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pós operatório

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Intra e Pós operatório
Por: Enfª Esp. Mestra Adriana Oliveira
1
CENTRO CIRÚRGICO
EQUIPE PROFISSIONAL INTEGRADA
Equipe Cirúrgica
Conjunto de profissionais e ocupacionais que,
num processo dinâmico e interativo,
prestam assistência sistematizada e global ao paciente
durante sua permanência
na unidade de centro cirúrgico.
SALA OPERATÓRIA
DEFINIÇÃO
É o local destinado à realização de intervenções cirúrgicas.
Período Intraoperatório
Cuidado de Enfermagem
“defensora do paciente”
Enfermeira Circulante: monitora, verifica, coordena e previne.
Enfermeira instrumentador: Prepara, prevê, contabiliza, rotula
O cirurgião: realiza
Primeiro assistente: manuseia, sutura, homeostase.
Anestesista: analisa, administra, intuba e supervisiona.
Período Intraoperatório
Área irrestrita
Área semi-restrita
Área restrita
PRINCÍPIOS DE ASSEPSIA CIRÚRGICA
Instrumentos
EPI
Mãos e braços
Campos esterilizados.
Funções de Enfermagem no transoperatório
Recepção
Organização SO
Atendimento das necessidades de saúde e segurança
Encaminhamento
Período Intraoperatório
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Histórico (reutiliza)
Acrescenta no exame físico: consciência, psicossocial, físico, preocupações éticas.
DIAGNÒSTICO
Ansiedade relacionada às preocupações expressas devido à cirurgia ou ambiente da sala cirúrgica
Risco de lesão por posicionamento perioperatório relacionado às condições ambientais da sala cirúrgica.
Período Intraoperatório
DIAGNÒSTICO
Risco de lesão relacionado à anestesia e cirurgia
Sensopercepção (global) alterada relacionada à sedação ou anestesia geral.
Período Intraoperatório
COMPLICAÇÕES POTENCIAIS
Náuseas e vômitos
Anafilaxia
Hipóxia e outras complicações respiratórias
Hipertermia maligna
Coagulação intravascular disseminada
Período Intraoperatório
PRESCRIÇÕES
Reduzir a ansiedade
Prevenir lesão por posicionamento.
Protegendo o paciente contra lesão
Período Intraoperatório
RESULTADOS ESPERADOS
Exibe baixo nível de ansiedade
Permanece sem lesão por posicionamento perioperatório
Não vivencia ameaças inesperadas para a segurança
Tem a dignidade preservada por toda a experiência cirúrgica
Está livre de complicações ou experimenta o tratamento bem sucedido dos efeitos adversos da cirurgia e anestesia.
Planejamento da Assistência de Enfermagem no Período pós - operatório
Enfermagem no Pós-operatório
Período transoperatório
Pós-operatório imediato
Pós operatório mediato ou tardio
URPA
Brasil já faz parte das previsões das unidades cirúrgicas desde 1977 pela portaria 400.
A obrigatoriedade desde 1993, por decreto federal, com a resolução CFM nº 1363/93.
RECUPERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, NORMALIZAÇÃO DOS REFLEXOS E DOS SINAIS VITAIS, SOB OBSERVAÇÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM E MÉDICOS.
LOCALIZAÇÃO
Localizada próximo ao centro cirúrgico
Facilitando transporte e retorno.
PLANTA FÍSICA
Retangular ou redonda
Portas amplas
Pisos e paredes com material lavável e resistente aos desinfetantes
Piso amortecer som de sapatos
Forro anticústico
Iluminação clara e sombras ou mudanças de cor.
Ambiente calmo
Temperatura 22ºC umidade 50 a 60%
Comunicação eficiente para o atendimento com outras unidades
Instalações elétricas, hidráulicas e de gases medicinais.
ELEMENTOS DA URPA
Área de preparo de medicações (armários, balcões, guarda de artigos estéreis, material de consumo e medicamentos).
