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* * Metabolismo de aminoácidos II: Gliconeogênese e Integração Metabólica Bioquímica para Enfermagem – Bloco III Prof. Olavo Amaral Junho de 2010 * * Revisando a última aula... * * Revisando a última aula... - Moléculas com grupamento amina, grupamento carboxila e cadeia lateral. * * - Aminoácidos podem formar outros compostos Revisando a última aula... * * - Para formar carboidratos e lipídeos, é necessário perder o grupo amina. Revisando a última aula... * * Revisando a outra aula... - A transaminação e a desaminação possibilitam a remoção do grupo amina dos aminoácidos. * * Revisando a última aula... - Fígado transforma o NH3 proveniente dos aminoácidos em uréia através do ciclo da uréia. * * Revisando a última aula... - Aminoácidos como a alanina e a glutamina levam o nitrogênio para ser metabolizado pelo fígado. * * Revisando a última aula... - Após a metabolização, uréia é excretada na urina, carregando o nitrogênio para fora do corpo. * * OK, mas... - Como vamos usar a cadeia carbonada dos aminoácidos (-cetoácidos) para fazer outros compostos? Glicose Lipídeos * * -cetoácidos - São os aminoácidos desprovidos de seu grupamento amina. * * - Todos os -cetoácidos ou seus derivados são capazes de entrar no ciclo de Krebs. -cetoácidos * * - Aminoácidos glicogênicos: formam compostos capazes de formar glicose (piruvato e intermediários do ciclo). Metabolismo de aminoácidos * * - Aminoácidos cetogênicos: formam acetil-CoA, que não é capaz de formar glicose. Metabolismo de aminoácidos * * - Como vamos usar este mecanismo para formar glicose? Começando pela glicose... * * - Formação de glicose a partir de outras substâncias Gliconeogênese Lactato Aminoácidos Glicerol Glicose * * - Como os aminoácidos glicogênicos saem do ciclo de Krebs para formar glicose? Gliconeogênese * * - Como os aminoácidos glicogênicos saem do ciclo de Krebs para formar glicose? Gliconeogênese * * - Para sair do ciclo de Krebs, intermediários tem de formar oxaloacetato e sair da mitocôndria. Gliconeogênese * * - O oxaloacetato não atravessa a membrana mitocondrial. Mas... * * Oxaloacetato é convertido em malato na mitocôndria, oxidando um NADH em NAD+. Lançadeira de malato * * Malato é transportado para fora da mitocôndria e convertido em oxaloacetato novamente, gerando um NADH no citosol. Lançadeira de malato * * Serve não só para transportar oxaloacetato, mas também para levar NADH reduzido para o citosol, aonde ele será importante para a gliconeogênese. Lançadeira de malato * * Oxaloacetato é convertido em fosfoenolpiruvato pela ação da fosfoenolpiruvatocarboxiquinase (PEPCK) e consumindo GTP. Já no citosol... * * O mesmo caminho pode ser usado para formar o fosfoenolpiruvato a partir do piruvato, “revertendo” o passo final da glicólise. Já no citosol... * * - A reação não é exatamente o oposto da glicólise! - Enzimas diferentes. - Intermediário extra. - Gasto de energia é maior do que o ganho na glicólise. Mas... * * A partir do fosfoenolpiruvato, as mesmas enzimas da glicólise são capazes de fazer as reações ao contrário até transformá-lo em frutose 1,6-bifosfato. A glicólise ao contrário... * * Como esta é a fase de “pagamento” da glicose, se formos na direção contrária vamos gastar ATP e NADH! A glicólise ao contrário... * * De onde vem o ATP e o NADH? E a energia? * * Oxidação de ácidos graxos e aminoácidos e ciclo de Krebs estão acontecendo na mitocôndria! E a energia? * * Últimos dois passos da gliconeogênese não são o exato oposto da glicólise. Gliconeogênese * * Substratos e produtos são os mesmos. Enzimas são diferentes. O ATP gasto na primeira fase da glicólise não é recuperado! Gliconeogênese * * E os outros substratos? Gliconeogênese * * Lactato pode formar piruvato no fígado, podendo se converter em oxaloacetato e entrar na gliconeogênese. Gliconeogênese Ciclo de Cori * * Glicerol pode ser convertido em DHAP, entrando mais