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revisaoav2 Linguística II

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Linguística II
Marilda Franco de Moura
Revisão 2
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A Necessidade de uma Filosofia da Educação
A filosofia educacional é uma maneira não apenas de olhar as ideias, mas também de aprender como usá-las de maneiras melhores.
Uma filosofia da educação apenas se torna significativa quando os educadores reconhecem a necessidade de pensar claramente sobre o que estão fazendo e de ver o que estão fazendo em um contexto maior de desenvolvimento individual e social 
 (p.16)
OZMON, H.A. e CRAVER, S. M. Fundamentos filosóficos da educação. Tradução Ronaldo Cataldo Costa. 6 ed., Porto Alegre: Artmed, 2004.
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Reflexão filosófica
Empirismo X Racionalismo
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“Empirismo” (Behaviorismo) 
“Racionalismo” (Cognitivismo, Mentalismo), estudos psicolinguísticos sobre como o ser humano usa e compreende a linguagem. 
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Behaviorismo não consegue explicar como produzimos e compreendemos frases que nunca foram proferidas, como entendemos frases, cuja referência não se encontra no contexto em que são produzidas ou como as crianças aprendem a falar tão rapidamente” 
 (CEZARIO; MARTELOTTA, 2008, p. 207).
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A explicação behaviorista da aquisição da linguagem não consegue explicar o fato de os sistemas linguísticos terem como uma de suas características essenciais a produtividade e a criatividade. 
A produtividade se refere ao fato de a criança produzir, quando ainda jovem, construções gramaticais que jamais ocorreram antes em sua experiência. 
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A criatividade relaciona-se com o fato de a linguagem humana ser independente de estímulo;
O enunciado que alguém profere é não predizível e não pode ser descrito como uma resposta a algum estímulo identificável, linguístico ou não linguístico.
 (LYONS, 1987, p. 212-213; DUARTE, 2000)
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Francis Bacon 
(1561-1626)
Obra "Novum Organum" (1620)
Objetivo: A descoberta dos fatos depende da observação e da experimentação;
Crítica ao conhecimento anterior: a busca por um pensamento que apresente um resultado prático na vida do homem;
Conceito de Conhecimento: Deve servir o homem e dar-lhe poder sobre a natureza;
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Frases de Bacon
“Quem não quer pensar, é fanático; quem não pode pensar, idiota; quem não ousa pensar, um covarde.“
"Instrução e capacidade humana, são sinônimos."
"O conhecimento é em si mesmo um poder.”
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Racionalismo 
A razão é a origem do conhecimento verdadeiro (universal e necessário);
As ideias fundamentais dos conhecimentos são inatas;
O sujeito impõe-se ao objeto por meio das noções que traz em si. 
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René Descartes 
(1596-1650)
Obras: Discurso sobre o método (1637)
Meditações Metafísicas (1641)
Tese: a dúvida é o primeiro passo para o conhecimento;
Método cartesiano: Duvida-se de cada ideia que não seja clara e precisa;
Dúvida científica: as coisas devem ser provadas pelo raciocínio lógico para que sejam consideradas verdadeiras.
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Ego Cogito Ergo Sum = Penso, Logo Existo
Método cartesiano - Regras básicas
Verificar evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno;
Analisar as coisas e estudar suas unidades;
Sintetizar as unidades estruturadas;
Enumerar conclusões e princípios do pensamento.
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Ideias Inatas - presentes na mente pronto para ser acessado;
Ideias fictícias - existentes da nossa imaginação;
Ideias acidentais - advêm das nossas experiências por meio dos sentidos;
Formas do pensamento (ideias) que ajudam na compreensão da realidade
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A filosofia da educação encontrada em Descartes e Bacon se transformam em base para a organização de uma prática educacional escolar no período moderno até os dias atuais;
Teoria do conhecimento: Racionalismo e empirismo trazem a base da construção atual do pensamento organizado pelo construtivismo filosófico presente no trabalho pedagógico em sala de aula.
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Estruturalismo 
O Estruturalismo procura explorar as inter-relações (as "estruturas") por meio das quais o significado é produzido dentro de uma cultura. 
O estruturalismo aproxima-se das visões de Marx (a infraestrutura econômica) e Freud (o poder do inconsciente). 
