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Microeconomia Aula 05

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J o s i l d a S a n t o s , C P F : 4 6 8 9 7 8 0 1 4 5 3
Curso Online – Microeconomia para o BNDES 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – Engenharia 
Teoria e Exercícios 
Prof. César Frade 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
 
 
E aí Galera, tudo bem? 
 
Vamos começar a nossa penúltima aula de micro? 
 
A aula de hoje é de fundamental importância para a prova de vocês. Portanto, 
tenham certeza de que estão entendendo tudo que está sendo ministrado, pois 
o índice de incidência em provas da CESGRANRIO é muito, mas muito grande. 
 
As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
 
Prof. César Frade 
Março/2011 
 
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Teoria e Exercícios 
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8. Teoria de Custos 
 
Uma parcela muito importante no estudo da Microeconomia diz respeito à 
lucratividade dos empresários e dos mais diferentes mercados existentes. 
Exatamente por isso, temos que estudar os mais diversos tipos de custos 
existentes. 
 
Há uma grande diferença entre o custo contábil e o custo econômico. Tal fato 
tem que ficar bem claro antes de passar para o momento seguinte da aula. 
Enquanto o custo contábil mostra os valores efetivamente gastos e os custos 
realmente incorridos de forma financeira, o custo econômico funciona de uma 
forma u pouco diferente. 
 
Muitas vezes o custo econômico ocorre pelo simples fato de você deixar de 
fazer algo. Mesmo que tal fato não tenha nenhum impacto financeiro em sua 
conta de banco, é possível que se tenha um custo. 
 
Por exemplo, se eu perguntar para você qual o custo que você está tendo com 
esse curso. O que me responderia? 
 
Não aceito a resposta de que o seu custo é o valor que você pagou por ele. Na 
verdade, essa é uma parcela do custo. Você ainda tem o custo de estar 
sentado lendo essa aula, enquanto poderia estar fazendo alguma outra 
atividade que lhe daria mais prazer do que estudar microeconomia. Existem 
ainda vários outros custos e é exatamente isso que estudaremos aqui. 
 
É muito comum você escutar de alguém que uma determinada atitude ainda 
vai lhe custar caro, não é mesmo? Vamos falar de aulas para exemplificar esse 
exemplo. Suponha que você tenha duas opções para uma determinada aula e 
acaba optando pela mais barata, pensando que as duas lhe darão o mesmo 
benefício, logo, a mais barata é a melhor. 
 
Isso pode ser verdade, mas também pode não ser e se, por acaso, você deixar 
de passar em uma prova por ter feito a escolha mais barata. Você não acha 
que essa escolha poderá ter lhe custado muito caro? Pois é, você estaria 
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incorrendo em um custo econômico enorme apesar de ter tido um custo 
contábil menor. 
 
É essa ideia que vocês precisam ter para poder compreender essa parte da 
aula relativa a custos. 
 
Segundo Pindyck: 
 
“Os economistas tratam os custos de forma diferente dos contadores, 
os quais estão preocupados com os demonstrativos financeiros da 
empresa. Os contadores tendem a visualizar retrospectivamente as 
finanças da empresa, pois é a sua função manter sob controle os 
ativos e passivos, bem como avaliar o seu desempenho no passado. 
Os custos contábeis incluem as despesas com depreciação dos 
equipamentos de capital, que são determinada com base no 
tratamento fiscal permitido pelas normas do órgão fazendário 
(Internal Revenue Service, nos EUA). 
 
Os economistas – e esperamos que também os administradores –, 
por outro lado, tendem a visualizar as perspectivas futuras da 
empresa. Eles se preocupam com os custos que poderão ocorrer no 
futuro e com os critérios que serão utilizados pela empresa para 
reduzir seus custos e melhorar sua lucratividade. Deverão, portanto, 
estar preocupados com custos de oportunidade, ou seja, os custos 
associados às oportunidades que serão deixadas de lado, caso a 
empresa não empregue seus recursos de maneira mais rentável.” 
 
Existem 9 tipos de custos na microeconomia. São eles: 
 
• Custo de Oportunidade; 
• Custo Fixo; 
• Custo Afundado; 
• Custo Variável; 
• Custo Total; 
• Custo Fixo Médio; 
• Custo Variável Médio; 
• Custo Médio; e 
• Custo Marginal. 
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Vamos estudar cada um dos custos separadamente. Iniciando, claro, pelo 
custo de oportunidade. 
 
 
8.1. Custo de Oportunidade 
 
O custo de oportunidade, em geral, é um custo que você incorre por deixar de 
fazer algo ou por fazer algo. Normalmente, ele não precisa ser um custo 
financeiro. 
 
Imagine um empresário que comprou um prédio ou galpão para instalar a sua 
empresa. Ele irá pagar uma determinada quantia (considerável) por esse 
imóvel. Suponhamos que o preço de aquisição seja da ordem de R$ 2 milhões. 
Logo de cara, esse projeto desenvolvido pela empresa terá que retornar o 
valor equivalente à taxa SELIC do recurso gasto com a aquisição do imóvel. 
 
Por exemplo, se pensarmos que a taxa SELIC é igual a 10% ao ano, esse 
projeto que será feito naquele imóvel incorrerá em um custo de oportunidade 
para o seu proprietário da ordem de R$200.000,00 por ano. Esse valor é o 
quanto esse empresário deixa de ganhar por ter comprado o imóvel ao invés 
de manter os recursos no mercado financeiro sendo remunerados a uma taxa 
SELIC. 
 
Por outro lado, ele tem uma possível valorização do imóvel que pode acabar 
reduzindo o valor dessa parcela do custo de oportunidade. 
 
Além disso, esse empresário comprou o imóvel e pretende instalar nele a sua 
fábrica. Você acha que na estrutura de custo desse empresário deverá constar 
o aluguel desse imóvel (do qual ele é proprietário??). A resposta é CLARO 
QUE SIM. O aluguel deverá fazer parte da estrutura de custo do empresário, 
pois apesar de ele não pagar o aluguel, ele deixa de recebê-lo por optar em 
instalar uma empresa sua ao invés de alugá-lo. Observe que, nesse caso, não 
incorre nenhum custo contábil, mas incorre um custo econômico. 
 
Ele pode inclusive montar um veículo (um Fundo de Investimento Imobiliário) 
que será o detentor do imóvel e a empresa pagaria o aluguel para esse fundo 
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que enviará a ele esse valor. Isto é interessante de ser feito, pois recebe, 
atualmente, alguns benefícios tributários. 
 
Imagine que esse proprietário da empresa trabalhe em sua própria empresa. 
Você acha que ele deve ter o seu salário computado na estrutura de custo da 
empresa? Seu salário deve guardar alguma proporcionalidade com o lucro da 
empresa? Você acha que ele deve receber um salário aleatório, um salário que 
ele julga coerente? 
 
Vamos às respostas. Se um empresário trabalha em sua própriaempresa, 
temos que separar o empresário como “funcionário” da empresa dele e ele 
como capitalista. Como capitalista ele receberá parte do lucro auferido pela 
empresa e como “funcionário” ele receberá salário. O salário dele não deve ser 
o quanto ele acha que deve ganhar, mas sim o custo de oportunidade que ele 
está incorrendo em prestar serviços para a sua empresa ao invés de estar no 
mercado de trabalho. Ou seja, ele deve receber um valor idêntico àquele que 
receberia em outra empresa no mercado de trabalho. 
 
Segundo Varian: 
 
“Na expressão dos custos, devemos estar certos de que incluímos 
todos os fatores de produção utilizados pela empresa, a preços de 
mercados. Normalmente, isso é bastante óbvio, mas em casos em 
que a empresa é possuída e operada pela mesma pessoa, é possível 
esquecer alguns dos fatores. 
 
Por exemplo, se a pessoa trabalha em sua própria empresa, o 
trabalho dela é um insumo e deve ser contado como parte dos 
custos. Sua taxa de remuneração é simplesmente o preço de 
mercado de seu trabalho – o que ela obteria se vendesse sua força de 
trabalho no mercado. Do mesmo modo, se um fazendeiro possui 
alguma terra e a utiliza na sua produção, essa terra deve ser avaliada 
ao preço de mercado para fins de cálculo de custos econômicos. 
 
