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Macroeconomia Aula 05

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J o s i l d a S a n t o s , C P F : 4 6 8 9 7 8 0 1 4 5 3
Curso Online – Macroeconomia para o BNDES 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – Engenharia 
Teoria e Exercícios 
Prof. César Frade 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
 
 
Olá pessoal! 
 
Estamos aqui para a nossa quinta aula de macroeconomia e a primeira aula de Sistema Financeiro Nacional – SFN. 
 
O Sistema Financeiro Nacional é o conjunto de regras que regulamentam a transferência de recursos dos agentes 
superavitários para os agentes deficitários. E, boa parte da aula, será a exposição da legislação. Sei que a matéria é 
chata, mas é necessária e está sendo pedida na ementa. 
 
Teremos várias questões das mais variadas bancas. 
 
Começarei expondo o organograma do SFN de uma forma completa. Depois iremos detalhar cada um dos agentes. A 
aula, mais uma vez, é imensa. 
 
As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
 
 
 
Prof. César Frade 
Março/2011 
 
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Teoria e Exercícios 
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1. Organograma Completo do Sistema Financeiro Nacional 
 
 
 
 
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Teoria e Exercícios 
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Entende-se como órgãos reguladores os Conselhos, ou seja, o Conselho 
Monetário Nacional, o Conselho Nacional de Seguros Privados e o Conselho 
Nacional de Previdência Complementar. 
 
Entende-se como entidades supervisoras o Banco Central do Brasil, Comissão 
de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e 
Superintendência de Previdência Complementar. Por sua vez, os Conselhos ou 
Câmaras de Recursos são os órgãos recursais de última instância da esfera 
administrativa. 
 
Tanto os órgãos reguladores quanto as entidades supervisoras fazem parte 
daquilo que é denominado subsistema normativo. Essas entidades 
supervisoras são as responsáveis pela fiscalização dos produtos em seus 
mercados. Esses produtos são comercializados pelos agentes que fazem parte 
do subsistema de intermediação ou subsistema de distribuição. São utilizadas 
essas duas nomenclaturas. 
 
 
2. Conselho Monetário Nacional – CMN 
 
O Conselho Monetário Nacional – CMN foi criado pela Lei 4.595/64 e veio para 
substituir o conselho da SUMOC – Superintendência da Moeda e do Crédito – 
com o objetivo de normatizar o sistema financeiro nacional. 
 
A Legislação dispõe que a criação do CMN se deu “com a finalidade de formular 
a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social 
do País.” 
 
Na verdade, o CMN é uma reunião que tem como objetivo básico formular as 
mais variadas regras para o desenvolvimento e bom funcionamento do 
Sistema Financeiro Nacional – SFN. 
 
O CMN possui algumas atribuições importantes. No entanto, na prova, é muito 
comum a cobrança literal da Legislação. Exatamente por este motivo, me darei 
o direito de fazer algumas transcrições de trechos importantes para que vocês 
tenham condições ler pelo menos uma vez o que a Legislação informa. 
Entretanto, acho que é muito complexo tentar decorar, principalmente, os 
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objetivos e competências. Portanto, com o objetivo de facilitar os estudos e 
para não precisar ficar decorando minha sugestão é que vocês tenham em 
mente aquilo que cada órgão faz de forma geral, pois assim, poderão 
encontrar a resposta correta na questão. 
 
O CMN é um órgão que legisla sobre assuntos correlatos aos interesses, 
principalmente, de BACEN e CVM, com objetivos claros e definidos em Lei. No 
entanto, cabe a esse Conselho a definição, por meio de Resolução, de onde 
serão permitidas as aplicações de recursos auferidos por seguradoras, 
empresas de capitalização, resseguradoras e previdências privadas, tanto 
abertas quanto fechadas. 
 
Com relação aos objetivos do CMN, a legislação dispõe que: 
 
“Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará: 
 
I - Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades 
da economia nacional e seu processo de desenvolvimento; 
 
II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou 
corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna 
ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios 
oriundos de fenômenos conjunturais; 
 
III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de 
pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos 
em moeda estrangeira; 
 
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, 
quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes 
regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico 
da economia nacional; 
 
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos 
e de mobilização de recursos; 
 
VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
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VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal 
e da dívida pública, interna e externa.” 
 
A própria Lei 4.595/64 estabelece quais são as competências atribuídas ao 
Conselho Monetário Nacional, conforme transcrito abaixo: 
 
“Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes 
estabelecidas pelo Presidente da República: 
I - Autorizar as emissões de papel-moeda as quais ficarão na prévia 
dependência de autorização legislativa quando se destinarem ao 
financiamento direto pelo Banco Central da República do Brasil, das 
operações de crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 
49 desta Lei. 
O Conselho Monetário Nacional pode, ainda autorizar o Banco Central 
da República do Brasil a emitir, anualmente, até o limite de 10% (dez 
por cento) dos meios de pagamentos existentes a 31 de dezembro do 
ano anterior, para atender as exigências das atividades produtivas e 
da circulação da riqueza do País, devendo, porém, solicitar 
autorização do Poder Legislativo, mediante Mensagem do Presidente 
da República, para as emissões que, justificadamente, se tornarem 
necessárias além daquele limite. 
Quando necessidades urgentes e imprevistas para o financiamento 
dessas atividades o determinarem, pode o Conselho Monetário 
Nacional autorizar as emissões que se fizerem indispensáveis, 
solicitando imediatamente, através de Mensagem do Presidente da 
República, homologação do Poder Legislativo para as emissões assim 
realizadas: 
 
II - Estabelecer condições para que o Banco Central da República do 
Brasil emita moeda-papel de curso forçado, nos termos e limites 
decorrentes desta Lei, bem como as normas reguladoras do meio 
circulante;III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco 
Central da República do Brasil, por meio dos quais se estimarão as 
necessidades globais de moeda e crédito; 
 
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IV - Determinar as características gerais das cédulas e das moedas; 
 
V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a 
compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais 
de Saque e em moeda estrangeira; 
 
VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as 
operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, 
avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições 
financeiras; 
 
VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de 
investimentos do Governo Federal; 
 
VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que 
exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação 
das penalidades previstas; 
 
IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos 
comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e 
serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco 
Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos 
financiamentos que se destinem a promover: 
- recuperação e fertilização do solo; 
- reflorestamento; 
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; 
- eletrificação rural; 
- mecanização; 
- irrigação; 
- investimento indispensáveis às atividades agropecuárias; 
 
X - Determinar a percentagem máxima dos recursos que as 
instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou 
grupo de empresas; 
 
XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, 
mobilizações e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas 
instituições financeiras; 
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XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
observadas pelas instituições financeiras; 
 
XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital 
mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua 
natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais; 
 
XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do 
total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis das instituições 
financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do 
Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja 
através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues 
ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o Conselho 
Monetário Nacional determinar, podendo este: 
a) adotar percentagens diferentes em função; 
- das regiões geo-econômicas; 
- das prioridades que atribuir às aplicações; 
- da natureza das instituições financeiras; 
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que 
tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob 
juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Conselho 
Monetário Nacional. 
 