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Estruturalismo e Lévi-Strauss
Anos 60 e 70 - "O Pensamento Selvagem“.
O estruturalismo de Lévi-Strauss torna-se referência obrigatória na filosofia, na psicologia e na sociologia. 
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Estruturalismo no Brasil 
(60/70)
Descrição da língua portuguesa do Brasil
Descrição das influências indígenas, africanas e europeias
Análise das variedades não-padrão
Representações confiáveis dos sistemas fonológicos e morfológicos
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Competência e desempenho
Chomsky desenvolveu sua explicação da aquisição da linguagem e elaborou conceitos importantes dentro do que se costuma designar como gramática gerativa ou transformacional.
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Competência - “conjunto de normas internalizadas, ou regras, que nos permite emitir, receber e julgar enunciados de nossa língua” 
 (PERINI, 1985, p. 27).
Desempenho - o uso que fazemos da língua, enquanto resultado de complexos fatores linguísticos e extralinguísticos, ou seja, “o desempenho é, afinal, aquilo que efetivamente realizamos quando falamos (ou quando ouvimos, ou escrevemos ou lemos)” 
 (PERINI, 1985, p. 27).
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Sociolinguística
Nova abordagem
Mostra a variação sistemática, motivada por pressões sociais e também linguísticas
Postula que é na heterogeneidade da língua que se deve buscar a estrutura e o funcionamento do sistema. 
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Linguagem e função
A linguagem não é usada somente para veicular informações.
A linguagem ocupa a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de fato ou acha que ocupa na sociedade em que vive. 
As pessoas falam para serem “ouvidas”, às vezes para serem respeitadas e também para exercer uma influência no ambiente em que realizam os atos linguísticos. 
 (Boudier, 1977). 
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Variantes linguísticas
Ligadas à situação por influência de ambiente; tema; estado emocional do falante; grau de intimidade entre os falantes.
Esses fatores imbricam-se e atuam simultaneamente.
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Capacidades humanas
Capacidade linguística: produzir e interpretar corretamente expressões linguísticas; 
Capacidade epistêmica: construir, manter e explorar uma base de conhecimento organizado;
Capacidade lógica: derivar conhecimentos adicionais por meio de regras de raciocínio;
Capacidade perceptual: perceber seu ambiente, derivar conhecimento a partir de percepções e usar esse conhecimento na produção e na interpretação de expressões linguísticas;
Capacidade social: saber como dizer algo em uma situação comunicativa particular.
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Evite Redundâncias na
Redação Comercial
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O falante deve conhecer as leis, regras de combinação das unidades da língua, um bom vocabulário para que haja compreensão com o interlocutor no ato de comunicação. 
Depreende-se que a gramática normativa, ou gramática da norma padrão recupera os pressupostos estruturalistas.
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Linguística e papel docente
Aprimorar o desempenho linguístico dos falantes;
Levar o aluno a uma postura de reflexão sobre a língua e a linguagem. 
Conhecer a estrutura gramatical que organiza os textos, as regras que permitem diferentes possibilidades de combinar palavras para construir frases, para atingir o que realmente interessa: transformar as frases em enunciados produzidos em situação de diálogo, num dado momento, numa dada situação, com uma determinada intenção.
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Referências
CORREA, Letícia Maria Sicuro. Aquisição da linguagem: uma retrospectiva dos últimos trinta anos. DELTA [online]. 1999, vol.15, n.spe, p. 339-383.
KAUFMAM, Diana. A natureza da linguagem e sua aquisição. INGERBER, Adele. Problemas de aprendizagem relacionados à linguagem: sua natureza e tratamento. Tradução de Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
LYONS, John. Linguagem e linguística. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981.
MARTELOTTA, Mário E. (Org .) Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2008.
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MATOS, Maria Amélia. Behaviorismo metodológico e behaviorismo radical. In: MILHOLLAN, Frank; FORISHA, Bill E. Skinner e Rogers: maneiras contrastantes de encarar a educação. São Paulo: Summus, 1978.
RANGE, B. Psicoterapia comportamental e cognitiva. Campinas:Psy II 1995. 
SKINNER, Burrrhus Frederic. Sobre o Behaviorismo. (M. P. Villalobos, Trad.). São Paulo: Cultrix, 2006. (Trabalho original publicado em 1974). 
______.Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Referências
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