Temos visto que custos econômicos como esses são frequentemente 
chamados de custos de oportunidades. O nome provém da ideia de 
que se você está empregando seu trabalho numa aplicação, perde a 
oportunidade de empregá-lo em outra parte. Portanto, esses salários 
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perdidos fazem parte dos custos de produção. De maneira 
semelhante ao exemplo da terra: o fazendeiro possui a oportunidade 
de arrendar a sua terra a outra pessoa, mas escolhe perder essa 
renda de aluguel para arrendar a terra para si mesmo. A renda 
perdida é parte do custo de sua produção.” 
 
Outro custo de oportunidade existente que foi citado pelo Varian no texto 
transcrito acima e que não expliquei anteriormente tem a ver com o custo do 
insumo. Imagine que uma pessoa tem um restaurante e enquanto ela faz 
compras de insumos em um supermercado sai uma oferta daquela relâmpago 
que o funcionário do supermercado fica falando no microfone. 
 
Imaginemos que ele esteja oferecendo um pacote talharim da marca que o 
empresário utiliza por R$5,00, enquanto que o preço normal é R$10,00. O 
empresário aproveita a oportunidade e enche o carrinho de comprar de 
talharim, pois é um ingrediente para o seu “carro-chefe”. Quando ele for fazer 
o levantamento de custo de seu prato, ele deverá considerar o pacote de 
talharim por R$10,00, pois esse é o custo do insumo, esse é o preço que o 
talharim custo, normalmente, no mercado apesar de ele ter conseguido 
adquiri-lo por um preço inferior. 
 
Existe ainda outro custo que muitos acabam se esquecendo e que também 
podemos caracterizá-lo como custo de oportunidade. Ao introduzir o conceito, 
prefiro que isso seja feito por meio de um exemplo, acho que fica mais 
simples. Vou utilizar um que sempre gosto de dar em sala de aula e quem já 
teve um negócio saberá muito bem do que estou falando. 
 
Imagine que você tenha montado uma empresa. Imagine que as coisas não 
estão andando da forma como você imaginou. De noite quando você deita e 
coloca a cabeça no travesseiro, você começa a se sentir mal, seu estômago 
começa a doer, você fica ansioso. 
 
Neste momento, você não incorre em nenhum custo contábil, mas você está 
incorrendo em um custo econômico. Talvez você tenha uma pré-disposição 
menor ao risco e com isso exija um retorno superior àquele que está 
recebendo no negócio montado. É provável que essa dor no estômago e a 
ansiedade esteja ocorrendo porque apesar de estar tendo lucro contábil, não 
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acredita que esteja valendo a pena investir nesse negócio pois a incerteza está 
lhe causando um grande desconforto. 
 
Com esse exemplo, eu tentei mostrar que alguns custos são perceptíveis da 
mesma forma para as mais diferentes pessoas. Entretanto, alguns custos de 
oportunidade podem ser sentidos de diferentes formas pelas mais diversas 
pessoas, pois leva em consideração o quanto a pessoa acredita que deveria 
ganhar, no mínimo, para valer a pena participar daquele negócio. 
 
 
8.2. Custo Fixo 
 
O custo fixo é a parcela do custo que não depende da quantidade produzida. É 
o custo que existirá, independentemente, da existência de algum nível de 
produção. 
 
Imagine a situação de um cursinho para concurso. Seja ele por internet ou 
presencial, a empresa estará incorrendo em um custo fixo que seria o aluguel 
do imóvel, pois ele deve estar presente, fisicamente, em algum local. 
 
Imagine um restaurante. Esse restaurante teria como custo fixo tanto o 
aluguel, quanto um possível condomínio do prédio onde esteja situado, entre 
outros itens. Esse custo, às vezes, é referido pelos autores como fatores fixos, 
conforme explicação abaixo dada por um renomado autor. 
 
Segundo Varian: 
 
“Por definição, os fatores fixos são aqueles que a empresa é obrigada 
a pagar mesmo que decida produzir zero.” 
 
Segundo Pindyck: 
 
“Os custos fixos não variam com o nível de produção – devem ser 
pagos mesmo que não haja produção. Eles podem ser eliminados 
somente de forma conjunta.” 
 
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Observe que para uma empresa, o salário pago ao pessoal da administração 
constitui um custo fixo, pois independentemente de ter ou não produção, a 
administração estará funcionando. 
 
Graficamente, podemos representar o custo fixo como sendo uma reta 
horizontal no espaço custo x quantidade. 
 
 
 
Observe que o custo fixo, como o próprio nome diz, será fixo para qualquer 
quantidade que seja produzido. Sendo, portanto, uma reta horizontal. 
 
Se formos representar o custo fixo matematicamente, ele será dado pela 
parcela do custo que não dependerá da quantidade produzida. De forma 
genérica podemos representar a estrutura matemática do custo da seguinte 
forma: 
 
ܥݑݏݐ݋ ൌ ܥሺݍሻ ൅ ܥ݋݊ݏݐܽ݊ݐ݁ 
 
 
8.3. Custo Afundado ou Irrecuperável ou Irreversível 
 
O custo afundado é a parcela do custo em que o empresário incorre e que não 
pode ser recuperada. 
 
Imagine uma empresa que opta por fazer uma reforma e pintar suas paredes 
de uma cor completamente diferente do padrão, por exemplo, laranja. Esse é 
Custo Fixo 
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um exemplo de custo afundado, pois a empresa não poderá recuperar esse 
custo em que ela incorreu. 
 
Imagine que foi orçada uma barragem e uma determinada empresa resolveu 
fazê-la. Entretanto, no meio da obrao orçamento foi todo gasto e a obra não 
foi completada. Todo aquele recurso despendido na obra está afundado pois se 
a obra não for acabada não haverá a recuperação do investimento e tendo em 
vista que uma parte dela foi feita, não tem como reaver os gastos. 
 
Por fim, suponha um Chef de cozinha que está tentando elaborar novos pratos 
fazendo combinações exóticas. Ele comprou um tartufo negro para elaborar 
um prato. Ele utilizou esse ingrediente em um prato e acabou saindo muito 
ruim a combinação, tanto que o prato foi descartado. Esse é um exemplo de 
custo afundado e, cá para nós, esse chef pode mudar de profissão, pois 
estragar um tartufo é um crime. Rsrs 
 
Por fim, imagine que uma pessoa foi contratada para analisar a viabilidade 
econômico-financeira de um projeto. Após fazer vários levantamentos e 
previsões, ela chegará a uma conclusão. Independentemente da conclusão, ela 
irá receber os seus honorários pelo serviço utilizado. Portanto, o custo de uma 
análise econômico-financeira de um projeto não deve ser levado em 
consideração como custo do próprio projeto e, portanto, não irá impactar a 
viabilidade do mesmo. Isto ocorre porque de qualquer forma haverá o 
pagamento do serviço, tendo em vista que este é um custo afundado. 
 
Segundo Mas-Collel: 
 
“If we are contemplating a firm that could acess a set of technological 
possibilities but has not yet been organized, then inaction is clearly 
possible. But if some decision have already been made, or if 
irrevocable contracts for the delivery of some inputs have been 
signed, inaction is not possible. In that case, we say that some costs 
are sunk”. 
 
Segundo Varian: 
 
“Os custos irrecuperáveis constituem outro tipo de custos fixos. Esse 
conceito pode ser melhor explicado por meio de um exemplo. 
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Suponhamos que decidimos fazer o leasing de um escritório pelo 
período de um ano. O aluguel mensal que nos comprometemos a 
pagar é um custo fixo, posto que somos obrigados a pagá-lo 
independentemente da quantidade que venhamos a produzir. 
Suponhamos agora que decidimos reformar o escritório com pintura e 
aquisição de móveis. A pintura é um custo fixo, mas também é um 
custo irrecuperável, pois representa um pagamento que, uma vez 
feito, não pode mais ser recuperado. Já o custo de comprar o 
mobiliário não é inteiramente irrecuperável porque podemos revendê-
lo quando acabarmos de usá-lo. Somente a diferença entre o custo 
da mobília nova e da usada é que se perde.” 
 