Secretaria provida de mesa ou balcão, telefone, sistema de comunicação interna e impressos utilizados na RPA
Sala de unidades destinada à limpeza dos artigos utilizados no pacientes onde podem ser guardados os artigos de aço inoxidável(papagaio, comadre).
Posto de enfermagem provido de mobiliários
Rouparia provida de armário
Área para visitas destinada à permanência dos familiares e amigos enquanto aguarda o término da operação,
Sanitários para os funcionários da RPA
QUANTIDADE DE LEITOS DA RPA
O número de leitos deve ser igual ao nº de salas de operação mais um leito.
Cirurgias de alta complexidade pode ser diretamente na UTI
Instalações, equipamentos e materiais da RPA
Camas com grades laterais de segurança, rodas e sistema manual (manivelas) ou elétrico para colocar o paciente facilmente na posição Fowler e Trendelenburg.
Instalações, equipamentos e materiais da RPA
Macas com sistema de elevação e transporte do paciente para evitar acidentes com os funcionários da RPA
Tomadas elétricas para cada leito devem existir pelo menos 8 tomadas(110 e 220V)
Instalação hidraulica com água quente e fria.
Sala de expurgo
Fontes de oxigênio medicinal, ar comprimido e vácuo um ponto para cada leito.
Prateleiras para roupas.
Equipamentos para monitorização de SSVV
Carro de emergência provido.
Instalações, equipamentos e materiais da RPA
Respiradores artificiais para adulto e criança para ventilação invasiva e não invasiva.
Aquecedor (cobertor térmico, de sangue).
Aparelhos de infusão de soluções medicamentosas.
Desfibrilador
Eletrocardiógrafo portátil
Etc.
Critérios para seleção dos pacientes a serem admitidos na URPA
Estabelecido através de reuniões.
As mais comuns são:
Recebeu anestesia geral
Teve períodos de hipotensão
Teve grandes hemorragias, ou que esteja na iminência de tê-las novamente.
Sofreu acidentes graves no ato operatório.
Foi submetido à operação demorada
Outros que exigem cuidados pós-operatórios imediatos e intensos.
Paciente provenientes de área de recuperação dispersa (ambulatório, radiologia...) que precisa de cuidados de recuperação adicionais.
Transferência do paciente da sala de operação para a RPA
Responsabilidade do anestesiologista com algum membro da unidade de cuidados especiais do serviço.
Da mesa para a cama ou maca com segurança se menor demora possível (cuidado hiperextensão, amputações, anatomia, sondas drenos, cateteres)
Coberto com cobertores leves, grades laterais.
ADMISSÃO
Diagnóstico, técnica anestésica e cirurgia realizada;
Agentes anestésicos, incluindo relaxantes musculares, narcóticos e agentes reversores.
Posição cirúrgica
Uso do bisturi elétrico e local da placa dispersiva
Duração da anestesia
Intercorrências durante a cirurgia
Presença de drenos, sondas e cateteres.
Estado geral do paciente ao deixar a sala de operação e,
Recomendações especiais sobre o pós operatório.
SAE
Necessidades individuais do indivíduo.
PROCEDIMENTOS REALIZADOS:
Receber e identificar o paciente
Vias aéreas
Verificar SSVV e dor – 15-15min primeira hora
 30-30min por duas horas
 Depois de hora em hora.
Cabeceira lateralizada levemente inferior ao corpo para evitar aspiração de secreção em caso de vômitos.
Restringir o paciente se necessário.
SAE
Manter paciente aquecido, utilizando foco de luz, manta térmica.
Verificar nível de consciência, escore numérico( Indice de Aldrete e Kroulik, se for usado)
Observar conexão de drenos e sondas, controle do funcionamento e tipo, aspecto e quantidade da drenagem.
Controlar eliminação vesical(quantidade e coloração).