XV - Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução 
dos depósitos de pessoas jurídicas de direito público que lhes 
detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas 
autarquias e sociedades de economia mista, no cálculo a que se 
refere o inciso anterior; 
 
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último 
dia do mês subsequente, relatório e mapas demonstrativos da 
aplicação dos recolhimentos compulsórios, 
 
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as 
operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer 
instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária; 
 
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XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio 
das operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no 
balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a 
iminência de tal situação; 
 
XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da 
República do Brasil em suas transações com títulos públicos e de 
entidades de que participe o Estado; 
 
XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições 
financeiras públicas federais a efetuar a subscrição, compra e venda 
de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das 
sociedades de economia mista e empresas do Estado; 
 
XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores 
de fundos públicos; 
 
XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeiras 
públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento 
aos objetivos desta lei; 
 
XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e 
reservas livres, o limite além do qual os excedentes dos depósitos 
das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central da 
República do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o 
Conselho estabelecer; 
 
XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento 
interno no prazo máximo de trinta (30) dias; 
 
XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central 
da República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como 
estabelecer os vencimentos e vantagens de seus funcionários, 
servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar as 
respectivas propostas; 
 
XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da 
República do Brasil; 
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XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do 
Brasil e decidir sobre seu orçamento e sobre seus sistemas de 
contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de 
seus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da 
competência do Tribunal de Contas da União. 
 
XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as 
mesmas vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas 
praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali 
instalados ou que nelas desejem estabelecer - se; 
 
XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos 
de empréstimos externos dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da 
Constituição Federal; 
 
XXX - Expedir normas e regulamentação para as designações e 
demais efeitos do art. 7º, desta lei. 
 
XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive 
swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições. 
 
XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e 
demais sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do 
Brasil,inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário 
ou coligadas.” 
 
Este Conselho já teve a sua formação alterada inúmeras vezes. A última 
alteração ocorreu em 1.995 com a Lei 9.069/95 (Lei do Plano Real). Esta 
estabelece que o Conselho Monetário Nacional será composto de apenas três 
membros, quais sejam: 
 
• Ministro da Fazenda – Presidente 
• Ministro do Planejamento 
• Presidente do Banco Central 
 
A Lei ainda coloca as seguintes disposições: 
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“Art. 8º - O Conselho Monetário Nacional, criado pela Lei nº 4595, 
de 31 de dezembro de 1964, passa a ser integrado pelos seguintes 
membros: 
 
I - Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de Presidente; 
II - Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
III - Presidente do Banco Central do Brasil. 
 
§ 1º O Conselho deliberará mediante resoluções, por maioria de 
votos, cabendo ao Presidente a prerrogativa de deliberar, nos casos 
de urgência e relevante interesse, "ad referendum" dos demais 
membros. 
 
§ 2º Quando deliberar "ad referendum" do Conselho, o Presidente 
submeterá a decisão ao colegiado, na primeira reunião que se segui 
àquela deliberação. 
 
§ 3º O Presidente do Conselho poderá convidar Ministros de Estado, 
bem como representantes de entidades públicas ou privadas, para 
participar das reuniões não lhes sendo permitido o direito de voto. 
 
§ 4º O Conselho reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, e, 
extraordinariamente, sempre que for convocado por seu Presidente. 
 
§ 5º O Banco Central do Brasil funcionará como Secretaria Executiva 
do Conselho. 
 
§ 6º O Regimento Interno do Conselho Monetário Nacional será 
aprovado por decreto do Presidente da República, no prazo máximo 
de trinta dias, contados da publicação desta Lei. 
 
§ 7º A partir de 30 de junho de 1994, ficam extintos os mandatos de 
membros do Conselho Monetário Nacional nomeados até aquela 
data.” 
 
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Observe que a Legislação determina que o Conselho Monetário Nacional 
irá se reunir mensalmente1 de forma ordinária e extraordinariamente 
sempre que convocado por seu Presidente. Após a reunião fará a sua 
deliberação por meio da edição de Resoluções. Caso exista um assunto 
que seja urgente e relevante, o Presidente do CMN (Ministro da Fazenda) 
poderá deliberar de forma monocrática2 e, posteriormente, terá que 
submeter sua decisão ao colegiado, para aprovação na reunião 
subsequente. 
 
Portanto, o normativo a ser expedido pelo CMN são as Resoluções. 
Entretanto, como a Secretaria do CMN é atividade do Banco Central, cabe 
a esta autarquia dar publicidade ao ato e, por este motivo que as 
Resoluções são encontradas no sítio do Banco Central e com a assinatura 
de seu Presidente. No entanto, guarde que Resoluções são do CMN e as 
normas do BACEN são as Circulares. 
 
Já sei. Você não entendeu bem o que é fazer o serviço de Secretaria, 
certo? Pois é, como o CMN é, na verdade, uma reunião. Quando os 
ministros chegam nesta reunião, eles precisam ter vários papéis em cima 
da mesa, xerocados para que ela tenha início. Essa reunião precisa ser 
convocada. Os itens a serem discutidos precisam ser enviados para o 
corpo técnico de cada um dos órgãos cujos titulares participam da 
reunião, pois deverá haver uma análise prévia do assunto para que os 
ministros saibam exatamente aquilo que está sendo proposto. 
 
Ou seja, imagine que o Banco Central esteja querendo propor a votação 
de determinado assunto no CMN. Ele deve enviar um voto para a 
Secretaria do CMN com uma certa antecedência (em geral, uma semana). 
Essa Secretaria3 irá distribuir esse voto para as pessoas indicadas pelo 
Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento. Dentro desses 
Ministérios, o corpo técnico que trata daquele assunto específico será 
chamado para dar sua opinião acerca do assunto em questão. Essa 
opinião é sintetizada em um documento que irá para o Chefe da pasta 
 
1 Não confunda o CMN com o COPOM. As reuniões do CMN são mensais enquanto que o COPOM se reúne a cada 45 
dias. 
2 Apesar de existir essa regra, não me lembro nenhum normativo em que ela tenha sido utilizada. O normal é a 
convocação de uma reunião extraordinária mesmo que seja pelo telefone. 
3 No Banco Central, a Secretaria do CMN funciona como se fosse um Departamento do BACEN. Estando ela ligada, 
diretamente, ao Secretário-Executivo da instituição. 
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(Ministro). Dessa forma, esse item é discutido no CMN após as possíveis 
arestas terem sido aparadas pelo corpo técnico. 
 
 
Questão 69 
 
(ESAF – BACEN – 2002) – Dentre as atribuições do Conselho Monetário 
Nacional, definidas pela Lei nº 4595/64 e legislações posteriores, não se 
inclui: 
 
a) disciplinar o crédito em todas as suas modalidades. 
b) fixar as diretrizes e normas da política cambial. 
c) executar a política monetária. 
d)expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas 
pelas instituições financeiras. 
e) disciplinar as atividades das bolsas de valores. 
 
