre a linha de cota e de chamada (figura 1.4).
 
 Figura 1.4
Representação em cores - Convenção
Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:
 Sistemas de Representação gráfica
As projeções ortogonais da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando os termos técnicos.
 
 Figura 1.5
 Figura 1.6
As Normas Brasileiras NB-8R estabelecem a convenção usada também pelas normas italianas, alemãs, russas e outras, em que se considera o objeto a representar envolvido por um cubo. O objeto é projetado em cada uma das seis faces do cubo e, em seguida, o cubo é aberto ou planificado, obtendo-se as seis vistas (figura 1.7)
Figura 1.7
Símbolos gráficos									O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremos as simbologias para definir, como por exemplo, as paredes, portas, janelas, louças sanitárias, telhas, concreto...				
I. PAREDES												Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É, no entanto, obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais...). Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente.									
II. PORTAS
Utilizar para portas: P1, P2, P3, Pn...
Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota.
Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão as portas de banheiros desenham-se como as externas.
c. Outros tipos de porta:
- De correr ou corrediça: 
- Porta pantográfica:
- Porta pivotante:
- Porta basculante:
- Porta de enrolar: 
III. JANELAS											O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis. Utilizar para janelas: J1, J2, J3, Jn..
 
V. CONCRETO
As seções das lajes de piso ou cobertura, assim como seções de vigas,
sapatas das fundações etc., de concreto, deverão ser pintadas de verde ou
recorrer aos símbolos gráficos.
VI. MOVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA
ETAPAS E TIPOS DE REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE PROJETOS
2.1. Dados/Informações
						
I. Estudo de utilização do terreno
A. Levantamento topográfico/cadastral. É realizada uma visita prévia ao local da obra para observar o terreno e o entorno (vizinhança). Com indicação dos principais acidentes - rochas, cursos d’água, etc., - e locação, especificação de árvores e massas arbustivas.
B. Mecânica de solo. Informações gerais sobre suas características, para efeito de fundações e drenagem.
C. Fotos.
II. Meio ambiente (informações gerais).
A. Temperatura e umidade relativa.
B. Precipitação.
C. Insolação.
D. Regime de ventos.
E. Regime de marés (para terrenos a beira-mar).
F. Poluição e ruídos.
III. Urbanística local.
A. Informações gerais sobre a área urbana, quanto a: 
 - usos,
 - ocupação, 
 - infra-estrutura, e 
 - tendências de desenvolvimento (espontâneo e planejado).
B. Condições de tráfego: 
 - vias públicas (existentes e planejadas);
 - capacidade (fluxos e tendências de modificação); 
 - estacionamentos.
C. Legislação pertinente:
 - restrições de usos no local;
 - taxas de ocupação e coeficientes de utilização; 
 - gabaritos; 
 - alinhamentos, recuos e afastamentos; 
 - exigências relativas aos tipos específicos da edificação.
 Graus de elaboração
Estudos preliminares – O cliente fornece um programa ou lista de necessidades, fixando quanto poderá gastar e em quanto tempo. Pouco a pouco o projeto vai tomando forma em esboços conforme são discutidos problemas e soluções.
Esboço – representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras.
Anteprojeto- representação gráfica (desenhos técnicos de medidas, especificações da definição estética e estrutural, da correlação de suas instalações complementares, possibilitando a compreensão da obra) empregada nos estágios intermediários daelaboração do projeto, sujeita ainda a alterações antes da elaboração do projeto de execução. O anteprojeto surge do esboço “passado à limpo”.
Croqui – desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade. São sinônimos: borrão, estudo preliminar e rascunho.
Projeto Legal – apresentação sucinta do projeto definitivo, com o mínimo de desenhos representativo-simplificados, para tão-somente obter aprovação do projeto junto aos poderes públicos.
Projeto de Execução (definitivo) – projeto completo com desenhos, especificações e detalhes, com o layout de mobiliário, máquinas e equipamentos, representados na escala, informações adequadas e à concatenação aos projetos complementares visando a perfeita execução da obra.
Projetos Complementares – projeto com a representação dos pontos hidráulicos, pontos elétricos e tubulação telefônica adequados às necessidades do proprietário visando à perfeita execução da obra.
Detalhamento – informações minuciosas dos complementos exclusivos da obra, cujos desenhos e/ou memoriais descritivos deverão expor os detalhes técnicos executivos referentes aos componentes especiais e/ou adicionais da construção.
Montagem gráfica de um projeto
O projeto relativo a qualquer obra de construção, reconstrução, acréscimo e modificação de edificação, constará, conforme a própria natureza da obra que se vai executar, de uma série de desenhos:
1. Plantas cotadas de cada pavimento, do telhado e das dependências a
construir, modificar ou sofrer acréscimo. Nessas plantas devem ser indicados
os destinos e áreas de cada compartimento e suas dimensões.
I. PLANTA BAIXA
É a seção que se obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso a uma altura tal que o mesmo venha cortar as portas, janelas, paredes etc.	
Para representação da planta devemos observar os seguintes itens a seguir:
Representação das paredes (altas com traço grosso contínuo, e paredes baixas com traço médio continuo com a altura correspondente);
Colocar todas as cotas necessárias;
Indicar as áreas correspondentes de cada compartimento, em m2.
Colocar o tipo de piso de cada compartimento;
 Indicar as portas e janelas com suas medidas correspondentes (base x altura) de acordo com a simbologia adotada;
Representar piso cerâmico ou similar com quadrículas (linha fina);
Indicar desníveis se houver;
Representar todas as peças sanitárias, tanque, pia de cozinha (obrigatório).
Com linha pontilhada, indicar o beiral (linha invisível);
Indicar onde passam os cortes longitudinal e transversal (traço e ponto com linha grossa) e o sentido de observação, colocando letras ou números que correspondem aos cortes;
 Figura 2.1
II - CORTES
As seções ou cortes são obtidas por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra.
Devemos passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados e cujas paredes sejam revestidas por azulejos (mínimo 1,50 m).
Na maioria dos casos somos obrigados a mudar a direção do plano da seção a fim de mostrar um maior numero de detalhes, evitando assim novas
seções.
Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens:
Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço grosso;
Representação das paredes em que o plano vertical não corta, com traço fino;
Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada, com as devidas medidas (altura).
Indicação somente das cotas verticais, indicando alturas de peitoris, janelas, portas, pé direito, forro...
Representação da cobertura (esquemática)
Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura é de 10 cm.
Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm
Indicação de desníveis se houver (verificar simbologia)
Indicar revestimento (azulejos) com a altura correspondente
Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando (geralmente indica-se um pouco acima do piso)
Indicar o desvio do corte, quando houver, através de traço e ponto com linha média.
Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver
necessidade.
Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente
O corte é obtido através da passagem do plano vertical pela edificação,
dividindo-o em duas partes. Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o
corte, eliminando a outra parte. O corte vertical corta a edificação desde a
sua fundação até a sua cobertura, como mostra a figura:
 