 
8.4. Custo Variável 
 
O custo variável representa a parcela de custo que depende da quantidade 
produzida. 
 
Em uma fábrica, os insumos necessários para a produção do produto final 
representam custos variáveis. Se em uma padaria que tem como produto 
principal o pão francês, o aluguel representa um custo fixo, a farinha de trigo e 
o fermento representam um custo variável. Isto ocorre porque se a produção 
cair para zero, não haverá a incidência desse tipo de custo. 
 
Vou apresentar no próximo tópico a parte gráfica dessa curva. 
 
Matematicamente, a parte do custo que se refere ao custo variável é a parcela 
que depende da quantidade a ser produzida pela firma. 
 
ܥݑݏݐ݋ ൌ ܥሺݍሻ ൅ ܥ݋݊ݏݐܽ݊ݐ݁ 
 
 
 
 
 
 
 
Custo Variável 
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8.5. Custo Total 
 
O custo total é a soma do custo variável com o custo fixo. 
 
A curva de custo total tem o mesmo formato da curva de custo variável mas 
está afastada dessa curva exatamente o valor do custo fixo. É exatamente por 
esse motivo que a curva de custo total é eqüidistante da curva de custo 
variável para qualquer quantidade. Veja o gráfico abaixo: 
 
 
 
Matematicamente, temos: 
 
ܥݑݏݐ݋ ܶ݋ݐ݈ܽ ൌ ܥݑݏݐ݋ ܨ݅ݔ݋ ൅ ܥݑݏݐ݋ ܸܽݎ݅áݒ݈݁ 
 
Segundo o Pindyck: 
 
“O custo total da produção tem dois componentes: o custo fixo (CF), 
em que se incorrerá independentemente do nível de produção obtido 
pela empresa, e o custo variável (CV), que varia conforme o nível de 
produção.” 
 
 
8.6. Custo Fixo Médio 
 
O custo fixo médio é dado pela razão entre o custo fixo e a quantidade que 
está sendo produzida. O mais interessante do custo fixo médio é que quanto 
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maior for a produção menor será o custo fixo médio, tendendo, inclusive, 
assintoticamente a zero. 
 
Imagine, novamente, um cursinho para concurso. Grande parte do custo do 
cursinho presencial, por exemplo, está associado ao pagamento do aluguel, 
funcionários e professores, além de marketing. O custo de marketing é 
afundado. Mas o aluguel, funcionário e professor é um custo que depois de 
começada a turma se torna fixo. Logo, é interessante que se tenha uma turma 
grande para que se consiga diluir cada vez mais os custos. 
 
Matematicamente, podemos mostrar que o custo fixo médio é o seguinte: 
 
ܥݑݏݐ݋ ൌ ܥሺݍሻ ൅ ܥ݋݊ݏݐܽ݊ݐ݁ 
 
Dividindo os dois lados da equação pela quantidade, temos: 
 
ܥݑݏݐ݋
ݍ
ൌ
ܥሺݍሻ
ݍ
൅
ܥ݋݊ݏݐܽ݊ݐ݁
ݍ
 
 
Observe que a fórmula nos mostra que quanto maior for a quantidade 
produzida, maior será o denominador e, portanto, menor será o custo fixo 
médio. 
 
Graficamente, temos: 
 
 
Custo Fixo Médio 
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Observe que a curva vai tendendo para zero, mas nunca será igual a zero por 
maior que seja a quantidade produzida. Isto porque o valor do custo fixo 
(numerador) é maior do que zero. 
 
 
8.7. Custo Variável Médio 
 
O custo variável médio mostra o valor do custo variável dividido pela 
quantidade produzida. 
 
Matematicamente, temos: 
 
ܥݑݏݐ݋ ൌ ܥሺݍሻ ൅ ܥ݋݊ݏݐܽ݊ݐ݁ 
 
Dividindo os dois lados da equação por q, temos: 
 
ܥݑݏݐ݋
ݍ
ൌ
ܥሺݍሻ
ݍ
൅
ܥ݋݊ݏݐܽ݊ݐ݁
ݍ
 
 
 
 
 
 
8.8. Custo Médio 
 
O custo médio é o somatório do custo variável médio com o custo fixo médio. 
 
Matematicamente, temos: 
 
ܥݑݏݐ݋
ݍ
ൌ
ܥሺݍሻ
ݍ
൅
ܥ݋݊ݏݐܽ݊ݐ݁
ݍ
 
 
 
CMe = CVMe + CFMe 
 
Graficamente, tanto a curva de custo médio quanto a curva de custo variável 
médio tem um formato de U. Entretanto, a diferença entre essas duas curvas é 
Custo Variável Médio 
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exatamente o custo fixo médio. Como com o aumento da quantidade 
produzida o custo fixo médio vai sendo reduzindo e caindo assintoticamente a 
zero, as curvas de custo médio e custo variável médio vão se aproximandoà 
medida que a quantidade vai aumentando. 
 
 
8.9. Custo Marginal 
 
O custo marginal é o acréscimo ao custo total quando a produção é aumentada 
em uma unidade. Se o produtor opta em produzir uma unidade adicional, o 
valor do custo de fabricação daquela última unidade, ou seja, o quanto aquela 
última unidade aumentará o custo de fabricação total é o que chamamos de 
custo marginal. 
 
Segundo Pindyck: 
 
“Custo marginal – às vezes definido como custo incremental – é o 
aumento de custo ocasionado pela produção de uma unidade 
adicional de produto. Devido ao fato de o custo fixo não apresentar 
variação quando ocorrem alterações no nível de produção da 
empresa, o custo marginal é apenas o aumento no custo variável 
ocasionado por uma unidade extra de produto. Podemos, portanto, 
expressar custo marginal da seguinte forma: 
 
ܥܯ݃ ൌ
∆ܥܸ
∆ܳ
ൌ
∆ܥܶ
∆ܳ
 
 
O custo marginal informa-nos quanto custará aumentar a produção 
em uma unidade.” 
 
Ao colocarmos todos os gráficos de custo médio em apenas um desenho, 
veremos que o custo marginal corta tanto o custo médio quanto o custo 
variável médio em seu ponto de mínimo. 
 
Veja o gráfico: 
 
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Não entenderam o motivo? Vou explicar, fazendo uma analogia com a turma 
que está lendo minhas aulas. 
 
Se eu desejasse representar por um número a idade dos alunos que estão 
matriculados neste curso, qual seria a melhor forma para fazer isso? Poderia 
coletar as idades de todos os alunos e representar a medida com a média ou 
com a mediana, não é mesmo? 
 
Vamos supor que eu tenha escolhido a média para representar a idade dos 
alunos que estão matriculados nesse curso. E após coletar todas as idades e 
dividir pelo número de matriculados tenha achado que a idade média de vocês 
é de 25 anos. 
 
Imagine que após fazer essa pesquisa, um novo aluno se matricula. Esse aluno 
é o aluno marginal. Não que ele seja um marginal, claro que não, mas ele é o 
aluno que nos dará a idade marginal. Se esse novo aluno tiver 40 anos, a 
idade marginal é igual a 40 e, portanto, maior do que a idade média. Dessa 
forma, ao fazermos uma nova média considerando todos os alunos anteriores 
e mais esse aluno marginal, a nova média de idade será maior que a média de 
idade anterior. 
 
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Se por outro, entrar um aluno nessa turma que tinha idade média igual a 25 
anos, com uma idade de 15 anos, ele contribuirá para que haja uma redução 
na média da idade. 
 
Com isso, podemos concluir que se a idade marginal for menor do que a idade 
média, a nova idade média será menor que a idade média anterior e, portanto, 
formará uma curva decrescente. 
 
E se a idade marginal for maior do que a idade média, a nova idade media será 
maior que a idade média anterior e, portanto, formará uma curva ascendente. 
 
Com isso, podemos concluir que o mesmo que ocorreu com idade pode ocorrer 
com o custo. Logo, concluímos que a curva de custo marginal corta a 
curva de custo médio e a curva de custo variável médio no ponto de 
mínimo. 
 