 
Questão 70 
 
(FCC – CVM – Analista – 2003) – O Conselho Monetário Nacional é o órgão 
maior do sistema financeiro, sendo sua competência 
a) desempenhar atividade executiva. 
b) exercer a fiscalização de instituições financeiras. 
c) zelar pela liquidez das instituições financeiras. 
d) supervisionar os serviços de compensação de cheques. 
e) receber depósito compulsório dos bancos. 
 
 
Questão 71 
 
(CESPE – CEF – 2009) – Junto ao CMN funciona a Comissão Consultiva de 
a) Mercado de Títulos e Valores Mobiliários. 
b) Cooperativas de Crédito. 
c) Mercado de Capitais. 
d) Comércio e Indústria. 
e) Serviços Financeiros. 
 
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Questão 72 
 
(Cespe – Banco do Brasil – 2003–3) – Compete ao Conselho Monetário 
Nacional prescrever os critérios de constituição das sociedades seguradoras, 
das sociedades de capitalização, das entidades de previdência privada aberta e 
dos resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas 
operações. 
 
 
Questão 73 
 
(Cespe/ Banco do Brasil – 2001) Em 1964, foi instituído o CMN, no contexto da 
reforma bancária realizada por meio da Lei n.º 4.595/1964. À época, o CMN 
era integrado pelo ministro da Fazenda, que o presidia; pelo presidente do BB; 
pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico; por seis 
membros nomeados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado 
Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade 
em assuntos econômico-financeiros,com mandato de seis anos, podendo ser 
reconduzidos. Podiam, ainda, participar das reuniões o ministro da Indústria e 
Comércio e o ministro para Assuntos de Planejamento e Economia. O CMN teve 
sua composição modificada diversas vezes, a última em 1995. Dos seus 
integrantes originais, ainda permanece(m) como membro(s) componente(s) 
 
a) o ministro da Fazenda. 
b) o presidente do BB. 
c) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, hoje 
denominado Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 
d) seis membros nomeados pelo presidente da República, após aprovação pelo 
Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputação e notória 
capacidade em assuntos econômico-financeiros, atualmente com mandato de 
quatro anos. 
e) o ministro da Indústria e Comércio, hoje denominado ministro do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio. 
 
 
 
 
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Enunciado para as questões 74 a 78 
 
O Conselho Monetário Nacional é a entidade superior do Sistema Financeiro 
Nacional, tendo por competência 
 
 
Questão 74 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003-1) – Estabelecer as condições para o 
exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras privadas. 
 
 
Questão 75 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003-1) – Zelar pela liquidez e pela solvência das 
instituições financeiras. 
 
 
Questão 76 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003-1) – Adaptar o volume dos meios de 
pagamento às reais necessidades da economia nacional e ao seu processo de 
desenvolvimento. 
 
 
Questão 77 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003-1) – Regular o valor externo da moeda e o 
equilíbrio do balanço de pagamentos do país. 
 
 
Questão 78 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003-1) – Regular a execução dos serviços de 
compensação de cheques e outros papéis. 
 
 
 
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3. Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP 
 
O Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP foi criado pelo Decreto-Lei no 
73/66 e é o principal órgão normativo das atividades de seguros no País. Na 
época de sua criação tinha como objetivo básico fixar as diretrizes e normas da 
política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Títulos de 
Capitalização. Entretanto, a partir de 1977 suas atribuições foram estendidas 
à Previdência Privada Aberta. 
 
Assim como o Conselho Monetário Nacional, ao longo dos anos sua composição 
foi sendo alterada. Atualmente, o CNSP tem possui seis membros, quais 
sejam: 
 
• Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante – Presidente; 
• Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – Vice-
Presidente; 
• Representante do Banco Central; 
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários; 
• Representante do Ministério da Previdência Social; 
• Representante do Ministério da Justiça. 
 
Sei que não é tão simples memorizar as pessoas que fazem parte do CNSP 
mas aí vai uma dica valiosa. Dois dos seis cargos são de pessoas específicas, 
ou seja, um cargo é ocupado pelo Ministro da Fazenda (mas pode mandar 
representante) e o outro cargo é ocupado pelo Superintendente da SUSEP. 
Observe que a estrutura do CNSP está sob o comando do Ministério da 
Fazenda, logo, o Ministro é o Presidente. E como o órgão fiscalizador das 
normas emanadas pelo CNSP é a SUSEP, seu superintendente (cargo mais alto 
na instituição) é o vice-presidente. 
 
Os outros quatro cargos são ocupados por representantes de órgãos 
importantes. Lembre-se que tanto o mercado de seguro quanto o mercado de 
previdência privada arrecadam, anualmente, um montante enorme de 
recursos. Esses recursos fazem parte da poupança popular e, nos dois casos, 
serão aplicados e guardados pelas instituições que gerenciam os contratos 
para uma possível futura devolução ou indenização, dependendo da natureza. 
Portanto, há uma quantidade muito grande de recursos que “invadem” o 
mercado financeiro. Dessa forma, representantes do Banco Central – BACEN e 
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Comissão de Valores Mobiliários – CVM são importantes para auxiliar na 
normatização. 
 
Tendo em vista o fato de o CNSP regular o mercado de Previdência Privada 
Aberta, há também um representante do Ministério da Previdência Social. Além 
desses representantes ainda há um do Ministério da Justiça. Acredito que essa 
seja a forma mais simples de memorizar a composição do CNSP. 
 
O mesmo Decreto-Lei que cria o CNSP também institui o Sistema Nacional de 
Seguros Privados – SNSP e determina que ele será constituído pelos seguintes 
integrantes: 
• Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; 
• Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; 
• Resseguradores; 
• Sociedades autorizadas a operar em Seguros Privados; e 
• Corretores habilitados 
 
Segundo a Legislação, compete privativamente ao CNSP: 
 
“I - Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; 
 
II - Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização 
dos que exercerem atividades subordinadas a êste Decreto-Lei, bem 
como a aplicação das penalidades previstas; 
 
III - Estipular índices e demais condições técnicas sôbre tarifas, 
investimentos e outras relações patrimoniais a serem observadas 
pelas Sociedades Seguradoras; 
 
IV - Fixar as características gerais dos contratos de seguros; 
 
V - Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
observadas pelas Sociedades Seguradoras; 
 
VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos 
resseguradores; 
 
VII - Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 
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VIII - disciplinar as operações de co-seguro; 
 
IX - (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007) 
 
X - Aplicar às Sociedades Seguradoras estrangeiras autorizadas a 
funcionar no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes às 
que vigorarem nos países da matriz, em relação às Sociedades 
Seguradoras brasileiras ali instaladas ou que nêles desejem 
estabelecer-se; 
 
XI - Prescrever os critérios de constituição das Sociedades 
Seguradoras, com fixação dos limites legais e técnicos das operações 
de seguro; 
 
XII - Disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor; 
 
XIII - (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007) 
 
XIV - Decidir sôbre sua própria organização, elaborando o respectivo 
Regimento Interno; 
 
XV - Regular a organização, a composição e o funcionamento de suas 
Comissões Consultivas; 
 
XVI - Regular a instalação e o funcionamento das Bolsas de Seguro. 
 