adiante no processo. Gliconeogênese * * Assim, vários substratos convergem para a mesma via de gliconeogênese. Gliconeogênese * * Onde ocorre a gliconeogênese? Gliconeogênese * * Onde ocorre a gliconeogênese? Gliconeogênese Fígado Rim Epitélio intestinal * * Fígado é o principal responsável por produzir glicose para os órgãos que necessitam dela. Gliconeogênese Fígado Rim Epitélio intestinal * * Gliconeogênese forma glicose a partir de piruvato/oxaloacetato. Em resumo... * * Gliconeogênese forma glicose a partir de piruvato/oxaloacetato. Neste sentido, ela é um processo oposto à glicólise. Em resumo... * * Gliconeogênese forma glicose a partir de piruvato/oxaloacetato. Neste sentido, ela é um processo oposto à glicólise. Três passos fundamentais são diferentes. Em resumo... * * Gliconeogênese forma glicose a partir de piruvato/oxaloacetato. Neste sentido, ela é um processo oposto à glicólise. Três passos fundamentais são diferentes. O gasto de ATP é maior do que o que o ganho obtido com a glicólise. Em resumo... * * Se fossem simétricos, a gliconeogênese não ocorreria, pois o G total da via seria positivo. Os ATPs extras gastos em relação ao oposto da glicólise mantém a via energeticamente favorável. Gliconeogênese vs. Glicólise * * Ambos os processos tem de ser regulados em conjunto! Caso contrário, teremos um ciclo fútil com gasto de energia. Gliconeogênese vs. Glicólise * * Quais são os passos reguláveis das duas vias? Gliconeogênese vs. Glicólise * * Quais são os passos reguláveis das duas vias? Passos irreversíveis, catalisados por enzimas diferentes nos dois processos! Gliconeogênese vs. Glicólise * * Regulação - Como ocorre a regulação? * * Regulação - Quando queremos que ocorra cada processo? * * Regulação - Depende do tecido... * * Regulação Fígado * * Regulação Fígado Glicólise: no estado alimentado. Gliconeogênese: no jejum. * * Regulação Músculo * * Regulação Músculo Glicólise: - no estado alimentado. durante exercício anaeróbico. * * Regulação Cérebro * * Regulação Cérebro Glicólise: sempre. * * Regulação Glicólise * * Regulação Glicólise Estado alimentado (todos os tecidos) Jejum (somente em alguns) Glicose disponível Falta de ATP * * Regulação Gliconeogênese Glicólise Estado alimentado (todos os tecidos) Jejum (somente em alguns) Glicose disponível Falta de ATP * * Regulação Gliconeogênese (no fígado) Jejum Substrato disponível ATP disponível Glicólise Estado alimentado (todos os tecidos) Jejum (somente em alguns) Glicose disponível Falta de ATP * * Regulação Gliconeogênese (no fígado) Jejum Substrato disponível ATP disponível Glicólise Estado alimentado (todos os tecidos) Jejum (somente em alguns) Glicose disponível Falta de ATP Insulina/Glucagon Disponibilidade de substrato Relação ATP/ADP * * Passos reguláveis Glicose 6-fosfato Glicose Frutose 1,6-bisfosfato Frutose 6-fosfato Piruvato Fosfoenolpiruvato * * Passos reguláveis Piruvato Fosfoenolpiruvato - Síntese da PEPCK é estimulada por glucagon e inibida por insulina. * * Passos reguláveis Piruvato Fosfoenolpiruvato - Além disso, disponibilidade de acetil-CoA define se piruvato vai ser convertido em acetil-CoA ou oxaloacetato. * * Passos reguláveis Piruvato Fosfoenolpiruvato - Piruvato quinase é inibida por glucagon no fígado, mas estimulada por epinefrina no músculo. * * Passos reguláveis Piruvato Fosfoenolpiruvato - Nos outros tecidos, é regulada por concentração de substrato, produto e ATP. * * Passos reguláveis Frutose 1,6-bisfosfato Frutose 6-fosfato - PFK-1 e FBPase-1 são reguladas pela concentração de ATP, ADP e AMP * * Passos reguláveis Frutose 1,6-bisfosfato Frutose 6-fosfato - Frutose 2,6-bisfosfato estimula a glicólise e inibe a gliconeogênese por regulação alostérica * * Passos reguláveis Frutose 1,6-bisfosfato Frutose 6-fosfato - Produção de frutose 2,6-bisfosfato é estimulada por insulina e inibida por glucagon. * * Passos reguláveis Glicose 6-fosfato Glicose Hexoquinase é regulada