Controlar perfusão venosa e gotejamento de soluções medicamentosas.
Observar sinais e sintomas de choque.
SAE
Administrar medicamentos conforme prescrição
Avaliar condições do curativo e se for necessário também a linha da sutura
Avaliar a força e as respostas musculares
Verificar condições e coloração da pele
Checar o preenchimento dos impressos.
Registrar todos os procedimentos
Registrar todos os procedimentos, intercorrências e recomendações de cuidados especiais.
Encaminhar rotina sobre alta do paciente
Após a recuperação da consiência, informar ao paciente o término da cirurgia, atendendo suas solicitações.
Avaliação das condições de recuperação do paciente
CONSCIÊNCIA
2: desperto totalmente
1: desperto ao chamar
0: não responde
ATIVIDADE
2:movimento voluntário 
1: movimento voluntário das suas extremidades
0: incapaz de se mover
RESPIRAÇÃO
2: respira profundamente e tosse
1: dispneia, hipoventilação
0:
apneia
CIRCULAÇÃO
2: PA normal ou até 20% menor que no pré-anestésico
1: PA menor em 25% a 50% do nível pré-anestésico.
0: PA igual ou menor que 55% nível pré-anestésico.
SATURAÇÃO
2: SaO2 maior que 92%, respirando ar ambiente
1: necessita de suplementação de O2 para manter SaO2 maior que 90%.
0: SaO2 menor que 90% mesmo com oxigênio suplementar.
Aldrete e Kroulik
Índice máximo 10
Iguais ou superiores a 8 são considerados seguros.
A avaliação deve ser crescente.. 6 ... 8, pois a evolução não está sendo satisfatória se for 8... 6.
TEMPO DE PERMANENCIA
Depende do estado do paciente.
Permanece até que os SSVV e temperatura se normalizem.
Alguns hospitais limitam até 2hs
ALTA DA RPA
Manter saturação O2
Estar orientado tempo e espaço
Apresentar ferida operatória sem sangramento ativo
Ter diurese maior ou igual a 0,5ml/kg/h, se sondado, ou ausência de retenção urinária.
ALTA DA RPA
Manter diurese controlada
Manter PA estável e ausência de náuseas e vômitos
Manter temperatura corpórea
Apresentar atividade e força muscular em membros superiores e inferiores
Apresentar sensibilidade cutânea em MMII se submetido ao bloqueio motor
Escore 9 a 10 na escala Aldrete e Kroulik
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA RPA PARA O LEITO DE ORIGEM
Dados transferidos para a enfermeira da unidade de internação ou emergência:
Nome do paciente
Tipo de anestesia e cirurgia realizada
Intercorrências ocorridas na sala de operação e na recuperação anestésica
Informações relevantes quanto a sondas e drenos e cateteres.
Evolução do paciente no período de recuperação
Necessidades pós operatórias relativas à oxigenioterapia, posicionamento e frequência de observações.
Cuidados a serem observados na transferência
Favorecer a respiração e prevenir aspiração de secreções
Observar nível de consciência, cor da pele e reações
Verificar posicionamento dos drenos, sondas, curativos e condições das infusões venosas.
Levar o prontuário completo
Cobrir bem os pés, ombros com cobertores para evitar contato com correntes de ar dos corredores.
Movimentos firmes e delicados, evitar barulho e trepidações.
Acomodado em seu leito numa posição confortável.
Anestésicos cirúrgicos ambulatoriais
Utiliza-se a tabela de Chung baseada de de Aldrete e Kroulik
SSVV
2: Até 20% dos valores pré operatórios.
1: 20 a 40% dos valores pré operatórios
0: mais de 40% dos valores pré operatórios.
DEAMBULANDO E CONDIÇÃO MENTAL
2: Bem orientado e com andar firme
1: bem orientado ou com andar firme
0: nenhum
NAUSEAS E VÔMITOS
2: mínimos
1: moderados
0: intensos
DOR
2: mínima
1: moderada
0: intensa
SANGRAMENTO CIRÚRGICO
2: mínimo
1: moderado
0: grave
Ou = a 9 aptos a alta.