XVII - fixar as condições de constituiçãoe extinção de entidades 
autorreguladoras do mercado de corretagem, sua forma jurídica, seus 
órgãos de administração e a forma de preenchimento de cargos 
administrativos; 
 
XVIII - regular o exercício do poder disciplinar das entidades 
autorreguladoras do mercado de corretagem sobre seus membros, 
inclusive do poder de impor penalidades e de excluir membros; 
 
XIX - disciplinar a administração das entidades autorreguladoras do 
mercado de corretagem e a fixação de emolumentos, comissões e 
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quaisquer outras despesas cobradas por tais entidades, quando for o 
caso.” 
 
Por outro lado, o sítio da Superintendência de Seguros Privados informa que 
são atribuições do CNSP: 
 
• Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados; 
• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos 
que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros 
Privados, bem como a aplicação das penalidades previstas; 
• Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência 
privada aberta, capitalização e resseguro; 
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 
• Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB; 
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de 
Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e 
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das 
respectivas operações; 
• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. 
 
 
Juntamente com o CNSP, assim como no CMN, funcionarão Câmaras 
Consultivas. Veja o que determina a Legislação: 
 
“Art 34. Com audiência obrigatória nas deliberações relativas às 
respectivas finalidades específicas, funcionarão junto ao CNSP as 
seguintes Comissões Consultivas: – grifo meu 
 
I - de Saúde; 
II - do Trabalho; 
III - de Transporte; 
IV - Mobiliária e de Habitação; 
V - Rural; 
VI - Aeronáutica; 
VII - de Crédito; 
VIII - de Corretores. 
 
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§ 1º - O CNSP poderá criar outras Comissões Consultivas, desde que 
ocorra justificada necessidade. 
 
§ 2º - A organização, a composição e o funcionamento das Comissões 
Consultivas serão regulados pelo CNSP, cabendo ao seu Presidente 
designar os representantes que as integrarão, mediante indicação das 
entidades participantes delas.” 
 
 
Enunciado para as questões 79 a 82 
 
O Decreto-Lei n.º 73, de 21/11/1966, instituiu o Sistema Nacional de Seguros 
Privados (SNSP), composto por diversas organizações públicas e privadas. A 
respeito desse sistema, julgue os itens abaixo. 
 
Questão 79 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – Fazem parte do SNSP: o Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP), a SUSEP, o IRB Brasil Resseguros S.A. 
(IRB), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, 
as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. 
 
 
Questão 80 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – As atribuições do CNSP incluem fixar 
diretrizes e normas da política de seguros privados e estabelecer as diretrizes 
gerais das operações de resseguro. 
 
 
Questão 81 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – O CNSP é composto pelo ministro da 
Fazenda, que o preside, pelo superintendente da SUSEP, que exerce a função 
de presidente substituto, e por representantes do Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, do Ministério da Previdência e Assistência Social, do 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da CVM. 
 
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Questão 82 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2002) – Entre outras, é atribuição do IRB prover os 
serviços de secretaria executiva do CNSP. 
 
 
4. Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC 
 
Tendo em vista o fato de estarmos estudando com este curso para a prova da 
PREVIC, irei explorar bastante as regras do CNPC. Entretanto, como ele foi 
criado recentemente não histórico de questões sobre esse assunto, mas sugiro 
que estudem com profundidade este tópico. 
 
Em 2009, a Lei 12.154/09 determinou que o Conselho de Gestão de 
Previdência Complementar que era um órgão integrante do Ministério da 
Previdência passaria a se chamar Conselho Nacional de Previdência 
Complementar, continuaria a ser um órgão integrante da estrutura básica do 
Ministério e exerceria a função de órgão regulador do regime de previdência 
complementar operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar. 
 
A Lei define que o CNPC possui 8 integrantes com direito a voto, sendo que 
cada um tem dois anos de mandato e é possível a recondução ao cargo. São 
integrantes do CNPC: 
 
• 5 integrantes do poder público; 
• 3 indicados, respectivamente: 
a) pelas entidades fechadas de Previdência Complementar; 
b) pelos patrocinadores ou instituidores; 
c) pelos participantes e assistidos. 
 
Além destes oito integrantes, a Lei determina que o Ministro de Estado da 
Previdência Social será o Presidente do Conselho de Previdência 
Complementar. 
 
No entanto, o Decreto que regulamenta a Lei nomina os outros 8 
representantes do Conselho que pela Legislação em vigor são: 
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“Art. 6o O CNPC será integrado pelo Ministro de Estado da Previdência 
Social, que o presidirá, e por um representante de cada um dos 
seguintes indicados, todos com direito a voto: 
 
I - Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc; 
II - Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério 
da Previdência Social; 
III - Casa Civil da Presidência da República; 
IV - Ministério da Fazenda; 
V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
VI - entidades fechadas de previdência complementar; 
VII - patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das 
entidades fechadas de previdência complementar; e 
VIII - participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades 
fechadas de previdência complementar. 
 
§ 1o O Presidente do CNPC exercerá, além do voto ordinário, o voto 
de qualidade no caso de empate. 
 
§ 2o O CNPC deliberará por maioria simples, presentes pelo menos 
cinco dos seus membros. 
 
§ 3o Na qualidade de Presidente do CNPC, o Ministro de Estado da 
Previdência Social terá como suplente, pela ordem, o Secretário-
Executivo do Ministério, o Secretário de Políticas de Previdência 
Complementar e um dos demais dirigentes da respectiva Secretaria 
expressamente designado pelo Ministro. 
 
§ 4o Os representantes referidos nos incisos I a VIII do caput e seus 
suplentes serão designados pelo Ministro deEstado da Previdência 
Social, por indicação: 
 
I - dos respectivos Ministros de Estado, nos casos dos incisos I a V do 
caput; 
II - da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar - Abrapp, no caso do inciso VI do caput; 
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III - dos patrocinadores e instituidores, na forma disciplinada pelo 
Ministério da Previdência Social, no caso do inciso VII do caput; e 
IV - da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão - 
Anapar, no caso do inciso VIII do caput.” 
 
É importante ressaltar alguns aspectos acerca desse Conselho. Ele possui nove 
membros e não oito como alguns podem ter pensado. Observe que o 
Presidente do CNPC, ou seja, o Ministro de Estado da Previdência Social além 
de participar da votação ordinária exercerá o voto de qualidade (voto de 
desempate) caso haja necessidade. 
 
Lembre-se que os membros do CNPC possuem, diferentemente dos outros 
Conselhos do SFN, mandato de dois anos, sendo permitida uma recondução. 
Entretanto, nem o Presidente da PREVIC possui vaga cativa neste Conselho. O 
único que está sempre presente é o Ministro de Estado da Previdência Social. 
Este Ministro também é o responsável por designar os participantes do 
Conselho após indicação dos Ministros de Estados das pastas que possuem 
vaga. 
 