Vamos montar uma tabela para exemplificar esses custos: 
 
Vamos imaginar uma empresa que tenha custos fixos iguais a R$1.000,00. 
Possui um custo variável crescente e, portanto, custo total também crescente. 
No entanto, o custo marginal que é a variação do custo variável, inicialmente, 
é descendente e depois ascendente. 
 
 
 
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Podemos ver que esses dados presentes na Tabela mostram curvas com 
formatos parecidos com o que encontramos no gráfico acima. 
 
 
8.10. Economia de Escala e Economia de Escopo 
 
Dizemos que uma produção possui economia de escala se ela tiver rendimento 
crescente de escala, apesar de esse não ser mais um conceito utilizado nessas 
situações1. Por exemplo, um curso como esse que você estão fazendo tem 
rendimento crescente de escala. Isto ocorre porque não interessa quantos 
alunos estão matriculados, o custo que tenho para confeccionar a aula é o 
mesmo. O meu custo é representado pelo número de horas que tenho que 
ficar sentado escrevendo, também pelas pesquisas que tenho que fazer para 
procurar exercícios compatíveis com o concurso que vocês estão estudando e o 
tempo gasto com as respostas no fórum. Somente este último custo é variável. 
 
Além do meu custo, devemos considerar o custo do cursinho. À medida que 
um aluno faz a matrícula, ele passa a demanda um canal no servidor, acesso 
ao site e assim por diante. Para a empresa, o custo é praticamente todo 
variável. 
 
Entretanto, o maior custo que se enfrenta é o fixo, é o de “fabricar” a aula. No 
entanto, com o passar do tempo, consigo escrever a mesma coisa em um 
tempo menor, fato que vai reduzindo o meu custo. Além disso, à medida que 
vamos aumentando o número de alunos em sala pouco é acrescido ao custo 
final e, portanto, esse é um produto que tem rendimento crescente de escala 
ou economia de escala. 
 
Por outro lado, se houver deseconomia de escala isso significa que há uma 
espécie de rendimento decrescente de escala no processo de produção, apesar 
de esse conceito não ser utilizado. 
 
Segundo Pindyck: 
 
 
1 Mas para ficar mais simples, vamos tratar dessa forma, pois vocês compreenderão o conceito e irão entender mais à 
frente o motivo de isso não poder ser denominado dessa forma. 
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“No longo prazo, poderia vir a ser do interesse da empresa modificar 
a proporção dos insumos à medida que o nível de produção se 
modifique. Quando são modificadas as proporções entre os insumos, 
o conceito de rendimento de escala não mais se aplica. Ao contrário, 
dizemos que a empresa apresenta economias de escala quando ela é 
capaz de duplicar a produção com menos do que o dobro dos custos. 
Da mesma forma, existem deseconomias de escala quando a 
duplicação da produção corresponde a mais do que o dobro dos 
custos. O termo economias de escala abrange os rendimentos 
crescentes de escala como um caso especial, sendo, porém, mais 
amplo pois permite que as combinações de insumos sejam alteradas 
à medida que a empresa varie seu nível de produção.” 
 
Agora vocês devem estar questionando o que seria economia de escopo, não é 
mesmo? Para entender de forma mais simples o que significa economia de 
escopo, tentarei falar para vocês um exemplo. 
 
Trabalhei em uma empresa que tinha exatamente essa característica, de uma 
produção que possuía uma economia de escopo. Entretanto, como o produto 
dela era algo muito específico, acho que será melhor colocar um outro 
exemplo,pois ficaria mais simples de compreender. 
 
Imagine uma gráfica que encaderne livros, livros de economia para concurso, 
por exemplo. Os livros são escritos e ela faz a impressão e encadernação. A 
gráfica utiliza papel do tipo ofício mas os livros são menores e, portanto, há a 
necessidade de se cortar o papel. Ao invés dela jogar o papel cortado no lixo, 
ela optou em fazer pequenos blocos de anotações e vendê-los. 
 
O custo que essa empresa tem de fabricar os livros e os pequenos blocos ao 
mesmo tempo é menor que o custo que teria uma empresa que optasse por 
fabricar os livros somado ao custo de outra empresa que fabricasse os blocos 
de anotações. 
 
Segundo Pindyck: 
 
“Em geral, as economias de escopo encontram-se presentes quando 
a produção conjunta de uma única empresa é maior do que as 
produções obtidas por duas empresas diferentes, cada uma 
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produzindo um único produto (com equivalentes insumos de 
produção alocados entre as duas empresas separadas).” 
 
 
Questão 65 
 
(Empresa de Pesquisa Energética – CESGRANRIO – 2007) – Considere os 
gráficos das curvas de custo marginal e de custo médio em função da 
quantidade produzida, e marque a afirmativa INCORRETA. 
 
a) A curva de custo marginal passa pelo mínimo da curva de custo médio. 
b) O custo marginal mostra a variação do custo total quando a produção 
aumenta. 
c) O custo médio pode ser menor que o custo marginal. 
d) O custo médio mostra a variação do custo marginal quando a produção 
aumenta. 
e) Quando o custo médio é crescente, o custo marginal é maior que o custo 
médio. 
 
 
Questão 66 
 
(Empresa de Pesquisa Energética – CESGRANRIO – 2006) – Dada a função de 
custos totais CT(q) = 50 + 3q2– 10q, no qual q é a quantidade produzida, o 
custo médio da empresa é dado por: 
 
a) 6q – 10 
b) 500 
c) 100 
d) 50/q + 6q –10 
e) 50/q + 3q – 10 
 
 
Questão 67 
 
(Petrobrás – Economista Junior – CESGRANRIO – 2005) – Sejam C(a) e C(b) 
os custos de produção individual dos bens a e b, respectivamente, enquanto 
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C(a,b) representa o custo da produção conjunta dos referidos bens. Ocorrerá 
economia de escopo quando: 
 
a) [C(a) + C(b)] > C(a,b) 
b) [C(a) + C(b)] = C(a,b) 
c) [C(a) + C(b)] < C(a,b) 
d) C(a) > C(b) 
e) C(a) < C(b) 
 
 
Questão 68 
 
(TJ Rondônia – Economista Junior – CESGRANRIO – 2008) – Considere os 
custos de uma empresa como função da quantidade produzida. O custo 
marginal de produção é 
 
a) sempre menor que o custo total médio. 
b) nulo quando não houver custo fixo. 
c) igual ao custo total médio, quando este for mínimo. 
d) igual ao custo variável médio. 
e) maior que o custo total médio, quando este decrescer com o aumento da 
produção. 
 
 
Questão 69 
 
(SECAD – Economista – CESGRANRIO – 2004) – 
 
 
 
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Quanto às curvas de custos no gráfico acima, é correto afirmar-se que o(a): 
 
a) custo fixo médio sempre sobe com o aumento da quantidade produzida. 
b) custo variável médio, de forma geral, cai com o acréscimo de produção. 
c) custo marginal mostra a diminuição dos custos totais decorrente da 
produção de uma unidade adicional. 
d) curva do custo marginal cruza a curva do custo total médio no ponto em 
que o custo total médio é máximo. 
e) curva de custo marginal corta a curva de custo total médio no ponto de 
escala eficiente. 
 
 
Questão 70 
 
(TCU/RO – Economista – CESGRANRIO – 2007) – Marque a afirmação correta, 
a respeito do custo médio e do custo marginal. 
 
a) O custo médio é sempre maior que o custo marginal. 
b) O custo médio e o custo marginal são sempre iguais. 
c) Se o custo médio decrescer com o aumento da quantidade produzida, o 
custo marginal será inferior ao custo médio. 
d) Se o custo médio não se alterar com o aumento da quantidade produzida, o 
custo marginal será inferior ao custo médio. 
e) Se os preços dos insumos aumentarem, o custo médio não se alterará, mas 
o custo marginal aumentará. 
 
 
9. Mercados 
 
O objetivo de todo empresário é auferir lucro, na verdade, maximizar o lucro. 
Isto não importa qual o seu tipo de atividade, se possui ou não concorrentes e 
em que tipo de mercado está a sua empresa. A busca é pela maximização de 
lucro. 
 
Com isso, o empresário tem de um lado a sua produção e a venda de seus 
produtos por um determinado preço e por outro lado os seus custos. Há 
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sempre o interesse de aumentar a produção, ser mais eficiente na mesma e 
reduzir os custos. 
 
