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PETIÇÃO INICIAL É o primeiro requerimento formulado pelo autor, o qual exercita o seu direito de ação rompendo a inércia da jurisdição e apresentando os contorno, subjetivos e objetivos, da tutela jurisdicional por ele pretendida. Requisitos da Petição Inicial (art. 319 e 320 CPC) Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. § 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. § 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. § 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Artigo 319 – inc. I – (Endereçamento/Competência) Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; - Toda petição inicial começa com o endereçamento, ou seja, a indicação do Juízo que deverá analisar o objeto e os pedidos nela constantes. - Não existe regra formal (legal) de como deve ser feito este endereçamento, porém a prática consagrou a seguinte formulação: EXCELENTÍSSIOMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXX - GOIÁS. - A maior dificuldade é saber para qual juízo deve ser dirigida a petição. Para qual Justiça ? (Especial ou Comum), também definir qual Comarca ? (Foro) - Para saber o endereçamento correto de uma petição inicial, deve o advogado conhecer as regras de competência para apreciação da demanda em discussão. - A apuração da competência é feita por eliminação, devendo primeiro analisar se a competência é da justiça especializada ou do Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal, devendo para tanto consultar a Constituição Federal. a) Justiça do Trabalho – art. 111 ao art. 117 da C.F b) Justiça Eleitoral – art. 118 ao art. 121 C.F c) Justiça Militar Federal – art. 122 ao art. 124 da C.F d) Supremo Tribunal Federal – art. 102 da C.F e)Superior Tribunal de Justiça – art. 105 da C.F - Não sendo a competência da chamada Justiça Especializada, bem como do STJ e STF, a mesma será da Justiça Comum (Estadual ou Federal), devendo também ser feita por exclusão, devendo analisar primeiro se a competência é da Justiça Federal, também contida na Constituição Federal. Justiça Federal – art. 106 ao art. 110 da C.F - Não sendo a competência da Justiça Especializada e nem da Justiça Comum Federal, a mesma caberá a Justiça Comum Estadual, pois a mesma é dotada de competência residual. - Definida a justiça competente, deve-se analisar qual seria o foro competente para ajuizar a demanda. Obs.: Foro é a circunscrição territorial, onde um ou mais Juízos órgãos jurisdicionais) exercem suas funções. - Para definição do foro competente, é necessário conhecer as regras de competência territorial previstas no Código de Processo Civil, Leis diversas (ex. Juizado Especial) e nas normas Estaduais de Organização Judiciária. - Existe as regras gerais de competência contida nos artigos 46 e 47 do Código de Processo Civil, bem como outras específicas e exceções contidas nos artigo 48 a 53 do Código de Processo Civil. - Competência na execução (art. 781 do NCPC) - A principal regra de competência é, alternativamente, o foro de domicílio do executado, de eleição ou da situação dos bens. Artigo 319 – inc. II – (Qualificação das partes) Art. 319. A petição inicial indicará: II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; - A devida qualificação das partes é exigida, para se poder analisar a legitimidade ativa e passiva dos demandantes, bem como para saber quais são as pessoas que ficarão vinculadas a relação jurídica processual e por consequência as que sofrerão os efeitos da sentença. - A indicação do estado civil ou união estável é importante, posto que em algumas ações será necessário o consentimento do cônjuge ou companheiro, como é o caso constante no artigo 73 do CPC. - O domicílio do réu é um elemento importante, posto que o mesmo é necessário para localização e citação/intimação, porém, mesmos que se falta algum dado, porém ainda seja possível a citação a petição inicial será aceita. - Por fim, a indicação de E-mail é obrigatório, mas se a parte não possuir endereço eletrônico, tal fato deverá ser informado para o Poder Judiciário. Pedro Pedra Pedroso, casado (estado civil), empresário (profissão), inscrito no CPF sob o n° xxxx (número), residente e domiciliado a (endereço da parte), com endereço a xxxxxxxxx, e endereço eletrônico xxxxxxxxx, caso não possua endereço eletrônico pode colocar “endereço eletrônico desconhecido” Artigo 