Existem algumas situações que o Decreto prevê a perda de mandato para o 
membro titular do Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC. 
Abaixo segue a transcrição do artigo do Decreto que define esses casos: 
 
“Art. 10. Compete ao Ministro de Estado da Previdência Social, sem 
prejuízo dos demais procedimentos e cominações legais, atendendo a 
solicitação fundamentada do Presidente do CNPC ou da CRPC, após 
regular apuração, decretar a perda do mandato do membro, titular ou 
suplente, nas hipóteses em que: 
 
I - retiver em seu poder injustificadamente, além dos prazos 
estabelecidos, os autos de processos que lhe foram distribuídos ou 
que estejam sob sua responsabilidade; 
II - deixar de comparecer injustificadamente, e sem que compareça o 
suplente, a três sessões consecutivas ou a cinco não consecutivas; 
III - demonstrar insuficiência de desempenho quanto aos aspectos 
quantitativo ou qualitativo; 
IV - entrar em exercício em qualquer cargo, emprego ou função 
pública, inclusive mandato eletivo, que seja incompatível com o 
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exercício da função de membro do CNPC ou da CRPC, desde que 
tenha deixado de renunciar ao mandato nestes colegiados; 
V - exercer atividades na iniciativa privada consideradas 
incompatíveis com a função de membro do CNPC ou da CRPC, desde 
que tenha deixado de renunciar ao mandato; ou 
VI - incorrer em falta disciplinar, apurada por sindicância ou processo 
administrativo disciplinar, pelas seguintes condutas: 
a) retardar, sem motivo justificado, o julgamento ou outros atos 
processuais; 
b) praticar, no exercício da função, quaisquer atos de comprovado 
favorecimento; 
c) apresentar, durante o exercício do mandato, conduta incompatível 
com o decoro da função, mediante ações ou omissões; ou 
d) praticar outra conduta legalmente descrita como ilícito 
administrativo, à qual seja aplicada a penalidade de suspensão ou 
mais gravosa. 
 
§ 1o O membro do CNPC ou da CRPC afastado por qualquer das 
razões previstas neste artigo não poderá ser novamente designado 
para qualquer desses colegiados pelo prazo de cinco anos, contado da 
publicação oficial do ato que decretar a perda do mandato. 
 
§ 2o Na apuração de faltas disciplinares ou ilícitos administrativos 
aplicam-se, no que couber, as disposições da Lei n 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990. 
 
Art. 11. Em caso de encerramento, renúncia, perda ou cessação do 
mandato, será designado novo membro, titular ou suplente, conforme 
o caso, para o cumprimento do tempo restante do mandato. 
 
§ 1o Ocorrendo a cessação do mandato de representante titular 
referido nos incisos I a VIII do caput do art. 6o ou no inciso II do 
caput do art. 7o, qualquer que seja o motivo, cessa 
concomitantemente o mandato do respectivo suplente. 
 
§ 2o Nas hipóteses de término do mandato previstas no caput e no § 
1o ou no caso de seu cumprimento sem que haja recondução, 
deverão ser restituídos ao respectivo órgão colegiado todos os 
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processos e expedientes que estejam sob a responsabilidade do 
membro do CNPC ou da CRPC em virtude da função, no prazo 
máximo de cinco dias úteis.” 
 
Não poderá ser designado ou reconduzido como membro do CNPC pessoa que 
mantenha vínculo matrimonial, de companheirismo ou de parentesco até o 
terceiro grau com membros participantes do Conselho Nacional de Previdência 
Complementar ou da Câmara de Recursos de Previdência Complementar. 
 
Se determinada pessoa foi membro do CNPC por dois mandatos consecutivos, 
mesmo que não tenha cumprido o prazo integralmente, seja como titular ou 
suplente, não poderá participar desse órgão novamente até que se complete 
dois anos do prazo de encerramento do seu último mandato. 
 
Importante ressaltar que diferentemente dos Conselhos Fiscais que vários 
funcionários do Tesouro Nacional ou de outros Ministérios fazem parte, a 
participação no CNPC não enseja qualquer tipo de remuneração mas será 
considerado serviço público relevante e se for necessário que o membro 
dedique tempo integral aos trabalhos do colegiado, ele não terá prejuízos de 
seus direitos e vantagens que possa vir a ter no seu respectivo cargo. 
 
As deliberações do CNPC ocorrem por meio de Resoluções ou recomendações. 
 
São atribuições do Presidente do CNPC: 
 
“I - orientar as atividades do respectivo colegiado; 
 
II - aprovar o calendário das sessões ordinárias; 
 
III - aprovar a pauta e convocar, instalar e presidir as sessões 
ordinárias e extraordinárias; 
 
IV - apreciar: 
a) no âmbito do CNPC, pedidos de deliberação sobre matéria não 
relacionada na pauta, de preferência para a inclusão de matéria na 
pauta da sessão seguinte ou de adiamento da deliberação sobre 
matéria incluída na pauta; ou 
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b) no âmbito da CRPC, pedidos de preferência ou de adiamento de 
julgamento de processo incluído na pauta; 
 
V - comunicar ao Ministro de Estado da Previdência Social a 
ocorrência de casos que impliquem término do mandato e 
encaminhar representação sobre quaisquer irregularidades praticadas 
no âmbito do colegiado, propondo, quando for o caso, a efetivação 
das medidas cabíveis; 
 
VI - representar o colegiado perante autoridades e entidades públicas 
e privadas;e 
 
VII - exercer outras atribuições estabelecidas em regimento interno. 
 
§ 1o O Presidente do CNPC poderá constituir comissões temáticas ou 
grupos de trabalho para atender a necessidades específicas do 
Conselho. “ 
 
São atribuições dos demais membros do CNPC: 
 
“I - participar das sessões ordinárias e extraordinárias; 
 
II - manifestar-se a respeito das matérias ou processos em 
discussão; 
 
III - apresentar moção ou proposição sobre assunto de interesse do 
regime fechado de previdência complementar; 
 
IV - apresentar, por escrito, relatório, voto ou parecer sobre processo 
ou matéria cuja apreciação esteja sob sua responsabilidade; 
 
V - pedir vista para exame de matéria ou processo submetido ao 
colegiado, devendo apresentar seu parecer ou voto na sessão 
ordinária subsequente; e 
 
VI - solicitar à Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência Social, 
por intermédio do Presidente, parecer sobre questão jurídica relativa 
ao processo em apreciação, quando necessário.” 
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O CNPC terá uma reunião ordinária trimestral caso não haja matéria para ser 
incluída na pauta. No entanto, poderão ser convocadas reuniões 
extraordinárias a qualquer momento para o exame de matérias ou questões 
urgentes, a juízo do Presidente ou da maioria dos membros do colegiado. As 
convocações para essas reuniões extraordinárias devem ser expedidas com, 
no mínimo, três dias úteis de antecedência. 
 
