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28/05/2013 1 Patologia Florestal II Prof. Érico Dianese ◦ Tombamento de mudas ou Damping-Off ◦ Podridão de Estacas de Eucalipto para enraizamento ◦ Oídio ◦ Ferrugem ◦ Cancro ◦ Enfermidade Rosada ou Rubelose ◦ Estromas negros afetando a qualidade de celulose ◦ Mancha de folha causada por Cylindrocladium e Coniella ◦ Mancha ou Queima de Phaeoseptoria em folhas ◦ Mancha de Aulographina ◦ Mancha de Alternaria ◦ Outras manchas foliares � Cancro do Eucalipto ◦ Causado por Chrysoporthe cubensis (antigo Cryphonectria) ◦ Problema sério na década de 70 ◦ Perdas amenizadas utilizando-se plantas resistentes ◦ Regiões de baixa altitude no Espírito Santo � Cancro do Eucalipto ◦ Importante em regiões com temperaturas médias > 23o C ◦ Precipatação anual > 1.200 mm ◦ Se não utilizar procedências resistentes – perdas sérias ocorrem ◦ Regiões: Amazônia, Nordeste, Espírito Santo, Vale do Rio Doce (MG) � Cancro do Eucalipto ◦ Benefício para a Patologia Florestal e a Produção Florestal � Graças ao cancro � Pesquisas de melhoramento foram desenvolvidas � Investimento pesado de empresas do setor � Uso de clones resistentes e silviculturalmente superiores 28/05/2013 2 � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Chrysoporthe cubensis – ataca a casca, câmbio e lenho � Ocorre somente em condições de campo – a partir de 5 meses � Representado por 3 tipos de sintomas: � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Mortes esporádicas e lesões basais em desenvolvimento � Plantios jovens – entre 5 meses e 2 anos � Mortes esparsas e lesões próximas ao coleto � Anelamento � Observação da casca da área afetada – peritécios e/ou picnídios � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Mortes esporádicas e lesões basais em desenvolvimento � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Mortes esporádicas e lesões basais em desenvolvimento � Murcha brusca da folhagem � Contraste da cor dos tecidos afetados � A partir de 1,5 – 2 anos – resposta da planta à infecção � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Sapata e intumescimento � Árvores com lesões pouco profundas � Resposta – formação de periderme necrofilática � Formação de nova casca – abaixo da infectada � Trincamento da casca da região infectada (tiras) � Comum em plantios com mais de 2 anos 28/05/2013 3 � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Sapata e intumescimento � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Sapata e intumescimento � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Cancro típico � Lesão margeada por calos � Resultado de lesão profunda � Morte do câmbio � Compartimentalização do lenho e periderme necrofilática � Resposta à agressão � Casca lesionada é trincada e liberada � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Cancro típico � Secções transversais e longitudinais – áreas de coloração escura � Corte transversal – área com descoloração é váriável � Colonização do fungo na casca, câmbio e lenho � Ocorrência em plantios com mais de 2 anos � Cancro do Eucalipto ◦ Sintomas � Cancro típico � FOTOS 28/05/2013 4 � Cancro do Eucalipto ◦ Principais danos � Mortalidade de árvores desde os 6 meses de idade de corte � Quebra de árvores pelo vento à altura das lesões � Influência negativa dos cancros basais sobre a brotação � Problemas na exploração do segundo e terceiro cortes � Aspecto silvicultural ruim � Danos fisiológicos às árvores que sobrevivem � Cancro do Eucalipto ◦ Patógeno � Picnídios e peritécios frequentemente encontrados nas lesões � Picnídios surgem primeiro – 2 a 3 semanas após a infecção � Peritécios aparecem tardiamente – superam os picnídios em número � Cancro do Eucalipto ◦ Patógeno � Picnídios � Visíveis a olho nú � Marrom-avermelhados � Piriformes � Conidióforos simples � Conídios hialinos, clavados a ovais, unicelulares � Cancro do Eucalipto ◦ Patógeno � Picnídios � Cancro do Eucalipto ◦ Patógeno � Peritécios � Bases imersas no tecido da casca � Pescoços variam de tamanho � Condições de maior umidade – micélio róseo � Ascos unitunicados, clavados � Ascósporos hialinos, 8 por asco, bicelulares, sem constrição, cilíndricos, retos ou ligeiramente curvos 28/05/2013 5 � Cancro do Eucalipto ◦ Patógeno � Peritécios � Cancro do Eucalipto ◦ Temperatura e umidade – fatores mais importantes ◦ Médias de temperatura > 23o C ◦ Precipitação >= 1.200 mm � Amazonas, Espírito Santo, Nordeste � Encontrado nas outras regiões, mas com menor severidade ◦ Umidade é importante – ocorrência de lesões basais � Cancro do Eucalipto ◦ Portas de entrada devem estar presentes � Trincamentos de casca – na interface raíz/coleto � Pontos de incisão de galhos � Principalmente em fase de desrama natural � Coleto – maior abundância de peritécios � Cancro do Eucalipto ◦ Experimento � Plantio em uma mesma área com terreno variável � Terreno com baixada e inclinações � Qual área seria mais suscetível? � Cancro