Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 4 – FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I UNIVERSIDADE FEDERAL R. DO SEMI ÁRIDO CAMPUS ANGICOS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL Prof. Ma. Janaina Salustio Objetivos melhor compreensão base científica avaliação das propriedades O comportamento do material depende da microestrutura Níveis de estudo Sub-atômico (Å) estrutura do átomo microscopia eletrônica de tunelamento não utilizado em MCC Atômico (nm - mm) Avalia a estrutura e composição das moléculas e cristais difração de raios X Nível de cristalização Tipo de cristal (composição quím.) microscopia eletrônica de varredura Usando um microscópio de tunelamento, pesquisadores da IBM conseguiram arranjar átomos de ferro (cones azuis) depositados sobre uma superfície de cobre (em vermelho), formando uma espécie de curral atômico. Níveis de estudo Microscópico (mm-mm) Fases microscópios ótico e de varredura ensaios físicos (porosimetria) Macroscópico (>mm) Analisa o material como um todo ensaios mecânicos (resist. à compressão) Gerdau – análise de microestrutura e fratura de metais Ciência dos Materiais Nível Macroscópico (tração direta): (SAVASTANO Jr, 1992) Ciência dos Materiais Nível Microscópico (superfície fraturada): Matriz de cimento portland reforçada com 4% de fibras de sisal (SAVASTANO Jr, 2000) Ponto 1 – fibra arrancada da matriz Pontos 2 e 3 – fibra rompida Modelos Atômicos O material, qualquer que seja ele, é constituído por um conjunto de uma unidade básica que é o átomo. Estrutura do átomo (MODELO BOHR) Modelos Atômicos Orbitais (Níveis quânticos: K, L, M, N,O, P, Q ) Número atômico: indica o número de elétrons ou de prótons de cada átomo. NA = 6 Níveis de energia: s, p, d e f Valência do átomo: é a habilidade do átomo para entrar em combinação química com outros elementos pelo número de elétrons na camada mais externa. Camada de valência: é a camada mais externa do átomo. Ligações atômicas Em muitas substâncias, os átomos são agrupados em agregados de dois átomos ou mais. Tal agregado de átomos é chamado de molécula. Em uma molécula, os átomos componentes permanecem unidos por forças chamadas ligações químicas. Ligações atômicas Interação atômica (Forças interatômica) R e p u ls ã o A tr a ç ã o DISTÂNCIA INTERATOMICA Força de atração Força de repulsão Soma das forças Adaptado a partir do VAN VLACK, 1970. – Existe uma determinada distancia entre átomos em que a soma das forças de atração e repulsão é igual a ZERO; – Este é o ponto de mínima energia potencial, equilíbrio da ligação química; – Forças de atração obedecem a Lei de Coulomb As ligações atômicas Ligações primárias (fortes): •Ligação iônica; •Ligação covalente; •Ligação metálica. Ligações secundárias – forças de van der Walls •Moléculas polares; •Dipolos induzidos; •Pontes de hidrogênio. Ligação iônica Materiais iônicos: • Frágeis (baixa deformações até a ruptura) • Baixa condutividade elétrica; • Ex: materiais cerâmicos Ligação covalente Características elétrons compartilhados Compatibilização dos orbitais Gera direcionamento Direcional exemplo: polímeros Materiais covalentes: • Frágeis (baixa deformações até a ruptura) • Baixa condutividade elétrica Ligação covalente Ligações metálicas Ligações metálicas Características elétrons livres (“nuvem”) não direcional: pois os átomos “presos” na “nuvem” eletrônica não estão fixados em uma única posição. Boa ductilidade: uma vez que, sob tensão, quando os átomos são forçados a mudar a relação entre si, simplesmente a direção da ligação é alterada, ao invés de haver quebra da ligação. Bons condutores elétricos e térmicos: sob efeito de um campo elétrico, há o movimento dos elétrons da nuvem, provocando um fluxo de corrente elétrica. exemplo: metais Forças de Van der Waals As ligações de van der waals permite a junção de moléculas por meio de atrações eletrostáticas relativamente fracas. . São consequência da assimetria da molécula. O centro de carga positiva não coincide com o centro de carga negativa, originando o dipolo. Forças de Van der Waals Fluoreto de hidrogênio A força que une 2 ou mais átomos, ou que une as moléculas, depende basicamente do tipo de ligação e dos elementos envolvidos, estando relacionada com o espaço interatômico. Em um material nem sempre existe apenas um único tipo de ligação, mas sim um tipo que prevalece. Estruturas dos sólidos Estrutura cristalina Estrutura amorfa ou vítrea Os arranjos atômicos, que propiciam a formação dos materiais, podem ser de dois tipos básicos, gerando duas classes estruturais principais: Estrutura Cristalina Estrutura Cristalina Estrutura Cristalina Esse arranjo atômico ordenado e regular propicia que configurações atômicas gerem reticulados cuja unidade básica forme uma figura geométrica. Estrutura Cristalina – Arranjo atômico Estrutura Cristalina – Arranjo atômico Estrutura Cristalina – Arranjo atômico Estrutura Cristalina – Arranjo atômico ordem simetria repetição de formas geométricas tipo de ligação química tamanho dos íons estáveis planos de clivagem preferenciais de ruptura anisotrópicos iônicos ou covalentes alto ponto de fusão resistentes duros Em resumo... Estrutura Cristalina – Polimorfismo ou alotropia Importante: As propriedades dos materiais podem ser significativamente alteradas dependendo da sua forma alotrópica vigente. Estrutura Cristalina – Polimorfismo Formas alotrópicas do ferro – (a) célula unitária ccc; (b) cfc A forma alotrópica do ferro ccc é estável em temperaturas em torno de 912ºC. O ferro ccc é mais duro que o ferro cfc, porém o ferro cfc (estável em temperaturas entre 912ºC e 1394ºC) é mole e dúctil, prestando-se bem para os processos metalúrgicos de conformação mecânica que proporciona que este apresente as propriedades mecânicas que nós conhecemos nos aços. Estrutura Cristalina Estrutura Não Cristalina (Amorfa) Estrutura Não Cristalina (Amorfa) (a) Gás sem qualquer tipo de ordenamento, que se constitui uma configuração amorfa por excelência; (b) Vapor de água, que apresenta ordenamento em pequenas distâncias; (c) vidro, que tb apresenta ordem em pequenas distâncias; (d) metal, essencialmente cristalino, com ordenamento ao longo de todo o material. Estrutura Não Cristalina (Amorfa) Os sólidos amorfos apresentam ordem apenas em pequenas distâncias, também podendo ser chamados de sólidos de natureza vítrea. Sólido não cristalino, com ordenamento apenas em pequenas distâncias. Sólido cristalino, com ordenamento em pequenas e grandes distâncias. Em resumo... ausência de: ordem simetria ponto de fusão bem definido isotrópicos menos estáveis quimicamente Ex. Pozolanas e vidros
Compartilhar