As reuniões ordinárias ocorrem nos dias estabelecidos no calendário das 
sessões ordinárias. Caso haja alteração de data, local ou horário, há a 
necessidade de deliberação do Presidente. O Decreto não estabelece limite 
mínimo de tempo para a alteração de local ou horário, no entanto, determina 
que mudanças na data devem ensejar convocações com prazo mínimo de 
cinco dias úteis de antecedência. 
 
No ato de convocação, seja para as reuniões ordinárias ou extraordinárias, 
constará a pauta da sessão e quando estiver prevista a apreciação de proposta 
de resolução ou recomendação, será enviado juntamente com a convocação, a 
minuta a ser votada, a exposição de motivos e parecer jurídico. 
 
Os suplentes aos cargos do CNPC poderão acompanhar os titulares nas 
sessões, poderão ter o direito a voz, ou seja, poderão expor suas opiniões e 
discutir os assuntos da pauta, mas não terão direito a voto. 
 
As propostas de resoluções ou recomendações não poderão ser propostas por 
qualquer um dos membros do CNPC. Este fato se deve, provavelmente, pelo 
fato de este ser o único Conselho que possui agentes do setor privado e 
agentes regulados fazendo parte do mesmo. Portanto, essas propostas 
deverão ser formuladas: 
 
• pelo Ministro de Estado da Previdência Social; 
• pelo Secretário de Políticas de Previdência Complementar; 
• pela Diretoria Colegiada da Previc; ou 
• por, no mínimo, três membros do Conselho. 
 
Observe que a única hipótese de uma proposta ser formulada pelos 
participantes privados do Conselho, ocorre no caso em que, os três membros 
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fazem conjuntamente. Na verdade, existe a possibilidade de a proposta ser 
formulada com participação privada, mas inteiramente privada, apenas com a 
participação de todos os membros. 
 
Como as necessidades dos membros privados são antagônicas, se houver uma 
situação em que os três participantes privados efetuem uma proposta, 
possivelmente, ela será interessante e importante para o sistema como um 
todo. 
 
O Decreto ainda determina: 
 
“Art. 24. As propostas de resoluções ou recomendações do CNPC 
serão formuladas: 
 
I - pelo Ministro de Estado da Previdência Social; 
II - pelo Secretário de Políticas de Previdência Complementar; 
III - pela Diretoria Colegiada da Previc; ou 
IV - por, no mínimo, três membros do Conselho. 
 
§ 1o Antes da deliberação colegiada, as propostas serão submetidas à 
análise jurídica da Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência 
Social. 
 
§ 2o Na elaboração da pauta observar-se-á a ordem cronológica de 
recebimento das matérias pela Secretaria-Executiva do CNPC. 
 
§ 3o A votação dar-se-á na ordem inversa da enumeração do art. 6o, 
cabendo ao presidente o proferimento do seu voto ao final, inclusive 
o de qualidade se necessário. 
 
Art. 25. O CNPC poderá solicitar parecer ou informações à Previc 
sobre matéria em exame. 
 
Art. 26. As sessões do CNPC serão abertas ao público, salvo quando 
se tratar de apreciação de matéria sigilosa, nos termos da lei, 
mediante deliberação justificada do colegiado.” 
 
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Importante ressaltar que o artigo 6 do referido Decreto expõe a seguinte 
ordem: 
 
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc; 
• Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da 
Previdência Social; 
• Casa Civil da Presidência da República; 
• Ministério da Fazenda; 
• Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
• entidades fechadas de previdência complementar; 
• patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades 
fechadas de previdência complementar; e 
• participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades fechadas 
de previdência complementar. 
 
Como a ordem de votação é a inversa a essa, em primeiro lugar votam os 
agentes privados e depois os públicos. Dentro de cada um dos agentes, votam 
primeiro aqueles que possuem menor importância no âmbito do Ministério da 
Previdência e/ou na hierarquia do Governo quando se tratar de outros 
Ministérios. 
 
Ou seja, a ordem de votação é agentes Privados, depois agentes públicos de 
outros Ministérios e agentes públicos do Ministério da Previdência Social. 
 
 
5. Banco Central do Brasil – BACEN 
 
O Banco Central do Brasil é uma autarquia que foi criada pela Lei 4.595/64 
com o intuito de substituir a Superintendência da Moeda e do Crédito – SUMOC 
no que tange à fiscalização do sistema financeiro e também nas medidas de 
políticas monetárias. 
 
É importante relembrar que o Banco Central do Brasil foi a primeira instituição 
fiscalizadora do Sistema Financeiro Nacional – SFN criada no Brasil. Seu papel 
anteriormente era exercido pela SUMOC e pelo Banco do Brasil. 
 
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Observe que a criação da SUSEP ocorre com o Decreto-Lei 73/66, a criação da 
CVM ocorre com a Lei 6.385/76 e, por fim, a criação da PREVIC ocorreu com a 
Lei 12.154/09. 
 
Portanto, é importante entendermos o contexto histórico existente como pano 
de fundo da Lei que criou o Banco Central. Naquela ocasião, quando de sua 
criação, a autarquiadesenvolvia trabalhos que depois foram repassados aos 
outros órgãos fiscalizadores e alguns deles sem que houvesse uma 
manifestação revogação expressa dos artigos presentes na Lei. 
 
Após a criação da instituição, esta foi dotada de mecanismos para 
desempenhar o papel de “banco dos bancos”. Em 1985, foi feita a separação 
das contas e funções do Banco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. 
Em março de 1986 foi extinta a conta movimento e o Banco do Brasil passou a 
ter as mesmas prerrogativas de todos os outros bancos, deixando de ser 
autoridade monetária. 
 
Em 1988, a Constituição Federal estabeleceu dispositivos importantes para a 
atuação do Banco Central do Brasil. 
 
O Artigo 164 da Constituição Federal dispõe: 
 
“Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida 
exclusivamente pelo banco central. 
 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que 
não seja instituição financeira. 
 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do 
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a 
taxa de juros.” 
 
No Caput do artigo, o Legislador dispõe que somente o Banco Central do Brasil 
terá o poder de emitir moeda. Você já deve estar se perguntando se não seria 
a Casa da Moeda que faz essa emissão, certo? Na verdade, existe uma grande 
diferença entre fabricar e emitir. 
 
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Fabricar moeda é função da Casa da Moeda e isso consiste em dar forma e cor 
a um pedaço de papel que, em princípio, não teria valor algum. Na verdade, a 
Casa da Moeda trabalha com a confecção de dispositivos de segurança com o 
objetivo de transformar um papel comum em especial, para com isso ter 
possibilidade de imprimir naquele papel a moeda que será usado pelos 
brasileiros, dificultando sua falsificação. 
 