pelos níveis de glicose (todas) e glicose-6-fosfato (exceto hexoquinase-IV). * * Passos reguláveis Glicose 6-fosfato Glicose Síntese da hexoquinase é estimulada por insulina e demanda de energia ( ATP, AMP, contração muscular). Síntese da glicose-6-fosfatase é estimulada por glucagon. * * Regulação em diversos passos, por vários fatores. Mas todos eles fazem sentido, não? OK? * * - No jejum, glicogênicos formarão glicose, mas os cetogênicos formarão corpos cetônicos. Outros destinos de aminoácidos * * - Aminoácidos cetogênicos formam acetil-CoA. - Com os processos de síntese inibidos e o oxaloacetato indo para a gliconeogênese, acetil-CoA forma corpos cetônicos. Outros destinos de aminoácidos * * - Em excesso na dieta, todos os aminoácidos podem acabar oxidados a CO2 ou transformados em ácidos graxos. Metabolismo de aminoácidos * * - Cetogênicos formam acetil-CoA, que entra no ciclo de Krebs ou vai para a síntese de ácidos graxos. Metabolismo de aminoácidos * * - Glicogênicos formam piruvato/oxaloacetato, que com a gliconeogênese inibida podem formar acetil-CoA. Metabolismo de aminoácidos * * Vamos voltar à integração? * * Vamos voltar à integração? - Com as vias metabólicas estudadas, podemos compreender melhor o processo como um todo. * * Estado alimentado * * No fígado... Estado alimentado * * No fígado Aumento da captação de glicose. Glicólise ativada (gliconeogênese inibida). Síntese de glicogênio ativada (glicogenólise inibida). Síntese de ácidos graxos a partir de acetil CoA ativada (beta-oxidação inibida). Exportação de lipídeos via VLDL. Estado alimentado * * No músculo... Estado alimentado * * No músculo Aumento da captação de glicose. Utilização de ácidos graxos e glicose para energia. Glicólise ativada. Síntese de glicogênio ativada (glicogenólise inibida). Síntese de proteínas a partir de aminoácidos. Estado alimentado * * No tecido adiposo... Estado alimentado * * No tecido adiposo Captação de glicose. Captação de ácidos graxos e triglicerídeos provindos da dieta (quilomícrons) e do fígado (VLDL). Síntese de ácidos graxos a partir de acetil-CoA. Síntese de triglicerídeos a partir de ácidos graxos. Estado alimentado * * No cérebro... Estado alimentado * * No cérebro Captação de glicose. Glicólise ativada. Utilização de glicose como fonte de energia. Estado alimentado * * Estado alimentado * * Estado de jejum * * No fígado... Estado de jejum * * No fígado Captação de aminoácidos, glicerol, lactato e outros substratos de gliconeogênese. Gliconeogênese ativada (glicólise inibida). Glicogenólise ativada (glicogênese inibida). Beta-oxidação de ácidos graxos ativada (síntese inibida). Síntese de corpos cetônicos a partir de acetil-CoA. Estado de jejum * * No músculo... Estado de jejum * * No músculo Diminuição da captação de glicose. Beta-oxidação de ácidos graxos ativada. Glicólise ativada somente no exercício. Glicogenólise ativada somente no exercício. Degradação de proteínas para gliconeogênese. Estado de jejum * * No tecido adiposo... Estado de jejum * * No tecido adiposo Hidrólise de triglicerídeos em ácidos graxos. Beta-oxidação de ácidos graxos ativada. Exportação de ácidos graxos para a corrente sanguínea. Estado de jejum * * No cérebro... Estado de jejum * * No cérebro Captação de glicose e corpos cetônicos. Glicólise ativada. Utilização de glicose e corpos cetônicos como fonte de energia. Estado de jejum * * Estado de jejum * * Manutenção da glicemia - Como está a glicemia durante todo este processo? * * Manutenção da glicemia - Glicemia se mantém estável, a partir de várias fontes. glucose from gluconeogenesis 4 8 12 16 2 7 42 Exogenous (glucose from diet) 40 30 20 10 0 Glucose Used g/hr fed postabsorptive gluconeogenic prolonged HOURS DAYS glucose from liver glycogen glucose from gluconeogenesis (lactate + amino acids) * * Dúvidas? * * Hora do descanso! - Voltaremos para o estudo dirigido...
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