Realizada avaliação a cada 30min,ai
Enfermagem no Pós Operatório
Adaptar o paciente as mudanças (mastectomia, colostomia, amputação...)
Planejamento em equipe
Relato da equipe de transferência
Pós operatório
Complicações respiratórias
Perviedade
Estimulação para que o paciente respire profundamente.
Se não responsivo – abrir via aérea.
Ou até intubação.
A SEGUIR AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES...
Hipoventilação
Ventilação alveolar anormalmente baixa tanto em relação a absorção de oxigênio como a produção de gás carbônico.
Aumenta a pressão parcial do dióxido de carbono arterial (PaCO2) e hipoxemia arterial (são seus sinais e sintomas)
CAUSAS:
Depressão dos centros respiratórios (drogas)
Acúmulo de secreção orotraqueal
Paralisia muscular residual
Interferência com os mecanismos de respiração
Alcalose metabólica
Hipotermia
Aumento do espaço morto
Embolia pulmonar
Insuficiência cardíaca
Obesidade
Broncoespasmo.
Ações de enfermagem
Instalar ventilador mecânico em paciente entubado
Administrar oxigênio úmido ( 2- 5L /min)
Instalar oxímetro de pulso
Aspirar secreção orotraqueal se necessário
Elevar decúbito
Administrar medicamentos conforme prescrição
Monitorar SSVV
Registrar observações e cuidados prestados.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
Alteração nas propriedades mecânicas, caracterizada pelo aumento do obstáculo, na laringe e traqueia precariamente reversível.
CAUSAS
Material estranho na faringe: saliva, muco, contúdo gástricos, sangue, dentes.
Edema na laringe, subsequente ao trauma, infecção ou intubação.
Pressão externa sobre a traqueia, resultante de hematoma( cirurgia tireoide, curativo compressivo).
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES/SINAIS E SINTOMAS
OBSTRUÇÃO PARCIAL
Respiração dificultosa
Movimentos desordenados do abdome e tórax
Tosse
Cianose
Inquietude
Batimento de asa do nariz
Tirangem intercostal
Estridor laríngeo
Diminuição dos ruídos respiratórios
Sibilos
OBSTRUÇÃO COMPLETA
Nenhum movimento de ar
Ausência de ruídos respiratórios
Disritmias e bradicardias
Inquietude
cianose.
Pós operatório
Complicações Cardiovasculares
Hipotensão
Hipovolemia
Hipertensão
Disritmias
Temperatura anormal
Hipotermia 
Calafrios (necessidade de o2 aumenta de 300ª 400%)
Metabolismo
Hipertermia
Processo mental alterado
Pode estar sonolento, desorientado, confuso ou delirante.
A causa efeito residual da anestesia, a dor a ansiedade.
Descartar a hipoxemia primeiro
DOR
Não subtratar a dor
Escala de dor
Intervenções não farmacológicas.
Avaliar o grau de dor de cada paciente, afastando causas extra cirúrgicas, tranquilizar o paciente, orientando-o.
Administrar analgésico conforme prescrição médica, anotar tipo, local e intensidade da dor.
Náusea e vômito
O controle começa no pré operatório
Proteger vias aéreas
Evitar conversações e movimentos rápidos
Terapia antiemética ( droperidol, metoclopramida (reglan, plazil)
Odansetron (zofran).
Dimenidrinato (dramamine), hidroxina (vistaril, atarax) e escopolamina (tranderm-scop).
Posicionar em decúbito lateral, aspirar se necessário, higienização oral após episódios. Anotar características (quantidade, cor, odor etc)
Oferecer gelo para chupar
Equipamento de aspiração manter próximo
Soluços
Normalmente cessa espontaneamente, mas podem persistir causando complicações como deiscência, vômitos, irritação, etc.