do Eucalipto 28/05/2013 6 � Cancro do Eucalipto ◦ Ciclo da Doença � C. cubensis sobrevive como saprófita ou em outros hospedeiros � Só afeta plantios com mais de 5 meses � Não é transmitido pela semente � Disseminação por vento, insetos ou chuva � Cancro do Eucalipto ◦ Controle � Resistências inter e intraprocedências � Interprocedências � Reflorestamento inicial ou de reposição – procedência moderada ou altamente resistente � Intraprocedências � Plantações com clones resistentes – origem – indivíduos resistentes com mais de 6 anos em área infestada � Cancro do Eucalipto ◦ Controle � Quais são os riscos do uso de um plantio contendo clones de apenas uma matriz? � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Causada por Erythricium salmonicolor (=Corticium salmonicolor) ◦ Típica de áreas tropicais úmidas ◦ Inúmeras plantas lenhosas são afetadas � Seringueira, cacau, café, citros, chá, etc… ◦ Muito importante na Índia – regiões baixeiras – precipitação annual > 2.000 mm – 25 a 100% de perdas � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ No Brasil � Casos em Pernambuco, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro � Perdas de 80% (PE) � Em Minas Gerais – Vale do Rio Doce � Plantas afetadas por SPEVRD � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Sintomas � Ocorre em uma faixa de idade específica � Índia – 2 a 4 anos � Brasil – 1,5 a 2,5 anos � Faixa de altura – 1,5 a 2 metros � Micélio esbranquiçado cobrindo circunferências 28/05/2013 7 � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Sintomas � Logo depois: � Massas de estruturas do fungo, rosa-claras � Recobrimento por micélio cor-de-rosa a salmão � Presença de pontuações esbranquiçadas ou róseas � Em galhos – presença do micélio rosa – câmbio morto � Na haste principal – anelamento – perda de dominância apical � Na fase final – região necrosada, com calos = cancro � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Sintomas � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Erythricium salmonicolor ◦ Apresenta 4 estágios: � Estágio de micélio aracnóde � Estágio de pústulas � Estágio conidial � Estágio teleomórfico � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Erythricium salmonicolor � Basídios subclavados � Basidiósporos hialinos, lisos, paredes finas, piriformes a elipsóides � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Não ocorre em viveiro ◦ No Brasil, afeta principalmente plantas já debilitadas (SPEVRD – ou plantas ainda não adaptadas) ◦ Sobrevive saprofiticamente � Disseminação pelo vento � Principal porta de entrada - lenticelas � Enfermidade rosada ou rubelose ◦ Controle � Aplicação direta nas áreas afetadas com fungicidas tridemorph, calda bordalesa e sulfato de cobre 28/05/2013 8 � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Produção de celulose – sem sujeira, pontuações, grânulosescuros ou negros � *5 mm2 de área de sujeira/100 g de polpa de celulose = rejeição da produção para exportação ◦ Presença de estromas negros em toras armazenadas a mais de 8 meses ◦ Podridão nas camadas superficiais do lenho � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Causados por Hypoxylon sp. � Mais comum – Hypoxylon nummularium � Estromas em crostas irregularmente elípticas � Ligeiramente marrons – se tornam negros � Superfície rugosa – ostíolos periteciais � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Hypoxylon nummularium � Ascos cilíndricos � 8 ascósporos, elíptico-arredondados, marrons, com fenda ou estria longitudinal � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Nas toras � Sobre a casca (em toras não-descascadas) � Sobre o lenho (em toras descascadas) � Próximos aos estromas – áreas com podridão branca interna ao lenho � Presença de linhas zonais negras � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose 28/05/2013 9 � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Colônias � Em BDA – 25-28o C � Depois de 3 semanas – esbranquiçadas, depois róseas, com porções centrais mais velhas, róseo-esverdadas a marrom-esverdeadas � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Hypoxilon � Saprófitas em casca e lenho de eucalipto em árvores vivas ou após corte � Dos estromas – ejeção de ascósporos a partir das cavidades periteciais (ostíolos) – levados pelo vento � Inóculos em pátios de estocagem – vento ou em toras já contaminadas � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Hypoxilon � Estromas negros em toras afetando a qualidade de celulose ◦ Controle � Após abate, utilizar a matéria-prima rapidamente � Estocagem a céu aberto, bem drenado, limpo, capinado, sem exceder dois meses � Pátios – drenados e ventilados, dispor pilhas no sentido dos ventos dominantes � Fazer bom manejo dos pátios de estocagem (máximo 3 meses de estocagem) � Após retirada das pilhas, proceder limpeza dos pátios – queima dos detritos de madeira (fonte de inóculo)
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