319 – inc. III – (Causa de Pedir) Art. 319. A petição inicial indicará: III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; - Na petição inicial, não basta indicar o que se quer, é necessário também indicar por que se quer. - A causa de pedir, incluem-se os fatos e fundamentos jurídicos do pedido. - Os fatos são os eventos e acontecimentos ocorridos, que originaram o conflito e consequentemente o possível direito. A exposição dos fatos deve ser precisa, seguindo uma ordem cronológica, apontando os pontos relevantes de forma que seja de fácil compreensão. - Os fundamentos jurídicos é a indicação dos dispositivos legais que geram o direito a pretensão narrada nos fatos. - Embora não seja obrigatória, neste ponto se faz necessário dividir a causa de pedir em dois tópicos, I – dos fatos e II – Do direito (fundamentos), para uma melhor compreensão. - Na exposição da causa de pedir, ao se referir as partes, não é necessário repetir os nomes, mas somente indicar a nomenclatura das partes de acordo com cada procedimento. (Autor e réu no procedimento de conhecimento, Exequente e executado no processo de execução e etc.). Artigo 319 – inc. IV – (Pedido) Art. 319. A petição inicial indicará: IV - o pedido com as suas especificações; - É um dos requisitos mais importantes, sendo inclusive uma das condições da ação (o pedido deve ser juridicamente possível), devendo ser o pedido certo e determinado. Dois são os tipos de pedido: Pedido imediato O pedido imediato indica a natureza da providência solicitada: declaração, condenação, constituição, mandamento, execução. É o que o autor deseja, ou seja, a sentença. Pedido mediato é o próprio bem jurídico, é o bem da vida pretendido pelo autor, é o resultado prático. (quantia em dinheiro, bem que se encontra em poder do réu, etc.). O pedido deve ser certo ou determinado. - É permitido a acumulação de pedidos, desde que eles sejam compatíveis entre si, acompetência seja do mesmo juízo, bem como tenham o mesmo procedimento. - Também é possível pedido sucessivo e alternativo. Artigo 319 – inc. V – (Valor da causa) Art. 319. A petição inicial indicará: V - o valor da causa; - Toda causa tem que ter um valor, mesmo que não tenha um conteúdo econômico imediato. A forma de calcular o valor da causa esta estipulado no CPC no art. 292. - Para a atribuição do valor da causa, existem dois critérios: 1° - Fixação legal ou obrigatória, sendo o valor da causa matéria de ordem pública, devendo para chegar ao valor correto, ser aplicado o que está determinado no artigo 292 do Código de Processo Civil. - O valor da causa constará sempre da petição inicial ou reconvenção e será: I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. 2º - A fixação voluntária ao valor da causa, se dá quando não existe previsão legal, sendo o mesmo livremente fixado pelo autor a partir de uma estimativa. Artigo 319 – inc. VI – (Requerimento de provas) Art. 319. A petição inicial indicará: VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; - A petição inicial indicará as provas, mesmo que estas provas sejam produzidas ao longo do processo, mas a indicação é necessária, até para que o réu possa se defender, e saber quais serão as provas que serão introduzidas pelo autor. Princípio da ampla defesa. - As provas vêm em encontro de comprovar os fatos e fundamentos expostos na causa de pedir. - O nosso ordenamento jurídico disciplina as seguintes formas de provas: a) Documental b) Oral: 1 – Depoimento pessoal e 2 – Prova testemunhal; c) Prova pericial; d) Inspeção judicial; e) Confissão; f) Exibição de documento ou coisa. Artigo 319 – inc. VII – (Realização de audiência) Art. 319. A petição inicial indicará: VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. – A parte autora deverá na inicial informar se deseja ou não audiência de conciliação, caso o autor não opte expressamente será marcada a audiência. Documentos que devem acompanhar a petição inicial - Procuração; - Cópia dos documentos pessoais e comprovante de residência; - Contrato social (quando a parte for pessoa jurídica); - Documentos que comprovam os argumentos contidos nos fatos; - Comprovante de pagamento das custas iniciais; - Outros documentos indispensáveis a propositura da ação. MODELO PETIÇÃO INICIAL EXMO.(A) SR.(A) DR.(A) JUIZ.(A) DE DIREITO DA ....ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXX - GO. (Artigo 319 – inc. I –Endereçamento/Competência) Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n° xxxxxxxxxx, com estabelecimento comercial na Rua xxxxxxxxx, Bairro xxxxxxx, Inhumas - Goiás, com endereço eletrônico xxxxxx, vem, por intermédio do seu procurador infra-assinado com escritório profissional sito a xxx) (m.j.), propor (Artigo 319 – inc. II – Qualificação das partes) a presente AÇÃO DE XX (nomenclatura da ação) em face de Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileiro, casado, agricultor, portador do RG nº xxxxxxxxx SSP/GO, e inscrito no CPF sob o n° xxxxxxxxxxxx, residente na xxxxxxxxxxxxx, Município de XXX - Goiás; (endereço eletrônico desconhecido), pelos fundamentos a seguir expostos: (Artigo 319 – inc. II – Qualificação das partes) DOS FATOS Conforme consta do Instrumento Particular de Permuta de Bens Móveis e da Carta de Fiança e Notas Fiscais em anexo, a Autora .................... (Artigo 319 – inc. III – Causa de Pedir) DO DIREITO/FUNDAMENTOS No presente caso mesmo se tratando de títulos executivos extrajudiciais a parte pode optar pelo processo de conhecimento conforme dispõe o artigo 785 do CPC. In verbis: Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte optar pelo processo de conhecimento, a f im de obter tí tulo executivo judicial. ............................... (Artigo 319 – inc. III – Causa de Pedir) DOS PEDIDOS (Artigo 319 – inc. IV – Pedido) Diante do exposto, requer: a) A citação do Réu no endereço acima informado para no prazo legal responder à presente ação sob pena de decretação da revelia com todos seus efeitos; b) que as diligências do(a) Sr(a). Oficial(a) de Justiça sejam feitas com os benefícios do § 2º, do art. 212, do Código de Processo Civil. c) A condenação do Réu ao pagamento de R$ 391.181,50 (trezentos e noventa e um mil sento e oitenta e um reais e cinqüenta centavos) mais juros e atualização monetária; d) A condenação do Réu no pagamento de custas processuais e honorários advocatíc ios na forma da legislação vigente; e) Que seja marcada audiência de conciliação em conformidade com o art. 319, inc. VII do CPC. (Artigo 319 – inc. VII – Realização de audiência) g) Protesta por todos os meios de prova no Direito admitidas, especialmente no depoimento pessoal das partes e testemunhas que serão arroladas oportunamente. (Artigo 319 – inc. VI – Requerimento de provas) Dá-se à causa, o valor de R$ 391.181,50 (trezentos e noventa e um mil sento e oitenta e um reais e cinqüenta centavos) (Artigo 319 – inc. V – (Valor da causa) Nestes termos, pede deferimento. Inhumas, 26 de agosto 2017. Fulano de Tal OAB/GO n° xxxx CONTESTAÇÃO - É o instrumento processual do exercício do direito de defesa utilizado pelo réu para opor-se formal ou materialmente à pretensão deduzida em juízo pelo autor na inicial. - Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir, devendo a contestação ser específica, não sendo possível a contestação por negativa geral. - O prazo para oferecer a contestação é de 15 dias (úteis), contados a partir da juntada do comprovante de citação nos autos; da audiência de conciliação ou de mediação quando não comparecer a parte ou não foi possível a autocomposição, do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou mediação. - A peça contestatória deve conter um paralelo com a petição inicial, isto é, a mesma deve ser redigida com base no artigo 336 com os incisos do artigo 319 do CPC. a) Endereçamento e indicação do número do processo. ( art. 319, inc. I); b) Nome das partes (art. 319, inc. II – qualificação apenas se necessário, posto que as partes já foram qualificadas na peça inicial);c) Requerimento de provas (art. 319, inc. VI e art. 336, parte final); d) Conclusão (art. 319, inc. IV, pedido de extinção, improcedência do pedido, condenação – o pedido vai depender do tipo de ação). - Requisitos da contestação - A contestação deverá ser dividida em preliminar e em mérito, conforme preconiza o artigo 337 do CPC. Antes de adentrar ao mérito da demanda, cabe ao réu alegar possíveis preliminares. - Preliminar – Matéria de índole processual, que podem impedir ou retardar o conhecimento do mérito da lide. São passíveis de reconhecimento de ofício pelo juiz ou a requerimento da parte. - Em conformidade com o art. 337, NCPC, as preliminares a serem alegadas antes de adentrar ao mérito são as seguintes: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III – incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar; XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. Artigo 337 – inc. I – (Defeito na citação) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: I - inexistência ou nulidade da citação; - A falta de uma citação regular, pode levar a nulidade de um processo, portanto constitui um pressuposto de validade do processo. Artigo 337 – inc. II – (Incompetência) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: II - incompetência absoluta e relativa; - Se dá quando existe uma inobservância das regras de competência funcional, territorial ou de valor da causa. Artigo 337 – inc. III – (Valor da causa) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: III – incorreção do valor da causa; - Se dá quando o autor em sua inicial atribui o valor da causa de forma diversa da preconizada no art. 292 do CPC. Artigo 337 – inc. IV – (Inépcia) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: IV - inépcia da petição inicial; - Ocorre quando faltar pedido ou causa de pedir, quando da narração dos fatos não decorrer logicamente o pedido, quando o pedido for juridicamente impossível ou quando os pedidos cumulados forem incompatíveis entre si. Artigo 337 – inc. V – (Perempção) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: V - perempção; - É a perda do direito de ação. Ocorre quando a parte autora tiver dado causa, por três vezes anteriores, à extinção do processo, sem sem julgamento do mérito, em razão de sua inércia. Artigo 337 – inc. VI – (Litispendência) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: VI - litispendência; - Verifica-se quando a parte repete ação idêntica à outra que se encontra em curso. Considera-se idêntica as ações, quando tiver as mesmas partes, a mesma causa de pedir e pedido. Artigo 337 – inc. VII – (Coisa Julgada) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: VII - coisa julgada; - Se dá quando a ação for idêntica a outra já decidida por sentença definitiva de mérito, transitada em julgado. Artigo 337 – inc. VIII – (Conexão) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: VIII - conexão; - Quando tiver dois processos com o mesmo pedido ou a causa de pedir. Artigo 337 – inc. IX – (Incapacidade) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; - Se dá quando a parte ativa ou passiva no processo não tem capacidade de estar em juízo ou nãop está devidamente representado ou autorizado a estar em juízo. Artigo 337 – inc. X – (Arbitragem) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: X - convenção de arbitragem; - Ocorre quando existe uma cláusula de compromisso arbitral que impeça a discussão judicial do litígio, devendo portanto ser alegada pelo réu em sua peça contestatória. Artigo 337 – inc. XI – (Carência de Ação) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual; - A parte deve demonstrar que tem legitimidade e interesse na causa no momento do ajuizamento da ação, não conseguindo comprovar esses requisitos a demanda será extinta por carência de ação. Artigo 337 – inc. XII – (Caução) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: XII - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar; - Em algumas demandas específicas, existe condições a serem preenchidas para a propositura de ação, como é o caso da ação rescisória que determina a prestação de caução pelo autor como pressuposto da ação. Artigo 337 – inc. XIII – (Assistência Judiciária) Art. 337. Incumbe ao réu antes de discutir o mérito arguir: XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. - Se dá quando a parte autora requer o benefício da gratuidade da justiça e o réu tem entendimento que o autor possui condições financeiras da arcar com as custas de um processo. - Após as alegações preliminares, deve o réu contestar o mérito da demanda. - Tipos de defesa de mérito na contestação: - Direta – É quando o réu nega a existência do fato em que é baseado o direito do autor. - Indireta – É quando o réu NÃO nega as afirmações constantes na petição inicial, porém alega algum fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. - A defesa de mérito se dá com a exposição de fatos e de direito, com o intuído de rebater as alegações contidas na petição inicial. Material de pesquisa: - Vade Mecum Prática, Nathaly Campitelli Roque.Ed. Método - Manual de Prática Civil – Fernanda