Eliminar causas aquecendo o paciente, mudando de decúbito, aspirando conteúdo gástrico, estimulando deambulação, fazer o paciente respirar num saco de papel (aumentando CO2), reduzir irritação nervosa, administrar medicamentos prescritos como dióxido de carbono e em casos mais graves amplictil.
Sede
Perdas sanguíneas, de líquidos (sudorese, evaporação da cavidade, etc) hipetermia.
Observar os sinais vitais de desidratação pelo turgor da pele, diurese, alterações de PA, sonolência. Verificar jejum para hidratar EV, umidificar a boca e realizar higiene oral.
Complicações urinárias
Retenção urinária ( espasmos do esfíncter urinário, cistite aguda, hipertrofia prostática, estenose uretral, paralisia dos nervos da bexiga).
Observar a quantidade e frequência urinária, observar queixas álgicas do paciente.
Estimular a diurese com aberturas de torneiras e chuveiro, usar compressas mornas na região pélvica (se não houver contra indicação)
Utilizar SVA se necessário
Banhos de assento com água morna.
Para fixar
Uma das complicações do pós operatório é a sede. Muitos cuidados de enfermagem podem ser realizados, exceto:
Observar os sinais de desidratação pelo turgor da pele.
Avaliar diurese
Administrar água pela sonda
Avaliar alterações de PA e sonolência.
Verificar jejum para hidratar EV.
Complicações no pós operatório mediato e tardio
Distensão abdominal
Movimentos peristálticos
Sinais e sintomas
Estímulo da deambulação, mobilizar o paciente com exercícios passivos no leito quando necessário, evitar alimentos que causem fermentação.
Realização da sondagem retal por aproximadamente 20min. Para eliminação de gases no cólon inferior.
Administrar se prescrito clisteres ou laxantes para estímulo da peristalse.
Complicações da ferida operatória
Infecção
Debilidade ou obesidade excessiva, idade, tempo no hospital, doenças associadas.
Local da ferida, grau de contaminação, falhas cirúrgicas,
realização de curativos, preparo inadequado da pele no pré-operatório, presença de corpo estranho.
Complicações da ferida operatória
Deiscência de sutura e evisceração
Abertura total ou parcial da incisão operatória provocada por sutura, infecção, distensão abdominal e estado nutricional.
Medidas de enfermagem
Deiscência – curativo para segunda intenção.
Evisceração
Vamos a uma situação pós operatória para discutir o papel do enfermeiro
HISTÓRIA
A paciente M.A.J., 58 anos, encontra-se na recuperação anestésica (RA) do hospital Dom Luiz, da rede privada da cidade de Ribeira do Pombal BA. Os dados pré-operatórios demonstram que há oito anos, a paciente foi submetida à uma quadrandectomia de mama devido a um adenocarcinoma, com tratamento de quimioterapia e radioterapia adjuvantes. Desde então, tem realizado acompanhamentos por imagem, e tomografia pulmonar recente, acusou vários nódulos pulmonares de até 1,2 cm.
Foi submetida a uma cirurgia eletiva, iniciada por toracoscopia para exploração, a qual foi ampliada para toracotomia com retirada dos nódulos pulmonares, que sofreram biopsia de congelação e apresentaram-se negativos à malignidade.
Na sala de operações (SO), o procedimento anestésico-cirúrgico foi realizado sob anestesia geral, com intubação. Foi passado cateter venoso central (CVC), com infusão de cristaloides, e introduzido cateter vesical de demora. Não foram realizadas intervenções de prevenção de hipotermia.
A duração do procedimento anestésico-cirúrgico foi de aproximadamente três horas e não apresentou intercorrências. Ao término da cirurgia, a paciente foi levada à RA.