Diferente de muitas respostas que recebemos em sala de aula, o interesse não 
está nem em minimizar o custo nem em maximizar a receita. O interesse é de 
maximizar o lucro. 
 
Imagine uma empresa que tenha rendimento crescente de escala. O custo 
marginal de produzir uma unidade adicional pode ser bastante baixa e se 
houver demanda para aquela unidade produzida talvez valha a pena produzir e 
vendê-la mesmo que seja por um preço mais baixo que a última unidade 
vendida. 
 
Imagine que uma empresa tenha vendido seu último produto por R$50,00. No 
entanto, ela só consegue vender uma unidade adicional se cobrar R$30,00. 
Sabendo que o custo de produzir essa última unidade é igual a R$1,00, talvez 
seja interessante produzir essa unidade e vendê-la, pois seu lucro será 
majorado em R$29,00. 
 
No entanto, todos esses tratamentos dependem do tipo de mercado em que 
está a empresa. Podemos dividir os mercados da seguinte forma: 
 
• Concorrência Perfeita; 
• Monopólio; 
• Monopsônio; 
• Oligopólio; 
• Oligopsônio; 
• Concorrência Monopolística; e 
• Monopólio Natural 
 
A concorrência perfeita é um mercado que possui um grande número de 
compradores e um grande número de vendedores. O monopólio tem um 
vendedor e vários compradores. O monopsônio possui um comprador e vários 
vendedores. O oligopólio tem alguns vendedores e vários compradores. O 
oligopsônio tem alguns compradores e vários vendedores. 
 
Como o objetivo do consumidor é a maximização do lucro, matematicamente 
devemos derivar a equação do lucro e igualar a zero. Portanto: 
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ܮݑܿݎ݋ᇣᇤᇥ
గ
ൌ ܴ݁ܿ݁݅ݐܽ ܶ݋ݐ݈ܽᇣᇧᇧᇧᇤᇧᇧᇧᇥ
ோ்
െ ܥݑݏݐ݋ ܶ݋ݐ݈ܽᇣᇧᇧᇧᇤᇧᇧᇧᇥ
஼்
 
 
Colocando em função dos símbolos, temos: 
 
ߨ ൌ ܴܶሺݍሻ െ ܥܶሺݍሻ 
 
Derivandoo lucro em relação à quantidade e igualando a zero2, temos: 
 
߲ߨ
߲ݍ
ൌ
߲ܴܶ
߲ݍถ
ோ௘௖௘௜௧௔
ெ௔௥௚௜௡௔௟
െ
߲ܥܶ
߲ݍถ
஼௨௦௧௢
ெ௔௥௚௜௡௔௟
ൌ 0 
 
Com isso, temos que: 
 
߲ܴܶ
߲ݍถ
ோ௘௖௘௜௧௔
ெ௔௥௚௜௡௔௟
െ
߲ܥܶ
߲ݍถ
஼௨௦௧௢
ெ௔௥௚௜௡௔௟
ൌ 0 
 
Logo, a maximização do lucro ocorre quando: 
 
 
RMg = CMg 
 
 
Dessa forma, é importante esclarecer que a maximização do lucro em qualquer 
mercado ocorre no ponto em que o custo marginal igualar com a receita 
marginal. E isso faz sentido. 
 
A receita marginal é a receita adicional gerada à receita total quando uma 
unidade adicional é vendida. Enquanto essa receita marginal superar o custo 
de produção da última unidade produzida (custo marginal), vale a pena 
produzir essa unidade e vendê-la, pois o lucro será majorado. Por outro lado, 
se a receita adicional gerada for inferior ao custo da última unidade, não vale a 
pena produzir essa última unidade pois o lucro será menor que o lucro 
anterior. 
 
2 Sempre que formos maximizar alguma variável, devemos derivar e igualar a zero. 
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10. Concorrência Perfeita 
 
Quando estamos em um mercado de concorrência perfeita existem vários 
compradores e vários vendedores atuando neste mercado e, desta forma, eles 
não possuem qualquer poder individual sobre o mercado. 
 
Na prática, podemos pensar no mercado de alguma commodities mundial 
como a soja. O que ocorreria com o preço mundial da soja se um produtor do 
Mato Grosso optasse em produzir um pouco mais de soja em um determinado 
ano. Provavelmente, nada ocorreria com o preço mundial da soja, pois esse 
produtor representa uma parcela muito pequena no total ofertado de soja no 
mundo. Isto mostra que decisões individuais não modificam o preço do 
produto. Com isso dizemos que os produtores são tomadores de preço, eles 
apenas olham o preço que está valendo a soja no mercado e praticam esse 
preço sem ter condições de alterá-lo. 
 
Você pode questionar o que foi explicado dizendo que o preço da soja no Mato 
Grosso é menor que o preço da soja no Rio Grande do Sul e que, portanto, o 
que estou falando não está correto. 
 
Entretanto, a soja tem um preço mundial e como uma parte da soja nacional é 
exportada, o preço a ser considerado é o preço da soja colocada no porto de 
Paranaguá-PR. Com isso, o preço da soja no Mato Grosso é igual ao preço da 
soja em Paranaguá menos o frete até esse porto no Paraná. Como o produtor 
do Rio Grande do Sul está bem mais próximo do porto, ele pagará menos no 
frete e, portanto, sua soja terá um valor mais alto. 
 
Exatamente pelo fato de não ser possível alterar individualmente o preço do 
produto, a curva de demanda de um mercado em concorrência perfeita é uma 
reta horizontal. Além disso, é importante ressaltarmos que quando um 
produtor opta por vender seu produto, pelo fato de ele não ter condições de 
fazer qualquer mudança no preço, o valor recebido pela venda de uma unidade 
será igual ao preço do bem. 
 
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Portanto, em concorrência perfeita, a receita marginal auferida com a venda de 
uma unidade adicional é igual ao preço do bem. 
 
Com isso, temos que em concorrência perfeita e apenas em concorrência 
perfeita, a condição de maximização pode ser mostrada da seguinte forma: 
 
 
p = RMg = CMg 
 
 
Segundo Pindyck: 
 
“Devido ao fato de cada empresa de uma indústria competitiva ser 
capaz de vender apenas uma fração das vendas ocorridas na 
indústria, a quantidade que a empresa decidir vender não terá 
impacto sobre o preço de mercado do produto. (...) Portanto, a 
empresa competitiva é uma tomadora de preço: ela sabe que sua 
decisão de produção não terá impacto sobre o preço do produto.” 
 
Podemos representar isso graficamente, com o intuito de encontrar onde 
ocorrerá a maximização do lucro. 
 
 
 
 
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Segundo Pindyck: 
 
“Pelo fato de a empresa ser uma tomadora de preço, a curva de 
demanda d com que se defronta uma determinada empresa 
competitiva é representada por uma linha horizontal.” 
 
Observe que no ponto onde a curva de preço constante (curva de demanda) 
corta a curva de custo marginal, temos o ponto de máximo lucro. No gráfico 
acima, isso ocorre no ponto em que a quantidade produzida é igual a ܳכ. 
 
Entretanto, temos que lembrar que na estrutura de custo representada pelo 
custo médio está presente o lucro mínimo exigido pelo produtor para entrar no 
mercado. Logo, a área hachurada no gráfico acima é um lucro adicional ao 
mínimo e ele é chamado de lucro extraordinário. 
 
Imagine uma empresa que produza 10 unidades, que tenha um custo fixo de 
R$ 300,00 e um custo variável médio de R$ 40,00. Em uma situação como a 
apresentada, o preço do bem estaria em R$ 100,00, por exemplo. Dessa 
forma, ela teria um lucro extraordinário de R$ 300,00. 
 
300104030010010
Variável Custo - Fixo Custo - Total Receita
Total Custo - Total Receita
=⋅−−⋅=
=
=
π
π
π
 
 
Se o preço do bem fosse inferior ao custo variável médio, a empresa deveria 
fechar, imediatamente, as portas. 
 