 Figura 2.2
III - FACHADA
Fachada ou elevação é considerada uma vista frontal da obra; ou seja, é
como se passasse um plano vertical rente à obra e se observasse do “infinito”,
assim, o desenho não seria tridimensional e sim, bidimensional (planificado).
Para a representação da fachada é necessário observar:
A fachada não deve constar cotas como no corte, somente em alguns casos excepcionais.
Indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento, pintura... (se quiser)
Desenhar as paredes mais próximas ao observador com traço grosso contínuo;
Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com traço médio e fino;
Ao contrário do corte, na fachada é representada detalhes das portas e janelas com traço fino.
 Figura 2.3
IV - COBERTURA
A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando assim a representação de todos os detalhes relativos à coberta, como:
- tipo de telha;
- inclinação correspondente ao tipo de telha,
- se existir, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises...
- Determinar as cotas parciais e totais da edificação.
VI - LOCALIZAÇÃO
É a representação do lote dentro da quadra.
É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em questão, assim como o seu numero e o numero da quadra.
Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra,
 Indicar também o norte magnético.
Obs. É cotado somente o lote em questão.
Figura 2.4
V- SITUAÇÃO
Para locar uma obra é necessário representar o local exato onde ela ocupará no lote. Para isso necessita- se da obtenção de dados na prefeitura como os recuos frontal, lateral e fundos.
Representa-se a projeção da obra sem contar com os beirais;
Representar todas as cotas necessárias.
É necessária a representação da calçada (tipo de material);
Principais acessos e nome da rua que passa na frente da obra;
Indicação do norte magnético;
Locação de fossas, caixas de gordura, caixas de inspeção, ou saída para o esgoto publico, árvores (se houver);
Localização da entrada de energia elétrica e água.
Cotas de nível (meio fio, calçada, obra...).
Indicação da localização do lixo;
 Figura 2.5
VII - TITULO
O titulo do projeto geralmente é a finalidade da obra, ou seja, se a construção é para fins residenciais, comerciais, assistências, religiosos, etc. Seguido da localização da obra (lote / quadra / bairro / cidade /estado)
Ex: Projeto destinado à construção de uma residência em alvenaria, situado sobre o lote X, quadra Y, bairro W, Cidade/Estado.
VIII - ESTATÍSTICA
A estatística do projeto geralmente é colocada pouco acima da legenda, se possível. Nela colocamos:
Área do lote em m²;
Área da construção (térreo, superiores..., todos em separado) em m²;
 Área total da construção em m²;
Coeficiente de aproveitamento= área da construção total: área do lote
Taxa de ocupação = (área da construção térrea: área do lote) x 100 %
Obs: Caso haja construções existentes, indicar também a área correspondente com o respectivo número do protocolo de aprovação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://lucariny.sites.uol.com.br/desarqui01.htm
 http://lucariny.sites.uol.com.br/etapasproj01.htm
http://www.arqinter.com.br/component/content/article/38-diversos/50-projetos-de-arquitetura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho_arquitet%C3%B4nico
http://www.rau-tu.unicamp.br/~luharris/DTarq/DTarq_M5.htm
http://www.hiranferreira.com/desenho/conteudos/Desenho%20Arquitetonico.pdf
http://www.ebah.com.br/curso-de-leitura-de-projetos-arquitetura-desenho-tecnico-pdf-pdf-a10970.html
http://www.cofeci.gov.br/pagInternas/testeVerificacao/medio_desenho_arquitetonico.pdf
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini-Aurélio, o minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, setembro de 2000.
ABNT - NBR 10647/1989 – Desenho técnico.
ABNT – NBR 6492/1994 – Representação de projetos de arquitetura.
MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Ed. Edgard Blucher LTDA, 2ª edição revista e ampliada, 1978.

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