O histórico de enfermagem relata que a paciente não apresenta outros distúrbios, nega hipertensão arterial sistêmica e diabetes melito. Os sinais vitais de pré-operatório foram: PA = 120X70mmHg; FC = 72 bpm, FR 13 mpm; T = 36,2C.
EXAME FÍSICO:
A Paciente chegou a RA sonolenta, com agitação psicomotora, apresentando tremores e pele fria. À monitorização: PA = 110 60 mmHg; FC = 102 bpm; FR = 12 mpm; respiração superficial com SpaO2 95%; força muscular diminuída referindo intensa dor torácica. Recebeu oxigenoterapia em máscara a 3L-min, infusão de cristaloide em CVC, cateter de peridural, cateter vesical de demora e dreno torácico com pequena quantidade de secreção sanguinolenta.
Após 15minutos de RA, apresentava-se mais sonolenta, com respiração superficial, não respondia aos chamados, FC = 10mpm, queda da SpaO2 para 82% mesmo com O2 suplementar por máscara, com queda de 2 pontos na nota da escala de 
Aldrete Kroulk, conforme Tabela a seguir:
Foi colhida gasometria arterial, que demonstrou pH baixo, paCO2 alto e paO2 baixo
Escala de Aldrete e Kroulik
Parâmetros
Chegada em RA
15 min.
Atividade
2
2
Circulação
2
2
respiração
1
1
 
Consciência
1
0
 
SpaO2
1
0
 
Total
7
5
.
AÇÕES PRIORITÁRIAS EM RELAÇÃO AOS ACHADOS
Busca do mecanismo determinante: sonolência, hipoventilação, hipopneia e diminuição da saturação.
Correção do mecanismo determinante: todas as ações de enfermagem devem ser direcionadas no intuito de melhorar a oxigenação.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Hipotermia caracterizada por tremor e pele fria relacionada ao ambiente fresco ou frio.
Troca de gases prejudicada caracterizada pela taquicardia, hipercapnia, agitação, sonolência, hipóxia e gases sanguíneos alterados relacionados ao desequilíbrio ventilação perfusão.
Padrão respiratório ineficaz caracterizado pelas pressões inspiratória e expiratória diminuída relacionada a dor e hipoventilação.
Ventilação espontânea prejudicada caracterizada pela CO2 aumentada, paO2 diminuído, agitação e aumento da frequência cardíaca e fadiga da musculatura respiratória.
Integridade da pele prejudicada caracterizada pela invasão de estruturas do corpo relacionada à mecânica.
Risco de infecção.
Dor aguda caracterizada pela evidencia observada e expressão facial relacionado à intervenção anestésico – cirúrgica.
Mobilidade física prejudicada caracterizada pela amplitude limitada de movimento relacionado a medicações anestésicas e dor.
DESTAQUES PARA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
O Caso em questão consiste em uma situação de emergência respiratória em RA, de hipoventilação com hipercabia e hipoxemia ocasionadas por fatores como depressão do sistema respiratório uso de anestésicos e relaxantes musculares, pela hipotermia, que dificulta a eliminação dos agentes anestésicos, e dor que diminui a expansibilidade toráxica.
A American Society of Post Anesthesia Nurses (Aspan) recomenda os seguintes passos para os paciente que chegam a RA: avaliação da ACR, relatório\passagem de plantão e avaliação inicial.
ATIVIDADES DE ENFERMAGEM:
A – vias aéreas: perviedade, oxigenoterapia e FR.
B – respiração: oximetria de pulso.
C - circulação: monitor cardíaco (FC e ritmo cardíaco) e PA.
 
Receber plantão e relatório com dados:
- estado pré-operatório relevante;
- técnica anestésica e duração da anestesia;
- agentes anestésicos incluindo relaxantes musculares, narcóticos e agentes reversores;
- tipo de procedimento cirúrgico;
- estimativa da perda e reposição de líquidos\sangue.