Tartuce. Ed.Método - Prática Jurídica Civil – Darlan Barroso. Ed. Revista dos Tribunais MODELO CONTESTAÇÃO EXMO(A) SR(A) DR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1a VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXX – GO. (mesma Comarca onde foi protocolada a petição inicial) Processo: Autor: Réu: (número do processo, posto que já existe processo e nome das partes) XXXXXXXXX, já devidamente qualificada nos presentes autos, por intermédio dos seus procuradores infra-assinados, vem CONTESTAR a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, com supedâneo nos elementos fáticos e jurídicos a seguir expostos: I - SINOPSE DA EXORDIAL O Autor ajuizou a presente demanda alegando, em síntese, que adquiriu da .............. (exposição resumida das alegações do autor na petição inicial) II - PRELIMINARMENTE 01. INEXISTÊNCIA DE CITAÇÃO Conforme preconiza o artigo 214 do CPC, para validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. Art. 214. Para validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. Portanto Nobres Julgadores ao analisar todo o processo podem verificar que não consta em nenhum lugar o documento..... 02. DA COISA JULGADA Por outro lado, a presente lide já foi apreciada no processo de n° xxxxx, conforme se comprova pelos documentos em anexo. ........... (Pode alegar quantas preliminares existirem) MÉRITO Do alegado problema com as sementes de soja. Da absoluta ausência de provas Conforme dito, o Autor alega quebra de safra da sualavoura de soja, alegando que foram adquiridas sementes de soja da empresa e esta por sua vez não possuindo as sementes contratadas forneceu ao Autor sementes de soja da marca xxx, sementes estas que teriam apresentado um baixo índice de germinação levando ao Autor a adquirir e plantar outra qualidade de sementes já de forma tardia. Nos termos do art. 333, I do CPC, incumbe ao Autor a prova quanto ao fato constitutivo do seu direito. ............... (neste ponto deverá ser apresentada a tese de defesa proveniente do objeto do pedido) Diante do exposto, requer: a) A procedência da primeira preliminar para declarar inexistência da citação e por consequência a anulação de todos os atos praticados; b) Requer a improcedência da presente Ação de Indenização em seu todo, condenando o Autor ao pagamento das custas processuais bem como dos honorários advocatícios; Protesta em provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, em especial, oitiva de testemunhas; e o depoimento pessoal do Autor, sob pena de confissão. Nestes termos, pede deferimento. Inhumas, 26 de agosto de 2017 Fulano de Tal OAB/GO n° xxx CASOS PARA ELABORAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL 1º CASO - Márcio Martins, residente na Comarca de Inhumas, juntamente com sua família, no dia 08/07/2017 foi juntamente com seus filhos e esposa passear no Shopping Lua Nascente, situado no Município de Goiânia. - No Shopping o senhor Márcio e sua família ao descer em uma escada rolante a mesma parou bruscamente, vindo a senhora Renata Martins esposa do senhor Márcio cair da escada, sendo que nesta queda a senhora Renata veio a fraturar a perna direita e o braço esquerdo, motivo pela qual a mesma foi levada ao hospital. - A senhora Renata teve que fazer duas cirurgias, gerando vários gastos com Médico, Hospital e medicamentos. - O senhor Márcio e a senhora Renata contratam o seu serviço como advogado. - Diante do exposto redija a peça inicial adequada para o ressarcimento dos prejuízos sofridos. Obs.: As informações não contidas no presente caso podem ser complementadas. 2º CASO - Maria Madalena, é casada a 22 anos, pelo regime de comunhão parcial de bens com Fernando Francisco, os mesmos residiram durante todo o período matrimonial na Cidade de Catalão. - Desta união nasceu Caio Caique, hoje com 21 anos. - Durante todo o período de casamento Maria e Fernando não adquiriram nenhum bem. - Após a separação de fato (não teve a separação judicial), Maria foi morar na Cidade de Inhumas e Fernando mudou-se para a Comarca de Trindade. - Maria querendo casar novamente, procura o seu escritório para ajuizar a ação necessária para por um fim no vinculo matrimonial. - Diante do exposto, redija a ação adequada para resolver o problema de Maria. Obs.: As informações não contidas no presente caso podem ser complementadas.
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