Segundo Varian: 
 
“Será melhor para a empresa encerrar suas atividades quando os 
“lucros” de produzir nada e apenas pagar os custos fixos excederem 
os lucros de produzir onde o preço se iguala ao custo marginal. A 
condição de encerramento das operações é dada: 
 
( )
p
y
yC
CVMe V >= 
 
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Se os custos variáveis médios fossem maiores do que p, a empresa 
ficará melhor se fabricar zero unidade de produto. Isso faz sentido, já 
que diz que as receitas obtidas com a venda da produção y não 
cobrem nem os custos variáveis de produção ( )yCV . Nesse caso, a 
empresa também pode sair do mercado. Se não produzir nada, a 
empresa perderá os custos fixos, mas perderia ainda mais se 
continuasse a produzir.” 
 
Observe que se a empresa produzisse 10 unidades, tivesse custo fixo de R$ 
300,00 e custo variável médio de R$ 40,00, caso o preço do bem fosse 
vendido por R$ 35,00, o lucro seria: 
 
35010403003510 −=⋅−−⋅=π 
 
Se a mesma empresa optasse por não produzir nenhuma unidade, seu lucro 
seria: 
 
300040300350 −=⋅−−⋅=π 
 
Como a empresa teria um prejuízo menor se parasse o processo de produção 
do que aquele obtido se continuasse produzindo 10 unidades, ela deveria 
interromper esse processo e assumir um prejuízo de custo fixo. 
 
Por fim, se o preço do bem for menor do que o custo médio, mas maior do que 
o custo variável médio teríamos a seguinte situação: 
 
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No ponto em que a curva de preço toca a curva de custo marginal, teríamos o 
ponto de máximo lucro e, portanto, seria determinada a quantidade a ser 
produzida. 
 
Entretanto, haveria um prejuízo econômico uma vez que o preço está sendo 
cotado abaixo do custo médio e a área do prejuízo econômico é representada 
pela hachura vermelha (pontilhada). No entanto, a diferença entre o custo 
médio e o custo variável médio é o custo fixo. No gráfico, o custo fixo está 
representado pela hachura azul (não pontilhada). 
 
Como o custo fixo é maior que o prejuízo obtido com a produção de Q* 
unidades, cabe ao capitalista decidir se prefere esse prejuízo anunciado 
produzindo Q* ou um prejuízo igual ao custo fixo se optar por parar de 
produzir. 
 
Logo, o empresário deverá optar por produzir Q* unidades, uma vez que está 
no curto prazo e não consegue se livrar do custo fixo, e assumir o prejuízo 
ocasionado. 
 
Voltemos ao caso da existência de lucro extraordinário. 
 
Havendo a presença de lucro extraordinário, isso significa que as pessoas, em 
média, nesse mercado, estão ganhando mais do que o valor mínimo que 
topariam para entrar no mercado. Como uma característica da concorrência 
perfeita é a livre entrada e livre saída, haverá um grande número de entrantes 
interessados nesse lucro extraordinário que está sendo gerado. 
 
Com a entrada de novos participantes, há um aumento considerável da 
quantidade ofertada e, portanto, uma queda nos preços. Os preços devem cair 
até o ponto em que os lucros extraordinários passarem a cessar, não existiram 
mais. Quando isso ocorrer, não teremos mais empresários interessados em 
entrar nesse mercado e as pessoas que estiverem nesse mercado não mais 
estão interessadas em sair. 
 
Graficamente, teremos a maximização do lucro ocorrendo da seguinte forma: 
 
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Questão 71 
 
(Empresa de Pesquisa Energética – CESGRANRIO – 2006) – Considere a 
função de custos totais CT(q)= 100 + 5q2 – 2000q, no qual q é a quantidade 
produzida pela empresa. Em concorrência perfeita, sendo o preço de mercado 
de 100, a quantidade produzida pela empresa é: 
 
a) 20 
b) 100 
c) 190 
d) 200 
e) 210 
 
 
Questão 72 
 
(Petrobrás – Economista Pleno – CESGRANRIO – 2005) – Considere uma firma 
operando em concorrência perfeita. No curto prazo, se o lucro econômico do 
produtor é positivo, a produção se faz com o custo marginal, em relação ao 
custo médio: 
 
a) igual a este. 
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b) inferior a este. 
c) superior a este. 
d) metade deste. 
e) o dobro deste. 
 
 
Questão 73 
 
(SFE – Economista Junior – CESGRANRIO – 2009) – Um dos desafios dos 
economistas é compreender as estruturas de mercado. Em uma estrutura de 
mercado competitiva, as empresas 
 
a) têm o custo médio sempre maior que o custo marginal. 
b) produzem até equalizar o preço ao custo total. 
c) produzem até equalizar seu custo marginal ao preço de mercado. 
d) vendedoras devem ser em muito maior número do que as compradoras. 
e) novas são impedidas de se estabelecer no mercado devido à concorrência 
acirrada. 
 
 
11. Monopólio 
 
O monopólio ocorre quando há apenas um produtor e muitos compradores. 
Muitas pessoas em sala de aula acreditam que um monopolista pode colocar o 
preço que desejar em seu produto. Entretanto, essa ideia não é verdadeira 
pois existe a curva de demanda e ele estará vinculado a ela. Na verdade, ele 
deverá maximizar o seu lucro e para isso deverá estar atento à curva de 
demanda. 
 
Vamos supor a curva de demanda3 seja a seguinte: 
 
ܲ ൌ ܽ െ ܾ · ܳ 
 
Tendo em vista que a curva de demanda foi dada, podemos calcular a receita 
total: 
 
 
3 Na verdade, como o termo isolado é o preço, essa é a curva de demanda inversa. 
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ܴܶ ൌ ܲ · ܳ 
ܴܶ ൌ ሺܽ െ ܾ · ݍሻ · ݍ 
ܴܶ ൌ ܽ · ݍ െ ܾ · ݍଶ 
 
A receita marginal será a derivada da receita total em relação à quantidade e 
será igual a: 
 
ܴܯ݃ ൌ
߲ܴܶ
߲ݍ
 
ܴܯ݃ ൌ ܽ െ 2 · ܾ · ݍ 
 
Graficamente, temos: 
 
 
 
Observe que a receita marginal é uma reta que corta o eixo da quantidade 
exatamente no meio entre a origem e o ponto onde a demanda efetua o corte. 
 
Para determinarmos o ponto de lucro máximo que é onde o monopolista irá 
trabalhar, precisamos traçar a curva de custo marginal, conforme foi feito no 
gráfico abaixo. No ponto em que a curva de custo marginal cortar a curva de 
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receita marginal, será determinada a quantidade que maximiza o lucro do 
monopolista (q* no gráfico abaixo). 
 
A partir desse ponto, utilizando a curva de demanda, podemos ver qual seria o 
preço referente àquela quantidade que atenderia a curva de demanda. Esse 
preço será o preço a ser cobrado pelo monopolista (p* no gráfico abaixo). 
 
Graficamente, teríamos: 
 
 
 
Observe que para o preço dado e a quantidade teríamos o custo sendo 
determinado pelo produto entre o custo médio para a quantidade ótima e a 
quantidade ótima. No gráfico, o custo total de produção está mostrado pelo 
quadrado no canto inferior esquerdo, pois é a multiplicação da média pela 
quantidade. 
 
CT 
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A parte hachurada do gráfico será o lucro extraordinário. É interessante notar 
que o monopolista sempre terá um lucro extraordinário. Como não há outro 
competidor no mercado, esse lucro não será reduzido ao longo do tempo. 
 
Há ainda uma medida importante e que devemos sempre considerar que é o 
poder de monopólio do monopolista. 
 
A regra utilizada para determinar o poder de monopólio foi desenvolvida em 
1934 pelo economista Abba Lerner. Dessa forma, essa medida ficou conhecida 
como Índice de Lerner de Poder de Monopólio e é representada da seguinte 
forma: 
 
 ( )
P
CMgPL −=
 
 
 
Observe que na melhor das hipóteses para o monopolista o custo marginal 
será igual a zero e isso fará com que o Índice de Lerner seja igual a 1. Na pior 
das hipóteses, o índice será igual a zero e, nesse caso,teremos uma condição 
de concorrência perfeita uma vez que o preço deverá ser igual ao custo 
marginal. 
 