- complicações ocorridas durante a cirurgia;
- outras informações: presença de drenos, tubos e terapêutica a ser seguida.
Realizar a avaliação inicial: abordagem corporal dos grandes sistemas:
- respiratório
- Cardiovascular
- neurológico
- renal
Promover a aplicação do escore numérico de Aldrete Kroulik.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA AVALIAÇÃO INICIAL, SEGUNDO ASPAN, ADAPTADAS PARA ESTE CASO
Verificar SSVV: perviedade das vias aéreas, FR, sons respiratórios, expansibilidade torácica, SpaO2, PA, frequência e ritmo cardíacos e temperatura corpórea.
Observar nível de consciência.
Posicionar o paciente em decúbito elevado.
Verificar as condições e coloração da pele.
Verificar as condições no curativo (se está apertado por causa da expansibilidade toráxica).
Analisar tipo, perviedade e fixação dos tubos e drenagens, cateteres e recipientes: cuidados com drenos torácicos e sonda vesical de demora.
Verificar resposta muscular e força
Aplicar escore numérico: aplicação da escala de Aldrete Kroulik na chegada do paciente e a cada 15 minutos na primeira hora.
Promover aquecimento com manta térmica ou cobertores e soros aquecido.
Realizar tratamento da dor por meio farmacológico e não farmacológico.
Promover segurança do paciente.
NOS DIAGNÓTICOS LEVANTADOS:
Hipotermia:
- promover aquecimento com infusões aquecidas, mantas térmicas e\ou colchão térmico;
-monitorar SSVV
-monitorar sintomas associados como tremores e mudança na coloração da pele.
Troca de gases prejudicada, padrão respiratório ineficaz e ventilação espontânea prejudicada:
- verificar FR
-Verificar ritmo respiratório e expansão pulmonar
- monitorar oximetria de pulso
- realizar ausculta pulmonar
Observar curativos apertados
-Realizar cuidados com dreno de tórax.
Integridade da pele prejudicada:
- manter todos os drenos bem posicionados.
- aplicar curativo apropriado para proteger a lesão.
Risco para infecção
- administrar terapia com antibiótico quando indicado
- utilizar precauções padrão.
Dor aguda
- avaliar o tipo e localização da dor
- administrar analgésicos prescritos
- selecionar e implementar uma variedade de medidas (farmacológicas, não farmacológicas e interpessoais) para facilitar o alívio da dor.
Mobilidade física prejudicada
- manter posição de conforto
- promover a segurança do paciente.
RESULTADO:
Os resultados estão relacionados à determinação do fator desencadeante da hipoventilação, ao tempo da determinação, à ação empregada e à qualidade da assistência.
Questões:
Listar os parâmetros a serem avaliados na escala de Aldrete Kroulik.
Em RA, quais abordagens são prioritárias em como identifica-las na avaliação inicial?
Como descrever as complicações mais comuns na RA.
Como descrever as complicações respiratórias mais comuns na RA? Como identifica-las?
Referências
Smeltzer, Suzane C. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem
médico cirúrgica – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
American Society of Perinesthesia Nurses, 2000. Standards of peri-anestesia nursing practice. Thorofare, NJ: ASPAN 
 REPPETTO, M. ¬.; SOUZA, M. F. de. AvaliaÁ„o da realizaÁ„o e do registro da SistematizaÁ„o da AssistÍncia de Enfermagem (SAE) em um hospital universit·rio. Rev. Bras Enferm., BrasÌlia, v. 58, n. 3, p. 325-329, maio-jun, 2005. 
 RIBEIRO, F. G. Estudo comparativo de dois mÈtodos de registro de diagnÛsticos e intervenÁıes de enfermagem em pacientes durante o transoperatÛrio de cirurgia de revascularizaÁ„o do mioc·rdio. S„o Paulo, 2006, 171p. Tese (Doutorado em CiÍncias), Faculdade de Medicina, Universidade de S„o Paulo.

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