No entanto, aquele papel colorido quando sai da Casa da Moeda, apesar de 
estar idêntico às notas que temos em nossos bolsos, ainda não tem nenhum 
valor. O valor à moeda só é dado a partir do momento em que o Banco Central 
do Brasil a emite. E emitir moeda, a grosso modo, nada mais é do que colocar 
o papel-moeda em circulação. 
 
Isso significa que se um carregamento de moeda sair da Casa da Moeda e 
enquanto estiver indo para o Banco Central for furtado por ladrões, esses 
meliantes não terão roubado nada de valor, apenas “pedaços de papéis 
coloridos” e sem valor. No entanto, se tentarem passar para frente em lojas, 
estabelecimentos comerciais podem ter algum êxito, mas se depositarem os 
recursos em um banco, com toda certeza a Polícia Federal efetuará a prisão 
uma vez que as notas ainda estão em ordem e seria possível controlar a 
numeração roubada. 
 
Portanto, gravem, o dinheiro só tem valor depois de emitido e a emissão dos 
recursos é feita pelo Banco Central do Brasil quando disponibiliza os papéis-
moeda para o público. 
 
O parágrafo primeiro do artigo 164 diz que o Banco Central do Brasil só pode 
emprestar para instituições financeiras e nunca poderá fazer empréstimo ao 
Tesouro Nacional. Esses empréstimos ao Tesouro teriam a finalidade de 
financiar o Governo Federal com uma simples emissão de moeda. Tal medida 
tenta conter uma emissão desenfreada uma vez que a nossa autoridade 
monetária ainda é controlada pelo Poder Executivo. Controlada no sentido de 
não ter uma independência formal apesar de ter tido nos últimos anos uma 
independência de fato. 
 
Por fim, o parágrafo segundo informa que o Banco Central pode comprar e 
vender títulos do Tesouro com o objetivo de fazer política monetária, de 
controlar a quantidade de recursos que tem na economia. 
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Em princípio as pessoas pensam que os dois parágrafos do artigo estão 
conflitantes, mas isso não é verdade. Resumindo o que os dois parágrafos 
dizem, podemos dizer que o Banco Central do Brasil não pode comprar títulos 
públicos federais no mercado primário pois estariam financiando o Governo 
Federal, mas podem adquirir esses títulos no mercado secundário pois essa é 
uma forma clássica de efetuar o controle da quantidade de recursos no 
sistema. 
 
A Constituição Federal nos artigos 52 e 84 determina procedimentos 
necessários para a nomeação do Presidente e Diretores do Banco Central do 
Brasil, conforme disposto abaixo: 
 
“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a 
escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente 
da República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os 
Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o 
presidente e os diretores do banco central e outros servidores, 
quando determinado em lei;” – grifo meu 
 
Esses artigos, combinados, informam que cabe ao exclusivamente Presidente 
da República indicar ao Senado Federal as pessoas que ele deseja que exerçam 
o cargo de Presidente e Diretores do Banco Central. Após essa indicação, os 
Senadores deverão fazer uma argüição pública, comumente chamada de 
sabatina, com o intuito de aprovar os nomes. Após a argüição na CAE – 
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Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, haverá uma votação 
SECRETA (votam os membros da comissão) com o intuito de aprovar ou 
reprovar o nome. Se a pessoa for aprovada na CAE, ela irá para uma votação 
no plenário (votam todos os 81 senadores). Após a aprovação no plenário do 
Senado Federal, o nome volta ao Presidente da República para que seja feita a 
nomeação. 
 
Importante ressaltar que se uma pessoa foi indicada para a Diretoria X do 
Bacen e aprovada no Senado Federal, ele poderá passar a exercer, em 
momento posterior, a Diretoria Y sem que seja necessária nova sabatina. 
Entretanto, caso o Diretor seja indicado para o cargo de Presidente do Banco 
Central, como aconteceu com o ex-Diretor Alexandre Tombini, ele deverá ser 
submetido novamente a todo o processo no Senado Federal. 
 
Decreto Presidencial determina que a Diretoria do Banco Central é composta 
de 9 membros, sendo um Presidente e oito Diretores. Não há a obrigatoriedade 
de o Banco Central ter todos os cargos da Diretoria ocupados (em poucos 
momentos isso ocorreu, em geral, há uma diretoria livre). Cabe ao Presidente 
do Banco Central definir as atribuições aos membros da Diretoria. 
 
O Banco Central é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. É o 
principal executordas orientações do Conselho Monetário Nacional e 
responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional. Sua sede fica 
em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do 
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, 
Pernambuco, Ceará e Pará. 
 
A Lei 4.595/64 dispõe em seu artigo 10º as competências privativas do Banco 
Central do Brasil, conforme descrito abaixo: 
 
“Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do 
Brasil: 
 
I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites 
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
II - Executar os serviços do meio-circulante; 
 
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III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos 
depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos 
contábeis das instituições financeiras, seja na forma de 
subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra 
de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em 
espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a 
forma e condições por ele determinadas, podendo: 
a) adotar percentagens diferentes em função: 
1. das regiões geoeconômicas; 
2. das prioridades que atribuir às aplicações; 
3. da natureza das instituições financeiras; 
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que 
tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros 
favorecidos e outras condições por ele fixadas. 
 
IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso 
anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições 
financeiras, nos termos do inciso III e § 2º do art. 19. 
 
V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições 
financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " b ", 
e no § 4º do Art. 49 desta lei; 
 
VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; 
 
VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; 
 
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda 
estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas 
últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio 
Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; 
 
IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as 
penalidades previstas; 
 
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que 
possam: 
a) funcionar no País; 
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b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no 
exterior; 
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de 
títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações 
Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou 
mobiliários; 
e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; 
f) alterar seus estatutos. 
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle 
acionário. 
 
XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de 
quaisquer cargos de administração de instituições financeiras 
privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em 
órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem 
expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de 
compra e venda de títulos públicos federais; 
 
XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras 
registrem os cadastros das firmas que operam com suas agências há 
mais de um ano. 
 
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste 
artigo, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário 
Nacional, o Banco Central da República do Brasil, estudará os pedidos 
que lhe sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a 
autorização pleiteada, podendo incluir as cláusulas que reputar 
convenientes ao interesse público. 
 
§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições 
financeiras estrangeiras dependem de autorização do Poder 
Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no País.” – 
grifo meu. 
 
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Algumas dessas competências privativas são de fundamental importância para 
a prova de vocês. Observe que: 
• somente o Banco Central pode emitir moeda mas deve considerar os 
limites e condições impostas pelo CMN; 
• cabe ao BACEN fazer a política monetária independentemente de quais 
instrumentos irá utilizar; 
• controlar o crédito, os capitais estrangeiros e fiscalizar as instituições 
financeiras. 
 
No caso de instituições financeiras estrangeiras, há a necessidade, TAMBÉM, 
de Decreto Presidencial para que possam funcionar no País. 
 