Podemos demonstrar facilmente esse índice sendo expresso em termos da 
elasticidade. No entanto, o índice é expresso com base na elasticidade da 
curva da demanda da empresa e não da curva de demanda do mercado. 
 
 ( )
dP
CMgPL ε
1−=−= 
 
 
Dessa forma, ao utilizarmos o Índice de Lerner, vamos que quanto mais 
elástica for a demanda menor o poder de monopólio. 
 
 
 
 
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Questão 74 
 
(BNDES – CESGRANRIO – 2008) – A empresa monopolista, para maximizar 
seu lucro, produz uma quantidade tal que 
 
a) maximiza a receita total. 
b) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de produção. 
c) maximiza o preço que cobra. 
d) minimiza o custo médio. 
e) equaliza a receita marginal e o custo marginal de produção. 
 
 
Questão 75 
 
(Ministério Público Rondônia – Economista – CESGRANRIO – 2005) – Em 
monopólio, a maximização de lucro nunca será obtida quando a curva de 
demanda for: 
 
a) elástica. 
b) inelástica. 
c) normal. 
d) superelástica. 
e) zero. 
 
 
Questão 76 
 
(Refap – Economista Junior – CESGRANRIO – 2007) – Uma empresa 
monopolista escolhe uma produção tal que o(a): 
 
a) preço seja menor que o custo marginal. 
b) preço seja o maior possível. 
c) preço seja igual ao custo marginal. 
d) preço seja igual à receita marginal. 
e) receita marginal seja igual ao custo marginal. 
 
 
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Questão 77 
 
(TJ Rondônia – Economista Junior – CESGRANRIO – 2008) – Uma empresa, 
maximizadora de lucro e monopolista, vende o bem X. O gráfico abaixo mostra 
a demanda (D) pelo bem X, a receita marginal e o custo marginal de produção 
de X. 
 
A empresa deverá cobrar, pelo bem X, um preço igual a 
a) p1 
b) p2 
c) p3 
d) p4 
e) p5 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
 
Questão 65 
 
(Empresa de Pesquisa Energética – CESGRANRIO – 2007) – Considere os 
gráficos das curvas de custo marginal e de custo médio em função da 
quantidade produzida, e marque a afirmativa INCORRETA. 
 
a) A curva de custo marginal passa pelo mínimo da curva de custo médio. 
b) O custo marginal mostra a variação do custo total quando a produção 
aumenta. 
c) O custo médio pode ser menor que o custo marginal. 
d) O custo médio mostra a variação do custo marginal quando a produção 
aumenta. 
e) Quando o custo médio é crescente, o custo marginal é maior que o custo 
médio. 
 
Resolução: 
 
Sabemos que a curva de custo marginal corta tanto a curva de custo médio 
quanto a curva de custo variável médio no ponto de mínimo. 
 
Isso ocorre porque se o custo marginal for menor que o médio, quando 
optamos por produzir uma unidade adicional, vamos incorrer no custo marginal 
pela produção dessa unidade adicional. Assim, estaremos adicionando aos 
custos totais, um valor menor do que a média, fato que contribuirá para 
reduzir a média assim que a última unidade for produzida. 
 
Observe que a seta no gráfico abaixo mostra que enquanto mostra que 
enquanto o custo médio for maior que o custo marginal, o custo médio é 
descendente. 
 
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Por outro lado, se a média dos custos das unidades produzidas estiver abaixo 
do custo necessário para a produção de uma unidade adicional (custo 
marginal), quando essa unidade for produzida, o novo custo médio será maior. 
 
Com isso, vemos que se o custo marginal for maior que o médio, o médio será 
como mostrado na seta do desenho abaixo, ou seja, crescente. 
 
 
 
O custo marginal mostra a variação do custo total, seja quando a produção 
aumenta seja quando reduz. O item não está dizendo que o custo marginal é a 
variação do total APENAS quando a produção aumenta. Logo, não podemos, 
em princípio, considerar errado esse item. 
 
Por outro lado, o custo médio é a média aritmética do custo. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
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Gabarito: D 
 
 
Questão 66 
 
(Empresa de Pesquisa Energética – CESGRANRIO – 2006) – Dada a função de 
custos totais CT(q) = 50 + 3q2 – 10q, no qual q é a quantidade produzida, o 
custo médio da empresa é dado por: 
 
a) 6q – 10 
b) 500 
c) 100 
d) 50/q + 6q –10 
e) 50/q + 3q – 10 
 
Resolução: 
 
O custo médio da empresa é o custo total dividido pela quantidade. Logo, o 
custo médio é igual a: 
 
ܥܯ݁ ൌ
ܥሺݍሻ
ݍ
 
ܥܯ݁ ൌ
50 ൅ 3ݍଶ െ 10ݍ
ݍ
 
ܥܯ݁ ൌ
50
ݍ
൅ 3ݍ െ 10 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 67 
 
(Petrobrás – Economista Junior – CESGRANRIO – 2005) – Sejam C(a) e C(b) 
os custos de produção individual dos bens a e b, respectivamente, enquanto 
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C(a,b) representa o custo da produção conjunta dos referidos bens. Ocorrerá 
economia de escopo quando: 
 
a) [C(a) + C(b)] > C(a,b) 
b) [C(a) + C(b)] = C(a,b) 
c) [C(a) + C(b)] < C(a,b) 
d) C(a) > C(b) 
e) C(a) < C(b) 
 
Resolução: 
 
Sabemos que ocorre economia de escopo quando uma empresa produzir dois 
produtos a um preço menor do que duas empresas produzindo os mesmos 
produtos separadamente. 
 
Logo, se uma determinada empresa possuir uma estrutura de custos para a 
produção dos bens a e b conjuntamente C(a,b) menor do que o custo que duas 
empresas iriam incorrer para produzir os mesmos produtos [C(a) + C(b)], 
temos a existência de uma economia de escopo. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
 
Gabarito: A 
 
 
Questão 68 
 
(TJ Rondônia – Economista Junior – CESGRANRIO – 2008) – Considere os 
custos de uma empresa como função da quantidade produzida. O custo 
marginal de produção é 
 
a) sempre menor que o custo total médio. 
b) nulo quando não houver custo fixo. 
c) igual ao custo total médio, quando este for mínimo. 
d) igual ao custo variável médio. 
e) maior que o custo total médio, quando este decrescer com o aumento da 
produção.J o s i l d a S a n t o s , C P F : 4 6 8 9 7 8 0 1 4 5 3
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Resolução: 
 
O custo marginal é a variação no custo total quando mudamos a produção em 
uma unidade. Observe que, em geral, falamos e eu sempre falei assim até 
agora, que é o custo adicionado quando a produção aumenta em uma unidade. 
Entretanto, não há a necessidade de o custo aumentar. Guardem isso, apesar 
de essa ser a definição mais comum. 
 
Como a curva de custo marginal corta a curva de custo médio no ponto de 
mínimo, podemos dizer que o custo marginal iguala o custo médio no ponto 
em que o custo médio for mínimo. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 69 
 
(SECAD – Economista – CESGRANRIO – 2004) – 
 
 
 
Quanto às curvas de custos no gráfico acima, é correto afirmar-se que o(a): 
 
a) custo fixo médio sempre sobe com o aumento da quantidade produzida. 
b) custo variável médio, de forma geral, cai com o acréscimo de produção. 
c) custo marginal mostra a diminuição dos custos totais decorrente da 
produção de uma unidade adicional. 
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d) curva do custo marginal cruza a curva do custo total médio no ponto em 
que o custo total médio é máximo. 
e) curva de custo marginal corta a curva de custo total médio no ponto de 
escala eficiente. 
 
Resolução: 
 
No longo prazo, após os empresários entrarem no mercado enquanto houver 
lucro extraordinário e depois de saírem quando a receita não conseguir pagar 
sequer o custo variável, o ponto eficiente ocorre no ponto de mínimo da curva 
de custo médio. 
 