A mesma Lei ainda define outras competências para o Banco Central do Brasil: 
 
“Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil; 
 
I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições 
financeiras estrangeiras e internacionais; 
 
II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de 
empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarregar-se 
dos respectivos serviços; 
 
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, 
da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no 
balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender 
ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito 
no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e 
separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; 
 
IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia 
mista e empresas do Estado; 
 
V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as 
condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e 
outros papéis; 
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VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de 
capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram 
nesses mercados e em relação às modalidades ou processos 
operacionais que utilizem; 
 
VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os 
serviços de sua Secretaria. 
 
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso VIII do 
artigo 10 desta lei, o Banco Central do Brasil poderá examinar os 
livros e documentos das pessoas naturais ou jurídicas que detenham 
o controle acionário de instituição financeira, ficando essas pessoas 
sujeitas ao disposto no artigo 44, § 8º, desta lei. 
 
§ 2º O Banco Centralda República do Brasil instalará delegacias, com 
autorização do Conselho Monetário Nacional, nas diferentes regiões 
geo-econômicas do País, tendo em vista a descentralização 
administrativa para distribuição e recolhimento da moeda e o 
cumprimento das decisões adotadas pelo mesmo Conselho ou 
prescritas em lei.” 
 
O Comitê de Política Monetária – COPOM foi instituído em junho de 1996 
com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a 
taxa de juros. Prática semelhante é adotada por várias autoridades monetárias 
ao redor do mundo, proporcionando maior transparência facilidade na 
comunicação com o público em geral. 
 
A partir de junho de 1999, com a publicação do Decreto 3.088 (listado abaixo), 
foi adotado o regime de “metas para a inflação”. Essas metas são 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e cabe ao Banco Central do 
Brasil fazer cumprir a meta exigida. Caso isso não ocorra, o Presidente do 
Banco Central deverá divulgar Carta Aberta ao Ministro da Fazenda expondo os 
motivos do descumprimento, as providências tomadas e a determinação de 
prazo para que a inflação retorne para a meta. 
 
As metas e os intervalos de tolerância a serem adotados serão definidos até o 
dia 30 de junho de cada segundo ano imediatamente anterior. E o índice de 
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inflação utilizado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Será 
considerada cumprida a meta se a inflação medida se situar dentro do 
intervalo de tolerância. É interessante que o Banco Central tente “acertar” o 
centro da meta de inflação. 
 
Decreto 3.088 
 
“Art. 1o Fica estabelecida, como diretriz para fixação do regime de 
política monetária, a sistemática de "metas para a inflação". 
 
§ 1o As metas são representadas por variações anuais de índice de 
preços de ampla divulgação. 
 
§ 2o As metas e os respectivos intervalos de tolerância serão fixados 
pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, mediante proposta do 
Ministro de Estado da Fazenda, observando-se que a fixação deverá 
ocorrer: 
 
I - para os anos de 1999, 2000 e 2001, até 30 de junho de 1999; e 
 
II - para os anos de 2002 e seguintes, até 30 de junho de cada 
segundo ano imediatamente anterior. 
 
Art. 2o Ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas 
necessárias para cumprimento das metas fixadas. 
 
Art. 3o O índice de preços a ser adotado para os fins previstos neste 
Decreto será escolhido pelo CMN, mediante proposta do Ministro de 
Estado da Fazenda. 
 
Art. 4o Considera-se que a meta foi cumprida quando a variação 
acumulada da inflação - medida pelo índice de preços referido no 
artigo anterior, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada 
ano calendário - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de 
tolerância. 
 
Parágrafo único. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do 
Banco Central do Brasil divulgará publicamente as razões do 
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descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da 
Fazenda, que deverá conter: 
 
I - descrição detalhada das causas do descumprimento; 
 
II - providências para assegurar o retorno da inflação aos limites 
estabelecidos; e 
 
III - o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito. 
 
Art. 5o O Banco Central do Brasil divulgará, até o último dia de cada 
trimestre civil, Relatório de Inflação abordando o desempenho do 
regime de "metas para a inflação", os resultados das decisões 
passadas de política monetária e a avaliação prospectiva da inflação. 
 
Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.” 
 
Tendo como base o sistema de metas de inflação, caberá ao COPOM definir a 
taxa SELIC Meta e seu eventual viés, implementar a política monetária e 
analisar o Relatório de Inflação que deve ser divulgado ao final de cada 
trimestre civil. 
 
A taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos 
federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia) pode ser 
determinada com ou sem viés. Caso, ao final da reunião do COPOM tenha sido 
definido um viés para a taxa, isto significa que foi dada ao Presidente do Banco 
Central a prerrogativa de alterar a taxa SELIC na direção do viés sem que seja 
necessária a convocação de uma nova reunião do Comitê. 
 
As reuniões ordinárias do COPOM que eram mensais desde o ano de 2000, 
passaram a partir de 2006 a ocorrerem, em média, a cada 45 dias, 
totalizando 8 reuniões por ano. Essas reuniões são divididas em duas sessões: 
a primeira ocorrendo nas terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. 
 
Na reunião da terça-feira, além dos Diretores e Presidente do Banco Central, 
também participam alguns Chefes de Departamento, além de Consultores, do 
Assessor de Imprensa e do Secretário-Executivo da instituição. Nesse primeiro 
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dia é apresentada uma análise da conjuntura macroeconômica e expectativas 
gerais para a inflação. 
 
Na reunião de quarta-feira, participam os membros do COPOM (Diretores e 
Presidente do BACEN) e o Chefe do DEPEP (Departamento de Estudos e 
Pesquisas). Apenas os Diretores e o Presidente possuem direito a voto 
na definição da taxa de juros. Inicialmente, os Diretores de Política 
Econômica e Política Monetária apresentam as suas alternativas para a taxa 
SELIC e fazem recomendações de Política Monetária. Posteriormente, os 
demais membros fazem suas ponderações e, se necessário, recomendações. 
Ao final, procede-se à votação das propostas. 
 
As atas da reunião, tanto em português quanto em inglês, são divulgadas na 
quinta-feira da semana seguinte a cada reunião, dentro do prazo regulamentar 
de seis dias úteis. Ressalta-se que há uma defasagem na publicação da ata 
em inglês, em geral, de cerca de 24 horas. 
 
 
Questão 83 
 
(FCC – CVM – Analista – 2003) – Ao Banco Central do Brasil atribui-se a função 
de 
 
a) fixar diretrizes e normas da política cambial. 
b) autorizar os limites de emissões de moeda. 
c) disciplinar todos os tipos de crédito do mercado. 
d) deliberar sobre a constituição das instituições financeiras. 
e) realizar operações de compra e venda de títulos públicos. 
 
 
Questão 84 
 
(CESPE – CEF – 2009) – Instituições financeiras estrangeiras somente podem 
funcionar no país mediante prévia autorização formalizada em 
 
a) portaria da Superintendência de Seguros Privados. 
b) normativo do BACEN. 
c) decreto do Poder Executivo. 
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d) normativo da CVM. 
e) resolução do Conselho Federal de Contabilidade. 
 
 
Questão 85 
 
(ESAF – BACEN – 2002)

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