Como o custo marginal corta a curva de custo médio em seu ponto de mínimo, 
a eficiência ocorre na intersecção das curvas de custo marginal e médio. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 70 
 
(TCU/RO – Economista – CESGRANRIO – 2007) – Marque a afirmação correta, 
a respeito do custo médio e do custo marginal. 
 
a) O custo médio é sempre maior que o custo marginal. 
b) O custo médio e o custo marginal são sempre iguais. 
c) Se o custo médio decrescer com o aumento da quantidade produzida, o 
custo marginal será inferior ao custo médio. 
d) Se o custo médio não se alterar com o aumento da quantidade produzida, o 
custo marginal será inferior ao custo médio. 
e) Se os preços dos insumos aumentarem, o custo médio não se alterará, mas 
o custo marginal aumentará. 
 
Resolução: 
 
Como é possível ver na figura abaixo, existem pontos em que o custo médio é 
maior que o marginal e em outros o marginal é maior que o médio. 
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O custo médio e o custo marginal são iguais apenas no ponto mínimo do 
médio, pois o marginal estará cortando-o. 
 
Quando o custo médio decresce, isso indica que entrou no conjunto de dados 
um valor inferior à média, logo, o marginal, nesse ponto, é menor que o 
médio. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
 
Questão 71 
 
(Empresa de Pesquisa Energética – CESGRANRIO – 2006) – Considere a 
função de custos totais CT(q)= 100 + 5q2 – 2000q, no qual q é a quantidade 
produzida pela empresa. Em concorrência perfeita, sendo o preço de mercado 
de 100, a quantidade produzida pela empresa é: 
 
a) 20 
b) 100 
c) 190 
d) 200 
e) 210 
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Resolução: 
 
Como a questão nos informa que estamos trabalhando em um mercado em 
concorrência perfeita, para encontrarmos a quantidade que maximiza o lucro 
da empresa basta igual o preço com o custo marginal. 
 
A questão informa a estrutura de custo total. Para acharmos o custo marginal 
devemos derivar o custo total em relação a q. 
 
ܥܯ݃ ൌ
߲ܥܶ
߲ݍ
 
ܥܯ݃ ൌ 10ݍ െ 2000 
 
Após derivarmos, devemos igualar o custo marginal com o preço e resolver a 
função para a incógnita q. Dessa forma, a quantidade que maximiza o lucro é: 
 
݌ ൌ ܥܯ݃ 
100 ൌ 10ݍ െ 2000 
10ݍ ൌ 2100 
ݍ ൌ 210 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 72 
 
(Petrobrás – Economista Pleno – CESGRANRIO – 2005) – Considere uma firma 
operando em concorrência perfeita. No curto prazo, se o lucro econômico do 
produtor é positivo, a produção se faz com o custo marginal, em relação ao 
custo médio: 
 
a) igual a este. 
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b) inferior a este. 
c) superior a este. 
d) metade deste. 
e) o dobro deste. 
 
Resolução: 
 
No curto prazo, enquanto ainda temos lucro extraordinário, o custo marginal 
iguala a receita marginal (ponto de maximização) acima do custo médio. Veja 
o gráfico abaixo: 
 
 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 73 
 
(SFE – Economista Junior – CESGRANRIO – 2009) – Um dos desafios dos 
economistas é compreender as estruturas de mercado. Em uma estrutura de 
mercado competitiva, as empresas 
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a) têm o custo médio sempre maior que o custo marginal. 
b) produzem até equalizar o preço ao custo total. 
c) produzem até equalizar seu custo marginal ao preço de mercado. 
d) vendedoras devem ser em muito maior número do que as compradoras. 
e) novas são impedidas de se estabelecer no mercado devido à concorrência 
acirrada. 
 
 
Resolução: 
 
A maximização em qualquer estrutura de mercado ocorre quando derivamos o 
lucro e igualamos a zero. E isto ocorrerá quando a receita marginal igualar com 
o custo marginal, independentemente do mercado. 
 
Entretanto, quando estivermos em uma estrutura competitiva, o preço será 
fixo e a receita marginal será igual ao preço. Logo, a maximização do lucro 
ocorrerá no ponto em que o preço igualar com o custo marginal. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 74 
 
(BNDES – CESGRANRIO – 2008) – A empresa monopolista, para maximizar 
seu lucro, produz uma quantidade tal que 
 
a) maximiza a receita total. 
b) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de produção. 
c) maximiza o preço que cobra. 
d) minimiza o custo médio. 
e) equaliza a receita marginal e o custo marginal de produção. 
 
Resolução: 
 
A maximização dolucro em uma empresa ocorrerá onde a receita marginal 
igualar o custo marginal. 
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Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 75 
 
(Ministério Público Rondônia – Economista – CESGRANRIO – 2005) – Em 
monopólio, a maximização de lucro nunca será obtida quando a curva de 
demanda for: 
 
a) elástica. 
b) inelástica. 
c) normal. 
d) superelástica. 
e) zero. 
 
Resolução: 
 
A maximização do lucro nunca será obtida na parte inelástica do gráfico, pois a 
maximização ocorre onde a curva de receita marginal corta a curva de custo 
marginal. Como a curva de receita marginal é positiva apenas na parte elástica 
e a curva de custo marginal NUNCA será negativa, o encontro das duas deverá 
ser na parte elástica. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
 
Gabarito: A 
 
 
Questão 76 
 
(Refap – Economista Junior – CESGRANRIO – 2007) – Uma empresa 
monopolista escolhe uma produção tal que o(a): 
 
a) preço seja menor que o custo marginal. 
b) preço seja o maior possível. 
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c) preço seja igual ao custo marginal. 
d) preço seja igual à receita marginal. 
e) receita marginal seja igual ao custo marginal. 
 
Resolução: 
 
Qualquer empresa que tenha a intenção de maximizar o seu lucro, 
independentemente do tipo de mercado em que esteja inserida, escolhe uma 
produção tal que a receita marginal iguale o custo marginal. 
 
Muitos pensam que essa regra não vale para a concorrência perfeita. 
Entretanto, ela é válida para todos os mercados. Mas, na concorrência perfeita, 
a receita marginal é igual ao preço. Por isso falamos que a maximização ocorre 
no ponto em que o preço iguala o custo marginal. Mas lembre-se a regra da 
igualdade da receita marginal com o custo marginal é válida para qualquer 
mercado. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 77 
 
(TJ Rondônia – Economista Junior – CESGRANRIO – 2008) – Uma empresa, 
maximizadora de lucro e monopolista, vende o bem X. O gráfico abaixo mostra 
a demanda (D) pelo bem X, a receita marginal e o custo marginal de produção 
de X. 
 
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A empresa deverá cobrar, pelo bem X, um preço igual a 
a) p1 
b) p2 
c) p3 
d) p4 
e) p5 
 
Resolução: 
 
Se a empresa é maximizadora de lucro, a quantidade será determinada no 
ponto onde o custo marginal encontra com a receita marginal. Dessa forma, 
determinamos a quantidade que maximiza o lucro. 
 
Se “rebatermos” essa quantidade na curva de demanda, encontraremos o 
preço que faz com que o lucro seja maximizado. 
 
Portanto, o gabarito é a letra B. 
 
Gabarito: B 
 
 
 
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Bibliografia 
 
Eaton & Eaton – Microeconomia, Editora Saraiva – 3ª Edição, 1999. 
 
Ferguson, C.E. – Microeconomia, Editora Forense Universitária – 8ª Edição, 
1985. 
 
Mankiw, N. Gregory – Introdução à Economia – Princípios de Micro e 
Macroeconomia, Editora Campus, 1999. 
 
Mas-Colell, Whinston & Green – Microeconomic Theory, Oxford University 
Press, 1995. 
 
Pindyck & Rubinfeld – Microeconomia, Editora MakronBooks – 4a Edição, 1999. 
 
Varian, Hal R. – Microeconomia – Princípios Básicos, Editora Campus – 5ª 
Edição, 2000. 
 
Vasconcellos & Oliveira – Manual de Microeconomia, Editora Atlas – 2ª Edição, 
2000. 
 
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GABARITO 
 
65- D 66- E 67- A 68- C 69- E 
70- C 71- E 72- C 73- C 74- E 
75- A 76- E 77- B 
 
 
 
 
 
Galera, 
 
Terminamos a nossa penúltima aula de microeconomia. 
 
Espero que vocês tenham gostado. 
 
Abraços, 
 
César Frade

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